3.12.2011

Orientação Profissional

Escolher uma profissão não é uma tarefa fácil. A tomada de decisão é sempre cercada de dúvidas, emoções e influências. Nessa hora, você precisa pesar cada opinião, desejo e vocação para fazer a escolha certa.
Nunca desconsidere as pressões familiares, elas são inevitáveis. Afinal, seguir a profissão do pai e manter a tradição familiar ou ser o "primeiro médico na família" é o sonho de muitos lares. Nada de errado, desde que lhe respeitem e que isto se encaixe em seus planos.
Outra base de influência são os amigos. Fazer uma faculdade para manter o grupo de colegas da escola unido ou espelhar-se no sucesso de um amigo mais velho que já está na faculdade é bem comum. Nesta hora, você precisa parar e analisar se o que é bom neste modelo é adequado para você e seus anseios profissionais. Para descobrir isso, converse muito. Fale com amigos, sua família, seus professores, profissionais da área. Com essa "bagagem", você terá condições de tomar uma decisão mais tranquila e com maiores chances de acerto.
O mercado e as perspectivas de futuro crescimento também têm que ser levadas em conta. Muitas carreiras têm grande oferta de profissionais e fraca demanda de vagas, provocando altos índices de desemprego. Além disso, a avaliação das "profissões do momento e do futuro" podem abrir seus olhos para opções até então desvalorizadas.
O factor "dinheiro" também pesa muito nesta hora. Se você tem que trabalhar e estudar ao mesmo tempo, o sonho de ser médico (ou qualquer carreira que exija curso de período integral) terá que ser descartado.
A seguir, descubra suas habilidades e interesses. Interesse é aquilo que desperta em você atracção, curiosidade e motivação. Em outras palavras, é aquilo que te dá "tesão" em fazer.
Já habilidade é a demonstração prática do interesse. A habilidade de se relacionar com pessoas, manipular dados e informações ou ter "intimidade" com máquinas de tecnologia avançada indicam um caminho que pode ser seguido.
Se a dúvida persistir depois de pesar com ponderação todas as influências, descobrir seus interesses e habilidades e conversar com os mais próximos, não hesite em procurar um psicólogo ou um orientador vocacional. Eles têm ferramentas apropriadas para identificar habilidades e interesses que estejam claramente presentes, além daqueles "adormecidos" que podem fazer você "pagar para ver".

Carreiras tradicionais versus carreiras emergentes

Seguir uma carreira tradicional ou apostar em alguma profissão que esteja despontando é outra dúvida frequente. Uma carreira tradicional tem como vantagem trilhar um caminho mais conhecido. Mas a disputa por uma vaga nas faculdades e no mercado de trabalho é bem mais acirrada. Excesso de profissionais em determinadas carreiras muitas vezes obrigam a adaptação profissional como médico trabalhando em laboratórios farmacêuticos ou engenheiros em áreas administrativas.
Já as oportunidades de trabalho nas carreiras emergentes tendem a ser maiores. A chegada da "nova economia" (cultura, lazer, entretenimento, saúde, qualidade de vida, Internet) trouxe mais glamour a cursos não tradicionais como turismo, hotelaria, fisioterapia e educação física. Desta adequação surgiram novas e rentáveis atividades como webdesign, parques temáticos, gastronomia e personal training.
A mescla de atividades tradicionais com as da nova economia também geram oportunidades de trabalho. Jornalistas atuam como gestores de conteúdo nas empresas de Internet e biologistas passam a ser biotecnólogos desenvolvendo produtos e tecnologia que vão desde a clonagem de animais à sementes modificadas geneticamente.
Carreira escolhida e vestibular feito, as aulas começam e você descobre que o curso não tem nada a ver com você. Aí vem o dilema: acabar o curso que já começou, só para tentar aproveitar o tempo ou dinheiro já investidos? Pode ser, desde que você não se violente com isso. Caso contrário, pare e refaça o caminho. Mesmo que seja para mudar de Medicina para Letras ou de Engenharia para Turismo. Não faz sentido ir em frente para ser infeliz. E se não acertar desta segunda vez, tente a terceira.
Também não se esqueça de desenvolver e aprimorar suas habilidades realizando cursos e treinamentos. Esta ação pode melhorar as suas chances na hora de ingressar no competitivo mercado de trabalho.
Correndo sempre o risco de generalizar, tudo isso diz respeito a você.
Faça o balanço do que leu até agora e tome sua decisão com um grande objetivo: SER FELIZ, pessoal, profissional e financeiramente, se possível os três.


Luiz C. de Q. Cabrera Luiz A. F. Bueno PMC AMROP International

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