8.21.2010

Tiroteio em São Conrado (Rio) mata mulher e leva pânico às ruas do bairro.

Na fuga, bandidos armados com fuzis invadem hotel e fazem cerca de 15 reféns
Rio - Uma mulher morreu e cinco pessoas ficaram feridas - entre elas, três policiais militares - depois de um intenso tiroteio na manhã deste sábado nas ruas de São Conrado, nas proximidades da Favela da Rocinha, na Zona Sul da cidade. A troca de tiros teve início por volta das 8h com a ida de traficantes do Morro do Urubu, na Zona Norte, à Rocinha para uma festa. No caminho, o grupo teria encontrado com policiais do 23º BPM (Leblon), dando início ao tiroteio. Na fuga, 10 bandidos armados com fuzis invadiram o Hotel Intercontinental, nas proximidades da favela e feito 15 funcionários reféns na cozinha do estabelecimento. Depois de quase duas horas de negociação com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), o grupo foi libertado pelos bandidos, que se entregaram e foram presos. A situação permanece tensa no bairro, com ruas interditadas e moradores com medo.Um grande esquema de segurança, com o apoio de helicópteros, foi armado pela polícia em volta prédio. Segundo informações do 23º BPM, o prédio foi evacuado, mas alguns hóspedes ainda estão no local, trancados em seus quartos. Funcionários informaram que o hotel estava com uma lotação de 600 pessoas, mas que no momento da invasão, cerca de 40 hóspedes se encontravam no estabelecimento, que sediaria um evento de Odontologia neste final de semana. O time do Fluminense seguiria no início desta tarde para o hotel, onde faria sua concentração para a partida de amanhã, contra o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro.Inalva Maria de Jesus, mãe de um dos bandidos que invadiram o hotel, foi chamada pela polícia para ajudar nas negociações. Ela entrou no hotel para conversar com o filho e saiu bastante nervosa e chorando muito.Mulher morre por bala perdida ( segundo a policia esta mulher fazia parate do bando).

A mulher, identificada apenas como Adriana, foi morta por uma bala perdida em frente ao número 611 da Avenida Aquarela do Brasil. Ela seria moradora de um condomínio de classe média localizado na rua. Policiais tiveram que quebrar a porta de vidro de uma agência de carros, no final da rua, para se proteger da intensa troca de tiros. Três policiais e dois moradores foram baleados e estão internados no Hospital Miguel Couto, na Gávea, mas nenhum dos casos inspira maiores cuidados. Um PM teria levado um tiro no braço, outro na perna, e o terceiro, na mão. Entre os civis, há um caso de tiro de raspão na cabeça e um mecânico que estava trabalhando nas proximidades acabou baleado no braço. Um dos feridos foi identificado como Juarez Barbosa Soares, de 46 anos.Na fuga, um grupo de bandidos invadiu o Hotel Intercontinetal, na Avendida Niemeyer, nas proximidades da Rocinha. Policiais seguiram para o local e fazem negociação com os bandidos para libertação dos reféns. Há informações de que alguns hóspedes também estão sob o poder de traficantes, dentro do estabelecimento, e em uma concessionária de veículos localizada ao lado. Policiais fazem buscas no interior do hotel e também nas proximidades à procura dos bandidos. Moradores em pânicoMoradores relatam que o clima é de pânico nas ruas próximas à favela da Rocinha e ao Shopping Fashion Mall. Segundo os relatos, bandidos estariam atirando em direção à favela e roubando veículos nas imediações do Hotel Nacional. Moradores tentaram fugir dos disparos deitando no chão. Passageiros de ônibus que passavam pelo local desceram dos veículos com medo de balas perdidasNo microblog Twitter, o cientista político Luiz Eduardo Soares resumiu a situação, em seu Twitter: "Estou no Afeganistão? Não, sou repórter de guerra na Zona Sul do Rio de Janeiro. Se moradores dos prédios estão assustados, imagino na Rocinha".Os túneis Zuzu Angel e Acústico, na Gávea, ficaram fechados por causa do tiroteio, mas o trânsito já foi liberado pela CET-Rio. Assustados, muitos motoristas voltaram de marcha-ré. Outros abandonaram o carro na pista e saíram correndo.
G1.com

Atualizando esta informação:

Grupo armado é preso após invasão de hotel no Rio
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Pelo menos 10 pessoas foram presas neste sábado no Rio de Janeiro, após invadirem um hotel cinco estrelas na zona do sul da cidade e manterem 35 funcionários e hóspedes reféns, disse a polícia. Os reféns foram libertados .
O grupo, usando armamento pesado e vestindo capuz, entrou no hotel para tentar escapar de uma perseguição policial iniciada na Avenida Niemeyer, próxima ao hotel. No tiroteio entre o grupo e a polícia, uma mulher morreu e dois policiais ficaram feridos.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que a mulher morta na troca de tiros tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça. Segundo investigações da PM, ela trabalhava para o tráfico de drogas na favela da Rocinha.
O porta-voz da Polícia Militar, coronel Lima Castro, disse que 35 reféns foram libertados e 10 pessoas presas. Ele disse que nenhum refém ficou ferido. O Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), faz uma varredura no local. O túnel próximo à região foi fechado.
De acordo com a polícia, o grupo encontrou patrulhas da PM no início da manhã, o que deu início à troca de tiros.
"Eu nunca vi tanto bandido junto. Todos estavam com a mesma roupa, estavam uniformizados e passavam pela rua dando tiros para o alto. Era uma praça de guerra", disse à Reuters uma moradora do bairro de São Conrado.
"Tinha bandido até com colete a prova de bala", disse outro morador do bairro.
Nesse domingo, acontece a Meia Maratona do Rio e a largada está prevista para ocorrer justamente na praia de São Conrado, a poucos metros do hotel.
O time do Fluminense, que geralmente fica hospedado no hotel invadido pelo grupo armado, decidiu se hospedar em outro local por conta da ação dos traficantes.

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