7.27.2012

Que dor é essa?

 Dores - Enxaqueca

Sete dores que não devem ser menosprezadas

Elas avisam: algo está errado. Mas preferimos pensar que vão passar depressa a procurar um médico. É aí que muitas vezes damos de cara com o perigo.


Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico. A foda é quando voce vai ao médico e o bundão tb não sabe e ai passa uns medicamentos que não tem nada haver com a sua doença.  Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda. Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli Ferreira, 45 anos, de São Paulo. "Tomei muito remédio durante três meses por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal. Tive de ser submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem", conta. Segundo o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São Paulo, "a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo". A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. "Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual", aconselha o cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui, selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.Na dúvida consulte um outro especialista. Cheque na internet o diagnóstico. Seja feliz e boa sorte... 


Dor de cabeça
Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. "Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária", avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas à hipertensão.


Dor de garganta
Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. "Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia", alerta o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, na Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.


Dor no peito
"Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços", descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. "A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico", explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.


Dor nas pernas
Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. "A causa pode ser outra", avisa a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno. "Em outros indivíduos a dor vem das pisadas", explica Lin. "É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados." Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. "Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos", diz a reumatologista Solange Mandeli da Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.

Dor abdominal

Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. "Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado", diz o cirurgião Heinz Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. "Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença", calcula a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.


Dor nas costas
A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. "É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo", diz o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. "No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva", ensina a fisiatra Lin Tchia Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.

Dor no corpo

Se ele vive moído, atenção às suas emoções. A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés. "O que dá as caras no físico é o resultado da dor psicológica", diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde, em São Paulo. "Quem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional", opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.


Ajude o médico a descobrir a verdadeira causa de seus “ais”. Leve as seguintes informações para a consulta:


Quando
Puxe pela memória o dia, semana ou mês em que sua dor deu as caras e identifique a frequência com que ela aparece — se é diária, quantas vezes por dia se manifesta e quanto tempo costuma durar.


Onde
Aponte os lugares do corpo em que a dor ocorre. Se for difícil especificar um ponto, mostre a região afetada. Explique também se ela começa em um lugar e, dali, se irradia para outros.


Como
Descreva a sensação — queima? Dá pontadas ou agulhadas? Formigamento? No lugar onde dói, você sente um aperto ou pressão? Acredite: para os ouvidos dos especialistas, esse tipo de informação vale ouro.


Avaliação
Dê uma nota de 1 a 10 à sua dor, comparando-a a outras que você já sentiu. Avalie o grau e não deixe de contar ao especialista se teve febre, perda de apetite ou falta de sono depois que a dor apareceu.


Soluções
O que fez para diminuir a dor? Relate se uma bolsa de água quente ajudou. E preste atenção no seu corpo para dizer o que parece piorar a sensação dolorosa — comida gordurosa, esforço físico... o quê?

O QUE É DOR

A maneira como a dor é percebida ou tolerada varia muito de pessoa para pessoa, por isso, é difícil definir e descrever a dor. Essencialmente, a dor é a maneira como o cérebro interpreta as informações sobre uma sensação especial,
que o corpo está experimentando. Essas informações (ou sinais) sobre a sensação dolorosa são enviadas através de vias nervosas para o cérebro.(1)

DOR AGUDA

A dor aguda é a dor provocada por uma doença ou lesão específica, por exemplo, pode estar associada com contração muscular e tem duração limitada.(2)

DOR CRÔNICA

Normalmente, a diferença entre as definições de dor aguda e crônica depende do intervalo de tempo desde o início da dor. Existem vários conceitos, a definição mais comum de dor crônica diz que é "aquela que teve inicio entre 3 e 6 meses atrás". Outros defendem o limite de 12 meses atrás. Podemos dizer de uma maneira geral, se não quisermos fixar um período de tempo, que a dor crônica é a dor que ultrapassa o "tempo normal de cura", e pode estar associada a uma doença ou lesão.(2) (3) (4)

DOR RECORRENTE

É uma dor que varia de intensidade, normalmente de curta duração, e que se repete com frequência, às vezes, durante anos. Um exemplo é a enxaqueca. (5)

PREVENÇÃO

Em primeiro lugar, é importante identificar a fonte da dor, para tratá-la corretamente. Também é possível prevenir alguns tipos de dor com cuidados médicos e tratamento apropriados. Procure seu médico para saber qual o tratamento adequado para a sua dor.
  • DOR MUSCULAR

    A dor muscular, também chamada de mialgia, pode variar de leve a muito dolorosa, e, embora muitas vezes desapareça em poucos dias, pode durar meses. Pode aparecer em qualquer lugar do corpo, incluindo o pescoço, costas, pernas e até mesmo as mãos.
    Está mais frequentemente relacionada à tensão, ao uso muscular excessivo ou a lesão resultante do trabalho muscular ou exercício. Nessas situações, a dor tende a envolver os músculos utilizados e começa durante ou logo após a atividade física.
    Dores musculares também podem ser um sinal de condições que afetam o corpo como um todo, por exemplo no caso de algumas infecções (incluindo a gripe) ou outras doenças.(6) (7)


    Lombalgia

    Dor ou rigidez localizada na extremidade inferior da coluna vertebral acima das nádegas. Pode ser consequência do uso excessivo do músculo ou de um trauma ou mesmo uma deformidade.(8)


    Cervicalgia

    Dor localizada na região do pescoço. Pode ser de origem muscular ou problemas na coluna.(9)


    Dorsalgia

    Dor nas costas (também conhecida como dorsalgia) é a dor sentida na região das costas que pode ser de origem muscular, ou ser causada por problemas nos nervos, ossos, articulações ou outras estruturas na coluna vertebral.(10)
  • DOR DE CABEÇA

    Dor de cabeça ou cefaleia é a dor em qualquer local na região da cabeça ou pescoço. É muito freqüente.(11)

    Cefaleia tencional
     
    A cefaleia do tipo tensional (CTT) é a cefaleia mais comum na humanidade. Cerca de 80% da população sofre algum episódio de esporádico de cefaleia do tipo tensional, e 3% apresentam CTT crônica.
    Normalmente caracteriza-se por episódios de dor de cabeça recorrentes, podendo durar alguns minutos ou até alguns dias. A dor parece uma pressão ou aperto, de intensidade fraca a moderada, localizada nos dois lados da cabeça.(12) (13)


    Cefaleia em salvas
     
    São caracterizadas por dores de grande intensidade que parecem “punhaladas”. Evoluem em crises que podem durar de 15 minutos a 3 horas, podendo ser acompanhadas de lacrimejamento, olhos vermelhos, coriza ou obstrução nasal, entre outros.(14)


    Enxaqueca ou migrânea
     
    Dor de cabeça de intensidade moderada a grave que pode durar de 4 a 72 horas. Dor latejante, normalmente é acompanhada de náusea ou vômitos, e piora com a luz e com barulho. Na maioria das vezes se localiza em um dos lados da cabeça ou na região em torno dos olhos. Existem critérios para se fazer o diagnóstico correto de enxaqueca.(14)


     
    Outras dores de cabeça
     
    Existem muitos outros tipos de cefaleias, inclusive cefaleias que são conseqüência de doenças, como por exemplo, a sinusite. Este tipo de cefaleia é chamada de secundária. É importante saber a causa da cefaleia para que seja feito o tratamento adequado.(14)





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