8.26.2013

Mantega diz que o dolar está controlado e a crise cambial não vai impactar os preços


O Brasil tem excelentes reservas e não vai se abalar com as críticas  dois mais pessimistas que torcem para o quanto pior melhor.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa do almoço debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa do almoço debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que a alta do dólar não  terá impacto sobre os preços caso o quadro de desvalorização cambial se intensificar." O movimento de fluxo de capitais de nações emergentes para os Estados Unidos, culminando com a desvalorização de inúmeras moedas de países emergentes não vai afetar o Brasil "A elevação do câmbio pode trazer problemas para todo mundo", destacou Mantega. O ministro disse que  embora o real esteja entre as moedas que mais se depreciaram recentemente, o Brasil "não perdeu nenhum tostão" das reservas internacionais. "Temos mais reservas e menor dívida pública do que em 2008", destacou. De acordo com o ministro, os países emergentes já perderam cerca de 150 bilhões de dólares em reservas cambiais.
 "No Brasil, não está ocorrendo saída de capitais. Melhoramos a conta financeira, que de janeiro a julho de 2013 somou 58,9 bilhões de dólares". "Essa conta financeira vai ajudar a fechar as contas correntes neste ano", disse, ressaltando que há a estimativa de um déficit de transações correntes de 75 bilhões de dólares para este ano, enquanto a conta financeira apresentaria um montante de 83 bilhões de dólares.

 É preciso ver se a economia europeia crescerá nos próximos trimestres para poder dizer se a crise, de fato, passou. "Mas estamos vendo uma luz no fim do túnel para a economia europeia", disse. Sobre a desvalorização do real, Mantega disse que isso ocorre porque os juros do Tesouro dos Estados Unidos estão subindo e isso faz com que os investidores procurem o mercado dos EUA.

O ministro disse que o mundo ainda não conseguiu superar a crise de 2008, embora ela esteja no fim. "O Brasil é um dos países que pode crescer um pouco mais", destacou. "A perspectiva é de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, de forma gradual", apontou. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na próxima sexta-feira o resultado do PIB entre abril e junho deste ano.
"A pesquisa Focus (do Banco Central) indica que a expansão será de 0,8%", disse. Mantega apontou que, no primeiro semestre, a expansão da economia mundial "não foi grande coisa" e, como de costume, voltou a dizer que o baixo crescimento do país não é caso isolado ao afirmar que a grande maioria dos países cresce menos do que pode, o que acontece também com os Estados Unidos e a China.

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