4.26.2013

Gordura corporal

Pesquisadores desenvolvem novo método de avaliar a gordura corporal

Falsos magros têm gorduras em partes específicas do corpo, que podem colocar a saúde em risco. Para identificar o problema, pesquisadores da USP desenvolveram um novo IMC, o índice que mede a massa corporal.

Dirceu Martins Ribeirão Preto, SP
As pessoas chamadas de “falsas magras” parecem estar no peso ideal, mas têm gorduras em partes específicas do corpo, que podem colocar a saúde em risco.
Para identificar esse tipo de problema, pesquisadores da USP desenvolveram um novo IMC, o índice que mede a massa corporal.
O bancário Carlos Rezende tem 1,80 de altura, 81 quilos e o rosto fino. Pelo índice de massa corporal tradicional, não teria com o que se preocupar, mas pelas contas do novo, não pode ganhar nenhum grama.
A fórmula do tradicional índice de massa corporal, criada no século XIX, avalia a como o peso está em relação à estatura da pessoa.
É simples fazer o cálculo: a pessoa divide o peso pela altura ao quadrado. Resultados entre 18,5 e 25 são considerados normais, segundo a Organização Mundial da Saúde. Segundo os médicos, esse método não mostra como a gordura no corpo está distribuída.
A falha foi constatada por uma pesquisa feita na faculdade de medicina da USP de Ribeirão Preto, com 701 estudantes e pacientes do HC. Daí surgiu a nova fórmula que mede o índice de gordura, é o IMCA, Índice de Massa Corporal Ajustado. O cálculo ficou um pouco mais complicado.
Os médicos usam um aparelho que leva em conta a nova fórmula e mede a porcentagem de gordura por ondas elétricas.
Com o novo índice, os pesquisadores acreditam identificar mais rapidamente o que eles chamam de falsos magros, quem aparentemente não tem problemas com a balança, mas podem apresentar índices preocupantes de gordura no corpo. O diagnóstico preciso ajuda a indicar o tratamento adequado.
“Esse diagnóstico um pouco mais acurado, ele acaba permitindo que a gente consiga detectar a obesidade um pouco mais precocemente e consequentemente a gente acaba reduzindo os riscos de alguma doença, como diabetes, hipertensão, níveis elevados de colesterol", explica Mirele Grecco, nutricionista.
Carlos que tem gordura localizada no abdômen já planeja mudar a rotina. “Começar a praticar um esporte, alguma coisa nesse sentido. Levantar da cadeira e começar a fazer exercício".

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