9.16.2009

FDA aprova vacina contra a nova gripe nos EUA. Vacinação antigripe nos EUA deve iniciar por crianças no próximo mes

FDA aprova vacina contra a nova gripe nos EUA
Campanha de imunização deve se iniciar em outubro.
195 milhões de doses já foram encomendadas.

A autoridade sanitária dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou nesta terça-feira (15) uma vacina contra a nova gripe. A decisão abre caminho para que a campanha de vacinação se inicie já no próximo mês, afirmou a secretária de Saúde

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Em audiência na Câmara dos Deputados, a secretária de Saúde afirmou que o país já comprou 195 milhões de doses da vacina de cinco fabricantes.

Ela ainda declarou que no início de outubro começará uma campanha gratuita de vacinação.


Vacinação antigripe nos EUA deve iniciar por crianças no próximo mes
Eficácia depende do ‘timing’ da campanha de imunização.
Cobertura populacional ideal seria de 70%.

Se 70% da população americana for vacinada contra o vírus H1N1, começando pelas crianças em idade escolar, será possível mitigar o impacto da nova gripe no inverno, baixando sua taxa de infecção para 15%, nível compatível com uma temporada leve de gripe comum. Um grupo multidisciplinar da Universidade de Washington, em Seattle (EUA), fez o primeiro cálculo de transmissibilidade do vírus no ambiente escolar e concluiu que, no melhor cenário de combate, as crianças deveriam receber a vacina primeiro, seguidas dos adultos e dos profissionais de áreas expostas à doença, como saúde, e de serviços essenciais (mais uma vez saúde, mas também polícia e transporte, por exemplo).


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Um “detalhe”: o início da campanha de imunização não poderia passar deste mês. “Embora o distanciamento social e o uso de antivirais possam ser parcialmente eficazes para tornar a disseminação (da gripe suína) mais lenta, a vacinação continua o meio mais efetivo de controle da influenza pandêmica”, diz o artigo que resume a pesquisa, publicado nesta quinta-feira (10) pela revista “Science”. Contrariando o que foi feito no Brasil, por exemplo, os cientistas avaliam que fechar escolas e outros espaços de aglomeração pública é o expediente com a menor relação custo/benefício na luta contra a nova gripe. A estratégia com a melhor relação custo/benefício, insistem os especialistas, é vacinar. O problema é quantas pessoas, qual é a prioridade e, acima de tudo, quando.

A alta transmissibilidade do novo vírus foi mais uma vez atestada: a taxa é de 1 para 1,3 a 1,7. Ou seja, cada gripado infecta quase outros dois. Essa taxa equivale à infecção de 25% a 39% da população mundial por gripe suína em um período de 1 ano.


As crianças se destacaram neste quesito: os estudantes doentes infectam colegas a uma taxa de 1 para 2,4. Ainda assim, de 30% a 40% das transmissões do influenza ocorrem em domicílios. Depois vêm as escolas, com cerca de 20%. Os demais espaços mais importantes de infecção são locais de trabalho e a “comunidade em geral”, diz o texto.

Os pesquisadores usaram um modelo de computador para simular os efeitos da vacinação nos EUA. Diferentes combinações de cenários alimentaram o sistema. Por exemplo: pré-vacinação (antes da retomada da multiplicação de casos, prevista nos EUA para breve) cobrindo 30%, 50% e 70% da população; vacinação universal, mas por etapas, com ou sem 30 dias de atraso em relação à retomada; vacinação em etapas, priorizando crianças, com ou sem atraso.

O estudo estima que atualmente mais de 20 laboratórios farmacêuticos estão na corrida para a produção do imunizante ( o Instituto Butantan, em São Paulo, é um deles ). Nos Estados Unidos, a vacinação pode começar em setembro e cobrir, por mês, 20% da população americana, isso por “muitos meses”. Mas o início da campanha de imunização pode ser adiado para outubro, admitem os pesquisadores – e só esse adiamento já traria prejuízos de saúde pública. Mesmo uma vacinação universal, mas com 30 dias de atraso em relação à repique de casos, tem pode de fogo reduzido. O trabalho parte do pressuposto de que serão necessárias duas doses, com um intervalo entre a 1ª e a 2ª dose de no mínimo três semanas. Outra premissa é que a disseminação limitada do H1N1 nos EUA na primavera e verão resultou “em uma imunidade em nível populacional muito limitada no outono”.

G1.com

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