5.04.2013

Israel ataca depósito de mísseis na Síria

De acordo fontes israelenses, armas seriam levadas para o grupo xiita Hezbollah

Ataque foi aprovado por reunião secreta de Benjamin Netanyahu com seu gabinete

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Avião da força aérea israelense em treinamento em Tel Aviv
Foto: AMIR COHEN / REUTERS
Avião da força aérea israelense em treinamento em Tel Aviv AMIR COHEN / REUTERS
JERUSALÉM - Caças das forças de segurança de Israel atacaram um depósito de mísseis no Aeroporto Internacional de Damasco. Segundo fontes, as armas pertenciam ao Irã e seriam levadas da Síria para o Líbano. O bombardeio aconteceu na noite de sexta-feira (3), após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu gabinete terem aprovado a investida em um encontro secreto na quinta-feira.
De acordo com fontes israelenses, os mísseis de longo alcance seriam entregues para o Hezbollah, mas autoridades não deram mais detalhes sobre o ataque. Apesar das circunstâncias do bombardeio serem vagas, Netanyahu já havia alertado nas últimas semanas que Israel iria atacar se armas químicas ou outras armas sofisticadas fossem enviadas da Síria para o grupo islâmico libanês.
Fontes, que não quiseram ser identificadas, disseram à emissora americana CNN que os caças israelenses não chegaram a invadir o espaço aéreo sírio para realizar o ataque. Segundo a agência Reuters, a aeronáutica de Israel dispõe de mísseis que podem atingir alvos a quilômetros de distância, o que permite que caças possam bombardear a Síria ou o Líbano sem sair de seu território.
A escalada da violência na guerra civil síria tem aumentado tensões na região e temores de que o conflito envolva radicais islâmicos, como extremistas da al-Qaeda, ou que o governo de Bashar al-Assad esteja recebendo apoio do grupo libanês xiita Hezbollah, considerado por Israel como inimigo.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou na sexta-feira que não pretende mandar tropas para interferirem no conflito na Síra . No entanto, fontes afirmaram ao jornal “New York Times” que autoridades dos EUA estariam considerando a possibilidade do envio de militares, incluindo o uso de aeronaves para bombardeios.

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