11.06.2010



Autobronzeador, você pode se entusiasmar, sim!

Usar um Autobronzeador pode ser uma ótima idéia para dar uma graça especial na hora de usar um biquíni ou um vestidinho curto, ou mesmo para exibir um rosto dourado sem esforço nem viagens. Os homens também gostam da idéia de evidenciar os músculos conseguidos na musculação, com um tom bronze.
  
Não pense que seja algo complicado, é apenas um creme com aparência de hidratante, que se pode aplicar em qualquer hora em que sobrar um tempinho: à noite, antes de dormir, ou após o banho. Espalha-se bem, deixa-se secar por 1 ou 2 minutos e você vai vendo aparecer um belo tom dourado, com a vantagem de a pele continuar fresca e hidratada, sem a aparência ressecada de quem tomou sol demais... Eles contêm ativos capazes de sintetizar uma proteína dourada na pele responsável pela cor conseguida.
  
Aplica-se por cerca de 3 ou 4 dias, para se obter um “bronzeado” bonito. Depois se faz uma manutenção aplicando-se 1 vez por semana para manter a cor, ou apenas quando se notar que a pele está voltando a ficar clara.
  
E não são só as pessoas que estão brancas ou pálidas demais, que podem usar. Mesmo as que tomam sol regularmente, surpreendem-se com o lindo efeito que um autobronzeador dá! Ele tem o poder de uniformizar, homogeneizar o bronzeado, sem causar dano. Pois quem toma sol, sabe que há algumas partes do corpo que sempre ficam diferentes do resto: as axilas, a parte interna dos braços e das coxas sempre está mais clara! Isto sem mencionar as marcas de biquíni e maiô, nos ombros, nas costas, nas nádegas e barriguinha, as terríveis marcas das alcinhas, logo quando você tem uma festa importante e vai estrear aquele vestido tomara-que-caia!
  
Para estas situações, o autobronzeador cai como uma luva, pois tem o poder de homogeneizar o bronzeado.
  
Nas zonas onde o creme se concentrar mais, ou em zonas irritadas ou ásperas e grossas, pode haver efeito maior, ficando estes locais mais escuros! Assim, os joelhos e cotovelos, onde a pele é mais grossa, escurecem mais! . Se isso acontecer, é só esperar alguns dias que isso vai naturalmente se atenuando, já que a pele ao se renovar, automaticamente elimina as camadas superiores que foram “bronzeadas”. Usar hidratante com uréia pode auxiliar a homogeneizar o auto bronzeado nos dias subseqüentes.
  
É bom lembrar que em peles douradas, amareladas, melhor fica o bronzeado decorrente dos autobronzeadores, pois a coloração que eles conferem combinam com esse tipo de pele. As peles muito brancas ou rosadas podem ficar um tanto amareladas, além de qualquer mau espalhamento do creme aparecer mais... Para estas pessoas mais brancas, o ideal são os autobronzeadores mais fracos, suaves, pois bronzeiam lentamente e dá tempo de corrigir os errinhos...
  
Pode-se aplicar no rosto também, mas certos cuidados são necessários.  Qualquer coloração exagerada ou irregular aparece muito no rosto. Por isso, o autobronzeador pode até ser mais suave no rosto, ou aplicar-se com menos freqüência do que no corpo, para evitar o bronzeado não homogêneo.
  
Para aplicá-lo no rosto, limpe ou lave o rosto sem esfregar demais. Aplique uma camada fina, da mesma maneira como se aplica um hidratante, evitando as pálpebras superiores (como são região de dobra de pele, pode haver concentração exagerada do produto neste local). Não se deve esquecer as regiões próximas às orelhas e pescoço, para o bronzeado não ficar irregular.  Aplique durante 1 ou vários dias seguidos, até atingir o tom desejado. Volte a aplicar quando o rosto estiver perdendo o tom bronzeado.
  
Há vários tipos de autobronzeadores disponíveis no mercado atualmente, além das fórmulas que os dermatologistas costumam receitar para seus clientes.

Os erros de medicação nos hospitais

Pesquisas mostram alto índice de casos nos quais os remédios são dados na hora e dose incorretas e até para o paciente errad


PERIGO
Enganos acontecem em relação à quantidade de medicamentos


Uma situação preocupante começa a chamar mais a atenção dos responsáveis pelos cuidados com os pacientes dentro dos hospitais. Pesquisas estão demonstrando que, nestes estabelecimentos, é muito alto o índice de erros na hora de dar a medicação aos doentes, o que coloca a vida desses indivíduos em risco. No Brasil, o estudo mais recente foi realizado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto. O trabalho foi feito em cinco hospitais públicos e analisou a administração de cerca de cinco mil doses de medicação. Os cientistas detectaram erros em 30% dos casos.
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AÇÃO
Dennis Quaid faz alertas desde que
suas filhas foram vítimas de erro
A pesquisa mostra que 77,3% dos enganos são relativos ao horário da administração dos medicamentos – ou seja, dados pelo menos 60 minutos antes ou depois da hora certa. Embora pareça não ter gravidade, trata-se de um equívoco com consequências sérias. “Antibióticos, por exemplo, não devem ter os seus horários de administração alterados. Os efeitos podem ser mais graves do que se imagina, porque a eficácia do remédio é diminuída”, alerta o médico Antônio Carlos Moraes, coordenador clínico do hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. O estudo verificou ainda que os erros de dosagem correspondem a 14,4% dos casos, seguidos de trocas na via de administração (6,1%), medicamento não autorizado (1,7%) e troca de paciente (0,5%).
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CUIDADO
No Copa D’Or, checa-se o remédio
com o código da pulseira do doente
O problema é mundial. Na Inglaterra, um levantamento em 19 hospitais apontou que uma em cada dez prescrições contém erros, 1,7% deles com grande risco de levar o paciente à morte. “Uma alteração de miligrama para micrograma, aparentemente banal, dependendo do remédio, pode colocar o doente em coma, por exemplo”, explica Ivana Siqueira, superintendente de atendimento do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Nos Estados Unidos, uma vítima famosa do problema foi o ator Dennis Quaid. Na verdade, um sério erro foi co­metido durante a internação de suas filhas, gêmeas, no Cedars-Sinai Hospital, em Los An­geles. As meninas ha­viam acabado de nascer e estavam internadas na unidade de terapia intensiva da instituição. Quan­do completavam 12 dias de vida, receberam uma dose altíssima de uma droga anticoagulante e por pouco não perderam a vida. O erro foi de uma enfermeira, que confundiu a embalagem do remédio para criança com a de adulto. O ator processou a companhia fabricante do medicamento e também o hospital. Além disso, iniciou uma cruzada contra enganos do mesmo gênero. Ele ajudou a dar força a um movimento que alerta os profissionais sobre erros que podem ter sido cometidos – The National Alert Net­work for Serious Medication Errors System – e acaba de produzir um documentário sobre a questão.
Para minimizar o problema, hospitais de todo o mundo também estão tomando providências, adequando-se a normas de vigilância que a classe médica chama de barreiras. No Copa D’Or e no Hospital Israelita Albert Einstein, este em São Paulo, nenhuma receita médica é escrita à mão – todas são digitadas, para evitar dificuldades na leitura. No Sírio-Libanês, a prescrição eletrônica é regra em áreas de maior gravidade, como unidade de terapia intensiva e oncologia. A partir daí, segue-se uma série de checagens que, no caso do Sírio-Libanês e do Albert Einstein, inclui, por exemplo, a leitura de um código de barras no recipiente da medicação. O procedimento é feito duas vezes, a última delas dentro do quarto do paciente, à vista do próprio doente. No Copa D’Or, há a conferência da medicação usando a identificação da pulseira do paciente. “Essa preocupação começou a ser levada mais em conta nos últimos anos”, diz Carla Paixão, responsável pelo projeto de controle de erro de medicação do Albert Einstein. “Mas ainda é impossível alguém afirmar que reduziu o índice de erros a zero.”
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MUDANÇA
Roberto passou a tomar a medicação corretamente
após o nascimento do neto Guilherme
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O DESAFIO DE TOMAR O REMÉDIO CERTO EM CASA
Outro desafio na área de saúde é melhorar os índices de adesão ao tratamento, o que inclui tomar os remédios corretamente em casa. Um trabalho do Hospital Geral de Massachusets (EUA) deu uma ideia do tamanho do problema: depois de analisarem quase 200 mil prescrições eletrônicas receitadas por 1.217 médicos, os cientistas verificaram que, a cada cinco receitas, uma foi parar na lata do lixo. Os mais rebeldes foram os pacientes com doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão.
No jogo de forças entre médico e paciente que se forma quando é abordado o assunto, falta razão aos dois lados. “O paciente decide o que comprar, como usar e inventa suas razões para interromper o uso”, observa o pesquisador em antropologia médica José Quirino dos Santos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Os pacientes não aderem, alegando que os médicos não explicam de forma clara os efeitos da doença.Os médicos reclamam que os pacientes não se empenham e que tentam esconder que não estão seguindo as recomendações”, diz Décio Mion, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para os especialistas, a solução está mais nas mãos dos médicos. “O convencimento depende muito do carisma do profissional e de sua capacidade de convencimento”, acredita Antônio Carlos Lopes, da Unifesp. Entender a mente do paciente, embora fundamental, não é nada fácil. Às vezes a motivação para o tratamento vem de lugares inesperados, como é o caso de Robert Achcar Filho, diagnosticado com hipertensão desde 2005. Com 64 anos, Robert relutou para seguir à risca as ordens médicas. Só mudou com a chegada do primeiro neto, Guilherme, em 2008: “Percebi que valia a pena cuidar mais de mim”, diz. Roberto agora encara a dieta recomendada, parou de fumar, aderiu aos exercícios físicos e toma todos os remédios.
Rachel Costa

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AGUA OXIGENADA (H2O2):
VANTAGENS DO SEU USO




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Água Oxigenada - H2O2
Sabe pra que serve?
Utilizada inicialmente para combater infecções em campos de batalha, a água oxigenada (também conhecida como Peróxido de Hidrogênio ou H2O2) possuis diversos usos que são praticamente desconhecidos do público em geral. Este texto muito interessante conta a origem da substância e alguns de seus usos no cotidiano. A água oxigenada, ou Peróxido de Hidrogênio (H2O2), foi desenvolvida na década de 1920 por cientistas para conter problemas de infecções e gangrena em soldados em frente de batalha. A pesquisa buscava um produto barato, fácil de transportar e usar, que pudesse ser conservado de forma fácil e à temperatura ambiente, sem problemas colaterais. Durante a segunda guerra mundial, a redução no número de baixas
e amputações foi tremenda, graças ao uso da água oxigenada.
Numa solução a 3%, é um dos mais potentes desinfetantes que existem. Isso é pouco divulgado e pode-se entender porquê. Um produto barato e simples de usar, concorre com outros desenvolvidos por laboratórios farmacêuticos e indústrias de desinfetantes domésticos e hospitalares. Portanto, não há interesse comercial no seu uso em larga escala.
O que se pode fazer com água oxigenada:
  1. Uma colher de sobremesa do produto usada para bochechos e mantido na boca por alguns minutos, mata todos os germes bucais, branqueando os dentes!

    Cuspir após o bochecho.
  2. Manter escovas de dentes numa solução de água oxigenada conserva as escovas livres de germes que causam gengivite e outros problemas bucais.
  3. Um pouco de água oxigenada num pano desinfeta superfícies melhor do que qualquer outro produto. Excelente para usar em cozinhas e banheiros.
  4. Tábuas de carne e outros utensílios são totalmente desinfetados após uso, com um pouco de água oxigenada. O produto mata qualquer bactéria ou germe, inclusive salmonela.
  5. Passada nos pés, à noite, evita problemas de frieiras e outros fungos que causam os principais problemas nos pés, inclusive mau cheiro (chulé).
  6. Passada em ferimentos (várias vezes ao dia) evita infecções e ajuda na cicatrização. Até casos de gangrena regrediram com o seu uso.
  7. Numa mistura meio-a-meio com água pura, pode ser pingada no nariz em resfriados e sinusites. Esperar alguns instantes e assoar o nariz. Isso mata germes e outros microorganismos nocivos.
  8. Um pouco de água oxigenada na água do banho ajuda a manter a pele saudável, podendo ser usada em casos de micoses e fungos.
  9. Roupas que precisem desinfecção (lençóis, fraldas, etc), ou aquelas em contato com secreções corporais e sangue, podem ser totalmente desinfetadas se ficarem de molho numa solução contendo água oxigenada antes da lavagem normal.
Outras Fontes:

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Bronquite

ASMA BRÔNQUICA, BRONQUITE ASMÁTICA, BRONQUITE ALÉRGICA = MUITOS NOMES PARA O MESMO PROBLEMA

     Existe uma grande confusão entre não médicos, em relação a todos esses nomes.
     ITE, quando colocado no final de um termo, significa, na linguagem médica, inflamação. Dessa forma, rinite é a inflamaçào nasal, celulite é a inflamaçào do tecido adiposo que fica abaixo da pele, colite é a inflamação do cólon (intestino grosso), e bronquite é a inflamação dos brônquios, que são as grandes e médias vias aéreas (os tubos que levam o ar para dentro e para fora dos pulmões, durante a respiração).
     Existem vários tipos de bronquite, dependendo dos fatores causais, dos mecanismos que causam e mantém o processo inflamatório, e da duração do problema (agudo ou crônico). Desta forma existe:
a bronquite viral, caracterizada por tosse, dor no peito, catarro branco e que pode se iniciar exatamente como os resfriados e gripes, durando alguns dias ou poucas semanas (por isso é uma bronquite aguda), e tende a evoluir para cura sem uso de antibióticos, pois o próprio sistema imunológico do indivíduo acaba eliminando os vírus causadores da inflamação;
- a bronquite bacteriana, que geralmente surge como complicação de uma bronquite aguda viral, quando a sua duração é mais prolongada, e o catarro torna-se amarelado ou esverdeado, podendo ter febre, e só melhora com o uso de antibióticos, pois nesse caso há a presença de bactérias no revestimento brônquico causando e perpetuando a inflamação;
- a bronquite crônica, aquela que evolui por meses ou anos, com tosse recorrente, e que, na maioria das vezes, é causada por poluentes externos. Nesse caso, o grande exemplo é a bronquite tabágica, ou do fumante, onde a fumaça do cigarro causa lesões repetidas a várias células que revestem os brônquios. Essa bronquite do fumante facilita a ocorrência das infecções bacterianas, podendo então sobrepor-se a ela bronquites bacterianas com maior frequência;
- a bronquite alérgica, que ao pé da letra significa a inflamação crônica dos brônquios de causa alérgica. Ora, isso é o que chamamos de asma brônquica. Muitas pessoas, e até mesmo alguns médicos, utilizam o termo bronquite como sinônimo da asma. Em parte por desconhecimento desta classificação, em parte para evitar o uso do termo asma, que muitas vezes soa como algo muito grave e de difícil tratamento, ou mesmo porque o termo bronquite é muito difundido na nossa sociedade de longa data, e ele vai passando de geração em geração entre pais e mães, que acabam utilizando-o de forma errada. O melhor é usar e assumir o termo asma brônquica, pois assim tanto o paciente com asma quanto o médico que está dele cuidando terão maior atenção nesse tratamento, alcançando melhores resultados.
     Na verdade, a asma brônquica, é uma das formas mais comuns de inflamação crônica dos brônquios (bronquite), pois acomete cerca de 5% da populaçào em geral (chegando a 10% nas crianças). Ela tem carcterísticas peculiares, que as diferenciam das outras formas de bronquite. Por exemplo, cerca de 80% da doença crônica asma é de causa alérgica (em crianças isso chega a 90%). Uma minoria de casos de asma crônica está associada apenas a fatores não alérgicos, como poluentes, odores fortes, infecções virais, mudanças climáticas e exercício físico. A grande confusão é que, também na asma alérgica, que é a maioria dos casos, esses fatores não alérgicos desencadeantes de crises também atuam. Em outras palavras, o asmático alérgico (a maioria), tem como principal causa de sua asma a resposta alérgica aos fatores ambientais (da poeira = ácaros, animais domésticos, fungos e insetos), mas eles também reagem de forma exagerada, ou hiperreativa, aos fatores não alérgicos citados anteriormente. A via aérea dessas pessoas, já inflamada por causa da resposta alérgica repetida nos brônquios, fica hiperreativa. Em crianças, inclusive, é muito frequente o desencadeamento de crises de asma por infecções virais (resfriados, gripes e até mesmo bronquites virais).
     Mas qual a diferença entre asma brônquica (doença crônica)  e crise de asma ? Podemos dizer que a crise é apenas "a ponta do iceberg" que estamos vendo. A crise representa o agravamento súbito da inflamação dos brônquios associado a uma resposta característica dos músculos que envolvem esses canais ou dutos de ar. Quando esses músculos se contraem em resposta a um daqueles fatores desencadeantes citados (alérgicos ou não), ocorre o que chamamos de broncoespasmo (espasmo ou fechamento dos brônquios). Esse fenômeno é o responsável pela tosse, chiado e sensação de falta de ar característicos da crise de asma. Entretanto, mesmo quando não está ocorrendo uma crise dessas, e a pessoa está se sentindo bem, há uma inflamação crônica e persistente no tecido que reveste os brônquios, que chamamos de mucosa brônquica.
     Diante desses conhecimentos, que vêm crescendo nas últimas 3 décadas, na atualidade não é mais admissível, o tratamento exclusivo das crises de broncoespasmo, sem um tratamento global que melhore as condições ambientais onde o asmático vive e trabalha (vide o texto medidas de controle ou higiene ambiental), e que controle o processo inflamatório crônico que persiste nas vias aéreas mesmo fora das crises e que, na verdade, é a parte maior do problema, assim como a parte do iceberg que não vemos, e que está sob o nível do mar. Alguns casos, entretanto, podem não requerer esse tratamento crônico, de manutenção, se a gravidade do problema é pequena (os chamados casos de asma intermitente), ou quando o único e exclusivo fator desencadeante é o exercício físico, e sua ocorrência não é frequente.
    Quando o tratamento crônico, de manutenção ou preventivo de crises, é necessário, ele consiste no uso de medicamentos de acordo com índices clínicos, laboratoriais e funcionais de cada paciente, associados ou não ao uso de imunoterapia (vacinas para alergia), dependendo do quanto os fatores alérgicos são importantes na evolução da doença e na qualidade de vida de cada pessoa em questão. Por isso não existe uma receita de bolo única e aplicável de forma igual no tratamento de todos os asmáticos. É preciso avaliar caso a caso, para se decidir a melhor conduta, e, para isso, essa avaliação deve contemplar uma história clínica e exame físico bem feitos, uma avaliação alérgica (idealmente através dos testes alérgicos feitos na pele pelo médico alergista) e a avaliação funcional pulmonar, quando possível, através do exame chamado espirometria ou prova de função respiratória. Com esses dados é possível então decidir qual a melhor forma de iniciar um tratamento de controle da doença e, regularmente, reavaliá-lo, pois a necessidade de medicamentos pode variar dependendo da estação do ano e pode, inclusive, diminuir progressivamente se a imunoterapia for corretamente indicada e acompanhada, em casos selecionados.
     Muito importante no tratamento da asma, seja o de manutenção, seja o das crises, é que o asmático ou os seus pais (no caso das crianças pequenas) saibam : a) identificar precocemente os sintomas de crise; b) saber quais são os medicamentos indicados para a crise e para a manutenção e c) saber usá-los corretamente, já que a maioria é para uso inalatório, ou seja, são administrados diretamente nas vias aéreas para que atuem nos brônquios de maneira rápida, sem efeitos colaterais para o resto do organismo.

Bronquite.








Bronquite é a inflamação dos brônquios, canais pelos quais o ar chega até os alvéolos [1]. Existem dois tipos, a bronquite aguda, que geralmente é causada por vírus ou bactérias e que dura diversos dias até semanas, e a bronquite crônica com duração de anos, não necessariamente causada por uma infecção, e geralmente faz parte de uma síndrome chamada DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).
A bronquite aguda ou cronica é caracterizada por tosse e expectoração (que expulsa, por meio da tosse, secreções provenientes da traquéia, brônquios e pulmões) e sintomas relacionados à obstrução das vias aéreas pela inflamação e pelo expectorado, como dificuldade de respiração e chiados. O tratamento pode ser realizado com antibióticos, broncodilatadores, entre outros.

Sinais e sintomas de bronquite

 Diagnóstico

Examinando o doente, o médico pode notar roncos e outras alterações na auscultação do tórax com o estetoscópio. A história clínica irá definir se o caso é agudo ou crônico O médico poderá também solicitar exames complementares, tais como:
  • Radiografia do tórax para concluir se a doença se agravou para pneumonia.
  • Exame do escarro para a identificação do germe envolvido.
  • Análise do sangue poderão identificar que sinalizem infecção viral ou bacteriana.
  • Espirometria, que mede a capacidade e função pulmonar.

Patofisiologia

Tratamento


Para começar o tratamento, é importante eliminar o cigarro (obviamente quando o doente é tabagista), e repousar para evitar respirar em ambientes de gás tóxico e poluição. Para quem já tem a doença há um tempo considerável, deixar o fumo não vai fazer com que a doença regrida, mas desacelerará o seu avanço.
Agentes Mucolíticos e Fluidificantes diminuem a viscosidade do catarro e assim evitam que com a secagem da secreção forme obstruções nos brônquios. Com a diminuição da viscosidade da secreção, as vias respiratórias ficam menos congestionadas, e assim há uma melhora significante da respiração.
Exercícios da terapia de reabilitação fazem com que o paciente seja capaz de utilizar a sua energia melhor ou de uma forma em que haja menor gasto de oxigênio.
A oxigenoterapia (uso de oxigênio em casa), quando necessária, também pode melhorar os sintomas, além de aumentar a expectativa de vida.
Corticóides (medicamentos utilizados para controlar a inflamação crônica dos brônquios) minimizam os sintomas.
Além disso, antibióticos ajudam muito nos casos de exacerbação da doença, quando resultam de uma infecção bacteriana nos brônquios.

Broncodilatadores

Os broncodilatadores melhoram o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, nebulímetros (semelhantes à "bombinha" da Asma), cápsulas de inalar, comprimidos, xaropes, etc. O meio mais prático é o uso dos nebulímetros pois estes podem ser utilizados tanto em casa quanto fora, além de apresentarem menor freqüência de efeitos indesejáveis (como por exemplo o que um comprimido pode causar ao estômago).

Prognóstico

Prevenção

Na bronquite crônica, é importante a vacinação anual contra o vírus causador da gripe, uma vez que esta pode piorar a doença. Com este mesmo objetivo, é indicado também o uso da vacina contra o pneumococo, que é a principal bactéria causadora de infecções respiratórias, entre elas a pneumonia, e é claro, a própria bronquite crônica. A vacinação deve ser feita uma única vez e, em casos específicos, pode ser repetida depois de cinco anos.

Tabaco

Uma das principais medidas preventivas a serem tomadas é não fumar. O médico pode oferecer ao seu paciente auxílio neste sentido, podendo indicar medicações auxiliares. A reposição de nicotina por gomas, adesivos ou outros recursos podem ser utilizados.
Também pode ser indicado o uso de bupropiona, um medicamento que tem o efeito de diminuir os sintomas de abstinência ao fumo.

Referências Bronquite Guia Completo. 

Bronquite: Portal Banco de Saúde

Ligações externas


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Sete dicas para fugir do Alzheimer

Má alimentação, diabetes e sedentarismo aumentam as chances dessa doença

Pessoas com diabetes tipo 2, que têm resistência à insulina, estão mais propensas a desenvolver placas de aminolóides derivados de proteínas em seus cérebros, que estão associadas com o aumento nas chances de ter a Doença de Alzheimer.

Um estudo que observou durante 15 anos 135 participantes idosos, sempre procurando por sinais de Alzheimer. Depois da morte dos participantes, foi feita uma autópsia no cérebro de cada um. Os autores do estudo observaram que os indivíduos que tinham hiperglicemias, condição existente na diabetes, enquanto vivos também apresentavam placas no cérebro.

Os pesquisadores também descobriram que 22 participantes, ou seja16% do total, desenvolveram Doença de Alzheimer antes de morrer e tinham placas em seus cérebros. As autópsias também encontraram placas em outros participantes que tinham glicemia anormal elevada. Segundo os pesquisadores, as placas foram encontradas em 72% das pessoas com resistência à insulina e 62% destes não tinha resistência à insulina. 
"Evitar açúcar e grãos, particularmente frutose ajuda a prevenir contra o Alzheimer. Consumir muitos vegetais frescos é a melhor estratégia para se proteger"
Esta não é a primeira pesquisa que liga Alzheimer com diabetes tipo 2, tanto é que alguns médicos vem tentando classificá-la como diabetes do tipo 3 desde 2005, quando pesquisadores concluíram que o nosso pâncreas não é o único órgão que produz insulina.

Nosso cérebro também produz esse hormônio, já que ele é necessário para a sobrevivência de nossas células cerebrais. Porém, o interessante é que enquanto insulina baixa no nosso corpo é associada com boa saúde, o oposto parece ser verdadeiro quando se fala de cérebro.

Estudos mostram que uma queda de produção de insulina no cérebro contribui para a degeneração das células cerebrais e que as pessoas com baixos níveis de insulina e de receptores de insulina no cérebro freqüentemente tem doença de Alzheimer.Um estudo realizado em 2004 também revela que pessoas com Diabetes tem 65% mais possibilidade de terem Doença de Alzheimer
Como evitar o Alzheimer
De acordo com a Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, demência atinge 50% das pessoas que chegam aos 85. Desses casos, 60% evoluem para Doença de Alzheimer. A resistência a insulina aparece no top da lista dos causadores de demência, mas há outros fatores que também causam alterações e lesões em nervos que levam ao Alzheimer como:

1) Insuficiente ômega 3
2) Toxicidade por alumínio
3) Toxicidade por mercúrio
4) Certos remédios.

As medicações anticolinérgicas estão relacionadas com esse risco. Estão presentes em analgésicos de longa duração anti-histamínico e outros indutores do sono. Essas drogas anticolinérgicas bloqueiam a acetilcolina um neurotransmissor do sistema nervoso. Os indivíduos com Alzheimer tipicamente tem esse deficiência de neurotransmissor. 
Claramente, o melhor tratamento para Doença de Alzheimer é prevenção, não remédios. O melhor meio de prevenir esse problema é a mesma estratégia para combater o diabetes, pois o objetivo é normalizar a insulina e leptina. A seguir, listo sete orientações para prevenir Doença de Alzheimer, que devem ser feitos junto ao combate à diabetes.  
1) Evitar açúcar e grãos, particularmente frutose. Consumir muitos vegetais frescos é a melhor estratégia.
2) Usar ômega 3 da melhor qualidade com alta concentração de DHA e EPA e com pureza de metais pesados.
3) Aumente o consumo de antioxidantes pois protege do Alzheimer e outros problemas neurológicos.
4) Exercício é bom para o coração e cérebro. Segundo estudo quem não pratica exercício tem quatro vezes mais chance de desenvolver Alzheimer.
5) Evitar e remover mercúrio do seu corpo. Procure o seu dentista e retire camadas e faça terapia de desintoxicação para mercúrio.
6) Evite alumínio. Está diretamente associado com Alzheimer . Principais fontes de contaminação é a água para beber e desodorantes e panelas de alumínio.
7) Desafie a sua mente: viagens, tocar novos instrumentos, quebra cabeça, palavras cruzadas estão associadas com diminuição do risco de Alzheimer. 
Com essas dicas, fica mais fácil se proteger dessa doença que atinge tantos idosos pelo mundo. Fique atendo aos sintomas, e em caso de dúvidas, procure um médico especializado no assunto para tirar ter mais conhecimento sobre o assunto.
Dr Wilson Rondó

Estética dentária

Facetas de resinas prometem solução à estética dentária

Sorriso pode ser transformado em uma única sessão

Frente ao grande movimento social que vem ocorrendo em torno da estética dental, soluções restauradoras para problemas dentais vem sendo desenvolvidos com grande intensidade nos últimos 10 anos.

Porcelanas (ou cerâmicas) são soluções interessantes, visto a sua estabilidade de cor e polimento de superfície, podendo-se modificar parcialmente ou totalmente um sorriso.

As alternativas são as resinas compostas utilizadas em pequenas restaurações e facetas. As facetas de resina são confeccionadas em uma única sessão após o diagnóstico, onde os dentes do paciente são moldados, e um molde é confeccionado e sobre ele são realizadas todas as mudanças estéticas necessárias e através de uma guia de silicone estas mudanças são transferidas para a boca do paciente. 
As resinas compostas são materiais a base de polímeros com uma quantidade de vidro, mas com base plástica. Necessitam de repolimento a cada 10 ou 12 meses, devido à perda do brilho superficial, o que não ocorre com as porcelanas.

Não necessitam de desgaste dental, podendo ser adicionados sobre o dente, "colados" na superfície dental e são alternativas reversíveis, ou seja, podem ser removidos totalmente sem danos ao dente.

Imagine situações de pacientes jovens, dentes totalmente íntegros, mas cuja estética não está compatível com lábios ou sorriso, e exigem modificação estética, mas tendo o princípio de não retroceder à época onde a odontologia necessariamente desgastavadentes saudáveis, que muito ocorreu nos últimos 50 anos na odontologia.

Estes sorrisos podem ser modificados sem desgastes ou preparações dentais, sendo reversíveis e reparáveis se necessário. Possuem obviamente outra vantagem que é a possibilidade de uma grande transformação de sorriso em uma sessão somente.

Ao se pensar hoje em transformação e melhora do sorriso, pense nestas duas possibilidades: facetas de porcelana ou resina. Estou certo que seu caso se encaixa perfeitamente em uma ou outra situação, sempre ponderando biológica e cientificamente.
Maria Luiza Santos

Artrite reumatóide: rápida, progressiva e incapacitante

Doença afeta, principalmente, a capacidade laboral e a qualidade de vida

A pesquisa, realizada, em 2009, pela Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (Andar) revelou também que os pacientes que se aposentaram antecipadamente devido à artrite reumatóide continuam se queixando do seu estado de saúde, mesmo depois de abandonar as atividades laborais. De acordo com a associação, em Portugal, a artrite reumatóide atinge mais de 40 mil pessoas, e as mulheres, entre os 30 e os 50 anos, são as grandes vítimas desta doença que atinge principalmente as articulações.

A doença é a segunda patologia reumática que mais acomete a população no Brasil, só sendo superada pela osteoartrose. Especialmente, nas pessoas com mais idade, essa doença provoca deformidades nas articulações e as mãos adquirem características típicas do reumatismo. No Brasil, as doenças reumáticas representam o segundo maior gasto do país relativo às faltas ao trabalho e à aposentadoria por invalidez. Como a artrite reumatóide é uma doença grave, progressiva e incapacitante, para requerer o benefício por incapacidade é preciso marcar uma perícia médica no INSS.

Atualmente, tramita no Senado Federal, o Projeto de Lei N °467/03 que pretende estender aos servidores portadores de lúpus, epilepsia ou artrite o direito à aposentadoria com proventos integrais. Em sua justificativa, o senador autor da proposta ressalta as características das três doenças, suas consequências para o ser humano, o fato de serem incuráveis e como esses males acabam por incapacitar o trabalhador para as suas tarefas diárias.  
Praticamente todas as pessoas com mais de 60 anos têm artrose. Por isto, é preciso proteger tudo o que está em volta das articulações: ligamentos, tendões, músculos.
Manifestações do reumatismo
O reumatismo é uma doença que acomete crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, e existem tipos preferenciais de acordo com a idade. A febre reumática, por exemplo, acomete principalmente crianças. O lúpus eritematoso sistêmico, uma doença auto-imune, em geral, se manifesta no sexo feminino, durante a puberdade, quando ocorrem alterações hormonais em virtude da transformação do sistema endócrino. Já nas pessoas de mais idade, os tipos predominantes são, sem dúvida, a artrose e a artrite reumatóide.

Em geral, quando falamos em artrite, estamos nos referindo à artrite reumatóide, doença que envolve alterações de genes ligadas a um fator externo que não se conhece exatamente qual seja, mas que desencadeia o processo. Comumente, é fácil encontrar pessoas que fazem confusão entre artrose e artrite. Basicamente, a diferença entre osteoartrite, nome correto da artrose, e artrite reumatóide é que a primeira acomete pessoas de idade mais avançada, enquanto a segunda pode ocorrer em todas as idades e sua incidência é maior no sexo feminino.

Em relação ao tipo de articulação atingida, há também algumas diferenças. Embora ambas acometam as mãos, na artrite reumatóide, as articulações envolvidas são as mais proximais, ou seja, as mais próximas do punho e o próprio punho. 
Na osteoartrite, são mais atingidas as articulações distais, especialmente a interfalangiana distal, localizada mais perto das unhas e há a formação de pequenos nódulos, chamados nódulos de Heberben.

Praticamente todas as pessoas com mais de 60 anos têm artrose. Por isto, é preciso proteger tudo o que está em volta das articulações: ligamentos, tendões, músculos. A atividade física correta ajuda a manter e a desenvolver adequadamente as estruturas que cercam a articulação a fim de garantir a movimentação.

Se a pessoa tem uma dor no joelho e fica sentada o dia todo assistindo à televisão, os músculos acabam se atrofiando e, um dia, ela não se levantará mais. O paciente acha que a artrose destruiu seu joelho. Grande parte das vezes, a doença é discreta, mas não há mais músculos para andar. Por isso, os cuidados com os idosos estão mais ligados à preservação dessas estruturas do que propriamente ao tratamento direto da articulação.

Atualmente, existem medicamentos anti-artrósicos, que bloqueiam ou diminuem a ação da osteoartrose. O transplante de cartilagem já existe, porém ainda é considerado um método com limitações e que não apresenta a efetividade que se esperava do método, no início de seu emprego.

Já quem sofre com artrite reumatóide apresenta alterações na articulação metacarpofalangiana, que se localiza entre os ossos da mão e a primeira articulação dos dedos. Estes desvios são chamados de desvios cubitais.

Normalmente, os tendões flexores e extensores dos dedos precisam ficar bastante equilibrados. Quando as articulações metacarpofalangianas inflamam, eles se deslocam para o lado cubital. Disso decorre outra alteração importante, o zigue-zague da articulação interfalangiana proximal. Essa deformidade é chamada de pescoço de cisne, por causa da conformação que o dedo assume se visto de perfil. 
Muitas dores...
Quem tem artrite reumatóide se queixa de uma dor constante, que vai deixando o paciente irritado e, posteriormente, deprimido. No começo, dor e rigidez se manifestam só pela manhã. O paciente acorda e se "sente enferrujado". Suas mãos estão duras e doloridas e só depois de uma hora voltam ao normal. Daí em diante, os sintomas desaparecem para reaparecer na manhã seguinte. Isso acontece porque o processo inflamatório está começando a estabelecer-se e, durante o repouso, a pessoa acumula líquido dentro das articulações. Quando acorda, enquanto não se movimenta o bastante para reduzir a quantidade de líquido dentro da cápsula, a dor não desaparece.

Um dos problemas dos quadros de artrite reumatóide é que os pacientes se acostumam com estes sintomas matinais e deixam de procurar o médico quando eles aparecem. Os que procuram um médico especialista no estágio inicial do quadro, terão melhor prognóstico da doença, pois o reumatologista pode indicar a medicação mais adequada para cada caso, o que proporcionará ao paciente uma evolução muito melhor. Como para estabelecer um quadro completo da doença, registrando alterações clínicas e laboratoriais, é necessário tempo, no caso de suspeita de artrite reumatóide, é possível ir tratando a doença para evitar os sintomas desagradáveis dela decorrentes. 
Um dos problemas dos quadros de artrite reumatóide é que os pacientes se acostumam com estes sintomas matinais e deixam de procurar o médico quando eles aparecem.
Tratamento apropriado
No passado, esperávamos que os sintomas da artrite reumatóide ficassem realmente incômodos para iniciar o tratamento porque os efeitos colaterais dos remédios eram problemáticos.

Hoje, há uma tendência entre os reumatologistas de iniciar precocemente o tratamento para que as deformidades - motivo pela qual a doença se torna incapacitante - não surjam. No entanto, o tratamento de doenças com conotação genética visa tirar o paciente da crise e fazer com que ele volte ao seu estado normal, porque houve uma remissão da doença. Isso acontece com inúmeras patologias: diabetes, hipertensão, bronquite asmática, enxaqueca. O reumatismo se encaixa neste quadro também. É uma doença incurável, que demanda tratamento contínuo, mas que permite que o paciente leve uma vida normal. 
Nos últimos anos, os avanços no tratamento da artrite reumatóide foram muitos. Há 50 anos, quando surgiu a cortisona, ela era utilizada amplamente nos pacientes que sofriam de artrite com excelentes resultados no combate à dor. Achávamos que tínhamos encontrado a cura para a artrite reumatóide. Pouco tempo depois, porém, verificou-se que os efeitos colaterais dos corticóides, especialmente em doses altas, eram piores do que a própria doença e o uso de cortisona foi cada vez menos indicado. Hoje, sabemos que doses pequenas de corticóides, aplicadas por períodos curtos, desempenham papel importante no tratamento da artrite reumatóide.

 A descoberta de novos antiinflamatórios foi mais uma arma para fazer com que a doença regrida. Os medicamentos produzidos por engenharia genética são opções terapêuticas, mas por serem extremamente caros impedem a utilização ampla pela população afetada pela doença. Estamos confiantes nas novas pesquisas, pois, cada vez mais, estamos chegando mais perto dos genes responsáveis pelo aparecimento da doença. Na hora em que conseguirmos manipulá-los para impedir sua manifestação, terá sido dado o passo definitivo para o controle dessa enfermidade.
Dr Sérgio Lanzotti
Especialidade: Reumatologista

Lúpus: doença atinge nove mulheres para cada homem

O mal costuma se manifestar na época da menstruação

O lúpus é uma doença rara. Quando a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro é sinal da doença.

Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, confundem e adiam o diagnóstico apropriado. O lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especialistas.

Pacientes tratadas adequadamente têm condições de levar uma vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, às vezes, incompatíveis com a vida.

O lúpus dificilmente aparece em meninas que ainda não menstruaram. Em geral, o acometimento coincide com a época da menstruação e atinge mulheres na faixa entre 15 e 30 anos.

Se não há lesão renal e cerebral no primeiro surto, trata-se do lúpus benigno caracterizado por lesões de pele, asa de borboleta, dor nas juntas, sintomas controláveis com medicação.

É também provável que esta paciente não apresente os problemas ligados com o passar da idade e venha a falecer de outra causa, que não o lúpus. Se no primeiro surto, porém, a paciente manifestar lesão renal ou cerebral ou, as duas ao mesmo tempo, é sinal de mau prognóstico da doença. 
"Se no primeiro surto, porém, a paciente manifestar lesão renal ou cerebral ou, as duas ao mesmo tempo, é sinal de mau prognóstico da doença".
Critérios de diagnóstico da doença
Havia grande confusão diagnóstica em relação ao lúpus até a Sociedade Americana de Reumatologia enunciar os critérios de diagnóstico da doença, em 1971. A mulher que preencher quatro deles seguramente tem lúpus.

Mucosa bucal: Dentre outras lesões orais importantes, aparecem úlceras na boca que, na fase inicial, exigem diagnóstico diferencial com pênfigo, uma doença frequente em países tropicais. Pode ocorrer também mucosite, uma lesão inflamatória causada por fatores como a estomatite aftosa de repetição, por exemplo.

Asa de borboleta: O terceiro critério diagnóstico envolve a chamada buttefly rash, ou asa de borboleta, que muitos consideram o critério mais importante, mas não é. Trata-se de uma lesão que surge nas regiões laterais do nariz e prolonga-se horizontalmente pela região malar no formato da asa de uma borboleta. De cor avermelhada, é um eritema que geralmente apresenta um aspecto clínico descamativo, isto é, se a lesão for raspada, descama profusamente.

Fotossensibilidade: O quarto critério é a fotossensibilidade. Por isso, o médico deve sempre investigar se a paciente já apresentou problemas quando se expôs à luz do sol e provavelmente ficará sabendo que mínimas exposições provocaram queimaduras muito intensas na pele, especialmente na pele do rosto, do dorso e de outras partes do corpo mais expostas ao sol nas praias e piscinas. 
"Pacientes tratadas adequadamente têm condições de levar uma vida normal".
Pacientes que já tem lúpus diagnosticado devem proteger-se da radiação solar e usar fotoprotetor, sempre, porque não é só na praia e na piscina que o sol é intenso.

A radiação solar, em especial os raios ultravioleta prevalentes das dez às quinze horas, é a substância exterior que agride as pessoas que nasceram geneticamente predispostas.

Em estudos conduzidos sobre a doença foi possível detectar inúmeros casos de pacientes que tiveram o primeiro surto logo após ter ido à praia e se exposto horas seguidas à radiação solar. Em geral, eram pacientes do sexo feminino, já que a incidência de lúpus atinge nove mulheres para cada homem.

Dor articular: O quinto critério diagnóstico é a dor articular, ou seja, dor nas juntas, geralmente de caráter não inflamatório. É uma dor articular assimétrica e itinerante que se manifesta preferentemente nos membros superiores e inferiores de um só lado do corpo e migra de uma articulação para outra.

Geralmente, é uma dor sem calor nem rubor, sem inchaço, nem vermelhidão, os três sinais da inflamação. Há casos, porém, em que os três sintomas se fazem presentes. A dor é frequente nas articulações dos membros superiores. Acomete punho, cotovelo, ombro e dedos das mãos, como se fosse um quadro de artrite reumatóide.

Portanto, a artralgia, às vezes, a artrite, e, excepcionalmente, a inflamação estão presentes no primeiro surto de 90% das pacientes. Por isso, elas procuram os reumatologistas. Se a paciente não apresenta dor articular, o diagnóstico clínico pode ficar em suspenso, pois não há rigidez matutina como na artrite reumatoide.

 É uma dor migratória não muito intensa. Isso, muitas vezes, retarda o diagnóstico, porque a paciente entra em remissão e não procura o tratamento médico apropriado. 

Saiba Mais

Lesão nos rins: O sexto critério, e um dos mais importantes, é a lesão renal. Paciente com lesão renal acompanhada de hipertensão no primeiro surto tem prognóstico mais reservado.

A hipertensão arterial aponta que surgiu um processo inflamatório nas membranas das estruturas envolvidas no sistema de filtração do sangue que atravessa os rins e a paciente é acometida por glomerulonefrite.

Outro critério para confirmação do diagnóstico da doença é o imunológico. Essas pacientes apresentam uma reação falsamente positiva para sífilis e manifestam a síndrome anticoagulante lúpica, que se caracteriza por trombose, embolias e abortos de repetição
saude

USE E ABUSE DO PRETO NA DECORAÇÃO DA SUA CASA

Use e abuse do preto na decoração da sua casa
Tudo o que você precisa saber para ter uma casa de revista!

Não há como não se render aos encantos do preto. Depois das roupas e dos acessórios, agora a tendência já está invadindo também os ambientes. Afinal, um pretinho básico nunca sai de moda, não é mesmo?

Seja em acabamentos, objetos e até a fibra natural e sintética, o preto é, sem dúvida, uma das cores mais interessantes para ser usada em uma decoração. Por ser uma cor neutra e de fácil combinação, está presente na maioria das casas, mesmo em forma de pequenos objetos.

Na medida certa, além de deixar o ambiente aconchegante, o preto torna qualquer lugar mais íntimo e acolhedor. Combinado com tons de madeira também pode ser bem aproveitado em decorações mais sérias e formais.

 “O conceito do preto remete ao descanso, à noite e à tranquilidade, por ser uma cor pouco vibrante. Porém, é importante que o preto seja acompanhado de tons neutros de fundo e com elementos de outras cores vivas para estabelecer uma decoração contemporânea, chique, clássica, mas que não canse ao longo do tempo.”, explica a arquiteta Vanessa Trad.

Antes de começar a comprar tudo aquilo que você encontrar em preto, analise o espaço a decorar e decida qual o estilo ou ambiente que quer decorar. Este é o primeiro passo para uma decoração irresistível.

Seja você clássica, casual ou contemporânea. Veja as dicas e experimente a simplicidade e a elegância desta cor numa das divisões da sua casa.


1.Para evitar uma decoração entediante, aposte em traços arquitectónicos, detalhes e formas originais. Mobília com um design futurista, azulejos visualmente apelativos ou papel de parede com textura pode ser o suficiente.

2.Misturar padrões e lisos é um dos princípios básicos para quem decora com preto – contribui para a criação de um ambiente mais interessante, menos monótono.

3.Se quiser criar um impacto ainda mais forte neste tipo de decoração, adicione algumas peças decorativas numa segunda cor, mais viva, caso do amarelo, verde, azul-turquesa ou rosa choque.

4.Se, em geral, procura a simplicidade, mas quer adicionar algum preto, porque não escolher uma única peça chave para fazer as honras dos detalhes mais escuros? Não precisa mais do que um tapete de inspiração gráfica, algumas almofadas estampadas, um estore com um motivo engraçado, um lustre todo preto ou um sofá em pele preta, por exemplo.

5.Num espaço amplo, não tenha receio de utilizar o preto porque as dimensões suportam-no na perfeição, inclusive se os próprios móveis forem dessa cor. Num espaço pequeno, porém, o preto pode diminui-lo ainda mais, pelo que é sensato guardar o preto para os pequenos apontamentos.

6.Pintar múltiplas riscas pretas numa parede (ou paredes) pode ser um apontamento simultaneamente discreto e contemporâneo. Se não tiver medo de arriscar, pinte uma parede toda preta… o efeito final é verdadeiramente fantástico.

7.Recorra ao preto para transformar e dar uma nova vida a velhas peças: pintar algumas prateleiras ou um móvel, cobrir abajur fora de moda com um tecido mais atual, pintar os puxadores dos armários de uma cozinha toda branca.

8.Portas pintadas de preto glossy são o ápice da sofisticação, mas se preferir um toque mais casual ou artístico, pinte-as com blocos preto e branco intercalados.

9.Ilustrações, pinturas e outras obras de arte emolduradas com diferentes combinações de preto são uma excelente dica para avivar este tipo de decoração, quer estejam penduradas ou encostadas numa parede.

10.Agrupe peças decorativas e pequenos objetos, misturando o preto, brincando com tamanhos, formatos e texturas.

11.Para um toque de dramatismo extra, nada como surpreender com alguns detalhes inusitados: velas pretas, copos pretos, toalhas de mesa pretas, papel higiénico preto… hoje há de tudo, basta procurar e utilizar a imaginação.
Sua Dieta

Hospital realiza primeiro transplante de pâncreas feito por um robô

Procedimento cirurgico foi realizado na cidade de Pisa, na Itália.
Equipe médica diz que não houve problemas na cirurgia.

Cirurgia ropbótica de pâncreas 
Imagem mostra a primeira cirurgia de transplante de pâncreas feita por um robô. A cirurgia foi realizada no Hospital Cisanello em Pisa, na Itália, no dia 27 de setembro, mas as fotos do procedimento foram divulgadas agora. Segundo a equipe médica envolvida, tudo ocorreu bem durante o processo. (Foto: AFP)

Homem de aço

São promissores os avanços tecnológicos capazes de reproduzir o funcionamento do coração humano

As cirurgias cardíacas exigem frequentemente que o coração pare de bater para o cirurgião manipulá-lo com segurança. Para tanto, foi desenvolvida a circulação extracorpórea, uma máquina enorme com roletes que precisa de pelo menos duas pessoas para manuseá-la durante a cirurgia. Esse conceito iniciou uma corrida científica para a criação de um dispositivo portátil, permanente e que possa substituir o coração humano sem causar rejeição pelo corpo em que for implantado. Este é o coração artificial.
O trajeto do sangue pelo coração não é difícil de entender. O coração é uma bomba com quatro cavidades: as que recebem o sangue são os átrios, e as que mandam sangue para os outros órgãos são os ventrículos. Portanto, temos um átrio e um ventrículo direito e outro par à esquerda.
A bomba cardíaca tem função dupla. Ela precisa mandar o sangue oxigenado para os tecidos, mas também o sangue que volta com gás carbônico para os pulmões. O lado direito é o que recebe o sangue dos tecidos e o manda para os pulmões. E o lado esquerdo recebe o sangue renovado dos pulmões e o envia para o restante do corpo.
Então o trajeto do sangue é o seguinte: passa pelos tecidos, átrio direito, ventrículo direito, pulmões, átrio esquerdo, ventrículo­ esquerdo e novamente os tecidos. Os vasos que levam o sangue para o coração são chamados de veias. E as artérias transportam o sangue ejetado do coração. A artéria mais importante é a aorta, que está ligada ao ventrículo esquerdo e nela passa todo o sangue oxigenado que nutre os tecidos.
O nome verdadeiro do coração artificial mais avançado no momento é um dispositivo de auxílio do ventrículo esquerdo, o que significa que o aparelho não é um coração completo, mas apenas auxilia e não substitui o coração. E sua função é trabalhar em paralelo ao ventrículo esquerdo, recebendo o sangue do átrio esquerdo e mandando-o para a aorta. A entrada desta bomba auxiliadora fica na ponta do ventrículo esquerdo e sua abertura de saída é ligada à aorta. Este tipo de sistema é implantado dentro do tórax do paciente.
Existem duas correntes científicas em competição para fazer o dispositivo, uma americana e outra alemã. O modelo alemão parece mais bem-sucedido, pertence ao Berlin Heart GmH, que desenvolveu dois modelos de dispositivos, um externo e outro interno. O sistema interno é o mais avançado, chama-se Incor, em homenagem subliminar ao instituto brasileiro onde um dos engenheiros alemães fez um estágio. E é um equipamento de terceira geração, isto é, sua estrutura física e software são muito mais avançados.
Durante a primeira cirurgia feita no Brasil para a colocação de um dispositivo desta complexidade, ocorrida há quatro semanas, o que mais chamava a atenção na sala foi a curiosidade e a alegria do doutor Adib Jatene ao manipular a genial engenhoca.
O veterano da área a comparou com uma centrífuga para enriquecimento de urânio, capaz de girar a 80 mil rotações por minuto sem fazer qualquer ruído. “Não há mancal na máquina, mas uma rosca sem fim gira até 10 mil rotações por minuto, flutuando em um campo magnético giratório”, disse Jatene. “A vantagem de se utilizar o campo magnético é que a máquina pouco se aquece e é extremamente silenciosa, os primeiros corações artificiais faziam um barulho ensurdecedor.”
O Berlin Heart aspira o sangue do ventrículo esquerdo e o injeta diretamente na aorta, em um fluxo contínuo, não pulsátil, que atinge além de 6 litros por minuto, a quantidade de sangue que um indivíduo de 80 quilos de peso normalmente precisa para nutrir todo o seu corpo. Ainda temos muito a evoluir, mas a via de aprendizado é expressa e promissora.

Alimentos para crianças de 6 a 18 meses têm sódio demais e ferro de menos


Pesquisadores da Unifesp e da UEPA analisaram amostras de alimentos de 78 bebês em Belém


Agência Fapesp
SÃO PAULO - A partir do sexto mês de vida, crianças nutridas somente com leite materno precisam também se alimentar com alimentos sólidos preparados em casa.
Ao analisar amostras de alimentos de transição preparados para 78 lactentes (que ainda mamam) de 6 a 18 meses em Belém, entre junho de 2005 e setembro de 2006, um estudo publicado no Jornal de Pediatria indica que eles apresentaram em geral baixo teor de ferro e quantidade excessiva de sódio. As crianças eram sadias e não apresentavam peso nem estatura baixos para a idade.
O objetivo do estudo, desenvolvido na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade do Estado do Pará (UEPA), foi determinar por análise química a composição nutricional de macronutrientes, energia e quantidades de sódio e ferro em alimentos preparados em Belém para bebês que mamam. Os participantes foram divididos em dois grupos de estratos socioeconômicos diferentes.
O levantamento apontou que 95% dos chamados alimentos de transição tinham teor inadequado de ferro no grupo socioeconômico mais baixo, contra 65% no estrato mais elevado. Todas as amostras analisadas, em ambos os grupos, apresentaram quantidade de ferro abaixo do mínimo recomendado (6 mg/100 g).
Por outro lado, o excesso de sódio foi constatado em 89,2% e 31,7%, respectivamente, para a referência que é de 200 mg/100 g.
De acordo com Mauro Batista de Morais, professor do Departamento de Pediatria da Unifesp, apesar de serem raros os estudos de composição química de alimentos preparados em domicílio para lactentes, a pesquisa mostra que esse período de transição é realizado frequentemente de maneira imprópria.

“O estudo lança um alerta em relação à quantidade de sódio encontrada na comida. O termo ‘papa salgada’, frequentemente usado na orientação para que a mãe introduza comida salgada na dieta infantil, deveria ser abolido. Essa denominação funciona como um incentivo para a adição de sal. Preferimos ‘papa para o almoço’”, disse Morais, que é professor da disciplina de Gastroenterologia.
Segundo o pesquisador, o estudo possibilita uma revisão na elaboração de diretrizes metodológicas na área. A pesquisa corresponde à tese de doutorado de Marcia Portela Neves, defendida em 2009 na Unifesp, com orientação de Morais.
As amostras foram coletadas de famílias atendidas em dois tipos de serviço de atendimento pediátrico: na Unidade Materno-Infantil da UEPA e em quatro consultórios privados em Belém. A proposta foi comparar crianças de diferentes estratos socioeconômicos.
As porções - refeições servidas no almoço, como feijão, arroz, macarrão, carne e hortaliças - foram coletadas na casa dos voluntários, congeladas e, posteriormente, enviadas por via aérea para São Paulo, onde foram analisadas no Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos da Unifesp.
Poucos lipídios
Os pesquisadores analisaram quimicamente as proteínas, lipídios, hidrato de carbono, ferro, sódio e valor energético total. De acordo com Tania de Morais, coordenadora do Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos da Unifesp e co-orientadora do estudo, o teor de ferro foi escolhido porque sua deficiência é a principal carência nutricional nessa faixa etária.
“Até o sexto mês de vida, o leite materno é o melhor e mais completo alimento para o lactente. Após essa idade, torna-se necessária a introdução de outros alimentos. Mas o que temos percebido é que o processo de transição para a dieta da criança se faz de maneira inadequada pela oferta, em quantidade e em qualidade, de alimentos inapropriados. Isso pode ser crítico para a manutenção de um crescimento saudável”, afirmou Tania.
Segundo ela, a necessidade de ferro nessa faixa etária é de 11 mg/dia nos menores de 1 ano. “Essa taxa é difícil de ser atingida pela alimentação normal, pois as carnes têm teor de ferro relativamente baixo frente à capacidade gástrica reduzida das crianças nessa fase da vida”, explicou.
A pesquisadora conta que a carne bovina, como acém moído e cozido, por exemplo, tem cerca de 3 miligramas de ferro a cada 100 gramas, o equivalente a um bife médio.
O estudo demonstrou ainda a insuficiência na quantidade de lipídios encontrada nos alimentos. “Acredita-se que a recomendação para limitar a ingestão de lipídios na dieta dos adultos esteja, possivelmente, influenciando a preparação de refeições para as crianças. Ressalte-se que os lipídios são essenciais nessa fase da vida, para a maturação do sistema nervoso”, explicou Tania.
De acordo a professora da Unifesp, o excesso de sódio pode ser explicado pelo hábito da população brasileira de consumir sal de cozinha em quantidades muito acima do recomendado, o que pode se refletir também na preparação de alimentos destinados às crianças.
“Educar o paladar dos lactentes para alimentos com baixo teor de sal é importante, uma vez que a ingestão excessiva está associada ao aumento da pressão arterial no futuro”, alertou Tania.