2.20.2009

Cólicas menstruais atingem 65% das brasileiras


Cólicas menstruais atingem 65% das brasileiras

Médicos defendem que mulheres não devem sofrer com as dores
Cerca de 65% das brasileiras sofrem com as cólicas menstruais todo mês, e 30% destas mulheres acabam perdendo de um a dois dias de trabalho mensalmente por causa das dores. É o que indica a pesquisa Dismenorréia e Absenteísmo no Brasil (Disab), primeiro estudo brasileiro que mostra como os sintomas associados à menstruação afetam a produtividade feminina. Ao longo do ano, as faltas causadas pelas cólicas menstruais equivalem a um mês a menos de trabalho.

De acordo com as estatísticas, além das cólicas, quase 33 milhões das mulheres se sentem mais cansadas (59,8%) e têm enjôos (51%), dor de cabeça (46,1%), diarréia (25,5%), dores nas costas e pelo corpo (16,7%) e vômitos (14,7%). Os remédios mais usados para aliviar a dor são os analgésicos, os antiinflamatórios e os antiespasmódicos, mas metade das mulheres afirma que a medicação não traz uma melhora significativa do quadro.

Este estudo permite concluir que a dismenorréia primária e a intensidade da cólica menstrual são fatores fortemente associados à perda de produtividade no trabalho profissional e na realização das atividades entre mulheres brasileiras durante o seu período de vida produtiva – avalia o ginecologista César Eduardo Fernandes, secretário-geral da Sociedade de Ginecologia do Estado de São Paulo.


Para 64% das brasileiras que participaram do estudo, suas dores são “intensas”, um número 14% maior do que a média mundial, e mais da metade acredita que as cólicas atrapalham o rendimento no trabalho e a disposição para atividades sociais. As que mais reclamam de desconforto neste período estão na faixa dos 25 anos.
Sentir muita dor não é normal, diz ginecologista

A ginecologista Carolina Carvalho, do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo, alerta que sentir muita dor todo mês não é normal, principalmente se o desconforto vir acompanhado de enjôos, queda de pressão e desmaios.

– A cólica precisa de tratamento médico quando interfere na rotina da mulher. Cada pessoa tem seu nível de tolerância e de sensibilidade, mas nenhuma mulher deve sofrer em silêncio – avisa a médica.

Quem tem sintomas leves pode conseguir alívio fazendo pequenas mudanças na alimentação, praticando exercícios e adotando terapias complementares como a ioga, a acupuntura e massagens, principalmente nas duas semanas que antecedem a menstruação. Se o desconforto for intenso, o ideal é procurar um médico, que vai indicar medicamentos específicos ou até mesmo a interrupção do ciclo.

Especialistas esclarecem dúvidas mais freqüentes sobre cólicas menstruais

Sentir cólica é normal?

A ginecologista Carolina Carvalho, da Unifesp, lembra que a cólica afeta 80% das mulheres. Mas, como a dor é subjetiva e depende da sensibilidade de cada um, fica difícil determinar o que é normal ou não. De acordo com a especialista, a cólica precisa de tratamento médico quando interfere na rotina da mulher. Deixar de sair com os amigos ou de trabalhar, depender de analgésicos todo mês ou parar no hospital por causa da dor não é normal.

Além da cólica, costumo sentir tonteiras, enjôo e às vezes até desmaio. O que fazer?

Procure seu ginecologista, indica o médico Marco Aurélio Pinho de Oliveira. Ele alerta que cólicas intensas podem ser sinal de outras doenças. A endometriose – quadro em que o endométrio, tecido que reveste a parede uterina, também se encontra fora do útero – tem como principal sintoma a cólica menstrual intensa. Segundo o ginecologista, a doença é a principal causa da infertilidade entre as mulheres porque elas demoram a procurar tratamento, achando que a dor faz parte do ciclo.

Mudar a alimentação ou tomar suplementos alimentares ajuda a aliviar a dor?

Não muito, diz Carolina Carvalho. Segundo a médica, mudanças na alimentação servem para aliviar os sintomas da TPM, mas tem pouco resultado na dor. Complementos como óleo de prímula e ácido linoléico também têm pouca eficácia.

É verdade que depois da gravidez a cólica costuma melhorar?

Não com todas, mas é um fato relativamente comum.
– Isto acontece porque há uma distensão das fibras uterinas. A cólica é o resultado do excesso de contração do útero por causa da secreção de uma substância chamada prostaglandina durante o período menstrual. Mesmo se o organismo estiver secretando a substância, as fibras musculares já não vão se contrair mais tanto – explica Carolina Carvalho.

Cólicas intensas podem ser sinal de outra doença?

Sim. É preciso ficar atenta a cólicas que foram ficando mais severas com o passar dos anos ou que de uma hora para outra começaram a incomodar mais do que o normal. Em geral, cólicas intensas podem ser sinal de endometriose ou miomas (nódulos benignos que distendem o útero). Por isso, não hesite em procurar um especialista.

Quais as novidades para mulheres que todo mês têm cólicas de intensidade moderada ou forte?

A solução, para os especialistas, é interromper a menstruação ou adotar métodos contraceptivos à base de hormônios que diminuem bastante o fluxo. Carolina Carvalho indica os novos modelos do dispositivo intra-uterino (DIU):
– Eles contêm progesterona, substância que ajuda a atrofiar o endométrio. Além disso, a mulher pára de menstruar ou fica com um sangramento muito leve. Como o DIU é colocado dentro do útero e sua ação é local, ou seja, os hormônios não passam pela corrente sangüínea, o método também é indicado para mulheres que não se adaptaram à pílula

A pílula anticoncepcional ajuda a diminuir a dor?

Sim. Todo contraceptivo à base de hormônios ajuda a diminuir o fluxo menstrual e regulam os sintomas da tensão pré-menstrual. Se a melhora não acontecer, o ideal é consultar o ginecologista, já que a cólica pode ser sintoma de outro problema.

Minhas cólicas são leves. O que posso fazer para não sentir dor?

A dica de Carolina Carvalho é investir na atividade física, que aumenta a circulação sangüínea de todo o corpo, inclusive do útero. O exercício também ajuda a aliviar as crises. Se durante o período menstrual o desconforto for grande para se exercitar, a médica sugere aulas de alongamento e ioga. Além da atividade física, ela recomenda massagens e acupuntura, que liberam serotonina e aumentam a sensação de bem-estar. Por último, a boa e velha bolsa de água quente continua valendo, já que o calor relaxa a musculatura e melhora a circulação do sangue.

Medos e Fobias


"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são"

O distúrbio do medo patológico pode se apresentar como Fobia Específica, quando o pavor tem um objetivo certo, como por exemplo, medo de animais, de escuridão, de água, altura, etc. Pode ainda se apresentar como Fobia Social, na qual o horror é de sentir-se objeto de observação e avaliação pelo outros como, por exemplo, falar em público, escrever diante da observação dos outros, comer em público, etc. Pode também surgir sob a forma de Ataques de Pânico, onde o paciente passa a ser acometido, de uma hora para outra, de sintomas físicos terríveis, sem que saiba identificar exatamente o que o ameaça.
Alguns cálculos atuais mostram que em torno de 25% da população teve, tem ou terá, em algum momento da vida, um episódio de Fobia. No Brasil, como de praxe, não há números nacionais a respeito do assunto. Hoje em dia aceita-se, com um pouco de incerteza, que esse distúrbio atinge duas vezes mais mulheres que homens.

MEDOS E FOBIAS
O medo, mais precisamente, o medo patológico e que limita de alguma forma a vida das pessoas, vem aparecendo com freqüência cada vez maior em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. Esse medo patológico se diferencia do medo normal por várias razões:

- Não ter razão objetiva;

- Não tem base na realidade concreta;

- O próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;

- Provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e

- É acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese,etc)

A boa notícia é que, ao contrário de antigamente, quando o fóbico ia progressivamente se retraindo e se isolando cada vez mais, hoje em dia um grande contingente de doentes se vê estimulado a procurar ajuda especializada. Essa diferença de postura deve-se, sem dúvida, aos avanços dos novos medicamentos e à eficácia dos tratamentos.
Os quadros de Fobias e de Pânico estão relacionados aos quadros de ansiedade patológica, de angústia e, principalmente, de depressão, neste caso, de Depressão Atípica.
Em suas manifestações mais agudas, tanto as Fobias quanto o Pânico são altamente limitantes e quase sempre expõem os pacientes a todo tipo de vexames. O medo de elevador pode fazer com que uma pessoa simplesmente se recuse a trabalhar ou morar em edifícios, o de avião impede passeios (de toda família), o de dirigir é muito mais problemático ainda...
Além da sensação de medo, propriamente dita, que aparece durante a circunstância que dá a fobia, a ainda o medo antecipatório, como por exemplo, fazendo a pessoa suar frio só de pensar em se sentar à direção de um carro. Na Fobia Social, por exemplo, faz com que a pessoa seja incapaz de conversar com o chefe, de trocar opiniões com os colegas de trabalho ou expor suas idéias numa reunião.
Pânico costuma ser mais incapacitante ainda. Profissionais podem até interromper sua carreira por causa do problema. No Pânico, de repente a pessoa começa a tremer, é tomada pela tontura, a pressão arterial dispara, o coração bate descompassado. Os sintomas são parecidos com os de um infarto, e, nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas. Depois da primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames clínicos, o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam. Um dos piores aspectos do Pânico é o "medo de ter medo". Apavorada com a idéia de voltar a sentir os sintomas, a pessoa passa a fugir dos ambientes em que os ataques ocorreram, como se tal atitude pudesse evitá-los. É por essa razão que tantas vítimas acabam se trancando em casa.
Além das crises características de Pânico, outros sintomas podem aparecer, como por exemplo o medo de engasgar com um simples grão de feijão, medo de qualquer comprimido, sensação de se afogar no chuveiro, etc.
Há cerca de um século começaram as primeiras investigações sobre a origem dessas desordens emocionais que atingem milhões de pessoas em todo o mundo. Um ramo da pesquisa, que se utiliza do modelo biopsicológico, derivado da psicologia comportamental, vêm encontrando grande ressonância entre os médicos e terapeutas que lidam com esse assunto. De acordo com esse ponto de vista, o medo patológico é apenas a expressão de uma angústia mais profunda, e não deve ser considerado uma doença em si.
Outro ramo da pesquisa, com visão mais neurológica e orgânica, tenta delimitar as áreas do cérebro responsáveis pelo medo patológico, bem como os elementos cerebrais (neurotransmissores e neuroreceptores) relacionados por ele. Por causa desse tronco da pesquisa científica foram encontradas várias substâncias reconhecidamente eficientes no tratamento do Pânico, da Fobia e da Depressão.
Do ponto de vista neuropsiquiátrico, sabe-se hoje que as amígdalas, que são estruturas cerebrais localizadas na região das têmporas e têm a função de identificar situações de perigo, enviam ao hipotálamo, local de controle global do sistema endócrino, o sinal para que certas reações sejam deflagradas, como por exemplo, a reação de estresse.
Essas amígdalas reconhecem uma ameaça porque são alimentadas pelo Sistema Límbico, a parte do cérebro que constitui uma espécie de banco de memória das ameaças à pessoa, portanto, de memória do medo. No sistema límbico estão armazenadas as informações que remetem a temores de nossos ancestrais, como os de animais ferozes, do fogo ou escuridão. Além disso, o Sistema Límbico registra dados que se referem a experiências em que o medo foi adquirido por aprendizado ou por trauma. De acordo com pesquisas recentes, os fóbicos apresentariam uma hiperatividade nessa região do cérebro.
Os pesquisadores agora se empenham na descoberta de que esse sistema todo seria regulado por duas substâncias chamadas de neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. São essas mesmas duas substâncias que se relacionam ao humor e às sensações de prazer e bem-estar.
A história dos antidepressivos, usados também para combater Fobias e Pânico, está intimamente ligada aos avanços nessa direção. No início, as esperanças depositavam-se sobre medicamentos como Anafranil® e Tofranil®, ambos antidepressivos e que agem sobre a química cerebral como um todo, sem especificidade. A constatação de que a serotonina tinha um papel preponderante nesse processo, propiciou a criação de medicamentos que atuam especificamente sobre esse neurotransmissor.
Foi assim que se chegou ao Prozac® e o Zoloft®, os quais interferem especificamente no neurotransmissor serotonina. Depois desses medicamentos, outros da mesma linhagem foram sendo desenvolvidos, como o Aropax®, Luvox®, Serzone®, Efexor®, e assim por diante.
Depois de alguns anos acompanhando casos e mais casos de Fobias e Pânico, pode-se afirmar hoje, com certeza, que esses medicamentos são indispensáveis e insuficientes para a cura do problema. Já se constatou que o tratamento medicamentoso é muito mais eficaz quando associados a psicoterapia e vice-versa. Isoladamente, tanto os medicamentos quanto a psicoterapia, servem mais para controlar a intensidade dos sintomas – o que, sem dúvida, faz uma enorme diferença para os que sofrem desses problemas, mas a resolução definitiva fica muito mais próxima com os dois tipos de tratamento conjuntamente.

A química do medo

Como o corpo reage numa situação de ameaça, seja ela real ou não:
1. Cérebro: as estruturas responsáveis por iniciar a reação a estímulos amedrontadores são as amígdalas cerebrais, localizadas na região das têmporas. Elas enviam um sinal ao hipotálamo, região de controle do metabolismo, para que seja intensificada a produção de adrenalina, noradrenalina e acetilcolina. Em uma fração de segundo, a descarga dessas substâncias causa alterações no funcionamento de diversas partes do corpo
2. Olhos: a química do medo faz com que as pupilas se dilatem. Isso diminui a capacidade de a pessoa reparar nos detalhes que a cercam, mas aumenta o poder de visão geral. Em tempos ancestrais, esse recurso permitia que o homem identificasse no escuro das cavernas um predador e as possíveis rotas de fuga
3. Coração e pulmões: o aumento do nível de adrenalina eleva os batimentos cardíacos. A maior irrigação sanguínea faz com que cérebro e músculos trabalhem mais intensamente, deixando a pessoa alerta e ágil. O fato de o coração bater acelerado exige maior oxigenação ­ daí por que a respiração se torna mais curta, ofegante
4. Estômago: muitas pessoas, em situações de medo, sentem dor na região estomacal devido ao aumento na produção de acetilcolina. A liberação em maior quantidade de sucos gástricos acelera a digestão e a transformação dos alimentos em energia.

Fobia de Lugares Abertos

Resumindo, a Fobia Social faz com que a pessoa sofra ataques de Pânico cada vez que põe os pés para fora de casa.
Inicialmente esse transtorno ansioso começa com uma estranha sensação ao atravessar uma rua, por exemplo, ou ao participar de uma reunião de trabalho ou coisa assim.
A sensação pode ser de uma súbita tontura, uma forte pressão no peito e um pavor irracional de cair no chão. Algumas pessoas começam com uma crise leigamente (e erradamente) tida como labirintite.
Esse pode ser o primeiro sinal de que algo esta fora de controle e, logo os episódios se tornaram freqüentes. O mal-estar volta a aparecer quando a pessoa se sente em situação de tensão, como em supermercados, no trânsito, no banco, no ônibus, avião, etc. Sair de casa se torna um sacrifício.
Na psiquiatria, esse medo relacionado a espaços abertos chama-se agorafobia, um transtorno que 25% da população está sujeita a sofrer, pelo menos uma vez na vida. Então, só para esclarecer, entre essas manifestações da ansiedade patológica tem as chamadas Fobias Específicas, como o nome diz, específicas de determinadas situações ou objetos (barata, seringa de injeção, elevador, altura) e tem a Fobia Social, que acaba por fazer com que a pessoa tenha verdadeiro pavor de gente e as tarefas sociais banais, como assinar um documento ou comer na frente dos outros, transformam-se num tormento.

Fobia Social

A Fobia Social é o medo patológico de comer, beber, escrever, telefonar, enfim, de agir diante dos outros com risco de parecer ridículo ou inadequado. Em casos extremos, pode resultar em total isolamento. A principal característica dos fóbicos sociais é a ansiedade antecipatória, mal estar que aparece só de pensar na necessidade de falar numa reunião marcada para daqui a três semanas, de receber uma visita, de ter que ir a um casamento ou coisa assim.
Uma das queixas mais ouvidas na Fobia Social é do tipo: “é só eu sair de casa que as pernas tremem, as mãos suavam, sinto palpitações, falta de ar e sensação de que vou ter alguma coisa”. E o quadro se mantém na rua, no ônibus, dentro da sala de aula, no supermercado, no banco, etc.
O fóbico começa a sofrer desde a hora em que recebe a notícia de seu compromisso e os sintomas crescem como uma bola de neve quanto mais vai se aproximando o momento da provação. Na hora H a pessoa começa a prestar muita atenção no seu desempenho, começa a se preocupar demais com o que os outros estarão pensando e, num círculo vicioso, as coisas tenderão a fugir completamente de controle.

Fobia de Assalto em Crianças

Tem sido relativamente comum, hoje em dia, crianças com menos de 10 anos sofrendo de Fobia de assalto. Depois da experiência, cada vez mais comum, de ter vivenciado algum assalto ou de ficar sabendo de alguma ocorrência desse tipo em alguém mais próximo, a criança vai ficando cada vez mais com medo, a ponto de sofrer exageradamente.
Nas classificações de transtornos emocionais esse quadro pode ser denominado Transtorno por Estresse Pós-Traumático mas, por razões didáticas, o conceito de fobia pode ser muito bem aplicado aqui. O comportamento dessas crianças começa a mudar. Começam a ter medo de ir para algum cômodo vazio ou escuro da casa, ficam apavorados de sair na rua, aderem insistentemente à mãe ou ao pai, pedem para dormir no quarto dos pais. Posteriormente passam a acordar sobressaltados no meio da noite.
Em seguida, a criança com fobia de assaltos pode deixar de querer ir à escola e de sair para brincar com outras crianças. Manifestam preocupação exagerada pelos pais e irmão e sentem muito medo de que alguém da minha família morra ou seja assaltado.

Fobia ou Medo de Barata ?

As pessoas costumam dizer que têm fobia de barata mas, na realidade, muitas vezes sentem apenas medo (ou asco) do animalzinho. Para ser Fobia, esse sentimento deve ser, primeiro, muito desproporcional e absurdo, segundo, a pessoa tem que apresentar os chamados sintomas autossômicos (falta de ar, sudorese, palpitação, mãos frias, etc.) diante da barata.
Normalmente o que se vê, são pessoas que fazem um certo escândalo mas, não havendo platéia, pegam um chinelo e esmagam o inseto. O fóbico não. Ele simplesmente não dorme enquanto não tiver certeza absoluta que o quarto está livre de baratas. Ele passa mal.

Fobia ou Medo de Dirigir?

Para quem dirige, normalmente sentar-se no banco do carro, dar partida, engatar a marcha e sair com o carro são ações tão naturais e automáticas quanto escovar os dentes ou levar um copo à boca.
Entretanto, para muitas pessoas, a simples idéia de guiar um carro pode causar verdadeiro pânico. Algumas pessoas desenvolvem Fobia do volante, mesmo depois de algum tempo de direção normal.
Essas pessoas se sentem incomodadas só de imaginar que poderão cometer alguma barbeiragem, prejudicar o trânsito e, em seguida, alguém poderá buzinar agravando ainda mais o nervosismo.
Quando esse medo é intransponível e, caso a pessoa insista em dirigir apesar do medo, é seguido de sintomas autossômicos (falta de ar, sudorese, palpitação, mãos frias, etc.), estamos falando de Fobia, propriamente dita. Quando a pessoa não passa mal mas, apesar disso, evita a todo custo dirigir, então é apenas medo de dirigir.
O medo de dirigir, quando aparece depois de algum tempo depois da pessoa já ter dirigido normalmente, reflete sempre uma grande insegurança, e esta, por sua vez, seria conseqüência de uma baixa auto-estima a qual, finalmente, refletiria um estado depressivo. É por isso que o tratamento de escolha para o medo de dirigir é com antidepressivos associados à psicoterapia.

Medo de Avião

O medo de voar prejudica a vida social, pessoal, profissional e ainda traz uma série de constrangimentos. Mas pode perfeitamente ser superado melhorando a qualidade de vida.

Medo de Voar é uma fobia específica que atinge mais de 40% dos brasileiros e que pode se manifestar em diferentes níveis, do mais ameno, nas pessoas que utilizam o transporte aéreo com receio, sendo última opção, ao mais extremo, nas pessoas que não o utilizam nunca por já se sentirem desesperadas ao se imaginarem entrando num avião.

Embora seja de conhecimento comum que o avião é um dos meios de transporte mais seguros que existem, onde estatísticas mostram que para cada 1,32 milhão de passageiros de avião, um poderá morrer em acidente aéreo, enquanto mais de 265 poderão morrer indo para ou vindo do aeroporto, para quase metade da população brasileira voar é algo assustador.

O sofrimento gerado pelo medo de voar é intenso e pode provocar uma cadeia de reações ruins – pensamento recorrente, crises emocionais e reações físicas (palpitações, sudorese, tremores, desconforto abdominal, falta de ar, náusea, desconforto no peito, vertigem, etc.).

Algumas pessoas acabam recusando empregos por temer viajar de avião, outras utilizam o efeito do álcool e ou tranqüilizantes para "enfrentar” a viagem. O medo de voar pode não estar relacionado a um único aspecto, pode incluir o medo de acidente, o de ficar fechado, o de altura, o da instabilidade e o da perda de controle.

Essa fobia, além de gerar constrangimentos às pessoas, pode prejudicar também suas vidas social e profissional.

Com o desenvolvimento das técnicas da Psicologia Comportamental e Cognitiva para o tratamento desse tipo de fobia e de outras correlatas, a cura do medo de voar passou a ser atingida com um alto índice de sucesso, acima dos 90%, sendo atualmente a melhor alternativa para quem pretende se livrar da aversão exagerada de voar.


O medo de avião não é exclusividade de quem nunca viajou. Ele afeta, indiscriminadamente, passageiros novatos e veteranos. É um Pânico muitas vezes inexplicável, que se manifesta das mais diferentes formas.
Em algumas pessoas, as mãos suam e gelam antes mesmo de o avião começar a se mover. Outras pessoas sentem palpitações, tonturas e náuseas. Há casos de gente que tem insônia na véspera da viagem, que se caracteriza como ansiedade antecipatória.
Algumas dessas pessoas com medo de avião, simplesmente deixam de voar, outras, curiosamente, desenvolvem um impressionante repertório de superstições para alívio da ansiedade quanto têm mesmo de viajar. Há quem viaje somente na primeira fileira para sair mais rápido em caso de pouso forçado. Outros carregam santinhos, costumam se benzer ou fazer “simpatias”, só embarcam com o pé direito ou evitam ir ao banheiro para não "desequilibrar" a aeronave.
Para quem tem medo de avião, não adianta explicar que apenas um entre milhões de vôos acabará em desastre, o fóbico sempre viverá na expectativa de que o vôo fatídico será justamente o dele.
Há dois tipos principais de medo de avião. Um deles diz respeito ao pavor de um acidente aéreo, medo da catástrofe. Outro tipo representa o medo de passar mal no avião e não poder ser atendido, não poder mandar o avião parar para descer. Esse último está mais relacionado às síndromes ansiosas, do tipo Pânico ou Fobia.
No primeiro caso, no medo de acidente aéreo, o tratamento de escolha é predominantemente psicoterápico e, de preferência, com a chamada terapia cognitiva (veja o quadro). No medo de passar mal no avião e não ser atendido “a tempo”, usa-se com sucesso o tratamento antidepressivo.

Medo Normal e Patológico

Todos nós temos algum grau de ansiedade ou timidez e, quando se manifestam, normalmente são acompanhadas por uma indefinida sensação de mal-estar. Mas é benéfico experimentar ansiedade em certas circunstâncias e, de certa forma, a ansiedade normal até favorece a adaptação do ser humano a novas situações.
O medo ou ansiedade normal provocado pela necessidade de fazer uma palestra, de dar uma aula, de submeter-se à entrevista para emprego, etc., faz com que a pessoa fique mais alerta, mais preparada e, portanto, mais apta ao sucesso.
Para o fóbico, entretanto, a ansiedade é patológica e não dá bons resultados. Ao contrário, ela compromete o sucesso, paralisa, descompensa e faz perder o controle. Nos casos de Fobia, há uma resposta ansiosa inadequada a determinado estímulo que, nas pessoas normais, determinaria uma resposta ansiosa mais adequada.
Assim sendo, a Fobia nada mais é do que uma reação ansiosa exagerada, a qual faria com que o Sistema Nervoso Central tome por situações de risco, estímulos banais e inofensivos do dia-a-dia.
Hoje, diante de quadros que faz a pessoa sentir palpitações, suar em bicas e até perder os movimentos diante de determinado objeto ou situação são sinais facilmente diagnosticados como Fobia. Muitas vezes, a Fobia aparece junto com quadros graves de Depressão (em torno de 50% dos casos) e de Síndrome do Pânico (60%), ou leva à dependência de álcool (20%).

A Personalidade do Fóbico

Recentemente pode-se suspeitar que os fóbicos, de maneira geral, tendem a apresentar alguns traços de personalidade em comum. Normalmente, são pessoas que tiveram uma educação rígida, estimuladora da ordem, da conseqüência e do compromisso.
Normalmente são pessoas excessivamente preocupadas com o julgamento alheio, com a opinião dos outros a seu respeito, são perfeccionistas e determinados. Com essas características os portadores de fobia costumam ter alto senso de responsabilidade, bom desempenho profissional e avidez pelos desafios da vida social.
Mas a origem da fobia ainda é misteriosa, concorrendo para tal, desde a herança genética dos traços ansiosos da personalidade, até a aprendizagem das reações diante do perigo, passando pelas alterações dos neurotransmissores.
Geneticamente já se sabe que os filhos de pais fóbicos têm 15% de possibilidade de perpetuar o comportamento na idade adulta. A medicina sabe também que, entre as pessoas com traços de timidez na personalidade, 2% vai desenvolver Fobia Social no decorrer da vida.

Terapia comportamental

Fobias em geral
A técnica básica consiste em expor gradualmente o paciente à situação que lhe causa medo, a fim de que possa superá-lo. Quem não consegue dirigir, por exemplo, começa o tratamento com sessões nas quais apenas dá partidas no carro. O passo seguinte é estimular a pessoa a dar algumas voltas pelas redondezas de sua casa. As distâncias dos passeios vão aumentando progressivamente, até que ela se sinta segura para guiar numa estrada

Terapia cognitiva

Fobia social, medos em geral
O paciente é levado a analisar racionalmente seus medos, comparando os dados da realidade com suas idéias pessimistas. Uma pessoa que teme falar com seus superiores no trabalho é questionada sobre se realmente há motivos para tanto. O terapeuta pode perguntar a ela se já foi ridicularizada, humilhada, criticada em público etc. A partir das respostas, que geralmente são negativas, ela vai descobrindo como sua patologia não tem razão de ser. Depois de algum tempo, o paciente é estimulado a enfrentar as situações que lhe dão angústia, de forma semelhante ao que acontece na terapia comportamental

Transtornos de Pânico

Estimula-se o paciente a deflagrar em si mesmo os sintomas físicos do Pânico, como vertigens, tonturas, falta de ar e taquicardia. O propósito é ensinar uma técnica de respiração abdominal que ajuda a controlar essas sensações ruins. Para provocar uma tontura, o paciente pode ser colocado numa cadeira giratória, que é movimentada com rapidez. Quando atinge um estado semelhante ao que experimenta nos ataques de Pânico, ele deve começar arespirar pelo nariz, de forma lenta e profunda, a fim de que o ar chegue ao abdome. Em seguida, deve expirar vagarosamente pela boca. A técnica não cura, mas pode atenuar em até 50% a incidência dos sintomas de Pânico. Além disso, ao perceber que durante uma crise ele possui algum controle sobre seu corpo, o paciente adquire mais confiança e acaba por temer menos as situações que detonam os ataques

fonte: Veja

O Medo da Criança

O universo infantil é repleto de monstros e fantasmas, e há uma série de situações em que eles aparecem para amedrontar a criança. Normalmente esses bichos imaginários despertam o medo na criança durante a noite, outras vezes no meio de uma brincadeira, na piscina ou no carrossel.
Como as fantasias e esses medos são praticamente normais nas crianças, os pais devem procurar ajuda no caso do medo começar a provocar alterações na rotina, na atividade social, escolar ou na personalidade da criança. Calcula-se que, no máximo, 5% das crianças que têm pesadelos ou manifestações constantes de medo necessitam de algum tipo de tratamento.
A maioria das crianças, quando acometida por crises de medo noturno, corre para o quarto dos pais no meio da noite. Algumas, portadoras de um medo mais intenso e constante, juntamente com sensação de insegurança, nem se atrevem a começar dormir sozinhas. Antes de qualquer coisa, já começam as noites no quarto dos pais.
Alguma parte desse medo pode ser atribuída ao comportamento dos pais. Quando a mãe tem pavor de barata e faz um escândalo quando se depara com esses animais, ou quando o pai manifesta sólida convicção nas coisas do além, será muito provável que o filho faça o mesmo.
Neste caso também, devemos ter em mente a seguinte seqüência de ocorrências emocionais:

Fonte:Meu Blog

Resolução-RDC Nº 4, de 10 de fevereiro de 2009 Normas de farmacovigilância


Resolução-RDC Nº 4, de 10 de fevereiro de 2009
19 de fevereiro de 2009
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DIRETORIA COLEGIADA
RESOLUÇÃO - RDC Nº 4, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2009


Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de registro de medicamentos de uso humano.


A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029 , de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 3 de fevereiro de 2009,

considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, nos termos do art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988;


considerando que as ações e serviços de saúde são de relevância pública, nos termos do art. 197 da Constituição, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle;


considerando o art. 79, da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e o art. 139 do Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977, que determinam a transmissão, ao órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, de todos os informes sobre acidentes ou reações nocivas causadas por medicamentos;


considerando os dispositivos da Portaria MS nº 577, de 20 de dezembro de 1978, que estabelecem que o Brasil, na qualidade de Estado-Membro da Organização Mundial de Saúde, comunique a esse órgão a adoção de qualquer medida limitativa ou proibitiva ao emprego de medicamento que tenha efeitos prejudiciais graves, adotada em conseqüência de avaliação nacional;


considerando o dispositivo da Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 3, de 28 de junho de 1989, que recomenda ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária a instituição e manutenção de eficiente Sistema de Farmacovigilância, que paute o levantamento ágil da incidência de efeitos colaterais resultantes do uso de medicamentos no País;


considerando que a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício, conforme previsto pelo art. 2º da Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990;


considerando as prioridades da Política Nacional de Medicamentos, definida pela Portaria nº 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998, que incluem ações de farmacovigilância para assegurar a promoção do uso racional de medicamentos;


considerando a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS, criou a Anvisa e estabeleceu as competências dos Estados e Municípios para o controle e fiscalização dos produtos e serviços relacionados à saúde, estabelecendo em seu art. 7º, inciso XVIII, que atribui à Anvisa a competência de estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica e farmacológica, e art. 8º, que incumbe à Anvisa regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública;


considerando a Portaria nº 696/MS, de 7 de maio de 2001, que instituiu o Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos -CNMM, sediado na Unidade de Farmacovigilância da Anvisa;


considerando que o Brasil foi admitido em agosto de 2001 como o 62º País-Membro do Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos da Organização Mundial de Saúde;


considerando a Resolução - RDC n° 55/2005, de 17 de maio de 2005, que dispõe sobre os requisitos mínimos relativos à obrigatoriedade, por parte das empresas detentoras de registros (fabricantes ou importadores), de comunicação às autoridades sanitárias competentes e aos consumidores e de implementação da ação do recolhimento de medicamentos, em hipóteses de indícios suficientes ou comprovação de desvio de qualidade que representem risco, agravo ou conseqüência à saúde, bem como para o recolhimento de medicamentos por ocasião de cancelamento de registro relacionado à segurança e eficácia.


considerando o Boletim de Serviço, nº. 16, de 15 de março de 2007, página 7, Capítulo VII, Seção II, que instituiu a Gerência de Farmacovigilância;


considerando a necessidade de promover a identificação precoce de problemas relacionados com os medicamentos distribuídos ou comercializados, com o objetivo de prevenir e minimizar os danos à saúde dos usuários;


considerando a necessidade de dispor de informações, em seus diversos detalhamentos acerca do processo de farmacovigilância a ser desenvolvido pelos detentores de registro de medicamentos e pelos responsáveis pelos medicamentos de notificação,
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:


Capítulo 1 - Disposições gerais
Art. 1º. Esta Resolução se aplica a todos os detentores de registro de medicamentos de uso humano, distribuídos ou comercializados no Brasil.
Parágrafo único: Para fins desta Resolução, o termo detentores de registro de medicamentos abrange quaisquer responsáveis pelos medicamentos de uso humano regulados pela Anvisa.
Art. 2º. Para fins desta Resolução, entende-se como farmacovigilância as atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou outros problemas relacionados a medicamentos.
§ 1º. Os efeitos adversos ou outros problemas relacionados a medicamentos mencionados no caput deste artigo são denominados, nesta Resolução, eventos adversos - EA.
§ 2º. Nesta Resolução, os eventos adversos são classificados como:
I. Suspeita de Reações Adversas a Medicamentos;
II. Eventos Adversos por desvios da qualidade de medicamentos;
III. Eventos Adversos decorrentes do uso não aprovado de medicamentos;
IV. Interações medicamentosas;
V. Inefetividade terapêutica, total ou parcial;
VI. Intoxicações relacionadas a medicamentos;
VII. Uso abusivo de medicamentos;
VIII. Erros de medicação, potenciais e reais;
§ 3º. Caso existam indícios suficientes ou comprovação de desvio de qualidade que representem risco, agravo ou conseqüência danosa à saúde, os detentores de registro de medicamentos devem proceder de acordo com a legislação vigente para o desvio da qualidade de medicamentos.
§ 4º. Os detentores de registro de medicamentos são responsáveis por registrar, acompanhar e avaliar os casos de exposição de pacientes grávidas a medicamentos, quando do seu conhecimento.
§ 5º. Os eventos adversos relacionados às pacientes grávidas devem ser notificados nas formas e nos prazos estabelecidas nesta Resolução.
Art. 3º. Os detentores de registro de medicamentos devem desenvolver ações de farmacovigilância no Brasil. Para isso, devem:
I. Designar responsável pela farmacovigilância;
II. Implantar estrutura organizacional de acordo com a complexidade das ações a serem executadas;
III. Elaborar manual de procedimento que contemple todas as ações desenvolvidas pela farmacovigilância da empresa.
a) Esse documento deverá ser assinado por um responsável pela área de farmacovigilância;
b) O documento deve estar disponível na empresa para encaminhamento de via ao SNVS, quando solicitado.
IV. Fornecer os dados relativos ao volume de produção e de vendas, bem como quaisquer outros dados referentes às notificações de seus produtos, quando solicitado pela autoridade sanitária.
V. Comunicar prévia ou simultaneamente ao SNVS qualquer informação relativa a farmacovigilância a ser divulgada publicamente.
VI. Informar em até 72 horas aos órgãos de vigilância sanitária as medidas de ação tomadas pela própria empresa em relação aos seus produtos que afetem a segurança do paciente.
§ 1º. A comunicação prevista neste artigo deve explicitar os motivos técnico-científicos que justificam as medidas adotadas.
§ 2º. Caso existam, as ações promovidas por agências regulatórias internacionais devem também ser informadas de acordo com o inciso VI deste artigo.


Capítulo 2 - Das funções e rotinas em Farmacovigilância
Art. 4º. Os detentores de registro de medicamentos devem:
I - Seguir as normas vigentes em farmacovigilância regulamentadas pelo SNVS;
II - Codificar, avaliar a gravidade, a causalidade e a previsibilidade das suspeitas das reações adversas recebidas;
III - Entrar em contato com o notificador para complementação de dados ou verificação das informações, se necessário;
IV - Encaminhar as notificações ao SNVS conforme estabelecido nesta Resolução;
V - Realizar o seguimento dos casos graves, sem desfecho clínico. Nesse caso, deve-se também encaminhar ao SNVS essa complementação, indicando que é uma notificação de seguimento;
VI - Designar profissional de saúde de nível superior com capacidade técnica para ser responsável pela farmacovigilância de seus produtos;
VII - Possuir um sistema para o registro sistemático, atualizado e rotineiro das atividades e informações relacionadas às notificações de eventos adversos recebidas;
VIII - Arquivar as notificações, sistematicamente, de forma a possibilitar sua rastreabilidade e acesso rápido às informações. Os arquivos físicos e os arquivos eletrônicos deverão ser mantidos sob responsabilidade da empresa por no mínino 20 anos;
IX - Manter procedimento que viabilize a identificação de sinais de segurança relacionados com seus produtos;
X - Implementar plano de minimização de risco quando solicitado pela Anvisa, podendo ser desenvolvido de forma voluntária pela própria empresa;
XI - Produzir Relatórios Periódicos de Farmacovigilância de seus produtos;
XII - Implementar ações de auto-inspeção em farmacovigilância;
XIII - Implantar mecanismos para receber as notificações dos profissionais da saúde e consumidores, sempre garantindo sua confidencialidade;
XIV - Responder os questionamentos das autoridades sanitárias necessários para a avaliação do perfil de segurança e eficácia dos medicamentos.


Capítulo 3 - Da notificação e seus prazos
Art. 5º. As notificações relacionadas à farmacovigilância, conforme descrito no artigo 2º desta Resolução, devem ser encaminhas por meio do sistema eletrônico de notificação do SNVS definido pela Anvisa, obedecendo aos critérios e prazos a seguir:
I - Os detentores de registro de medicamentos deverão notificar ao SNVS, o mais breve possível, todo evento adverso grave ocorrido em território nacional que envolva óbito ou risco de morte, sendo estabelecido o prazo máximo de 7 (sete) dias corridos a partir da data de recebimento da informação do EA;
II - Os detentores de registro de medicamentos deverão notificar ao SNVS, o mais breve possível, os demais eventos adversos graves ocorridos em território nacional, não contemplados pelo inciso I deste artigo, sendo estabelecido o prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos a partir da data de recebimento da informação do EA;
§ 1º. Os dados complementares referentes à evolução do caso devem ser notificados ao SNVS nos mesmos prazos definidos pelos incisos I e II, a partir de seu conhecimento;
§ 2º. Após a primeira notificação de evento adverso grave, caso não ocorra em até três meses o desfecho clínico citado no artigo 4º, inciso V, a empresa poderá encerrar o acompanhamento do caso;
§ 3º. Os detentores de registro de medicamentos devem incluir todas as notificações recebidas no Relatório Periódico de Farmacovigilância, inclusive os eventos não graves, mesmo quando ocorridos em outros países. Os prazos para encaminhamento dos relatórios estão estabelecidos no artigo 10.
§ 4º. O não cumprimento dos prazos estabelecidos referente às notificações não desobriga seu envio posterior.
Art. 6º. Com relação à origem da notificação recebida pelos detentores de registro de medicamentos, devem ser encaminhadas ao SNVS as notificações de eventos adversos relatadas por profissionais da saúde. Também poderão ser solicitadas, a qualquer momento, as notificações relatadas ao sistema de farmacovigilância da empresa por profissionais que não sejam da área de saúde e por usuários.


Capítulo 4 - Da transmissão das notificações
Art. 7º. As notificações provenientes dos detentores de registro de medicamentos relacionadas a eventos adversos devem ser encaminhadas para o sistema de informação eletrônico do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS definido pela Anvisa.
Parágrafo único. Cada empresa deve possuir um gestor do sistema eletrônico que será responsável pelas senhas de acesso.
Art. 8º. Os detentores de registro de medicamentos que desejarem encaminhar as notificações agrupadas ou mesmo individualmente, de forma a utilizarem seus próprios sistemas informatizados de farmacovigilância, deverão gerar arquivos em formato XML, compatíveis com o sistema eletrônico de notificação do SNVS definido pela Anvisa.
Art. 9º. Para o envio dos relatórios e das notificações ao SNVS, os detentores de registro de medicamentos devem utilizar como terminologia médica o Código Internacional de Doenças - CID, 10ª edição, ou edição posterior a esta. Para os eventos adversos, devem utilizar bases de dados compatíveis com o WHO-ART (Terminologia de Reações Adversas - Organização Mundial da Saúde).
Parágrafo único. Os usuários do sistema MedDRA poderão utilizar o arquivo denominado Bridge para transferência de seus dados em formato XML para o sistema eletrônico de notificação.


Capítulo 5 - Dos relatórios periódicos de segurança
Art. 10. Os detentores de registro de medicamentos novos (nova entidade molecular) registrados a partir da publicação desta Resolução, bem como dos demais medicamentos por ocasião da renovação do registro, devem elaborar um relatório periódico de segurança, denominado Relatório Periódico de Farmacovigilância, por produto.
§ 1º. No caso dos medicamentos novos (nova entidade molecular), os detentores de registro devem peticionar para a Anvisa o sumário executivo - em português - respeitada a periodicidade e o limite de 60 dias após o término do prazo previsto nos incisos seguintes:
I - a cada seis meses, nos primeiros dois anos da concessão de registro;
II - nos três anos seguintes ao período do inciso anterior, anualmente, até a primeira renovação.
§ 2º. Os detentores de registro de medicamentos novos (nova entidade molecular) também devem encaminhar para a Anvisa o Relatório Periódico de Farmacovigilância ao final do primeiro e segundo ano do registro do produto, respeitado o limite de até 60 dias após o término do prazo previsto neste parágrafo.
§ 3º. Na ocasião das renovações, o sumário executivo – em português - referente ao período de cinco anos do Relatório Periódico de Farmacovigilância do mesmo período deve ser encaminhado para as respectivas áreas de registro da Anvisa.
§ 4º. Os detentores de registro de medicamentos devem manter cópia do Relatório Periódico de Farmacovigilância arquivada e encaminhá-la à Anvisa, quando solicitado.
§ 5º. Poderá ser solicitado aos detentores de registro de medicamentos, se necessário, Relatórios Periódicos de Farmacovigilância para períodos e prazos diferentes dos citados neste artigo.


Capítulo 6 - Plano de Farmacovigilância e Plano de Minimização de Risco
Art. 11. A Anvisa poderá solicitar por ocasião do registro, ou a qualquer momento, o Plano de Farmacovigilância para as empresas farmacêuticas, com a descrição das ações da rotina ou descrição de ações adicionais propostas para a vigilância dos medicamentos.
Art. 12. Poderá ser exigido por ocasião do registro, ou a qualquer momento, para qualquer medicamento, de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância, um Plano de Minimização de Risco (PMR), no caso de situações de segurança que necessitam de ações adicionais. Nesse Plano a empresa deverá explicar como irá avaliar a efetividade de suas ações para minimizar os riscos de seus produtos.
§1º. O PMR a que se refere este artigo tem por finalidade o gerenciamento de novos riscos no período pós-registro ou mesmo o acompanhamento de riscos conhecidos em populações já estudadas.Tem também como finalidade a aplicação em situações em que o produto terá um provável uso que não foi estudado adequadamente no período pré-registro;
§2º. Além da rotina em farmacovigilância, o PMR deve apresentar uma proposta baseada em métodos farmacoepidemiológicos para a avaliação dos pontos críticos relacionados à segurança do medicamento.


Capítulo 7 - Da inspeção em farmacovigilância
Art. 13 Sempre que houver necessidade de avaliação do cumprimento desta Resolução, os detentores de registro de medicamentos poderão ser submetidos a inspeção em farmacovigilância pelo SNVS.
Art. 14. As inspeções em farmacovigilância terão como objetivo a avaliação dos sistemas de farmacovigilância das empresas farmacêuticas, e poderão ser executadas de forma programada ou esporádica.
Art. 15. As inspeções em farmacovigilância serão baseadas em análise documental, entrevistas, visita presencial institucional, revisão de base de dados e na avaliação do cumprimento das exigências legais.
Art. 16. Além das inspeções em farmacovigilância pelo SNVS, os detentores de registro de medicamentos devem realizar, no mínimo uma vez por ano, uma auto-inspeção em relação às ações de farmacovigilância, mantendo em seu poder o registro da auto-inspeção com a descrição das ações corretivas necessárias.
§1º. As empresas devem possuir documento de registro das auto-inspeções realizadas. Os resultados dessas auto-inspeções e suas ações corretivas devem fazer parte de um processo de melhoria.
§2º. As empresas devem possuir Procedimentos Operacionais Padrão para a condução de suas auto-inspeções.
§3º. As auto-inspeções devem ser registradas em documentos a serem mantidos por no mínimo três anos.
§4º. Poderão ser exigidos na inspeção realizada pelo SNVS quaisquer documentos relacionados ao sistema de farmacovigilância da empresa e a esta Resolução.


Capítulo 8 - Dos estudos fase IV, pós-registro
Art. 17. As empresas e instituições responsáveis pela realização de pesquisas clínicas executadas no período pós-registro, consideradas estudos Fase IV, devem encaminhar para a área de pesquisa clínica, pelo sistema eletrônico de notificação do SNVS, as notificações de eventos adversos graves, ocorridas em território nacional, o mais breve possível, em até 15 dias corridos, a partir da data do conhecimento do evento adverso pelo patrocinador do estudo.


Capítulo 9 - Disposições finais
Art. 18. A Anvisa publicará guias técnicos específicos de orientação e complementação desta Resolução, para a correta execução.
Art. 19. Caberá à Gerência de Farmacovigilância/Nuvig, no âmbito de suas competências, a adoção de medidas ou procedimentos para os casos não previstos nesta Resolução.
Art. 20. Sem prejuízo de outras cominações legais, inclusive penais, de que sejam passíveis os responsáveis técnicos e legais, a empresa responderá administrativa e civilmente por infração sanitária resultante da inobservância desta Resolução e demais normas complementares, nos termos da Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977.
Art. 21. Fica estabelecido o prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias para os detentores de registro de medicamentos se adequarem a esta Resolução.
Art. 22. Fica estabelecido o prazo de 180 dias a contar da publicação desta Resolução para que a Anvisa disponibilize as ferramentas e sistemas necessários para o cumprimento das determinações previstas nesta Resolução.
Art. 23. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


DIRCEU RAPOSO DE MELLO

Fatores que podem ajudar a desencadear a enxaqueca: jejum, álcool e chocolate


Estudo publicado na revista Arquivos de Neuro-Psiquiatria investigou os fatores que desencadeiam a enxaqueca. Dos 200 pacientes estudados, 83,5% apontaram algum fator relacionado à dieta – sendo o jejum o mais freqüente, seguido de álcool, chocolate, vinho tinto e café. Os problemas com o sono foram relatados por 81% dos entrevistados e 64% associaram a enxaqueca ao estresse, principalmente à preocupação com o trabalho.

A pesquisa foi realizada por estudantes de medicina da Liga da Cefaléia da Escola de Medicina do ABC e coordenada por Mário Fernando Prieto Peres, professor do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador sênior do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo. Participaram 200 indivíduos, sendo 162 mulheres e 38 homens, com média de idade de 37,7 anos. Os entrevistados foram questionados sobre a presença ou ausência de possíveis fatores para as crises de enxaqueca.

O estudo aponta que a enxaqueca afeta três vezes mais as mulheres do que os homens, em decorrência de fatores hormonais. Ocorre principalmente durante a fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, tendo importante impacto socioeconômico e sobre a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados mostram que cerca de 53% das mulheres apresentaram fatores hormonais como principais desencadeadores da enxaqueca, sendo o período pré-menstrual o mais freqüente.

A enxaqueca foi diagnosticada segundo os critérios da Classificação Internacional dos Distúrbios de Dores de Cabeça. Todos os participantes apresentaram pelo menos um fator desencadeante para as crises e cerca de 95% relataram mais de um fator.

Merecem destaque os fatores ambientais, como alergia, poluição, claridade solar, mudanças no tempo, cigarro, ar condicionado, odores de perfumes, produtos de limpeza e gasolina. Cerca de 68,5% dos entrevistados afirmaram sentir os sintomas da enxaqueca após exposição a esses fatores, sendo os odores (36,5%) os mais recorrentes.

É fundamental que médicos e pacientes reconheçam esses fatores para prevenir as crises de enxaqueca. O tratamento psicológico, a orientação alimentar e a atenção aos hábitos de sono podem ser importantes para o tratamento, afirma o pesquisador Mário Peres.

Fontes: SciELO e Agência FAPESP

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte um médico


Projeto de lei estimula o uso de medicamentos somente com orientação médica

O Projeto de Lei que ressalta a importância da orientação médica para o uso de medicamentos aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. O objetivo é modificar o texto da advertência atual vinculada na propaganda de medicamentos de “Consultar o médico se os sintomas persistirem” para “Antes de consumir qualquer medicamento, consulte um médico”.

O texto do Projeto ainda ressalta que “Toda propaganda que contenha informações relativas aos medicamentos deve ser fidedigna, exata, verdadeira, informativa, equilibrada, atualizada, suscetível de comprovação e de bom-gosto”.

A finalidade é “educar o cidadão e a cidadã no sentido de evitar a automedicação, causa frequente de intoxicações e efeitos adversos que, nos casos mais graves, podem acarretar a morte do paciente”.

Veja o Projeto de Lei do Senado n° 328, de 2006, na íntegra:

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte um médico

Como evitar erros médicos: recomendações.

Confira as vinte recomendações da Agência de Pesquisa e Qualidade em Serviços de Saúde americana para evitar erros médicos

Artigo recente do Instituto de Medicina estima que entre 44 mil a 98 mil pessoas morrem em hospitais dos Estados Unidos, por ano, em conseqüência de erros médicos. Isto significa que mais pessoas morrem em decorrência de erros médicos do que por acidentes de trânsito, câncer de mama ou AIDS. Saiba como você pode colaborar para evitá-los.

Segundo definição de Júlio Cezar Meirelles Gomes e Genival Veloso França, em sua obra “Erro Médico”, “Erro Médico é a conduta profissional inadequada que supõe uma inobservância técnica, capaz de produzir um dano à vida ou à saúde de outrem, caracterizada por imperícia, imprudência ou negligência”.

Pode ocorrer em hospitais, clínicas, centros cirúrgicos, consultórios médicos, farmácias ou residências de pacientes e involvem medicamentos, cirurgias, diagnósticos, equipamentos ou exames laboratoriais. Muitos são resultado do complexo sistema de saúde atual, mas eles também acontecem quando há um problema de comunicação entre médicos e pacientes.

O governo americano, trabalhando em conjunto com provedores de cuidados em saúde, liberou uma publicação da Agência de Pesquisa e Qualidade em Serviços de Saúde (Agency for Healthcare Research and Quality - AHRQ) que fala como evitar os erros médicos.

O que pode ser feito? Envolva-se com a sua saúde.

1. O caminho mais importante para ajudar a prevenir erros médicos é ser um membro ativo da equipe que cuida da sua saúde. Pesquisas mostram que os pacientes mais envolvidos com os cuidados com a sua saúde são os que alcançam melhores resultados.

2. Tenha certeza de que seus médicos têm conhecimento de todos os medicamentos que você está usando, inclusive aqueles que não necessitam de prescrição médica para serem comprados, suplementos nutricionais e vitaminas. Pelo menos uma vez ao ano, leve todos esses medicamentos que você usa para o médico que acompanha a sua saúde.

3. Tenha certeza de que seu médico conhece todas as alergias ou reações adversas a medicamentos que você já apresentou. Isto evita que você use um medicamento que pode te causar mal.

4. Depois que o médico lhe entregar uma prescrição, procure lê-la para ter a certeza de que entendeu o nome do medicamento receitado. Quando você não consegue ler o nome do medicamento, é muito provável que o farmacêutico ou balconista da farmácia também não consiga. Peça ao médico para escrever novamente em letras legíveis.

5. Procure informações sobre os medicamentos de uma maneira que você possa compreender. Pergunte sobre:

Indicações da medicação;

Como você deve usá-la e por quanto tempo;

Quais são os efeitos colaterais que podem ser observados e o que fazer se algum deles ocorrer com você;

Quais alimentos você deve evitar ingerir ao usar esta medicação;
Pergunte se ela interfere em algum medicamento que você já faz uso.

6. Quando tiver na farmácia comprando o medicamento, pergunte:
Esta é a medicação que o meu médico prescreveu?
Um estudo do Massachusetts College of Pharmacy and Allied Health Sciences relata que 88% dos erros com medicação envolvem aviamento errado da receita médica ou uso da dose errada.

7. Caso você tenha alguma dúvida após ler a bula do medicamento, pergunte. Por exemplo, pergunte se “quatro doses ao dia” significa “tomar a medicação de 6 em 6 horas” ou “ingerir a medicação quatro vezes durante o tempo em que você está acordado”.

8. Quando se tratar de um medicamento em forma líquida, use apenas o dispositivo que acompanha o frasco do medicamento para medir as doses. Não troque este dispositivo por talheres da sua casa ou por outras seringas. Pergunte como usar corretamente esta ferramenta, em caso de dúvidas.

9. Obtenha informações sobre os efeitos colaterais que este remédio pode causar. Sabendo o que pode acontecer, você estará mais preparado para obter ajuda caso eles aconteçam.

10. Quando precisar fazer uma cirurgia, se tiver a opção, escolha o hospital em que várias outras pessoas já tenham feito o mesmo procedimento.

11. Quando estiver em um hospital, não se envergonhe de perguntar aos profissionais que vão cuidar de você se eles lavaram as mãos. Lavar as mãos é muito importante para evitar a disseminação de infecções hospitalares. Infelizmente, este ato não é feito com a regularidade que deveria.

12. Quando receber alta hospitalar, procure entender a explicação sobre o tratamento que deve receber e todos os cuidados com alimentação, funções excretoras (urina e fezes), retorno às suas atividades rotineiras, incluindo atividades físicas.

13. É raro que a equipe cirúrgica se engane quanto ao local em que será realizada uma cirurgia, mas isso pode acontecer. Procure confirmar com a equipe cirúrgica o local do seu corpo em que será realizado o ato cirúrgico.

14. Saiba que você tem o direito de ter suas dúvidas esclarecidas pelos profissionais de saúde. Converse com o seu médico.

15. Caso você tenha mais de um problema de saúde, certifique-se de que o médico que o acompanha informou a toda a equipe sobre esses problemas. Isto é particularmente importante quando você está em um hospital.

16. Peça a um membro de sua família ou a um amigo para acompanhá-lo quando for a um hospital. Mesmo se você achar que não precisa no momento, você pode precisar dessa ajuda mais tarde.

17. Nem sempre mais é o melhor. É uma boa idéia perguntar em que um procedimento ou tratamento vai auxiliá-lo.

18. Quando fizer um exame, pergunte sobre os resultados.

19. Aprenda sobre sua condição de saúde perguntando a médicos e enfermeiros. Procure também outras fontes confiáveis de informação.

20. Pergunte a seu médico se o tratamento que você está recebendo está baseado nas últimas evidências científicas.


Fontes: AHRQ

Perda de peso e sua manutenção com sucesso


Café da manhã, monitoração do peso, atividades físicas e dieta de baixa caloria são as estratégias que funcionam para a manutenção da perda de peso, segundo dados do National Weight Control Registry

O National Weight Control Registry (NWCR), fundado em 1994 por Rena Wing, Ph.D. da Escola Médica Brown (Brown Medical School), e James O. Hill, Ph.D.da Universidade do Colorado (University of Colorado), realiza a maior investigação prospectiva e de longo prazo da perda de peso e sua manutenção com sucesso.

São estudados mais de 5000 indivíduos que perderam uma quantidade significativa de peso (pelo menos 14 kg) e mantiveram esta perda por pelo menos 1 ano. Através de questionários detalhados e um acompanhamento anual são examinados os hábitos e as características psicológicas dos chamados “perdedores de sucesso”, assim como as estratégias usadas para a manutenção do peso perdido.

Os “perdedores de sucesso” têm em comum algumas características:

78% tomam café da manhã diariamente.

75% pesam-se por conta própria pelo menos uma vez na semana. Esta monitoração do peso serve como um “sistema de alarme precoce”.

62% assistem menos de 10 horas de televisão por semana.

90% mantêm um alto nível de atividade física. As mulheres gastam 2000 kcal por semana e os homens 3300 kcal por semana com exercícios físicos, sendo a caminhada a modalidade mais comum. Isto significa cerca de 60 a 90 minutos por dia de atividade física moderada a intensa.

Têm uma dieta de 1300 a 1500 calorias por dia, pobre em gorduras e rica em carboidratos (apenas 24% das calorias vêm de gorduras).
É interessante saber que:

80% das pessoas acompanhadas são mulheres e 20% são homens.
A média de idade das mulheres é de 45 anos e a média de peso atual é de 65 kg. Já a média de idade masculina é de 49 anos e de peso é de 86kg.
Os participantes perderam 30kg e mantiveram esta perda por 5,5 anos em média.
Essas médias, entretanto, escondem muita diversidade:

A perda de peso variou de 14 a 136 kg.
A manutenção do novo peso variou de um a 66 anos.
Alguns indivíduos apresentaram uma perda rápida do peso, enquanto outros perderam peso lentamente – podendo chegar a um intervalo de 14 anos.
Outras informações:

45% perderam peso por conta própria e outros 55% com a ajuda de algum programa de apoio.

98% relatam modificação dos alimentos ingeridos para auxiliar a perda de peso.

94% aumentaram o tempo de realização de suas atividades físicas.

Muitos cortaram a ingestão de carboidratos (pão, arroz, batata ou cereais) após as 17horas e acrescentaram à refeição noturna alimentos como peixes, carnes magras, frutas, vegetais, laticínios e conseguiram manter uma refeição agradável.

Esta retirada do carboidrato noturno ajuda a controlar os níveis de insulina. Quando o carboidrato é ingerido, ele é metabolizado em glicose, estimulando o pâncreas a liberar insulina para o sangue, o que favorece o depósito de gordura nas células. A insulina também inibe a liberação do hormônio do crescimento, dificultando o uso da gordura do corpo como fonte de energia durante o sono. O hormônio do crescimento é anabolizante, estimula a lipólise (quebra da gordura) e age de forma reparadora dentro do organismo.

Fonte: The National Weight Control Registry

Cirurgias estéticas: cresce a colocação de próteses de silicone, abdominoplastia e redução de mamas masculinas

Cirurgias estéticas: cresce a colocação de próteses de silicone, abdominoplastia e redução de mamas masculinas segundo estatísticas da BAAPS

A estatística anual da Sociedade Britânica de Cirurgia Plástica Estética (The British Association of Aesthetic Plastic Surgeons - BAAPS) mostra que:

Foram realizados 34.187 procedimentos cirúrgicos estéticos, por membros da Sociedade Britânica de Cirurgia Plástica Estética, em 2008, no Reino Unido. Um aumento de 5,4% em relação a 2007, quando 32.453 tinham sido realizados, sendo que 31.183 procedimentos (91%) foram realizados em mulheres.

Para as mulheres, o procedimento mais frequente é a colocação de próteses de silicone para aumento do tamanho dos seios - foram realizados 8.439 em 2008 (30% a mais do que em 2007). Seguido de blefaroplastia (queda de 12% em relação a 2007), lifting no pescoço e na face (aumento de 2,8%), abdominoplastia (aumento significativo de 30,5%) e redução das mamas (aumento de 11%).

A abdominoplastia teve aumento em ambos os sexos, com 3.638 procedimentos realizados, um aumento de 30% em relação a 2007.

Nos homens os cinco procedimentos mais frequentes são rinoplastia (queda de 2,5% em relação a 2007), blefaroplastia (aumento de 9%), otoplastia (aumento de 21,5%), liposucção (redução de 18%) e redução das mamas (aumento expressivo de 44%).

O Presidente da BAAPS, Douglas McGeorge, informa que todas as pessoas que consideram fazer uma cirurgia estética devem ter em mente que nenhum procedimetno está isento de riscos.

Quando realizadas nas circunstâncias ideais, as cirurgias estéticas podem ter um impacto positivo e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

The British Association of Aesthetic Plastic Surgeons

Prevenção do câncer: INCa francês desaconselha o consumo de uma taça de vinho diária e limita a ingestão de carnes vermelhas a 500 gramas por semana

Estudo publicado em 17 de fevereiro de 2009 pelo Instituto Nacional do Câncer (INCa) francês sobre o impacto da nutrição no desenvolvimento de tumores sintetiza os trabalhos internacionais mais recentes sobre o assunto. Segundo Dominique Maraninchi, presidente do INCa francês, "as pequenas e repetidas doses são as mais nocivas".

Na França, o consumo de álcool é a segunda causa evitável de morte por câncer: 10,8% dos falecimentos por patologias cancerígenas entre homens e 4,5% entre mulheres. Fica atrás apenas do tabaco.

As recomendações do INCa francês são:

Não consumir álcool. Não é possível estabelecer uma dose que não traga prejuízos à saúde.
Consumir, no máximo, 500 gramas de carnes vermelhas por semana para prevenir tumores de cólon e de reto.
Complementar o consumo de proteínas com carnes brancas, ovos, leguminosas e peixes.
Consumir no máximo 5 gramas de sal por dia, já que o sal está relacionado ao câncer de estômago.
O ideal é a ingestão de cinco porções ou no mínimo 400 gramas diárias de frutas e legumes ricos em fibras, antioxidantes e vitamina B9 (ácido fólico).
O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida beneficia tanto a mãe quanto o filho.
Manter um peso corporal saudável (IMC entre 18,5 a 25 kg/m²). O índice de massa corporal (IMC) é calculado pelo peso (em kilogramas) dividido pelo quadrado da altura (em centímetros).
Eliminar o sedentarismo. Praticar atividades físicas pelo menos 5 vezes na semana (intensidade moderada) ou 3 vezes na semana (forte intensidade). Um aumento de 5 pontos no IMC aumenta o risco de câncer de mama em 8% e de câncer de esôfago em 55%.

O betacaroteno tem propriedades antioxidantes. As necessidades nutricionais são facilmente preenchidas com uma alimentação variada e equilibrada. Já o excesso de betacaroteno aumenta significativamente o risco de câncer de pulmão nos fumantes.
Os estudiosos alertam que o câncer é uma doença multifatorial, envolvendo fatores nutricionais, genéticos e ambientais e que não há um "alimento milagroso" que proteja totalmente o indivíduo contra esta patologia.

Fontes:
Institut National du Cancer
Le Monde

Médicos precisam conhecer melhor os efeitos adversos das estatinas como dores musculares, perdas cognitivas e neuropatia periférica




Artigo de revisão publicado no American Journal of Cardiovascular Drugs analisou cerca de 900 estudos sobre os efeitos adversos dos inibidores da HMG-CoA redutase (estatinas), uma classe de medicamentos reconhecidamente eficaz no tratamento da hipercolesterolemia e na redução do risco cardiovascular. Entre os eventos adversos mais frequentemente encontrados estão dores musculares, perdas cognitivas e neuropatia periférica.

O estudo mostrou evidências claras de que o uso de altas doses de estatinas ou das estatinas mais potentes para a redução do colesterol, assim como certas condições genéticas, estão ligadas a um maior risco de apresentar eventos adversos com o uso desta medicação. Entre os sintomas colaterais observados estão problemas musculares, perdas cognitivas, neuropatia periférica, dor ou parestesias nos dedos, aumento da glicemia, alterações em tendões, rabdomiólise e disfunções hepáticas, pancreáticas ou sexuais.

As estatinas parecem induzir danos à função das mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia. Elas agem sobre mecanismos associados à produção de colesterol, que são os mesmos da produção da coenzima Q10 – importante na produção de energia dentro das mitocôndrias e na redução dos radicais livres. A perda desse composto faz aumentar o estresse oxidativo e o dano ao DNA, deixando o organismo mais vulnerável.

Os efeitos são dose-dependente. O risco é maior quanto mais avançada a idade do paciente. Isto explica porque os benefícios não superam os riscos do uso em pessoas entre 70 e 75 anos, mesmo aquelas com doença cardíaca, e também com interações entre medicamentos que potencializam as estatinas, frequentemente através da inibição do sistema citocromo P450 3A4. Hipertensão arterial, síndrome metabólica, alterações da tireóide e diabetes estão ligados a danos mitocondriais, então essas condições estão associadas a riscos altos de complicações com o uso de estatinas, de acordo com Beatrice Golomb e Marcella A. Evans, autoras da revisão.

Segundo Beatrice, o conhecimento médico a respeito dos efeitos adversos das estatinas é pequeno, mesmo sobre os mais frequentemente relatados pelos pacientes. A consciência e a vigilância devem ser ampliadas para permitir decisões corretas sobre tratamentos, modificação de tratamentos quando for apropriado, qualidade melhorada de cuidados com os pacientes e redução de morbidades.

Fonte: American Journal of Cardiovascular Drugs

NOVALGINA Retal (dipirona sódica)

NOVALGINA Retal
dipirona sódica

- Forma farmacêutica e apresentação

Supositório infantil
Embalagens com 5 supositórios

Supositório adulto
Embalagens com 5 supositórios

Via retal (anal)

USO PEDIÁTRICO E ADULTO

- Composição

Cada supositório infantil contém:
dipirona sódica monoidratada..................300 mg
excipientes q.s.p....................1 supositório
(lecitina de soja, adeps solidus L 35, adeps solidus L 15)
Cada supositório adulto contém:
dipirona sódica monoidratada.................1000 mg
excipientes q.s.p....................1 supositório
(lecitina de soja, adeps solidus L 35, adeps solidus L 15)

- INFORMAÇÕES AO PACIENTE

- COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

NOVALGINA® é um medicamento à base de dipirona sódica, utilizado no tratamento das
manifestações dolorosas e febre. Para todas as formas farmacêuticas, os efeitos analgésico e
antitérmico podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente
duram cerca de 4 horas.

- POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?

Este medicamento é indicado como analgésico e antitérmico.

- QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

NOVALGINA® não deve ser usada nos seguintes casos:
Pacientes com alergia à dipirona sódica ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas (ex.: fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex.: fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, caso anterior de agranulocitose em relação a um destes medicamentos;
Em certas doenças metabólicas tais como: porfiria aguda do fígado intermitente (pelo risco de indução de crises de porfiria) e deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (pelo risco de ocorrência de hemólise);
Função da medula óssea insuficiente (ex.: após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético;
Pacientes que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafiláticas (isto é urticária, rinites, angioedema) com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno.
Crianças menores de 4 anos de idade ou pesando menos 16 kg;
Gravidez (vide advertências - gravidez) e lactação (vide advertências - amamentação). Este medicamento é contra-indicado na faixa etária inferior a 4 anos.

- ADVERTÊNCIAS

Agranulocitose induzida por dipirona sódica é uma ocorrência de origem imuno-alérgica, durável por pelo menos 1 semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser severa com risco de vida, podendo ser fatal. Não depende da dose e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Os pacientes devem ser advertidos a parar a medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados a neutropenia, ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de neutropenia, o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.

Choque anafilático: Essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis, por essa razão dipirona sódica deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma.
Verifique sempre o prazo de validade que se encontra na embalagem do produto e confira o nome para não haver enganos. Não utilize NOVALGINA® caso haja sinais de violação ou danificações da embalagem.

Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de NOVALGINA® supositórios administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia desta apresentação, a administração deve ser somente pela via retal (anal).

Gravidez
Recomenda-se não utilizar NOVALGINA® durante os primeiros 3 meses da gravidez. O uso de NOVALGINA® durante o segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo médico.
NOVALGINA® , entretanto, não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez, visto que, embora a dipirona sódica seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser excluída.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Amamentação
A lactação deve ser evitada durante e até 48 horas após o uso de NOVALGINA®, devido à excreção dos metabólitos da dipirona sódica no leite materno.
INFORME AO MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.

INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO.

- PRECAUÇÕES

Pacientes idosos
Em pacientes idosos deve-se considerar a possibilidade de desenvolvimento de insuficiência hepática e renal.

Crianças
O uso de NOVALGINA® supositórios infantil é inadequado às crianças abaixo de 4 anos de idade ou pesando menos de 16 kg. É recomendada supervisão médica quando se utiliza NOVALGINA® supositório infantil às crianças com menos de 5 anos de idade.

Restrições a grupos de risco
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para reações anafiláticas graves possivelmente relacionadas à dipirona sódica:
Pacientes com asma analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária-angioedema;
Pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com rinosinusite poliposa concomitante;
Pacientes com urticária crônica;
Pacientes com intolerância ao álcool, ou seja, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades de certas bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e rubor pronunciado da face. A intolerância ao álcool pode ser um indício de síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada e Antes da administração de NOVALGINA, os pacientes devem ser questionados especificamente. Em pacientes que estão sob risco potencial para reações anafilactóides, NOVALGINA somente deve ser usada após cuidadosamente analisados os possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se NOVALGINA for administrada em tais circunstâncias, é requerido que seja realizado sob supervisão médica e em locais com recursos para tratamento de emergência.
A administração de dipirona sódica pode causar reações relativas a queda da pressão sangüínea isolada (ver item REAÇÕES ADVERSAS). Essas reações são possivelmente proporcionais às doses administradas e ocorrem com maior probabilidade após administração do medicamento em sua forma farmacêutica injetável.
Nestes pacientes, a dipirona sódica deve ser utilizada com extrema cautela e a administração de NOVALGINA® nestas circunstâncias deve ser realizada sob supervisão médica. Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação) para reduzir o risco de reação de queda da pressão sangüínea.

Dipirona sódica só deve ser administrada sob monitoração hemodinâmica em pacientes nos quais a diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença grave das artérias coronarianas ou obstrução relevante dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.

Em pacientes com insuficiência dos rins ou do fígado, desaconselha-se o uso de altas doses de dipirona sódica, visto que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes, já que a taxa de eliminação é reduzida nesses pacientes. Entretanto, para tratamento à curto prazo não é necessária redução da dose. Não existe experiência com o uso de dipirona sódica em longo prazo em pacientes com insuficiência dos rins ou do fígado.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade de desenvolvimento de insuficiência dos rins ou do fígado.

- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A dipirona sódica pode causar redução dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Deve-se, portanto, realizar monitorização das concentrações de ciclosporina quando da administração concomitante de dipirona sódica.
Alimentos
Não há dados disponíveis até o momento sobre a administração concomitante de alimentos e dipirona sódica.
Exames de laboratório
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de dipirona sódica em exames de laboratório.

- COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Instruções para aplicação
Os supositórios de NOVALGINA® são indicados especialmente para reduzir a febre ou aliviar a dor em pacientes com dificuldade para engolir comprimidos e líquidos. NOVALGINA® também pode substituir, de acordo com orientação médica, a aplicação de analgésicos injetáveis.

Para obter a máxima eficácia analgésica/antitérmica de NOVALGINA®, siga corretamente as instruções abaixo:

1.Mantenha sempre a embalagem do supositório em local fresco. Caso os supositórios se apresentem amolecidos pelo calor, mergulhe a embalagem de alumínio por alguns segundos em água gelada para que voltem à consistência original.
2.Seguindo o picote na embalagem de alumínio destaque apenas o supositório a ser utilizado.
3.Antes de aplicar o supositório, lave bem as mãos e, se possível, desinfete-as com solução anti-séptica.
4.A embalagem de alumínio de NOVALGINA® já vem com uma pré-abertura que facilita a retirada do supositório. Basta forçar esta pré-abertura e o supositório sairá, inteirinho, pronto para ser usado.
5.Com o dedo polegar e o indicador afaste as nádegas e introduza o supositório no orifício anal.
6.Comprima suavemente uma nádega contra a outra, durante alguns segundos, para evitar que o supositório volte.

- POSOLOGIA

SUPOSITÓRIO ADULTO
1 supositório até 4 vezes ao dia.
Doses maiores, somente a critério médico.
Não deve ser administrado para menores de 15 anos.

SUPOSITÓRIO INFANTIL
1 supositório até 4 vezes ao dia.
Se doses maiores forem necessárias, devem ser administradas as formas orais.

Crianças menores de 4 anos ou com menos de 16 kg não devem ser tratadas com supositórios.

NOVALGINA® não deve ser administrada em altas doses, ou por períodos prolongados, sem controle médico.

A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória.

Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal é contra-indicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
Para todas as formas farmacêuticas, os efeitos analgésico e antitérmico são alcançados 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4 horas.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.

Posologia para casos especiais
Em pacientes com insuficiência dos rins ou do fígado, desaconselha-se o uso de altas doses de dipirona sódica, visto que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes.
Entretanto, para tratamento a curto prazo não é necessária redução da dose. Não existe experiência com o uso de dipirona sódica a longo prazo em pacientes com insuficiência dos rins ou do fígado.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade de desenvolvimento de insuficiência dos rins ou do fígado.

Conduta necessária caso haja esquecimento de administração
Baseando-se nos sintomas, reintroduzir a medicação respeitando sempre os horários e intervalos recomendados. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.

SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR. NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS, PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DE SEU CIRURGIÃO-DENTISTA.

NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

- ASPECTO FÍSICO

Supositórios branco-amarelados, de forma cilíndrica, com uma das extremidades ovalada.

- CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

Ver item ASPECTO FÍSICO.

- QUAIS AS REAÇÕES ADVERSAS QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

Reações anafiláticas/anafilactóides
Raramente a dipirona sódica pode causar reações anafiláticas/anafilactóides que, em casos muito raros, podem se tornar graves e com risco de vida. Estas reações podem ocorrer mesmo após NOVALGINA® ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões sem complicações.
Tipicamente, reações anafiláticas/anafilactóides leves manifestam-se na forma de sintomas na pele ou nas mucosas (como: prurido, ardor, rubor, urticária, inchaço), dispnéia e, menos freqüentemente, sintomas gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas graves com urticária generalizada, angioedema grave (até mesmo envolvendo a laringe), broncospasmo grave, arritmias cardíacas, queda da pressão sangüínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão
sangüínea) e choque circulatório.
Em pacientes com síndrome da asma analgésica, estas reações aparecem tipicamente na forma de ataques asmáticos.

Outras reações da pele e mucosas
Além das manifestações na pele e das mucosas de reações anafiláticas/anafilactóides mencionadas acima, podem ocorrer ocasionalmente erupções fixadas por medicamentos;
raramente, exantema; e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson ou síndrome de Lyell.

Reações de queda na pressão sangüínea isoladas
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações de queda na pressão sangüínea transitórias isoladas; em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda acentuada da pressão sangüínea.

Reações hematológicas
Podem desenvolver-se raramente leucopenia e, em casos muito raros, agranulocitose ou trombocitopenia. Estas reações são consideradas imunológicas e podem ocorrer mesmo após NOVALGINA® (dipirona sódica) ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações. Agranulocitose pode representar risco de vida.
Sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex.: orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto, em pacientes recebendo antibioticoterapia, os sinais típicos de
agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de sedimentação de células vermelhas é extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.

Sinais típicos de trombopenia incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de manchas vermelhas ou púrpuras na pele e membranas mucosas.

Outras reações adversas
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com história de doença nos rins, pode ocorrer piora aguda da função dos rins (insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria ou proteinúria. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda.
Coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina . Isso pode ocorrer devido a presença do metabólito - ácido rubazônico, em baixas concentrações.

- O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?

Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas, vômito, dor abdominal, deficiência da função dos rins/insuficiência aguda dos rins, mais raramente, sintomas do sistema nervoso central (vertigem, sonolência, coma, convulsões) e queda da pressão
sangüínea (algumas vezes progredindo para choque) bem como arritmias cardíacas (taquicardia). Após a administração de doses muito elevadas, a excreção de um metabólito inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração avermelhada na urina.
Em caso de superdose acidental, você deve suspender a medicação, guardar repouso, preferencialmente deitado com as pernas elevadas, e procure imediatamente atendimento médico de emergência.

Tratamento
Não existe antídoto específico conhecido para dipirona sódica. Em caso de administração recente, deve-se limitar a absorção sistêmica adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de desintoxicação, como lavagem gástrica ou aqueles que reduzem a
absorção (ex.: carvão vegetal ativado). O principal metabólito da dipirona sódica (4-Nmetilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.
Fonte: Bulas.med.br

PS:NÃO A AUTOMEDICAÇÃO(boaspraticasfarmaceuticas)

STF garante isonomia a aposentados e pensionistas


Supremo garante aumento a aposentados e pensionistas

Decisão do STF estende a inativos da União o direito de receber duas gratificações. No Rio, 100 mil servidores serão beneficiados

Rio - Sentença inédita do Supremo Tribunal Federal surpreendeu ontem o governo federal e servidores inativos da União em todo o País.

O STF decidiu que as gratificações conhecidas nas repartições públicas como Gdata (Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa) e GDASST (Gratificação de Atividade de Seguridade Social e do Trabalho) devem ser estendidas também aos aposentados e pensionistas.

Segundo advogados especializados em direitos constitucionais, com base na sentença do Supremo, os inativos também podem exigir os atrasados das respectivas gratificações.

Significa que o Ministério do Planejamento terá que refazer as contas do Orçamento para passar a pagar a Gdata e a GDASST. Estima-se que essas duas gratificações beneficiem mais de 100 mil inativos somente no Rio.

Desse universo, pelo menos 30 mil serão contemplados mais rapidamente porque já estão com ações em andamento nos tribunais. Os demais deverão recorrer à Justiça, aproveitando-se do precedente do STF.

O Supremo também decidiu editar duas súmulas vinculantes para “pacificar” o assunto — ou seja, para que todas as reclamações nas instâncias inferiores recebam o mesmo entendimento de ontem. O recurso foi julgado pelos ministros-relatores Sepúlveda Pertence e Gilmar Mendes. A concessão da Gdata, segundo os ministros, consta do Artigo 1° da Lei 10.404 de 2002. Mas a União alega ofensa a determinados artigos e afirma que os inativos têm direito a apenas 10 pontos (dos 37,5 que compõem a gratificação). A União argumenta que não cabe ao Poder Judiciário aumentar vencimentos de servidores, sob a justificativa de defender o fundamento de isonomia. Sepúlveda Pertence entendeu que, segundo o regulamento da Gdata, que vigora desde 2002, os servidores inativos também fazem jus ao total de 37,5 pontos, garantidos atualmente a todos os servidores em atividade.

Fonte: O Dia

2.19.2009

Brasil é um dos líderes no uso de moderador de apetite.


Brasil é um dos líderes no uso de moderador de apetite.
O estudo é da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes.
País está ao lado dos Estados Unidos e da Argentina.


Um relatório divulgado nesta quinta-feira (19), em Viena, na Áustria, com informações atualizadas sobre a produção, tráfico e consumo de drogas mostra que o Brasil está entre os países que mais usam moderadores de apetite em todo o mundo, ao lado da Argentina e dos Estados Unidos.

O documento da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) aponta ainda que a Colômbia continua sendo o maior produtor de cocaína e que, de acordo com o Escritório das Nações Unidos sobre Drogas e Crime (UNDOC, na sigla em inglês), a produção naquele país cresceu 27% no período pesquisado – o estudo se refere ao ano de 2008.

Da superfície total de plantação ilegal na América do Sul, 55% pertencem à Colômbia, 29% ao Peru e 16% à Bolívia. Ainda segundo o relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), a maconha é a droga mais consumida na Argentina, Bolívia, Peru, Equador e Uruguai.

A Jife foi criada em 1968 pela Convenção Única sobre Drogas Entorpecentes e tem atuação independente de governos e das Nações Unidas. Tem a responsabilidade de monitor a obediência dos países em relação aos tratados internacionais de controle das drogas.

Brasil, Argentina e Estados Unidos consomem 78% dos estimulantes do mundo. Os mais comuns são as anfetaminas e derivados, como anfepramona e femproporex.

Os especialistas em emagrecimento dizem que o uso de moderadores é aconselhado para pacientes que lutam contra o gancho excessivo de peso, mas a combinação de várias substâncias e medicamentos pode ser muito nociva à saúde.

Receita explosiva.

O endrocinologista sustenta que, certas fórmulas, que combinam moderadores, anti-depressivos, laxantes e diuréticos, são uma “receita explosiva”.

“Não é incomum estas pessoas desenvolverem quadros psicóticos, quadros de depressão, principalmente depois que param com esses remédios”, diz o médico Amélio, que alerta para um outro perigo: a presença, nessas fórmulas, do hormônio da tireóide, que surge com o nome de liotironina.

Segundo o médico, o excesso de hormônio da tireóide faz o organismo queimar mais calorias, mas, em compensação, pode causar hipertireoidismo, a doença que altera a pressão arterial e que pode provocar arritmia cardíaca.

Remédio, nunca mais, diz Carla

A assessora de marketing Carla Pereira luta contra o excesso de peso há 30 anos e diz que teve problemas com algumas dessas fórmulas que incluem estimulantes:

“Boca seca, irritabilidade, mau humor, nervosismo... “, são algumas das lembranças que ela tem dessas fórmulas. Quinze quilos mais magra, Carla prefere lutar contra o sobrepeso com exercícios físicos e controlando a alimentação: “Eu considero que estou muito melhor e eu quero continuar neste caminho. Remédio para emagrecer, nunca mais”,

Globo.com

Moderadores de Apetite
Os nomes até variam, mas as dietas da moda têm sempre o mesmo objetivo: oferecer a fórmula mágica para perder, rapidamente, os quilos excedentes. Nessa busca desenfreada pelo padrão ideal de beleza, muitas pessoas cometem excessos que colocam em risco a saúde e o bem-estar. Com a proximidade do verão a busca por mudanças rápidas pode comprometer o organismo.


Exemplo disso é o elevado consumo de moderadores de apetite. Os brasileiros são os que mais utilizam medicações dessa ordem, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). De janeiro a julho deste ano, foram vendidos cerca de 170 milhões de cápsulas para emagrecer, isso só nas farmácias de manipulação. A endocrinologista Alessandra Fonseca, da Amil Brasília, explica que o uso dessa classe de medicação é recomendado apenas a pessoas com sobrepeso real, que não obtêm sucesso com dieta conjugada a atividade física. "Nesses casos, a prescrição e o estreito acompanhamento médico são essenciais", destaca a especialista.

Quando adotados sem orientação e acompanhamento os moderadores de apetite trazem bem mais riscos que benefícios. "Podem até colaborar para a redução do peso, mas também podem ocasionar perda de massa muscular, alteração do metabolismo, taquicardia, aumento da pressão arterial, insônia, entre vários outros problemas", adverte a médica. Para quem quer manter o peso saudável ou simplesmente fazer as pazes com a própria imagem Dra. Alessandra é enfática: "A receita é adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e exercícios regulares. Quem investe nessa dobradinha deixa o corpo em forma e, como bônus, ganha qualidade de vida e longevidade".

Dados da OMS atestam que há um bilhão de adultos com excesso de peso e cerca de 300 milhões com obesidade no mundo. No Brasil, 40% da população estão acima do peso. A médica Hermelinda Pedrosa, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, diz que essa situação deve-se ao crescente estímulo do consumo de produtos ricos em gordura e açúcar. "Hoje, há um grande apelo da para alimentos pouco nutritivos, a exemplo do fast food. Para mudar isso é necessário conscientização",