5.22.2010

OS MÚSCULOS TIRAM A FEMINILIDADE DA MULHER?



A beleza da força
O corpo musculoso das mulheres que malham parece representar uma nova estética feminina, que desafia os homens em seu próprio terreno. Mas essas mulheres saradas são realmente bonitas?
O que é uma mulher bonita?
A resposta a essa pergunta tem variado através dos séculos, das culturas e da geografia. Nossos ancestrais, que habitavam as cavernas da Europa há 50 mil anos, esculpiram deusas da fertilidade com seios, coxas e barrigas proeminentes. Podemos admitir que era esse seu ideal de beleza. Para o povo pagund, do norte da Tailândia, seios caídos e longos pescoços deformados pela colocação de anéis de metal são o que há de mais bonito. Nos parece estranho, mas assim é entre eles. No Brasil do século XXI, celeiro mundial de modelos claras e delgadas, existe uma acentuada predileção popular por mulheres carnudas e morenas, com curvas bem demarcadas.
Portanto, o que é uma mulher bonita?
A empresária carioca Marcella Techeh tem sua própria resposta para essa questão. Ela tem 33 anos, dois filhos e um corpo esculpido em pedra por sessões diárias de musculação. Marcella é uma mulher forte, sarada, malhada mesmo, embora não tenha uma aparência pesada. Seus músculos sobressaem no abdome, nos braços e nas coxas. Sua preocupação principal é evitar a flacidez. Um de seus grandes prazeres é olhar-se no espelho. Mas essa satisfação consigo mesma, totalmente narcisista e corriqueira, embute uma rebeldia. Embora atraente, Marcella não se enquadra no padrão de beleza que domina a estética ocidental desde o início do século XX e que provocou, em seu nascimento, um comentário azedo do escritor francês Émile Zola: “A ideia da beleza varia. Ela agora reside na esterilidade das mulheres alongadas, donas de flancos pequenos”. Marcella, assim como milhares de outras que se exercitam com intensidade e que se orgulham de seus músculos, não é uma mulher “alongada de flancos pequenos”. Ela é robusta, vigorosa, rija. Nada tem em comum com a criatura frágil descrita pelos médicos do século XVIII, segundo os quais a mulher teria “ossos pequenos, com carnes moles e esponjosas, e seria animada por um caráter débil”. As mulheres fortes como Marcella explodiram essa definição. Elas representam a materialização de uma nova estética que vai emergindo das academias e das pistas esportivas – e que representa, a seu modo, uma tremenda mudança de valores

É como se as mulheres, cansadas da imagem passiva de fragilidade corporal que lhes foi imputada desde a Antiguidade, resolvessem, por conta própria, invadir a última arena simbólica exclusivamente masculina, a da força física. Braços e ombros poderosos parecem ser a resposta das mulheres aos rapazes de peitos e braços inflados que desfilam pelas ruas das cidades brasileiras. Seria o começo de uma disputa? “Não creio que isso represente uma forma de competição”, afirma o sociólogo Celso Sabino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “É mais a definição de uma nova identidade, em uma nova era. Essas mulheres fogem do que significou ser mulher nos últimos séculos no Ocidente.”
Os homens parecem não gostar dessa nova vertente da beleza feminina. “Eu gosto de mulher feliz. Vejo muito mais sensualidade numa mulher feliz do que numa sarada emburrada”, diz o apresentador Marcelo Tas.

O vocalista da banda Raimundos, Tico Santa Cruz, é ainda mais severo. “Eu acho tosquíssimo. Gosto de mulheres naturais. Mulheres que parecem de borracha não me atraem. Tenho medo delas”, diz ele. O ator e roteirista Bruno Mazzeo tampouco aprova a força feminina: “Não é a minha preferência. Acho que os músculos tiram a feminilidade, que é uma das coisas que mais me atraem”.
Na resistência masculina reside um dos vários aspectos inovadores da nova estética: ela não é uma invenção dos homens. Ao contrário das opulentas madonas renascentistas, das “mulheres ampulhetas” do século XIX (com os seios projetados por espartilhos e os quadris empinados por anquinhas) e das atrizes com corpos voluptuosos que emergiram de Hollywood nos anos 50, as anônimas com silhuetas esculpidas não correspondem a uma idealização da feminilidade (leia a linha do tempo da beleza). Elas estão inventando uma estética própria, que se opõe aos cânones consagrados da beleza e do bom gosto. Talvez por isso os homens se incomodem – e não pela primeira vez.
No fim do século XIX, quando as mulheres da elite europeia começaram a pedalar e jogar tênis, falou-se em imoralidade, degeneração e até mesmo pecado. “Era como se as mulheres estivessem se apropriando de exercícios musculares próprios à atividade masculina”, escreve a historiadora Mary Del Priore no livro Corpo a corpo com a mulher: pequena história das transformações do corpo feminino no Brasil. Na verdade, as mulheres estavam de fato se apropriando de um território exclusivamente masculino, como fazem agora.
Isabelle Colmenero pratica exercícios obsessivamente desde os 15 anos. Corre, levanta pesos, faz ginástica. Hoje, aos 35, casada, exibe um corpo de gladiadora pequeno e sarado, que não deixa de ser vigorosamente feminino. Ela diz que não tem medo de ficar com aparência de homem. “Nosso corpo não é como o deles”, afirma. “Para ficar forte mesmo, masculinizada, você tem de tomar anabolizante.” Isabelle limita-se a comer de tudo. E, como gasta muita energia, não se preocupa em fazer dietas. Parece residir aí um avanço do ponto de vista da saúde em relação à estética anoréxica que as adolescentes do mundo inteiro importaram das passarelas. Mulheres que malham, comem (leia a reportagem sobre musculação e saúde).
Lilian Pacce, a editora de moda do canal GNT, acha que a modelo holandesa Lara Stone já representa, de forma sutil, uma resposta do mundo da moda ao aparecimento nas ruas de uma estética feminina menos diáfana. “Lara é uma mulher grande e teve problemas quando começou nos desfiles”, diz Lilian. Hoje, a modelo alta de seios imponentes é uma das mais requisitadas do circuito.
A jornalista Danuza Leão, ex-modelo e observadora perspicaz da sociedade brasileira, não tem simpatia pelas mulheres que malham em excesso. Defende, “para homens e mulheres”, uma aparência “durinha e enxuta, mas sem músculos”. Dito isso, ela reconhece que sempre houve uma acentuada divisão no mundo estético brasileiro. Nos anos 1950 e 1960, quando as modelos de sucesso já eram magras e elegantes, como a americana Suzy Parker, as preferidas dos homens brasileiros se apresentavam no teatro de revista com amplos quadris e coxas grossas. Eram as coristas, equivalentes das moças de pernas roliças que dançam ainda hoje diante das câmeras dos programas de auditório. “Sempre houve essa divisão de gosto no Brasil”, diz Danuza. “As mulheres com mais corpo sempre fizeram sucesso nas ruas e na praia.”
Sempre, neste caso, parece ser sempre mesmo. Desde a chegada dos portugueses, no século XVI, criou-se uma dicotomia entre a estética oficial da corte europeia – que consagrava cabelos claros, pele leitosa e seios volumosos – e a beleza que se apresentava nas praias aos olhos dos colonizadores. Às índias, com seus olhos e cabelos escuros e seu corpo pequeno e castanho, logo viriam se juntar as escravas africanas de sorriso reluzente e magistral musculatura. Dessa mistura emergiu uma estética brasileira, de bumbum arrebitado e seios pequenos, que o sociólogo Gilberto Freyre definiu como “morenidade” – e que até hoje influencia o gosto e a libido nacionais. Mary Del Priore diz que no século XIX, quando José de Alencar se esmerava em esmiuçar as “mãos pálidas” e o “talhe delicado” de suas personagens, os visitantes estrangeiros ao Brasil relatavam a evidente preferência de nossos tataravós por mulheres “cheias e morenas”. Um inglês que aqui esteve em 1893 deixou registrado que o maior elogio que se podia fazer a uma dama era observar que ela “estava a cada dia mais gorda”. As coisas mudaram.
É possível, portanto, que a estética das mulheres fortes seja apenas uma evolução histórica do gosto nacional por mulheres curvilíneas, que predomina há 500 anos. O fato de que as primeiras musculosas tenham surgido nos desfiles de Carnaval, em que a cultura do país é filtrada pelas lentes do exagero, reforça essa impressão. A nova estética pode ser compreendida como exagero, como o ponto em que uma tendência começa a converter-se em caricatura.
Foi inaugurada recentemente no museu Metropolitan de Nova York uma exposição de 60 esboços do pintor italiano Agnolo Bronzino, um dos mestres do maneirismo. Essa escola de arte surgiu na Itália por volta de 1520 e interpôs-se entre o Renascimento e o Barroco. Os corpos esboçados por Bronzino, percebe-se na exposição, são recobertos por uma musculatura tão espessa e detalhada que mais parecem uma caricatura da anatomia humana. Olhando a retrospectiva do Metropolitan, é possível encontrar paralelos entre o virtuosismo vazio de seus desenhos e a ausência de direção da cultura moderna. Com o mesmo olhar, talvez se possa perceber, no corpo musculoso das mulheres que malham, reflexos do exagero que povoa as pinturas e os desenhos de Bronzino. No início do século XXI, a estética das mulheres com músculos pode ser tanto um sinal de transformação duradoura quanto mais uma manifestação efêmera de decadência. Como o maneirismo.
Época

DEFESA DOS GENÉRICOS NA ONU.

Brasil aprova resolução em defesa dos genéricos em assembleia da ONU
Mercado de genéricos triplicou no País entre 2002 e 2009; eles já são responsáveis por quase 20% da comercialização de medicamentos e total de vendas passou para R$ 4,8 bi
Agência Brasil

Brasil conseguiu aprovar uma resolução em defesa dos medicamentos genéricos nesta sexta-feira (21) na 63ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em Genebra, na Suíça.
A decisão determina que os países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) formem um grupo de trabalho para discutir os mecanismos que protegerão a circulação de genéricos no mundo.Essa nova determinação deve reverter o processo iniciado na OMS de misturar discussões sobre medicamentos genéricos com remédios contrafeitos, que desrespeitam o direito de marca, e falsificados, que são produzidos sem obediência às regras sanitárias.
De acordo com o Ministério da Saúde, se a discussão evoluísse nesses moldes, os genéricos poderiam ter a sua circulação inibida.Segundo dados do ministério, o mercado de genéricos triplicou no País entre 2002 e 2009. Os remédios genéricos eram responsáveis por 5,8% da comercialização de medicamentos e passaram a ser 19,2%. O total de vendas passou de R$ 588 milhões para R$ 4,8 bilhões, no período.Os genéricos são medicamentos que tem patente vencida ou nunca tiveram uma patente reconhecida. Eles possuem a mesma dose e forma farmacêutica que o medicamento de referência.

Homens mentem mais e com menos culpa que mulheres

BEBI POUCO MEU AMOR.......
Homens mentem mais e com menos culpa que mulheres
A mentira que o britânico conta com mais frequência: 'Não bebi muito'
Uma pesquisa que analisou os depoimentos de três mil britânicos concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.
O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano.
Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.
A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria.
Chamada Who Am I? (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.
Mães
Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe.
Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres.
Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.
Mentiras mais contadas pelos britânicos
1. Não bebi muito
2. Está tudo bem
3. Não tinha recepção no celular
4. Não foi tão caro
5. Estou chegando
6. Estou preso no trânsito
7. Não, seu bumbum não fica grande nessa roupa
8. Desculpe, não ouvi você ligar
9. Você emagreceu
10. É o presente que eu sempre quis
Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito.
Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.
As mulheres se revelaram mais propensas a sentir culpa após dizer uma mentira: 82% delas disseram que a mentira pesa em sua consciência, em contraste com 70% dos homens.
Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim.
Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados.
E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes presenteou.
Mentiras mais contadas pelas britânicas
1. Está tudo bem
2. Não sei onde está, eu não mexi
3. Não foi tão caro
4. Eu não bebi muito
5. Estou com dor de cabeça
6. Estava na liquidação
7. Estou chegando
8. Já tenho essa roupa há um tempão
9. Não, eu não joguei fora
10. É o presente que eu sempre quis
Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.
Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira.
"Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais", disse Maggs.

Estereótipo influi no sucesso e no fracasso, diz estudo


Testes de matemática também são afetados por auto-percepção
Um artigo publicado na edição deste mês da revista especializada Scientific American afirma que os estereótipos exercem grande influência sobre o sucesso ou o fracasso dos indivíduos.
Segundo o artigo, assinado por pesquisadores britânicos, o fracasso no trabalho, na escola ou em esportes não se deve necessariamente à falta de talento ou incompetência, mas também à maneira como cada um percebe o grupo social ao qual pertence.
Assim, por exemplo, mulheres asiáticas que fizeram testes de matemática obtiveram melhor desempenho ao serem lembradas de suas origens asiáticas (reforçando o estereótipo de que os asiáticos são melhores em matemática) que ao ter sua identidade feminina destacada (já que, segundo o estereótipo, mulheres são piores em matemática que os homens).
Da mesma forma, atletas brancos tiveram pior desempenho em jogos de golfe quando foram informados de que teriam sua "capacidade atlética natural" comparada à de jogadores negros. Em compensação, o grupo melhorou ao acreditar que se tratava de um teste de "inteligência estratégica esportiva".
Em outros experimentos, pessoas mais velhas tiveram rendimento pior em testes de memória após ser lembradas do estereótipo que as relaciona à capacidade cognitiva deteriorada.
Efeito positivo
Estudos anteriores tentaram vincular esta mudança de desempenho ao uso de áreas da memória que deixariam de ser utilizadas pelos indivíduos submetidos à ansiedade da "ameaça dos estereótipos".
Entretanto, isto não explicaria por que os estereótipos também podem ajudar a elevar o rendimento de membros de grupos considerados ‘os melhores’ – neste caso, esta percepção não altera os recursos de memória disponíveis, disseram os pesquisadores.
Para eles, a explicação é que "a ameaça dos estereótipos não é tanto uma questão de cognição em si, também de imagem pessoal e identidade".
"Embora alguns pesquisadores tenham saltado para a conclusão altamente polêmica de que as diferenças de desempenho refletem diferenças naturais entre os grupos, na verdade a raiz de muitas diferenças repousa sobre os estereótipos, ou pré-conceitos, que outros têm em relação ao grupo a que pertencemos", diz o estudo.
Ao mesmo tempo, o artigo afirmou que os estereótipos são flexíveis, e podem ser modificados para influenciar o desempenho dos indivíduos.
"De muitas maneiras, temos um estereótipo do estereótipo, que é errada. Os estereótipos não são necessariamente ruins, podem inclusive ser ferramentas de progresso", disse o professor Stephen Reicher, da Universidade St Andrews, na Escócia.
"Foi precisamente por desafiar estereótipos que ativistas como Steve Biko e Emmeline Pankhurst puderam alcançar a emancipação de negros sul-africanos e de mulheres britânicas."
Para os pesquisadores, os estudos em relação ao tema trazem "duas lições fundamentais".
"A primeira é tomar cuidado para não confundir desempenho e capacidade, especialmente ao tratar de grupos diferentes entre si, e compreender a força que as expectativas dos outros exerce sobre o que fazemos", dizem os pesquisadores.
"A segunda é perceber que não estamos fadados a ser vítimas de estereótipos opressivos, mas que podemos aprender a usar os estereótipos como ferramentas de nossa liberação."

BIOCAMPO (ENERGIA SUTIL DO CORPO)

Terapias do Biocampo: Mais verdades do que mitos,
Energia sutil do corpo
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, uma das mais respeitadas dos Estados Unidos, decidiram fazer uma revisão geral dos inúmeros estudos científicos que estudaram a eficácia das chamadas terapias do biocampo, incluindo Reiki, terapia do toque, toque terapêutico, biomassagem e outras.
As terapias do biocampo geralmente oferecem resultados muito além dos prometidos pelos tratamentos convencionais, baseados em psicoterapia e em medicamentos. Essas modalidades de terapia complementar afirmam utilizar a energia sutil do corpo – o biocampo – para ativar os processos de cura do próprio organismo.
As terapias do biocampo se oferecem como tratamentos complementares, entre outros, para redução da dor em vários tipos de doenças, redução da ansiedade em pacientes hospitalizados e redução de comportamentos agitados em quadros de demência.
Pesquisas científicas sobre biocampo
Os doutores Shamini Jain, especialista em prevenção de câncer, e Paul Mills, psiquiatra, decidiram então fazer uma análise detalhada e isenta das várias pesquisas publicadas por outros cientistas sobre as diversas formas de terapias do biocampo.
Os resultados acabam de ser publicados no periódico médico Journal of Behavioral Medicine.
Terapias do biocampo
Um número cada vez maior de pessoas utiliza as terapias do biocampo em tratamentos e como medidas preventivas, apesar do pequeno número de pesquisas científicas envolvendo o tema e, principalmente, de evidências mais concretas de que elas funcionam de fato.
Essas técnicas vêm sendo utilizados por milênios em várias culturas, para curar problemas físicos e mentais. Somente muito recentemente elas passaram a ser analisadas com os métodos científicos da medicina ocidental.
Em uma revisão detalhada de 66 estudos clínicos que estudaram as terapias do biocampo em diferentes populações de pacientes, sofrendo de uma grande variedade de condições médicas, os dois cientistas decidiram examinar a integridade dos argumentos e das evidências científicas colhidas para mostrar a eficácia dessas terapias complementares.
Evidências fortes e moderadas
Os dois cientistas concluíram que, no geral, os trabalhos científicos publicados nesta área têm uma qualidade média em termos científicos, destacando-se igualmente estudos de excelente qualidade e estudos cujas metodologias apresentam algum tipo de falha.
Quanto aos resultados dos estudos, os dois cientistas encontraram fortes evidências de que as terapias do biocampo reduzem a intensidade da dor em populações não-hospitalizadas.
Para os pacientes hospitalizados e para os pacientes com câncer, as evidências de que as terapias do biocampo reduzem a intensidade da dor foram catalogadas como moderadas.
Os cientistas também encontraram evidências moderadas de que essas terapias acalmam comportamentos agitados em pacientes com vários tipos de demência. Os resultados são similares quando o tratamento complementar é voltado para reduzir a ansiedade em pacientes hospitalizados.
Novas pesquisas científicas
As evidências coletadas pelos diversos estudos não são conclusivas quanto ao uso das terapias do biocampo para o tratamento de sintomas de fadiga e para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com câncer, assim como para a redução da dor e da ansiedade em pacientes especificamente com problemas cardiovasculares.
Os autores concluem que há uma grande necessidade de mais estudos de alta qualidade sobre o tema e sugerem áreas específicas para a realização de novas pesquisas científicas.
Médicos devem conhecer as terapias do biocampo
A principal conclusão dos dois cientistas, contudo, é no sentido de que os médicos passem a conhecer as terapias do biocampo.
“A fim de informar melhor os pacientes dos benefícios potenciais, ou dos não-benefícios, dessas intervenções baseadas no biocampo, os médicos e os cientistas na área da medicina comportamental devem se familiarizar com a teoria e com a prática dessas terapias, assim como das pesquisas feitas na área,” concluem os especialistas.
Fonte: www.diariodasaude.com.br

Cresce interesse da ciência pela felicidade,

FIB – Felicidade Interna Bruta
“Somente nos últimos seis meses, foram divulgados 27.335 estudos e artigos publicados em revistas científicas abordando de aspectos bioquímicos até aspectos psicológicos sobre felicidade,” afirmou a antropóloga e psicóloga Susan Andrews.
Susan, que é responsável pela implantação no Brasil de programas baseados no conceito da Felicidade Interna Bruta (FIB), disse que o interesse da ciência pela felicidade é crescente.
Efeitos da felicidade sobre a saúde
Com base nesses estudos, Susan afirmou que pessoas mais felizes têm sistemas imunológicos mais fortes, têm melhor desempenho no trabalho, adoecem menos, vivem mais e têm casamentos mais sólidos.
“A depressão se tornou uma das principais doenças da sociedade contemporânea. São esses os principais fatores que têm motivado a investigação científica, uma vez que um maior conhecimento sobre o que constitui a felicidade e como medi-la permitirá construir políticas mais eficientes com reflexos positivos sobre a saúde pública,” disse.
Sai o PIB, entra a FIB
A antropóloga participa, em Foz do Iguaçu, da 5ª Conferência Internacional sobre Felicidade Interna Bruta (FIB), que discute até hoje (23) o conceito que surgiu no Butão, na Ásia, de medir o bem-estar de forma mais ampla do que o Produto Interno Bruto (PIB), comumente utilizado para mensurar o progresso material de um país.
A ideia tem a adesão de vários países, que se utilizam de alguns indicadores para orientar a elaboração de políticas públicas.
Bioquímica do corpo humano
Susan explicou que, na bioquímica do corpo humano, uma das substâncias associadas à felicidade é o hormônio cortisol, produzido pelas glândulas suprarrenais.
Pessoas felizes tendem a ter 32% menos cortisol. Em contrapartida, o hormônio é encontrado em abundância em pessoas com alto nível de estresse.
“É preciso ter consciência de que quando uma pessoa está infeliz, seu fígado está infeliz, seu estômago está infeliz, sua pele está infeliz. Os reflexos negativos se espalham pelo corpo inteiro”.
Fonte: www.diariodasaude.com.br

PAULISTANO COME MUITA BOBAGEM (BAIXO TEOR NUTRICIONAL)

Dieta de risco (18-03-2008)

Agência FAPESP – Uma pesquisa feita na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) põe em evidência importantes mudanças no padrão de consumo alimentar paulistano. Os resultados atestam que, nas últimas três décadas do século 20, houve um declínio no consumo de alimentos básicos, como cereais e derivados, e de frutas e hortaliças, ao passo que se verificou um aumento da participação de alimentos de baixo teor nutricional, como biscoitos e refrigerantes.
O estudo analisou a disponibilidade de alimentos em domicílios da cidade de São Paulo, e não o consumo propriamente dito. Foram utilizados dados das Pesquisas de Orçamento Familiar (POF), realizadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (Fipe) em dois períodos distintos: de 1971 a 1972 e de 1998 a 1999. Ambas as pesquisas mapearam a região urbana do município. As amostras das POF se referem a um universo de 2.380 domicílios (10.418 indivíduos) e de 2.351 domicílios (7.980 indivíduos), respectivamente.
“As mudanças verificadas na disponibilidade domiciliar de alimentos em São Paulo entre as décadas de 1970 e 1990 têm aspectos positivos – como um melhor acesso aos alimentos e seu barateamento em relação ao salário das famílias – e negativos – como o consumo excessivo e desbalanceado de calorias”.
Este estudo, foi publicados em artigo na Revista de Nutrição.
De acordo com o pesquisador, na prática se pode fazer uma associação entre o padrão de alimentação e as doenças de determinada população. “O que se viu, desde a última metade do século 20, foi uma gradativa substituição dos problemas associados ao consumo insuficiente de alimentos, como a desnutrição, por aqueles associados ao consumo excessivo e desbalanceado, como a obesidade e as doenças cardiovasculares”.
O amplo período compreendido entre as POF possibilitou confirmar tendências de alimentação, como a substituição do consumo de manteiga por margarina, bem como a expansão na disponibilidade de alimentos processados, que registraram aumento de 500% para doces, 300% para refrigerantes e de 400% para biscoitos, itens muito menos comuns nos mercados na década de 1970.
O estudo constatou ainda um aumento na disponibilidade de alimentos de origem animal, como carnes e leite. “Apesar de a tendência apresentar características positivas devido ao aumento no consumo de proteínas e de cálcio, tais alimentos também constituem fontes de gordura animal e de colesterol, nutrientes danosos à saúde quando consumidos em quantidade excessiva”.
O resultado é semelhante ao encontrado em diferentes áreas metropolitanas no Brasil, mas São Paulo apresentou, segundo o estudo, maior participação de gorduras totais e menor percentual energético de carboidratos. O fenômeno, contudo, não ocorre somente em metrópoles como São Paulo e Nova York, onde os índices de obesidade provocados pelo excesso de alimentos se tornaram um grave problema de saúde pública.
“A grande confusão se dá pelo fato de esse fenômeno se iniciar nas grandes cidades, onde há necessidade de alimentos mais convenientes (de preparo e consumo fáceis e rápidos) e o marketing de consumo sobre alimentos processados é maior. Além disso, as oportunidades para prática de atividade física são cada vez mais limitadas. No entanto, a tendência é que, com o tempo, essas mudanças afetem também o estilo de vida em cidades menores e elas passem a apresentar altas taxas de obesidade”, indicou o pesquisador.
Informação nutricional
De acordo com os resultados, a participação do ferro se manteve estável devido, em grande parte, ao aumento do consumo de alimentos de origem animal, como a carne bovina. Contudo, o estudo aponta um decréscimo na quantidade de vitaminas, principalmente a vitamina C, e folato, ausência atribuída à diminuição na participação de frutas, verduras e legumes na dieta.
A análise da evolução dos padrões alimentares da população propicia subsídios para melhor compreender o assunto e implementar políticas públicas mais eficazes. Segundo ele, ações individualizadas para combater as doenças geradas pela obesidade parecem surtir pequeno efeito. Imposição de taxas a alimentos não saudáveis ou ainda isenções fiscais que barateiem alimentos saudáveis são algumas das opções discutidas.
“Medidas como a proibição da venda de alimentos não saudáveis em creches e escolas, avanços quanto à rotulagem de alimentos e a inserção de temas relacionados à educação nutricional nas escolas têm se mostrado satisfatórios. Iniciativas como a Lei nº 4508, aprovada em 2005 e que proíbe a comercialização de produtos que colaborem para obesidade infantil em cantinas de escolas do Estado do Rio de Janeiro, e a Resolução RDC nº 360, de 2003, que aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados tornando obrigatória a rotulagem nutricional, são bons exemplos de ações que afetam um grande número de indivíduos”.
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br

SUCO DE BETERRABA MELHORA A RESISTÊNCIA FÍSICA

Suco de beterraba auxilia no desempenho físico
Estudo constatou que bebida melhora a resistência e diminui o gasto de oxigênio
Rio - Um estudo com homens de 19 a 38 anos praticantes de ciclismo constatou que o suco de beterraba aumenta a resistência dos músculos e melhora sua eficiência.
De acordo com os pesquisadores, ter bebido meio litro por dia do suco do vegetal durante uma semana, permitiu que eles melhorassem em 16% suas perfomances. Com esse resultado, os cientistas acreditam que agora entendem o funcionamento da energia que a beterraba pode proporcionar.Segundo eles, o suco do vegetal duplicou a quantidade de nitratos no sangue dos voluntários e reduziu a taxa de adenosia triosfato gasta pelos músculos. O suco de beterraba fez com que os músculos trabalhassem mais e menos oxigênio fosse consumido, diminuindo a sensação de cansaço.Andy Jones, um dos resposáveis pelo estudo e professor da Escola de Desporto e Ciências da Saúde da Universidade Exeter, disse que desde o primeiro trabalho publicado - quando eles afirmaram que suco de frutas vermelhas aumentava a resistência física - o interesse no mundo do esporte profissional em saber dos benefícios de beber o suco de beterraba cresceu. "Espero que esse estudo possa atrair ainda mais a atenção dos atletas para essa questão dos sucos naturais", afirmou.O estudo, publicado no Journal of Applied Physiology, teve a colaboração de sete homens saudáveis que tiveram seus músculos monitorados durante os exercícios por um scanner.

SAIBA MAIS
Suco de beterraba aumenta a resistência física

Nitrato de beterraba
Beber suco de beterraba ajuda a aumentar a resistência física e permite que atletas se exercitem por até 16% de tempo a mais, segundo um estudo realizado pela Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha.
De acordo com a pesquisa, o nitrato da beterraba ajuda a reduzir o consumo de oxigênio, diminuindo o ritmo em que as pessoas chegam à exaustão. O efeito de um copo de 500 ml do suco do legume seria maior do que o de treinamento regular.
A descoberta poderia beneficiar pessoas com doenças cardiovasculares, respiratórias e metabólicas, além de atletas de esportes de resistência.
Os cientistas ainda não sabem ao certo como o nitrato do suco de beterraba ajuda a aumentar a disposição física, mas eles suspeitam que a substância se transforma em óxido nítrico no corpo, reduzindo a quantidade de oxigênio consumida durante o exercício.
Suco de beterraba orgânica
A pesquisa da Universidade de Exeter conduziu o estudo com oito homens entres 19 e 38 anos de idade, que tomaram 500 ml de suco de beterraba orgânica todos os dias, por seis dias consecutivos, antes de completarem uma série de exercícios em uma bicicleta ergométrica.
Em outra ocasião, eles ingeriram um placebo de suco concentrado de cassis pelo mesmo período e tiveram de realizar a mesma rotina de exercícios.
Depois de beber o suco de beterraba, o grupo conseguiu pedalar uma média de 11,25 minutos, 92 segundos a mais do que quando tomaram o placebo.
Isso representa uma redução de aproximadamente 2% no tempo levado para percorrer uma determinada distância. A ingestão do suco de beterraba também fez com que o grupo apresentasse pressão arterial mais baixa durante o período de descanso.
Beterraba para atletas
Um dos pesquisadores envolvidos no estudo, Andy Jones, que também assessora a maratonista britânica Paula Radcliffe, disse estar maravilhado com os resultados, “porque esses efeitos não podem ser alcançados por outros meios, incluindo treinamento”.
“Tenho certeza que atletas profissionais e amadores vão ficar muito interessados nos resultados do estudo. Também gostaria de explorar a relevância dos resultados para pessoas que têm má forma física e poderiam usar a suplementação da dieta como uma maneira de ajudá-los em seu dia-a-dia”, diz Jones.
Já o acadêmico John Brewer, especialista em ciência do esporte na Universidade de Bedfordshire, acha que ainda é preciso aprofundar os estudos sobre a questão.
“As descobertas podem ser muito animadoras para aqueles envolvidos em esporte, mas estudos mais amplos são necessários para que possamos saber os benefícios exatos e entender os mecanismos envolvidos.”
http://www.diariodasaude.com.br

Queijo com probióticos pode prevenir doenças e infecções em idosos

Pesquisadores finlandeses encontraram efeitos benéficos do consumo de queijo enriquecido com probióticos para o sistema imunológico de idosos. Os probióticos são alimentos funcionais com microorganismos vivos que beneficiam a flora intestinal.
O estudo, publicado na revista científica "Immunology & Medical Microbiology" investigou o valor do queijo como alimento funcional. Trabalhos anteriores haviam usado leite ou iogurte para esse tipo de teste.
A pesquisa analisou o sangue de idosos com mais de 70 anos, residentes de um asilo finlandês. Durante as duas primeiras semanas do estudo, os voluntários receberam uma fatia de queijo normal no café da manhã, enquanto nas três semanas seguintes, comeram uma fatia de queijo probiótico todas as manhãs. Depois, por mais quatro semanas, os idosos voltaram a se alimentar de queijo normal.
Os resultados mostraram que a ingestão regular do queijo especial ajuda a impulsionar o sistema imunológico e que adotá-lo na alimentação pode ajudar a melhorar as respostas imunes dos idosos a desafios externos.
De acordo com especialistas da Universidade de Turku, esse tipo de bactéria ajuda a regular o trato gastrointestinal, a principal entrada de bactérias na corrente sanguínea, e ajuda a combater infecções e doenças.
Em entrevista à Folha, Jocelem Salgado, professora de nutrição da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP), explicou que é frequente encontrar na literatura propriedades dos probióticos associadas ao melhoramento do sistema imunológico. Porém os mecanismos de ação ainda não são totalmente compreendidos.
Segundo Jocelem, os probióticos estimulam a proliferação de células imunológicas e a liberação de componentes antimicrobianos. Isso pode diminuir a frequência de doenças infecciosas, inflamações, alergias, entre outros.
Apesar do benefício à imunidade, a professora ressalta que o uso do queijo pode trazer problemas. "Deveria ser avaliado com maior rigor o comportamento dos voluntários, devido à associação negativa do alto consumo de queijo com o aumento de colesterol total e LDL, conhecido como 'colesterol ruim'. Ele é relacionado a doenças cardiovasculares e é frequentemente presente em idosos", explicou.
A professora afirma ainda que outros alimentos podem estimular o sistema imunológico, como couve, cebola, couve-flor, brócolis, alho, limão, entre outros.
O queijo com probióticos ainda não está à venda no Brasil.
Folha de São Paulo
Mariana Pastore

VOCÊ VENDERIA OS SEUS ÓVULOS?

Pagamentos oferecidos a doadoras de óvulos causa alvoroço nos EUA

DAVID TULLERdo The New York Times
Quando era estudante de graduação da Universidade de Washington no final da década de 1990, Wendie Wilson observou alguns anúncios chocantes no jornal do campus: pedidos de que jovens mulheres vendessem seus óvulos pelo que parecia ser uma quantia exorbitante de dinheiro. Mas ela não tinha ideia do que estava envolvido nisso até que ela mesma decidiu passar pelo processo, alguns anos depois.
Para sua surpresa, como Wilson lembrou recentemente, ela descobriu que ajudar um casal infértil a conceber uma criança a fez sentir "fantástica". E certamente apreciou o pagamento de US$ 5 mil. "Parecia uma quantidade relativamente pequena do meu tempo, para o que parecia ser uma compensação bem decente", ela disse. Wilson achou a experiência tão interessante que passou por ela outras quatro vezes, e acabou fundando sua própria agência de doação de óvulos em Los Angeles, a Gifted Journeys, que mantém um registro de 300 a 400 doadoras em potencial.
A demanda por óvulos humanos tem crescido nos últimos anos, alimentada por tratamentos contra infertilidade e o aumento dos investimentos em pesquisas de células-tronco. Jovens mulheres de boas faculdades e universidades, há muito tempo uma fonte valorizada de óvulos, agora estão sendo recrutadas não apenas através de anúncios em jornais estudantis, mas em sites como Facebook e Craigslist, e até mesmo em outdoors nas estradas.
Porém, um estudo publicado na edição mais recente do "The Hastings Center Report", jornal líder em bioética, descobriu que a compensação financeira divulgada em anúncios direcionados a jovens mulheres muitas vezes ultrapassava as recomendações da indústria. O estudo é o estágio mais recente de um antigo debate sobre quanto as doadoras de óvulos devem receber (se é que devem receber alguma quantia).
No estudo, o Dr. Aaron Levine, professor assistente de políticas públicas do Georgia Institute of Technology, examinou mais de 100 anúncios de doação de óvulos encontrados em 63 jornais de faculdades. Ele descobriu que um quarto dos anúncios oferecia compensações que excediam o limite de US$ 10 mil citado em diretrizes voluntárias elaboradas pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (SAMR).
As diretrizes afirmam que pagamentos acima de US$ 5 mil ou mais, suficientes para despesas médicas e relacionadas, "exigem justificativa", e que os pagamentos acima de US$ 10 mil "não são adequados". Anúncios em jornais de Harvard, Princeton e Yale prometiam US$ 35 mil para as doadoras, como descobriu o Dr. Levine, enquanto um anúncio colocado em nome de um casal anônimo no "The Brown Daily Herald" oferecia US$ 50 mil por "uma doadora extraordinária de óvulo".
"A preocupação é que algumas jovens mulheres podem escolher doar contra seus próprios interesses prioritários", disse o Dr. Levine. "Elas veem o dinheiro oferecido e ignoram alguns dos riscos".
O estudo observou a possibilidade de que os anúncios representavam uma estratégia de atração, com grandes ofertas elaboradas para seduzir doadoras, mas com preços negociados para baixo uma vez que elas respondem.
Além de limitar a compensação, as diretrizes proíbem o pagamento de valores adicionais para doadoras de óvulos com características especiais. No entanto, o estudo descobriu que cada diferença de 100 pontos na média do exame de admissão de uma universidade estava associada a um aumento de mais de US$ 2 mil nos valores anunciados para potenciais doadoras de óvulos no jornal da universidade.
Clínicas de fertilidade, que mantêm registros de potenciais doadoras de óvulos, tendem a observar as diretrizes em seus anúncios. Agências ou intermediadoras de doações de óvulos, que atuam como corretoras ao conectar doadoras com recebedores em potencial, têm tendência muito maior a anunciar pagamentos mais altos. Ao contrário das agências de doação de óvulos, clínicas de fertilidade geralmente são membros da Sociedade para Tecnologia de Reprodução Assistida, que é afiliada à SAMR, e por isso devem obedecer às diretrizes.
Ruthie Rosenberg, que se formou na Brown University no ano passado, disse que os anúncios inicialmente a assustaram, mas eram tão comuns que ela acabou se acostumando.
"Primeiro, era chocante para mim que as pessoas estivessem procurando mulheres com características específicas, como religião, nota no exame de admissão ou cor de cabelo", disse Rosenberg, 22 anos. "Mas, como qualquer outra coisa que vi pela primeira vez na faculdade, o choque foi passando".
A doação de óvulos é restrita ou proibida em muitos países industrializados. Nos Estados Unidos, em contraste, quase 10 mil crianças nasceram através do uso de óvulos doados em 2006, quase o dobro do número do ano 2000, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Críticos afirmam temer que jovens mulheres possam não entender os riscos potenciais físicos e psicológicos de longo prazo, incluindo como elas podem se sentir em relação à experiência anos depois.
Sean Tipton, porta-voz da Sociedade de Medicina Reprodutiva, disse que o grupo tinha pouca autoridade sobre os intermediadores de óvulos e que preocupações expressadas em relação à doação pareciam indicar discriminação de gênero. "É interessante que as pessoas se irritem com a doação de óvulos, o que não ocorre com a doação de esperma", ele disse. "Nunca ouvimos discussões do tipo: 'Ah, o doador de esperma vai se arrepender um dia de ter tido um filho'".
Um pagamento comum para a doação de esperma fica abaixo dos 100 dólares e é rápido conseguir o material. O processo de doação de óvulo, no entanto, leva semanas.
Primeiro, uma série de injeções de hormônios estimulam os ovários a produzir 10 ou mais óvulos em um ciclo. Depois, os óvulos são extraídos cirurgicamente, com anestesia local. O valor recebido pelo doador é por todos os óvulos produzidos no ciclo. Quando os óvulos são fertilizados, um ou mais embriões são implantados na mulher infértil, enquanto o resto geralmente é congelado para uso futuro.
A doação pode causar inchaço abdominal, alterações de humor e ondas de calor. O risco mais significativo é a síndrome da hiperestimulação ovariana, que pode causar inchaço, dor abdominal e, mais raramente, coágulos sanguíneos, insuficiência renal e outras condições fatais.
Apesar do crescimento da doação de óvulos como tratamento de fertilização, é o uso de óvulos humanos para criar embriões para pesquisa de células-tronco que polariza oposição entre conservadores e pessoas que são contra o aborto levando a esforços para impor restrições severas em alguns estados.
No último outono (no Hemisfério Norte), a Califórnia adotou uma lei exigindo que anúncios para doadoras de óvulos incluam alertas específicos em relação a riscos para a saúde. O estado já proíbe a venda de óvulos para fins de pesquisa, de acordo com as diretrizes elaboradas pela National Academy of Sciences.
Em contraste, a comissão de células-tronco de Nova York decidiu, no ano passado, que recursos estaduais para pesquisa poderiam ser usados para pagar a mulheres até US$ 10 mil por óvulos doados.
Wilson, 34 anos, dona da agência de doação de óvulos, se opõe à regulamentação do procedimento, afirmando que, de acordo com sua experiência, pagamentos acima de US$ 10 mil eram raros e geralmente reservados a mulheres que já tinham doado antes e cujos óvulos resultaram em gravidez.
Entretanto, alguns defensores da doação de óvulos temem que, se a auto-regulamentação não for suficiente, autoridades governamentais poderiam se sentir obrigadas a tomar medidas contra a prática, como já fizeram outros países. Marna Gatlin, de Scappoose, Oregon, cujo filho de 9 anos foi concebido através desse processo, disse que ficaria mais difícil para outras pessoas se beneficiarem da tecnologia da mesma forma que sua família.
"É uma indústria bilionária e deveria estar se auto-regulando", disse Gatlin, fundadora de uma comunidade online chamada Pais via doação de óvulos. "Se a indústria está se regulando? Não muito. Mas se eu quero que os EUA a tornem ilegal? Não".

LENTE INTRAOCULAR PARA MIOPIA

Nova lente para cirurgia de miopia é aprovada no país

A Anvisa acaba de aprovar a comercialização no Brasil de uma lente intraocular para correção de miopia.
A nova lente é implantada na frente da íris, sem mexer no cristalino do olho (como acontece com lente para correção de catarata) e sem desgastar a córnea (o que é feito na cirurgia a laser para miopia).
A lente intraocular é indicada para quem quer corrigir cirurgicamente o distúrbio, mas não pode fazer o procedimento a laser, segundo o oftalmologista Cláudio Lottemberg, do hospital Albert Einstein.
"O laser é menos invasivo, mas é contraindicado para quem tem córnea muito fina ou um grau muito alto de miopia", diz Lottemberg.
A Anvisa aprovou a lente, fabricada pela Alcon, para miopias de 6º a 16,5º, mas os médicos ouvidos pela Folha consideram o implante mais apropriado a partir do 9º (miopias consideradas mais altas).
"Os riscos inerentes à cirurgia são baixos, mas existem", lembra Paulo Schor, chefe do departamento de cirurgia refrativa do Instituto da Visão, da Unifesp.
De acordo com uma revisão de estudos feita pela Fundação Cochrane, o implante da lente intraocular e a cirurgia a laser são igualmente seguros.
A cirurgia para o implante dura cerca de 30 minutos e não requer internação, mas precisa ser feita em centro cirúrgico. A anestesia é local.
É feita uma incisão de três milímetros para a introdução de um cartucho que leva a lente para dentro do olho, explica Leôncio Queiroz, oftalmologista do Instituto Penido Burnier, de Campinas.
Já no olho, a lente é injetada por um êmbolo no local e, por seu formato maleável, adapta-se ao espaço interno e apoia-se na área entre a íris e a córnea.
Como a incisão é muito pequena, não é preciso fazer a sutura com pontos: o corte cicatriza naturalmente.
A recuperação é rápida. "No dia seguinte à cirurgia, a visão está restabelecida, já dá até para checar o seu e-mail", diz Schor. Nas semanas seguintes, é preciso usar um colírio específico e evitar movimentos muito bruscos.
É importante fazer exames anuais para verificar se o material implantado não está danificando a córnea. "Estudos mostram que a chance de isso ocorrer é menor do que 1%, mas o controle é indispensável", alerta Schor. Se houver dano, a lente precisa ser retirada.
Outras possíveis complicações são infecções intraoculares, desenvolvimento de glaucoma e o risco de permanecer um grau residual de miopia, segundo Lottemberg.
Contraindicações
O implante é contraindicado para quem tem problema de retina, glaucoma e catarata.
Para realizar a cirurgia, é preciso um médico que tenha feito um curso de capacitação específico para o implante dessa lente maleável --o nome comercial é lente intraocular Acrysoft Cache Phakic.
A lente deve chegar ao Brasil no próximo mês e ainda há poucos oftalmologistas capacitados para o procedimento.
No Estado de São Paulo, o Instituto da Visão da Unifesp e o hospital Albert Einstein, na capital, e o Instituto Penido Burnier, em Campinas, já estão preparados para a cirurgia.
"A previsão é de que, em novembro, seja feito um curso de capacitação no Brasil, o que vai aumentar bastante o número de profissionais que podem fazer a cirurgia", avalia Schor.
Além de ser mais invasivo do que a cirurgia de miopia a laser, o implante da lente intraocular deve custar cerca de 50% mais caro. "A cirurgia com um aparelho de laser "top" de linha custa cerca de R$ 6.000 por olho; o implante deve custar, por olho, uns R$ 10 mil", calcula Schor.

ABORTO: DE CADA 100 BRASILEIRAS 15 JÁ FEZ ABORTO

Entre 35 e 39 anos, de cada cinco brasileiras, uma já fez aborto
Pesquisa ouviu cerca de 2 mil mulheres alfabetizadas e com 18 a 39 anos.
De cada grupo de 100 brasileiras, 15 já fizeram pelo menos um aborto.
A primeira pesquisa nacional sobre aborto no Brasil traça um novo perfil da mulher que interrompe a gravidez. Ao contrário do que se pensava, a maioria não é de jovens solteiras, e sim de mulheres que têm um companheiro. Quase 60% delas também têm filhos. Quanto maior o grau de escolaridade, menor o número de mulheres que fizeram aborto. Entre as regiões, a Nordeste foi onde os pesquisadores registraram maior número de mulheres que declararam já ter feito aborto alguma vez na vida. A região de menor índice foi a Sul.
Foram ouvidas 2.002 mulheres das capitais, todas elas alfabetizadas e com idades entre 18 e 39 anos. O resultado: de cada grupo de 100 brasileiras, 15 já fizeram pelo menos um aborto. O mais surpreendente: já no fim da idade reprodutiva, entre 35 e 39 anos, de cada cinco mulheres, uma já fez um aborto. A pesquisa também mostra que quase metade das mulheres (48%) disse que usou remédios para induzir o aborto – e 55% tiveram de ser internadas depois.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis) e pela Universidade de Brasília (UnB), não abordou por que a entrevistada que recorreu ao aborto decidiu interromper a gravidez.
Das ações sobre aborto no Brasil, 31% julgam violência contra gestantes
Estudo analisou quase 800 decisões de tribunais estaduais, STJ e STF.67% dos casos ocorrem no Sudeste; 63% são de homicídio.
Pesquisa inédita constatou que 31% das ações judiciais que tratam de aborto no Brasil referem-se a interrupções de gravidez causadas por violência contra gestantes. As autoras, a advogada Tamara Amoroso Gonçalves e a socióloga Thais de Souza Lapa, analisaram durante cerca de um ano 781 processos julgados pelos Tribunais de Justiça de todos os estados, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2001 e 2006.
Apoiadas pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), as pesquisadoras iniciaram a leitura dos acórdãos interessadas em avaliar a influência de conceitos religiosos nas decisões do Poder Judiciário. Em 2004, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) entrou com ação no STF pedindo que a interrupção de gravidez de fetos anencéfalos – ou portadores de qualquer outra malformação que torne inviável a vida extrauterina – fosse dispensada de autorização judicial. Desde então, a questão mobiliza grupos religiosos que pregam a sacralidade da vida desde a concepção e entidades que defendem o direito de escolha da mulher. (Cinco anos depois, o Supremo ainda não tomou uma decisão na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54.)
Atiramos no que vimos e acertamos o que não vimos"
No entanto, além do debate jurídico e filosófico em torno do aborto de feto anencéfalo, as pesquisadoras acabaram se deparando com muito mais. “Atiramos no que vimos e acertamos no que não vimos”, disse Tamara ao G1. “Ao iniciar-se este trabalho não se pensou que haveria correlação tão significativa entre os temas ‘aborto’ e ‘violência’”, escrevem. No processo de coleta dos dados, elas verificaram que, na maior parte dos casos, as agressões eram praticadas pelo próprio companheiro ou por ex-companheiro. As razões variavam: da indignação de um ex-namorado, por exemplo, por não conseguir reatar, até o cálculo de quem mata a ex-mulher grávida porque já está em outro relacionamento e “não quer haver-se com a ex-companheira gestante de um filho seu”.
Do total de processos vinculando aborto à violência, 67% eram da Região Sudeste, 20% da Sul, 7% da Centro-Oeste, 4% da Nordeste e 2% da Norte. Essa predominância reflete, é claro, o relativo maior acesso ao Judiciário nos estados mais desenvolvidos do país. Quanto à tipificação penal, 63% tratavam de “homicídio e aborto não consentido”. Em segundo lugar destacavam-se casos de “violência sexual de criança ou adolescente até 14 anos e aborto”, com 10%.
Tamara e Thais verificaram ainda que a interferência de argumentação de teor religioso em processos que tratavam de violência e aborto foi ínfima: só 1 acórdão (0,42% do total), do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, citava um versículo da Bíblia e reproduzia um provérbio sobre como “as tantas vezes em que Deus não quer dar aos juízes o esclarecimento de um crime é prova manifesta de que o reserva para o augusto tribunal de sua Divina Justiça”.
“Isso demonstra que talvez temas com maior destaque social, como a anencefalia, insuflem mais posicionamentos religiosos por parte dos magistrados”, escrevem as pesquisadoras.
"Os dados encontrados nesta pesquisa indicam que é necessário aprofundar estudos sobre violência contra mulheres grávidas, uma vez que no decorrer da investigação surgiram temas inesperados, ainda muito pouco explorados", disse Tamara ao G1.
"O fato de tantos casos sobre aborto envolverem também uma violência contra a mulher conjuga dois temas que sempre foram tratados separadamente nos movimentos feministas, por exemplo. Penso que a pesquisa aponta para novas necessidades e possibilidades de atuação."
G1 com
Jornal Hoje

FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO: MANUAL DE QUALIDADE



Objetivo do manual:
Apresentar as diretrizes empregadas pela empresa para o gerenciamento de qualidade no que se refere à qualificação dos fornecedores, avaliação farmacêutica da prescrição, processo de manipulação, conservação de materiais, dispensação de preparações farmacêuticas magistrais e oficinais, bem como critérios para a aquisição de matéria-prima e material de embalagem, identificação de materiais, controle de qualidade, descarte dos resíduos de manipulação e matérias-primas vencidas. O manual descreve as diretrizes da farmácia quanto às Boas Práticas de Manipulação e inclui os programas de procedimentos internos para os processos da empresa. Os programas são: Programa de treinamento de funcionários; Programa de manutenção preventiva de equipamentos; Programa de desratização e desinsetização (controle de pragas urbanas); Programa de garantia da qualidade; Programa de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde. A farmácia tem procedimentos operacionais padrão para limpeza e sanitização, aquisição e recebimento de materiais, manutenção de equipamentos, qualificação de fornecedores, prevenção de contaminação cruzada, avaliação farmacêutica da prescrição, conferência final, rotulagem, fórmulas não-retiradas, matérias-primas e fórmulas vencidas, descarte, estabelecimento do prazo de validade, auto-inspeção, atendimento ao cliente, dispensação das fórmulas manipuladas, reclamações, planilhas de controle para registro dos procedimentos executados, fórmula padrão de cada preparação farmacêutica para estoque mínimo, metodologias analíticas, especificações técnicas.
II ORGANIZAÇÃO E PESSOAL
Normas gerais: Todo o funcionário que ingressa na empresa é submetido ao exame médico admissional conforme PCMSO. Recebe treinamento inicial de higiene e conduta, incluindo o uso adequado e manutenção dos EPIs fornecidos pela empresa, e treinamento específico para a função. O treinamento é registrado em registro específico. A empresa fornece os equipamentos de proteção individual necessários (máscara, sapato de uso interno, luva, jaleco, touca, óculos de segurança) e a entrega destes é registrada em registro específico para controle de entrega de EPIs. Para todos os cargos existentes é feita uma descrição das atribuições pertinentes a cada um. O número de funcionários é suficiente para realizar todas as tarefas com segurança. A farmacêutica é encarregada de supervisionar a manipulação e permanece farmácia por oito horas diárias. ORGANOGRAMA RESPONSABILIDAS E ATRIBUIÇÕES As atribuições e responsabilidades individuais estão formalmente descritas e perfeitamente compreendidas pelos envolvidos, que possuem autoridade suficiente para desempenhá-las. DIRETOR ADMINISTRATIVO: a)Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao funcionamento do estabelecimento. b)Garantir que a qualidade dos procedimentos de manipulação prevaleça sobre quaisquer outros aspectos. c)Estar comprometido com as atividades das Boas Práticas de Manipulação, melhoria contínua e garantia da qualidade. d)Favorecer e incentivar programas de educação continuada para todos os envolvidos nas atividades realizadas na farmácia. GERÊNCIA COMERCIAL: a)Definir juntamente com a gerência técnica o perfil e atribuições de cada função necessária na empresa. b)Selecionar e contratar pessoal qualificado. c)Gerenciar toda rotina administrativa da empresa. d)Gerenciar toda rotina financeira da empresa. e)Estar comprometido com atividades de melhoria contínua. f)Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais da equipe e dos profissionais, visando prioritariamente a qualidade, eficácia e segurança do produto manipulado. g)Gerenciar o efetivo cumprimento de todas as normas legais e fiscais relativas à empresa. h)Gerenciar aspectos técnico-administrativos das atividades de manipulação. i)Zelar pelo cumprimento das diretrizes de qualidade estabelecidas nas BPM. GERÊNCIA TÉCNICA: Desempenhada por farmacêutico. É responsável pela supervisão. São inerentes ao profissional farmacêutico as seguintes atribuições: a)Conhecer, interpretar, cumprir e estabelecer condições para cumprimento da legislação em vigor. b)Especificar, selecionar, inspecionar e armazenar, criteriosamente, as matérias-primas e materiais de embalagem. c)Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos produtos seja acompanhada de certificado de análise emitido pelo fornecedor. d)Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição. e)Avaliar a prescrição médica quanto a sua adequação, concentração e compatibilidade físico-química dos seus componentes, dose e via de administração. f)Atender aos requisitos técnicos de manipulação das formulações magistrais e/ou oficinais. g)Assegurar condições adequadas de manipulação, conservação, transporte, dispensação e avaliação final, da formulação magistral e/ou oficinal manipulada, visando obter os benefícios do procedimento e evitar riscos. h)Manter arquivos com toda a documentação correspondente à preparação. i)Determinar o prazo de validade para cada produto manipulado. j)Assegurar que os rótulos dos produtos manipulados apresentem, de maneira clara e precisa, todas as informações legalmente exigidas. k)Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações. l)Participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e interações medicamentosas, informando a Autoridade Sanitária local. m)Organizar e operacionalizar as áreas e atividades da farmácia. n)Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores, bem como para todos os profissionais envolvidos na manipulação. o)Manter atualizada a escrituração pertinente. p)Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos aspectos operacionais da manipulação de formulações magistrais e oficinais. q)Supervisionar e promover auto-inspeção nas rotinas operacionais de manipulação. r)Guardar as substâncias sujeitas a controle especial e medicamentos que as contenham cumprindo com as exigências do artigo 68 da Portaria SVS/MS n.º 344/98. s)Prestar assistência farmacêutica necessária aos pacientes, objetivando o uso racional e seguro dos medicamentos, informando, sempre que necessário, o modo de usar, possíveis riscos, efeitos colaterais, interações com medicamentos e alimentos e outras informações pertinentes à utilização correta dos produtos ao paciente. RECEPÇÃO: Primeiro atendimento ao cliente é feito pela recepcionista. Tem que ser simpática, atenciosa, saber ouvir e ter boa comunicação. a)É importante entender qual a necessidade do cliente. b)Efetuar a primeira conferência das receitas. c)Preparar o orçamento informatizado. d)Marcar o horário de entrega da fórmula. e)Executar a confecção do rótulo, venda e ordem de produção. f)Preparar a documentação interna da empresa (manual ou informatizada). g)Encaminhar a receita ao farmacêutico com os devidos rótulos e ordem de produção. h)Conferir o produto antes da entrega ao cliente. i)Fazer a entrega e último contato com o cliente. j)Quando necessário, solicitar a presença do farmacêutico. k)Manter sempre a área de exposição de produtos em ordem e abastecida. l)Manter balcões e estantes sempre limpos. m)Cuidar para que pisos, paredes, janelas estejam sempre limpos, solicitando imediatamente a presença do auxiliar de serviços gerais sempre que necessário. n)Ficar atenta sobre a iluminação e ventilação. o)Em hipótese alguma dar informações ao cliente sobre os medicamentos, substâncias, ações e efeitos. Na insistência do mesmo solicitar a presença do farmacêutico. ALMOXARIFE: a)Receber as matérias-primas, embalagens e acessórios, conforme as normas estabelecidas. b)Fazer a primeira conferência dos itens recebidos. c)Cuidar do armazenamento seletivo das matérias-primas, produtos, equipamentos e outros materiais. d)Cuidar do abastecimento dos diversos setores da empresa. e)Informar ao setor responsável sobre faltas e danificações nos produtos. f)Fazer o acompanhamento dos prazos de validade dos produtos. g)Cuidar da armazenagem e acompanhamento dos produtos rejeitados e vencidos. h)Cuidar da limpeza de prateleiras, armários, bancadas e equipamentos sobre sua responsabilidade. i)Cuidar da segurança e proteção de todos os itens do almoxarifado. COMPRAS: a)Efetuar as compras conforme orientações definidas pelo farmacêutico responsável. b)Cuidar do contato com os fornecedores, procurando manter o bom relacionamento e a qualidade dos mesmos. c)Cuidar para que não haja falta de produtos para o desenvolvimento das operações da empresa. d)Manter todos os dados de estoque e especificações técnicas de produtos atualizados. e)Cuidar da limpeza e manutenção dos equipamentos e mobiliário do setor. AUXILIAR DE LABORATÓRIO: a)Auxiliar na manipulação de fórmulas. b)Estar em treinamento constante para conhecimento de manipulação de todas as formas farmacêuticas. c)Acompanhar a posição de estoque do laboratório, providenciando as devidas reposições junto ao almoxarifado. d)Cuidar da limpeza das bancadas, equipamentos e materiais utilizados na manipulação. e)Estar atento ao setor, comunicando ao responsável qualquer desvio quanto a processos, materiais, instalações e limpeza. ANALISTA DE CONTROLE DE QUALIDADE a)Amostrar as matérias-primas, bases galênicas, excipientes e produtos acabados para revenda no balcão; b)Confeccionar laudos de análise; c)Enviar amostras para análise físico-química ou microbiológica para laboratório de controle de qualidade conveniado; d)Enviar e acompanhar o controel microbiológico terceirizado (quando for o caso). e)Enviar os resultados das análises para revisão pela farmacêutica. AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS a)higiene e sanitização da todas as áreas da farmácia (internas e externas); b)recolhimento e disposição do lixo; c)controlar o estoque do material de limpeza, solicitando a compra, quando necessário. VISITADOR MÉDICO a)Divulgar a farmácia junto aos profissionais médicos, odontologistas, veterinários e centros de estética; b)Levar aos especialistas as literaturas informativas da farmácia, artigos técnicos, trazer sugestões, reclamações ou dúvidas destes profissionais. VESTIMENTA A farmácia fornece a seus funcionários aventais brancos, sapatos de uso interno, máscaras, toucas e luvas. Os aventais devem ser trocados pelo menos duas vezes na semana ou ainda sempre que necessário. Cada funcionário é responsável pela limpeza de seu uniforme, que deve ser trocada pelo menos 2 vezes na semana, ou ainda sempre que necessário. As máscaras devem ser trocadas sempre que estiverem sujas ou danificadas. As toucas são descartadas conforme as condições de uso. As luvas são descartadas diariamente ou ainda antes, se necessário. CONDUTA PARA VISITANTES É proibido o acesso de pessoas estranhas às áreas de manipulação. Quando necessário o acesso de visitantes, estes recebem uniforme para acesso às áreas internas. O uniforme para visistantes inclui: avental, touca, pro-pés e quando necessário, máscara. O uniforme para visitantes está localizado na sala de paramentação. PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA FUNCIONÁRIOS Objetivo: definir itens importantes a serem abordados em treinamento inicial e contínuo de higiene e conduta e treinamentos específicos para os funcionários, para manutenção dos conhecimentos, segurança e garantia da manipulação correta. Responsável: farmacêutico. Materiais: planilha de controle para registro do treinamento realizado, POPs sobre os assuntos a serem abordados, Manual de Boas Práticas de Manipulação. Procedimento: todo funcionário que ingressa na empresa deve receber treinamento inicial e contínuo sobre higiene e conduta, treinamento específico referente às suas atribuições e ao setor de trabalho ao qual será locado, conscientização dos padrões de qualidade por eles exigidos, cuidados para evitar a contaminação, sua responsabilidade dentro da empresa e junto ao consumidor final, motivação para a manutenção dos padrões de qualidade, estímulo para relatar erros não intencionais cometidos em qualquer etapa da manipulação ou propor correções. É fundamental, no treinamento de qualquer setor da farmácia colocar a importância do trabalho em equipe e que o trabalho de cada um depende do trabalho dos outros e qualquer setor pode, direta ou indiretamente, causar desvio na qualidade dos produtos manipulados. Os funcionários devem ter consciência da sua importância para a empresa, indiferente do setor. Segurança (extintores de incêndio, matérias-primas de risco), uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), manutenção e a responsabilidade do funcionário. Perfis e responsabilidades no trabalho em farmácia de manipulação. Identificação dos materiais. O conceito de Qualidade e todas as medidas capazes de melhorar a compreensão e sua implementação devem ser amplamente discutidos durante as sessões de treinamento; periodicamente, todos os funcionários recebem treinamento de reciclagem. Os treinamentos realizados são registrados em registro de controle, que é arquivado na farmácia. Itens que deverão ser abordados nos treinamentos Higiene, vestuário e conduta f)Todos os funcionários passam por exames médicos no momento de sua admissão, quando retornam de férias, quando da troca de função e também no momento da demissão. g)No caso de suspeita ou confirmação de qualquer enfermidade ou lesão, o funcionário é remanejado dentro do quadro de funcionários, afastado de suas atividades temporariamente ou definitivamente, de acordo com as recomendações médicas. h)Todos os funcionários recebem orientações quanto às práticas de higiene pessoal, devendo obedecê-las. i)Não é permitido uso de cosméticos, esmalte, jóias, e acessórios na área de manipulação. j)Os manipuladores do sexo masculino devem estar sempre com barba e bigodes raspados. k)Todo o funcionário tem a obrigação de informar ao seu superior qualquer condição de risco, relativas ao produto, ambiente, equipamento ou pessoal. l)Todo o funcionário, independente de sua função, deve estar corretamente uniformizado para a execução de suas funções, assegurando a sua proteção individual e a do produto contra contaminação. Os uniformes devem ser trocados sempre que necessário para garantir a higiene adequada, no mínimo 2 vezes na semana. m)Os procedimentos de higiene pessoal e paramentação são obrigatórios para todos aqueles que adentrarem na área de manipulação, sejam eles funcionários, visitantes, administradores ou autoridades. n)Qualquer acidente de trabalho deve ser imediatamente comunicado ao farmacêutico responsável, para que sejam tomadas as devidas providências. o)Dentro da área de paramentação há uma caixa com matérias de primeiros socorros. p)Não é permitido manter conversações, fumar, comer, beber, mascar, pentear cabelos, atender celulares, manter plantas, alimentos, bebidas, fumo, medicamentos e objetos pessoais no laboratório. q)Os funcionários devem evitar atos não sanitários como: coçar a cabeça, introduzir dedos nas orelhas, nariz e boca. r)Antes de tossir ou espirrar, a pessoa deve se afastar do produto que esteja manipulando, cobrir a boca e o nariz com a mão e lavar as mãos imediatamente para evitar contaminação. s)Não colocar as mãos no produto que está sendo manipulado, usar espátulas para isso. t)Não falar em cima do produto (utilizar máscara). u)Não deixar entulhos na área de manipulação. É proibida a entrada de caixas de papelão na área de manipulação. v)O lanche deve ser feito na copa ou fora das dependências da empresa, nos horários pré-determinados pela Administração. w)Os manipuladores devem manter uma atitude tranqüila e concentrada na tarefa, evitando movimentos bruscos e interrupções para atender ao telefone. Se necessário usar o sanitário, procurar terminar a tarefa antes e, retirar o uniforme da empresa antes, realizando todo o procedimento de paramentação e higienização das mãos, quando for retornar ao laboratório. x)Todos os funcionários devem manter sigilo sobre os produtos manipulados para os clientes. y)Tanto na manipulação, quanto na dispensação, os funcionários devem ser atenciosos e gentis com os clientes e colegas. Treinamento específico deve ser aplicado por área de atividade do pessoal envolvido e deve abordar: Atendimento ao cliente no balcão: O treinamento deve abranger: como lidar com o cliente, execução do orçamento, gerenciamento de quantidade de manipulações do dia (prazo de entrega), avaliação da receita para evitar erros no seu encaminhamento, atendimento na entrega da fórmula manipulada, com orientações sobre o uso correto do produto, conservação adequada, prazo de validade, cuidados especiais, observância da rotulagem (indicações especiais). Perfil para atender. Manipuladores Seu treinamento deve abranger: higiene pessoal, limpeza e sanitização das instalações, conscientização da importância para evitar contaminações, forma correta de manipular as diferentes formas farmacêuticas, onde encontrar a informação, a importância da padronização, como preencher a documentação de controle, a importância dos registros, ordem de manipulação e fórmula padrão, no caso de dúvidas, consultar o farmacêutico responsável (nunca executar uma fórmula nestas condições), a importância da supervisão do farmacêutico, a escolha dos equipamentos e utensílios adequados a cada tipo de manipulação e a importância das condições de limpeza destas equipamentos, controle de estoque de materiais de laboratórios no sentido de nunca deixar faltar nada para não prejudicar a manipulação, e sua importância na garantia de qualidade do produto manipulado. Farmacêutico Deve receber treinamento sobre como auditar constantemente todas as atividades executadas por pessoas de outras áreas; desenvolvimento de espírito de liderança e espírito inovador para promover as mudanças necessárias para melhoria da qualidade na farmácia. Visitador médico (farmacêutico) Deve receber treinamento sobre a política de relacionamento profissional farmácia x médico; a política de qualidade da farmácia para pacientes e médicos; conhecimento a respeitos dos ativos e veículos utilizados na farmácia; estímulo para relatar problemas ocorridos entre o profissional, o visitador, o paciente e a farmácia. Almoxarife Deve receber treinamento de como manter todos os produtos organizados e devidamente identificados; como fracionar matérias-primas de forma correta; relatar qualquer anormalidade percebida no momento da recepção dos insumos; importância de gerenciar corretamente o estoque de materiais; observar nome de produtos homônimos; utilização de etiquetas (quarentena, aprovado, reprovado); elaborar listas de compras; observar a classificação das matérias-primas e colocá-las nos devidos lugares identificados. Pessoal do departamento de limpeza Seu treinamento abrange a necessidade de executar bem suas tarefas para o conjunto do programa de qualidade da farmácia; soluções e produtos utilizados na limpeza e sanitização das dependências da farmácia.
III- PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO POPs
Os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) contém descrição pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia, visando proteger, garantir a preservação da qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos manipuladores. Os procedimentos devem ser elaborados da forma mais simples e objetiva possível, envolvendo as pessoas afetadas e as suas interfaces. Segue exemplo do modelo utilizado como padrão pela farmácia: Procedimento Operacional Padrão TÍTULO Código: Versão: Elaborado: Data: Página: Anexo: Aprovado: Data: 1.Objetivo Descreve o objetivo do POP. 2.Responsabilidade Indica, de forma clara, quem são os responsáveis pelas atividades contidas no procedimento. 3.Materiais Relaciona os equipamentos e materiais necessários para execução do procedimento. 4.Definições Apresenta definições pertinentes ao procedimento. 5.Procedimentos Descreve o procedimento para a execução da tarefa determinada. 6.Considerações Gerais (quando aplicável): Cita alguma particularidade referente ao respectivo procedimento. 7.Referências Bibliográficas (quando aplicável): Informa a referência utilizada para elaboração do POP.
IV INFRAESTRUTURA FÍSICA
Condições gerais A farmácia, destinada à manipulação de produtos magistrais e oficiais, está localizada, foi projetada e adaptada, para contar com uma infra-estrutura adequada às operações desenvolvidas, para assegurar a qualidade das preparações. A farmácia possui extintores de incêndio, conforme plano de prevenção de incêndios. Anualmente é feita a recarga dos extintores. A farmácia possui os seguintes ambientes: SETOR DE ATENDIMENTO Descrição da área Área destinada ao atendimento de clientes, onde é feita a recepção de receitas médicas, entrega de produtos aviados e venda de produtos. Piso: cerâmica. Paredes e teto: concreto com tinta lavável. Materiais e equipamentos: computador com impressora, telefone, balcão de MDF, cadeira, prateleiras expositores. SANITÁRIO DE USO DO PESSOAL E CLIENTES O atendente, o auxiliar de laboratório, o farmacêuticos e os clientes utilizam o sanitário localizado na farmácia. Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: tinta lavável e azulejos. Teto: tinta lavável. Aberturas: alumínio. Materiais: pia, vaso sanitário, ralo. VESTIÁRIO E PARAMENTAÇÃO Descrição da área Área destinada à troca da vestimenta de uso pessoal pelos uniformes do laboratório, guarda dos pertences pessoais do pessoal do laboratório, paramentação, assepsia das mãos e acesso aos laboratórios. Piso: cerâmica. Paredes: MDF. Teto: tinta lavável. Materiais: armário, pia, sabonete anti-séptico, EPIs. SALA DE LAVAGEM Local onde são sanitizados os utensílios utilizados na manipulação e embalagens. Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável e MDF. Teto: concreto com tinta lavável. Materiais: balcão com pia, detergente, esponja, cepilhos, álcool 70%,escorredor de parede.
LABORATÓRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE E PESAGEM Este laboratório é utilizado preferencialmente para a pesagem de fórmulas e deve ser reservado, através de anotação no quadro de reserva de horário afixado na porta de entrada, para a realização do controle de qualidade. Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: MDF. Teto: concreto com tinta lavável. Matérias: bancada de fórmica com armário, em MDF, na parte inferior, pedra de mármore como suporte para balanças, armário com chave para armazenamento dos produtos controlados, prateleiras para organização das matérias-primas fracionadas, matérias-primas fracionadas, colheres para pesagem, potes plásticos para fórmulas já pesadas, sacos plásticos, tesoura, canetas. Equipamentos: balança analítica, pHmetro, aparelho de ponto de fusão, alcoômetro, picnômetro, etiquetas de situação de matéria-prima (APROVADO, REPROVADO, QUARENTENA). LABORATÓRIO DE SEMI-SÓLIDOS E LÍQUIDOS Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável e MDF. Teto: concreto com tinta lavável. Materiais: balcões de MDF com bancada em fórmica, vidrarias em geral, matérias-primas, canetas, etiquetas. Equipamentos: termohigrômetro, frigobar, destilador de vidro, balança, condicionador de ar. ALMOXARIFADO Local onde são armazenadas as matérias-primas já aprovadas e embalagens sanitizadas. Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável. Teto: concreto com tinta lavável. Materiais: termohigrômetro, prateleiras de metal, matérias-primas e embalagens. UNIFICAÇÃO Local onde é feita a conferência final pela farmacêutica e unificação do pedido, antes deste ser repassado à loja. Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável e MDF. Teto: concreto com tinta lavável. Materiais: armário em fórmica com bancada em MDF. LABORATÓRIO DE SÓLIDOS Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável e MDF. Teto: concreto com tinta lavável. Materiais: armários em fórmica com bancadas em MDF, cadeiras, embalagens, sílica, canetas, etiquetas. Equipamentos: termohigrômetro, exaustor, encapsuladores manuais. COPA Todos os colaboradores da farmácia utilizam a copa para fazer suas refeições, que fica localizado no piso superior da farmácia. Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável e eucatex. Teto: concreto com tinta lavável. Matérias e equipamentos: pia, fogão, geladeira e mesa. SETOR ADMINISTRATIVO Descrição da área Piso: cerâmica. Paredes: concreto com tinta lavável e eucatex. Teto: concreto com tinta lavável. Materiais: mesas de escritório com cadeiras, material de escritório. Equipamentos: computadores com impressora.
V EQUIPAMENTOS/MOBILIÁRIOS E UTENSÍLIOS
Os equipamentos são diariamente verificados conforme procedimento operacional padrão específico e, calibrados ao menos uma vez ao ano. Os equipamentos, mobiliários e utensílios são limpos e sanitizados diariamente conforme procedimento operacional padrão específico. O lixo é recolhido diariamente dos setores, sendo removido das lixeiras fora da área de manipulação e, levados para o local de coleta, adequadamente, em sacos plásticos resistentes. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva, de acordo com um programa formal, e corretiva, quando necessário, obedecendo à procedimentos operacionais padrão descritos, com base nas especificações dos manuais dos fabricantes. Quando qualquer alteração for observada, deve-se comunicar a farmacêutica para contactar a assistência técnica. As manutenções preventivas e corretivas realizadas são anotadas em planilhas de registro e seguem procedimentos operacionais. A manutenção dos equipamentos não pode ser realizada em horários simultâneos as manipulações e, para a liberação para manipular, deverão ser limpos e sanitizados adequadamente (equipamentos e ambiente) conforme POPs específicos. Todos os sistemas de climatização de ambientes devem estar em condições adequadas de limpeza, conservação, manutenção, operação e controle, de acordo com procedimento operacional específico. Procedimento e periodicidade de manutenção e limpeza AR CONDICIONADO Limpeza do filtro de ar a cada 15 dias, conforme POP e registro na planilha de controle. Limpeza da grade frontal a cada 15 dias. Limpeza interna uma vez ao ano, conforme POP e registro em planilha. SISTEMA DE EXAUSTÃO Conforme procedimento de limpeza. Freqüência diária (superfície). Troca do filtro pela inspeção visual e registro da troca em registro específico. BALANÇAS As balanças devem ser diariamente verificadas com peso padrão e o valor deve ser registrado em planilha de controle conforme procedimento operacional padrão. As calibrações das balanças só devem ser executadas por pessoal capacitado, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, com procedimentos reconhecidos oficialmente, no mínimo uma vez ao ano, ou em função da freqüência de uso do equipamento e dos registros das verificações dos mesmos. O laudo de calibração é arquivado na farmácia. SISTEMA DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA (DESTILADOR) Limpeza semanal do destilador e mangueiras (superfície) e limpeza interna semestralmente. LIMPEZA E SANITIZAÇÃO Existe procedimento operacional padrão descrevendo a limpeza e sanitização de todos os setores da farmácia. Todo o procedimento de limpeza executado é registrado em planilha de controle. A limpeza é realizada no final do dia de trabalho para não interferir nos trabalhos de manipulação. A limpeza e sanitização do piso é feita diariamente com pano úmido e sanitizante (sem varrer). As bancadas são limpas com álcool 70ºGL antes do início dos trabalhos do dia, entre cada manipulação e ao final do expediente. As paredes e tetos são limpos uma vez por mês. COLETA DO LIXO O lixo acumulado nas lixeiras de todos os setores é retirado fora da área de manipulação no final dos trabalhos de manipulação do dia, sendo transferido para o local de coleta. A farmácia possui Programa de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS), que se encontra em anexo ao Manual de Boas Práticas de Manipulação. PROGRAMA DE CONTROLE DE PRAGAS A farmácia dispõe de programa de controle de pragas mantendo-se os respectivos registros. O controle de roedores, insetos, aves e outros animais é feito através de: 1) controle não-químico através da verificação das instalações, avaliando a presença de possíveis pontos de entrada de pragas, devendo estes ser eliminados; aparecimento de qualquer sinal que indique a presença de insetos e roedores, os sinais poderão ser fezes, materiais roídos, insetos. Todos os funcionários da farmácia devem participar do controle, comunicando ao farmacêutico caso observe alguma desconformidade. O controle não-químico deve ser utilizado primeiramente, caso seja possível. Este é feito através de medidas que visam modificar as condições favoráveis para a existência desta praga. Utilizam-se para tanto, barreiras de oclusão, armadilhas, aspiração, controle da luz e temperatura, manejo adequado dos resíduos, boas práticas de saneamento e manutenção nas instalações. 2) Controle químico, por meio de contrato com uma empresa especializada em desinsetização, descupinização e desratização, que deverá apresentar literatura técnica dos ativos utilizados nos procedimentos, bem como, selecionar o defensivo químico adequado, aprovado pela autoridade sanitária, e a tecnologia de aplicação. Controle químico apenas deve ser aplicado quando realmente justificado, de forma planejada, racional e seletiva, objetivando diminuir a exposição aos agentes químicos. Os serviços devem ser feitos com urgência para liberação do laboratório. Repetir periodicamente a aplicação conforme orientação da empresa especializada ou sempre que necessário. Relatar as operações efetuadas, registrando-as. PROGRAMA DE CONTROLE DE PRAGAS Aquisição SOLICITAÇÃO DE COMPRAS É feita através de registro em planilha conforme verificação da falta. A farmacêutica é responsável pelo pedido. É emitida ordem de compra para pedido documentado junto ao fornecedor. ESCOLHA DO FORNECEDOR Esta escolha baseia-se principalmente na baixa porcentagem de reprovação da matéria-prima; continuidade na qualidade de seu fornecimento; envio de certificado de análise, assinado pelo farmacêutico responsável; presença do responsável técnico; embalagem apropriada e identificação correta das matérias-primas (denominação, lote, fabricação, validade, teor, condições de estocagem, fornecedor/fabricante); pronto atendimento; informações do programa de qualificação do fornecedor. Recebimento Todo o material, para ser recebido, deverá passar pela inspeção de recebimento conforme procedimento operacional padrão, que deverá verificar: correspondência com o pedido; nota fiscal; certificado de análise; se os produtos estão devidamente etiquetados e identificados com: denominação, número de lote, prazo de validade e data de fabricação, condições de armazenamento e advertências (se necessário) e a identificação completa do fornecedor/fabricante. Ocorrendo qualquer irregularidade com os itens acima, não receber os produtos e comunicar o ocorrido ao setor de compras. Todas as irregularidades encontradas deverão ser anotadas no verso do pedido de compra e na 2a via da nota fiscal, sendo datadas e assinadas. Caso liberado os produtos pelo recebimento, os mesmos deverão ter suas embalagens externas previamente sanitizadas com álcool 70%,tomando o cuidando para não apagar as informações do rótulo, e encaminhadas para área de controle de qualidade, acompanhados dos certificados de análise do fornecedor, etiquetas para fracionamento e certificado de análise interno. Separar amostragem de acordo com padrão para controle de qualidade. Guardar o restante do produto na quarentena, identificando com a etiqueta de Quarentena .Todos os materiais devem ser recebidos pela loja, não passando assim pela área de assepsia dos funcionários e, repassados ao setor de quarentena da farmácia. Armazenamento Materiais dispostos em ordem alfabética. Nenhum material poderá estar armazenado no setor direto no chão ou em contato com as paredes, devendo estar dispostos em estrados e prateleiras, para facilitar a limpeza adequada do setor. Dispor os materiais conforme Firt-in fist-out, ou seja, o primeiro que entra é o primeiro que sai, dispor os materiais de forma que as matérias-primas com data de validade menor fiquem à frente daquelas com data de validade maior. Os rótulos das matérias-primas devem apresentar as seguintes informações: denominação do produto (DCB ou DCI), código de referência interna, identificação do fabricante/fornecedor, teor ou potência (quando aplicável), prazo de validade e/ou data de reanálise, condições de armazenamento e advertências (quando aplicável) e situação interna da matéria-prima (quarentena, aprovado, reprovado). As embalagens devem estar adequadamente acondicionadas, fechadas e íntegras, qualquer dano verificado nas embalagens deverá ser reparado. O material de embalagem deverá ser armazenado em sacos plástico fechados, nas prateleiras do almoxarifado. Os materiais deverão estar identificados com etiquetas de sinalização conforme sua situação. Água Água potável: a farmácia é abastecida com água potável, proveniente da caixa d água. Trimestralmente são feitos testes físicos e microbiológicos para monitorar a qualidade da água potável, tendo-se os registros. As análises são terceirizadas. A água utilizada na manipulação é obtida por processo de purificação (destilador). Água purificada: O sistema de purificação da água utilizado na farmácia é a destilação. É feita manutenção semestral de todo sistema, com registro em planilha. São realizados testes trimestralmente, com empresa terceirizada, para garantir a qualidade da água. Os laudos de análise da água ficam arquivados na farmácia.
VI -CONTROLE DO PROCESSO DE MANIPULAÇÃO
Existem procedimentos operacionais para a manipulação de semi-sólidos, líquidos, bases galênicas e sólidos. Existe um laboratório para a manipulação de semi-sólidos e líquidos e um pra a manipulação de sólidos. As preparações de estoque mínimo têm fórmula padrão e, para sua preparação é emitida ordem de produção com as quantidades determinadas. Todas as prescrições a serem manipuladas antes são verificadas pela farmacêutica (avaliação farmacêutica da prescrição) nos itens viabilidade e compatibilidade dos componentes entre si e concentração. A farmacêutica registra na ordem de produção sua verificação e realiza os cálculos necessários para a manipulação adequada. Os cálculos são observados quanto às unidades, equivalências, concentração dos fármacos e o tipo de excipiente ou base galênica a utilizar. Cada fórmula individual recebe um número de registro definido pela ordem seqüencial de registro no computador. Existe procedimento operacional para prevenção de contaminação cruzada. Antes do início de cada manipulação, as superfícies de trabalho e equipamentos são limpos e sanitizados, todos os materiais e resíduos da manipulação anterior são retirados. No momento da manipulação, o sistema de exaustão deve estar ligado. Os materiais e utensílios da manipulação são exclusivos para cada setor, sendo lavados separadamente. Existe procedimento operacional para a rotulagem adequada. Existem rótulos específicos para: produto magistral, devendo constar as seguintes informações: nome do prescritor e nome do paciente, nº de registro no livro de receituário, data da manipulação, prazo de validade, identificação com quantidade de todos os componentes da receita, forma farmacêutica e número de unidades, peso/volume (quando aplicável), posologia, identificação da farmácia (CNPJ, endereço, nome do RT e CRF). etiquetas complementares: advertências para o uso adequado da fórmula manipulada ( Agite antes de usar ,Conservar em geladeira ,Uso interno ,Uso externo ,Evite contato com os olhos ). Dependendo da forma farmacêutica a ser manipulada, existem procedimentos operacionais específicos, e é indispensável inspecionar cada etapa do processo a fim de garantir a qualidade da manipulação. Conferência final Após a manipulação, as fórmulas e sua documentação devem passar pela conferência final, feita pela farmacêutica, para a certificação da execução correta conforme o pedido e recita. A conferência inclui a inspeção visual da fórmula, registros e documentos. Este procedimento é registrado na ordem de produção (assinatura do farmacêutico). As fórmulas conferidas são dispostas na loja, em prateleiras, agrupadas e separadas de outros pedidos, em sacolas plásticas, em ordem alfabética. As fórmulas termolábeis são dispostas em local específico, na geladeira do laboratório de semi-sólidos e líquidos, à espera do cliente para a sua dispensação. Manipulação de hormônios, antibióticos, citostáticos e medicamentos controlados A manipulação de hormônios, antibióticos, citostáticos e medicamentos controlados é realizada em horários diferentes, que não coincidam com a manipulação de outras substâncias ativas. O horário definido é no final de cada turno de trabalho, para garantir a limpeza e sanitização da área após a manipulação destas substâncias. Os atendentes são treinados para agendar as fórmulas destas substâncias em horários compatíveis ao procedimento. Rotulagem A rotulagem é imediata à manipulação. Todo o pedido acompanha seus respectivos rótulos. Os rótulos das preparações farmacêuticas de estoque mínimo contem, no mínimo, os seguintes dados: nome do produto e dosagem, lote interno, data de fabricação e validade, quantidade manipulada. Os rótulos das fórmulas manipuladas a serem dispensadas apresentam as seguintes informações: nome do prescritor e nome do paciente, nº de registro no livro de receituário, data da manipulação, prazo de validade, identificação com quantidade de todos os componentes da receita, forma farmacêutica e número de unidades, peso/volume (quando aplicável), posologia, identificação da farmácia (CNPJ, endereço, nome do RT e CRF). Para matéria-prima com transferência de embalagem de acondicionamento, a farmácia tem rótulo padrão para identificação adequada de material fracionado e transferido de embalagem. Acondicionamento e estocagem de fórmulas manipuladas As fórmulas manipuladas são acondicionadas em sacolas plásticas separadas por venda e, estocadas em ordem alfabética, na prateleira localizadas na área de atendimento. Atendimento e dispensação de fórmulas Existe procedimento operacional para o atendimento adequado. Quando o cliente não tem a receita médica, o atendente deve questionar o nome do médico e se o medicamento é de uso contínuo, caso o paciente não tenha médico, chamar a farmacêutica para orientar o paciente. O atendente deverá solicitar o nome completo do paciente, para quem é a fórmula, telefone, endereço, idade, nome do médico e CRM. O pedido do cliente é registrado em venda e o horário de retirada é agendado. O cliente recebe uma via da venda. A venda, receita, ordem de produção e rótulos são enviados para o laboratório aviar a fórmula. Ao dispensar qualquer pedido, deverá antes de entrega ao cliente, verificar a conformidade do pedido e o nome do paciente completo (conferência na entrega). Verificar etiquetas de advertência, doses, observações do laboratório (por exemplo, mudança da cor da cápsula) e informar ao paciente das alterações e condições adequadas de conservação e uso dos medicamentos. Tele entrega Existe procedimento operacional para a entrega à domicílio. O documento de entrega dos produtos manipulados é assinado pelo cliente, confirmando a conferência do pedido. Este documento é arquivado na farmácia. O pedido, antes de ser entregue é conferido na farmácia com o entregador. Controle de fórmulas não retiradas Inspeção semanal das prateleiras. Contato com o cliente sobre fórmulas não retiradas e registro do contato em planilha. Retirada e eliminação das fórmulas vencidas (registrar em planilha controle e encaminhar para descarte). O pedido e receituário dos produtos não retirados são arquivados. Fórmulas não vencidas deverão ser retiradas da prateleira e encaminhadas para a farmacêutica verificar o possível reaproveitamento e, registrar o destino final. Escrituração A farmácia segue POP para escrituração das fórmulas aviadas no computador, cada fórmula recebe um número de registro.
VII -GARANTIA DE QUALIDADE PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE
A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que os produtos e serviços estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos. Para assegurar a qualidade das fórmulas manipuladas, a farmácia possui um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpora as BPM deste regulamento técnico, totalmente documentado e monitorado. A documentação inicial inclui POPs, metodologias analíticas, especificações técnicas, fórmula padrão e planilhas de controle. O Sistema de Garantia da Qualidade para a manipulação de fórmulas deve assegurar que: a) as operações de manipulação sejam claramente especificadas por escritos (POPS, especificações técnicas e metodologias específicas) e que as exigências de BPM sejam cumpridas; b) os controles necessários para avaliar as matérias-primas sejam realizados de acordo com procedimentos escritos e devidamente registrados; c) sejam elaborados procedimentos escritos para limpeza da área de manipulação, materiais e equipamentos; d) os equipamentos sejam calibrados, com documentação comprobatória; e) a preparação seja corretamente manipulada, segundo procedimentos apropriados; f) a preparação seja manipulada e conservada de forma que a qualidade da mesma seja mantida; g) sejam realizadas auto-inspeções de modo a assegurar um processo de melhoria contínua; h) exista um programa de educação inicial e contínuo; i) exista a proibição do uso de cosméticos, jóias e acessórios para o pessoal com atividades de manipulação; j) sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as instruções de uso e de armazenamento das fórmulas manipuladas. Controle de qualidade Avalia a qualidade das matérias-primas, material de embalagem, fórmulas manipuladas e bases galênicas. O controle inicia com a inspeção de recebimento para verificar a integridade das embalagens e informação dos rótulos. As matérias-primas são avaliadas quanto: características organolépticas, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fusão, densidade e avaliação do certificado de análise do fornecedor. As preparações de estoque mínimo são avaliadas quanto: grau ou teor alcoólico, densidade, volume, viscosidade, teor, pureza microbiológica. As cápsulas são avaliadas em peso médio. As análises de teor e pureza microbiológica são terceirizadas. As especificações e as respectivas referências Farmacopeicas, Codex ou outras fontes de consultas, oficialmente reconhecidas, devem estar disponíveis. Os diferentes lotes de matérias-primas devem vir acompanhados dos respectivos Certificados de Análises emitidos pelo fabricante/fornecedor. Estes devem ter informações claras e conclusivas, com todas as especificações acordadas com o farmacêutico, datadas, assinadas e com especificação do responsável técnico com o respectivo número de inscrição no seu Conselho Profissional correspondente. Os Certificados de Análises devem ser avaliados para verificar o atendimento aos parâmetros oficialmente aceitos. A matéria-prima aprovada pode ser fracionada, devendo ser adequadamente identificada e armazenada. A matéria-prima reprovada deve ser identificada e isolada, e o fornecedor deve ser informado para realizar a substituição (devolução). Prazo de validade Todo produto manipulado apresenta no rótulo a data de fabricação e validade e as condições de armazenamento. A determinação do prazo de validade deve ser baseada em informações de avaliação da estabilidade físico-química das drogas e considerações sobre a esterilidade, ou através de realização de estudos de estabilidade. Fontes de informação sobre a estabilidade físico-química das drogas devem incluir referências compêndios oficiais, recomendações dos produtores das mesmas e pesquisas científicas publicadas. Na interpretação das informações sobre estabilidade das drogas devem ser considerados todos os aspectos de acondicionamento e conservação. A farmácia tem POP com diretrizes para estabelecer o prazo de validade dos produtos manipulados e os resultados são registrados e arquivados. Sistema de lote Toda a fórmula de estoque mínimo preparada pela matriz gera um número de lote seqüencial definido pela mesma. O número do lote é seqüencial por ordem cronológica de processo e é registrado no rótulo da preparação e na ordem de produção, que fica arquivada por seis meses. Atendimento à reclamações Todas as reclamações feitas por clientes são registradas e analisadas pelo farmacêutico para definir e implementar as ações corretivas necessárias. É feito o rastreamento da reclamação através de verificação dos registros da fórmula objeto de reclamação. Existe um formulário específico para reclamações que contém nome e dados pessoais do paciente, prescritor, nome do produto, número de registro da formulação no computador, natureza da reclamação, responsável pela reclamação, espaço para registro das medidas corretivas e retorno ao cliente, que deverá ser preenchido. A farmácia dá retorno ao reclamante, após análise e verificação da reclamação. Documentação Os documentos de análise de matérias-primas, procedimentos operacionais padrão, planilhas de controle, metodologias analíticas, os registros e relatórios de auto-inspeção estão arquivados ordenadamente, à disposição da fiscalização. Auto-inspeção A auto-inspeção segue o Roteiro para farmácia da resolução RDC nº33, conforme POP, e é feita periodicamente para auto-avaliar e melhorar a qualidade dos processos de manipulação. Realizada pelo farmacêutico, a auto-inspeção gera um relatório. São tomadas medidas de ações corretivas para o aprimoramento da qualidade dos produtos manipulados, bem como todos os processos operacionais. Os registros de auto-inspeção são arquivados na farmácia. A auto-inspeção é feita na farmácia com freqüência semestral, conforme descrito no POP específico.
 ANEXO I- PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS) 1. Objetivo Estabelecer procedimentos para o gerenciamento dos resíduos provenientes das atividades desenvolvidas na empresa, com vistas ao atendimento à Resolução RDC nº. 306, de 7 de dezembro de 2004 que dispões sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde. 2. Definições 2.1. Segregação: consiste na separação do resíduo no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, a sua espécie, estado físico, e classificação. 2.2. Acondicionamento: ato de embalar corretamente os resíduos segregados de acordo com as suas características, em sacos (adequados a NBR 7500 -ABNT) e/ou recipientes impermeáveis resistentes à punctura, ruptura e vazamento. 2.3. Identificação: conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos ou recipientes, fornecendo informações ao seu correto manejo. A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos baseados na norma da ABNT 7500 -símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais, além de outras exigências relacionadas à classificação e ao risco específico de cada grupo de resíduos. 2.4. Transporte interno: consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local do armazenamento temporário ou à apresentação para a coleta externa. Deve ser realizado em sentido único, com roteiro definido, em horários não coincidentes com a distribuição de medicamentos e grande fluxo de pessoas. Os recipientes destinados a este fim devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, com tampas, cantos arredondados e estarem identificados. 2.5. Armazenamento temporário: guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, agilizando a coleta dentro do estabelecimento e, otimizando o traslado entre os pontos geradores e a coleta externa. 2.6. Coleta e transporte externos: consistem na remoção dos resíduos do local de armazenamento temporário até a unidade de tratamento ou destinação final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação da integridade física do pessoal, da população e do meio ambiente. 2.7. Destinação final: disposição dos resíduos no solo previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e licenciamentos em órgão ambiental competente. 3. Classificação Grupo A (potencialmente infectantes) São representantes deste grupo os resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. A empresa não produz resíduos deste grupo e, por este motivo, não iremos nos deter aos seus detalhes. Grupo B Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
FONTE:www.ebah.com.br/manual-boas-praticas-doc-a668...

FARMÁCIA DE MANIPULAÇÂO: RDC nº 67/2007


Controle e Garantia da Qualidade Aplicados à Farmácia com Manipulação

A farmácia com manipulação é um estabelecimento de saúde que possui por função manipular fórmulas magistrais e oficinais a partir da prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado (BRASIL, 2007). Deste modo, proporciona benefícios ao paciente, não somente de caráter financeiro, mas principalmente terapêutico, pois trabalha com os fármacos em concentrações e formas nem sempre disponibilizadas pela indústria farmacêutica.

É imprescindível à farmácia com manipulação o controle das matérias-primas, qualificação dos fornecedores, obediência ao Manual da Qualidade, controle e monitoramento de todos os processos e controle dos produtos acabados, conferindo, desta forma, confiabilidade ao paciente e ao médico prescritor.

Conceitualmente o controle de qualidade seria o conjunto de operações (programação, coordenação e execução) que possui como objetivo verificar a conformidade das matérias-primas, materiais de embalagem e do produto acabado, com as especificações estabelecidas em Resoluções da Diretoria Colegiada e literaturas aprovadas pela mesma (BRASIL, 2007; BRASIL, 2009). Muito além deste conceito estão os deveres da farmácia com manipulação para a comunidade e desta forma amplia-se o conceito e acrescenta-se a idéia de prover qualidade contínua aliada a um serviço adequado e a custo acessível. Para que isto seja possível, o profissional farmacêutico, responsável pela manipulação, deve prosseguir uma rotina de estudos e aperfeiçoamento contínuos. E este conhecimento, obtido e apreendido, deve estar continuamente sendo repassado a toda equipe de colaboradores para que todos busquem a filosofia do “kaizen” (BRASIL, 2000).

O controle de qualidade para as farmácias com manipulação está inserido na garantia da qualidade, com as Boas Práticas de Manipulação (BPM) e Boas Práticas de Laboratório (BPL). A garantia da qualidade é o esforço organizado e documentado dentro da farmácia que pretende assegurar as características do produto, de modo que cada unidade do mesmo esteja de acordo com as especificações estabelecidas de acordo com o determinado pelas autoridades sanitárias (BRASIL, 2000; BRASIL, 2007; BRASIL, 2008).

A farmácia com manipulação, assim como os demais estabelecimentos de saúde, possui legislação aplicada específica e, a partir desta (BRASIL, 2007; BRASIL, 2008) e de sua atualização. fica claro que o controle deve ser realizado no início, no meio e no final da prestação do serviço ao paciente.

Realizar adequadamente o controle de qualidade interno à farmácia com manipulação e saber discutir os resultados enviados, quando do controle de qualidade externo realizado por laboratórios terceirizados, é de fundamental importância para a adequação e a competitividade das farmácias perante as autoridades sanitárias e o mercado consumidor.

Metodologias analíticas para o controle de qualidade físico-químico de matérias-primas na farmácia de acordo com a RDC nº 67/2007 (Teórico e Prático)

Janaina Fernanda Packer


Um comentário:



Classifarmas.com.br disse...
Olá a todos, boa noite.

Verificamos nesta postagem que vocês fazem referência a farmácias de manipulação, sendo assim, pedimos licença para postar um comentário no blog e aproveitar para convidar a todos a conhecer nosso portal Classifarmas.com.br.

O portal disponibiliza um sistema de cotação fácil e prático que permite aos pacientes otimizar o tempo no processo de busca, comparação e compra de produtos manipulados. Com apenas uma única solicitação de orçamento, o paciente tem a possibilidade de enviar o orçamento para mais de 30 farmácias de manipulação ao mesmo tempo.


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