7.24.2013

Cresce o comercio de drogas

Organizações criminosas arrecadam US$ 870 bi por ano

Crimes virtuais estão entre os que mais crescem

AFP

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A polícia encontra dificuldades para competir com organizações criminosas internacionais, que arrecadam 870 bilhões de dólares por ano, com atividades como o comércio de drogas, o tráfico de pessoas e o roubo de identidade, declarou nesta quarta-feira à AFP Yury Fedotov, chefe do escritório da ONU para as Drogas e o Crime.

Se as organizações criminosas fossem classificadas como uma indústria, estariam incluídas entre os agentes econômicos mais importantes do mundo.

Os cortes de gastos promovidos em função da crise econômica aumentaram o antigo abismo financeiro que existe entre as organizações criminosas e aqueles que as combatem, explicou Fedotov.

"As quadrilhas são mais bem financiadas do que qualquer instituição policial. Isso está claro, especialmente se compararmos a alta receita ilícita com os orçamentos limitados de muitas instituições legais", afirmou o alto representante da ONU.

Porém, o financiamento é apenas parte do problema, explica Fedotov, já que a polícia luta para se adaptar à dinâmica das redes criminosas, que mudam constantemente e se movem mais rápido do que as tradicionais máfias do passado.

"O crime organizado contemporâneo também é sofisticado e se adapta com facilidade. Deveríamos, então, ser mais flexíveis e não só seguir o fluxo, mas também atuar na prevenção e antecipação das ações do crime organizado", acrescenta Fedotov.

Os crimes virtuais, por sua vez, crescem consideravelmente, já que cerca de um terço da população mundial tem acesso à internet.
Apenas as receitas anuais do roubo de identidade on-line são estimadas em um bilhão de dólares, enquanto 20 bilhões são gerados pelo tráfico de espécies ameaçadas de extinção.

Em relação ao tráfico de entorpecentes, entretanto, as preocupações se concentram no aumento do número de drogas sintéticas.

Fedotov também se diz preocupado com o aumento do tráfico nas conturbadas regiões do Sahel e da África Ocidental - notavelmente na Guiné-Bissau -, que o representante da ONU chama de "elo mais fraco".

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