4.26.2012

Internet: Um mundo de possibilidades


“NO FUTURO, TODOS SERÃO FAMOSOS POR 15 MINUTOS


A famosa banana de Andy
A internet abre-se como um novo mundo de possibilidades. “Qualquer” individuo do planeta pode ter, gratuitamente, um blog (local para colocar textos), e-mail (correio eletrônico), canal de vídeo (por exemplo, no You Tube, onde você pode colocar vídeos que fez), Perfil pessoal (por exemplo, Orkut, um site de relacionamento virtual em que se faz uma rede de amigos); Fotolog (onde você pode colocar suas fotos na rede) entre outros.
Uma das novidades é o Twitter, outro serviço gratuito que permite ao usuário acompanhar e ser acompanhado por outros, tanto pelo telefone celular quanto pelo computador. Você se cadastra e então começa a “twittar”. “Fui ao banheiro”; “Estou Muito Feliz!!”; “Com sono”; “Indo para a academia” são típicas frases que encontramos no Twitter. Coisa de adolescente? Coisa boba? Não. O twitter constitui uma nova ferramenta de expressão comportamental do novo mundo virtual e neste mundo não há necessariamente idade, sexo, cor etc.
Intrigante é saber se realmente as pessoas tem o que falar, o que mostrar. A internet – além de todas as maravilhas – é reflexo de um esvaziamento de sentido que persegue nossas vidas. Sendo assim, nosso fim de semana na praia grande (!?) tem mais sentido se coloco as fotos no Orkut. Meu amor é mais amor se escrevo bem grande “Amor, eu te amo”, na internet para que todos vejam.
Outra coisa que me chama atenção, são blogs cujos autores insistem em relatar seu cotidiano, como num diário. Os diários até então tinham um cunho estritamente pessoal e funcionavam como um organizador privado de experiências, o que mudou bastante. Hoje cada passo seu, cada vontade, cada desejo realizado, pode ser prontamente colocado na internet para todos verem, e concluírem por fim como você é especial, como você é interessante, como sua vida é cheia de dores, ou como você é exatamente medíocre como qualquer cidadão simples sobre a terra.
Ha uma questão que os blogs e a “banalização” da internet – a partir do fim dos anos 1990 – trouxe: Todos somos escritores? Todos somos fotógrafos? Afinal, chegamos no momento em que Andy Warhol (autor da frase do título deste texto, em 1968) profetizou? Somos todos realmente celebridades? Nossa vida é digna de ser documentada e acompanhada on-line? Qual seria o valor de tais manifestações? Fica a pergunta

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