10.10.2013

Experiência bem sucedida traz esperanças de tratar Alzheimer


Composto químico aplicado em camundongos conseguiu bloquear danos cerebrais

AFP

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Cientistas anunciaram nesta quinta-feira ter descoberto um composto químico que, em ratos de laboratório, bloqueia uma doença dos príons, o que poder representar uma nova possibilidade terapêutica para tratar doenças como o mal de Alzheimer e o Parkinson.
Estes resultados, obtidos por cientistas britânicos, ainda estão muito distantes de um possível desdobramento em humanos, mas podem representar uma nova estratégia contra doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson, que partilham mecanismos comuns com as doenças dos príons.
Em artigo publicado na revista americana Science Translational Medicine, este composto químico, administrado a camundongos, conseguiu bloquear os danos cerebrais, ocasionados por uma doença de príons, implicando um mecanismo de defesa natural celular.
"Nós ainda estamos longe de um medicamento utilizável no homem", relativizou a principal responsável desta pesquisa, realizada pela Universidade de Leicester, Giovanna Mallucci, visto que o composto químico em questão "tem efeitos colaterais graves".
"Mas o fato de estabelecer que este mecanismo de ação pode ser usado para proteger a perda de células do cérebro (...) significa que há uma possibilidade real de desenvolver tratamentos combatendo esta vista contra as doenças de príons e as outras doenças neurodegenerativas", declarou o professor Mallucci à agência de notícias britânica Press Association.
O composto conhecido com o nome do laboratório GSK2606414 (produzido pela firma farmacêutica britânica GlaxoSmithKline) foi testado com 29 camundongos infectados pelos príons que provocou as encefalopatias, entre as quais a síndrome de Creutzfeldt-Jakob.
Eles foram comparados a um grupo de camundongos cujo cérebro também foi infectado por príons e que não ingeriram o composto.
As cobaias que foram tratadas sete semanas após terem sido infectadas pelos príons não sofreram perda de memória em um teste que consistiu em reconhecer um objeto familiar (enquanto aqueles tratados nove semanas após a infecção demonstraram ter problemas de memória).
Exame no cérebro dos camundongos confirmou a tendência a apresentar danos cerebrais naqueles tratados sete semanas após a infecção por príons.
Em comentário em separado publicado pela revista americana, os especialistas de neurociência Wiep Scheper e Jeroen Hoozemans, da Universidade Livre de Amsterdã, consideram que esta pesquisa poderá abrir "uma nova estratégia terapêutica".
Mas pedem prudência porque os camundongos são modelos limitados para as doenças do cérebro humano e também porque o composto químico utilizado tem efeitos colaterais no pâncreas, com o desenvolvimento de diabetes e a perda de peso.

Descoberta científica abre caminho para a cura de Alzheimer

Cientistas encontraram substância capaz de barrar a morte de neurônios em ratos em pesquisa classificada pelo The Guardian como “decisiva e histórica”

Matt Cardy/Getty Images
Mulher em exposição do cérebro humano
Mulher em exposição do cérebro humano: estudo descobriu substância capaz de impedir a morte de neurônios
São Paulo – Uma descoberta da equipe da Universidade de Leicester (Inglaterra) publicada nesta semana trouxe boas notícias: a ciência está cada vez mais próxima de encontrar a cura para o Mal de Alzheimer. Esta doença hoje atinge mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, este número deve triplicar.
Pois a equipe de neurcientistas liderada pela professora Giovanna Mallucci descobriu uma substância capaz de barrar a morte de neurônios. Testada em ratos de laboratório, tal substância conseguiu impedir a neurodegeneração nestes animais, que eram portadores da chamada “doença de príon”.
O estudo havia previamente descoberto que o acúmulo de proteínas no cérebro destes ratos doentes era responsável por ativar um mecanismo de defesa das células. Este processo, por sua vez, bloqueava a produção de novas proteínas.
Segundo a equipe, o normal seria que a produção normalizasse em algum momento, mas nestes ratos isto não foi observado. Constataram então que este seria justamente o “gatilho” que levaria os neurônios à morte, pois algumas das proteínas essenciais para a sua sobrevivência deixavam de ser produzidas.
Ao injetar a substância, os cientistas conseguiram bloquear este mecanismo paralisador da produção de proteínas em uma parte do cérebro destes ratinhos, normalizando, assim, todo o processo. Foi possível então impedir a morte das células e ainda restaurar os níveis de proteína e a comunicação entre os neurônios. Conclusão: prolongaram a vida destes animais.
Bom, ainda de acordo com a equipe, em entrevista ao jornal “The Guardian”, a pesquisa está em estágio inicial e pode ser que a produção medicamentos leve um tempo para se tornar realidade. Além disso, o processo causou sérios efeitos colaterais nos ratos, fato que levou os cientistas a preverem que testes em humanos ainda estão longe de acontecer.
Independente disso, a comunidade científica considerou os resultados altamente significativos e celebrou o estudo. “Futuras gerações certamente verão esta pesquisa como um pilar histórico e decisivo”,

2 comentários:

RECEITAS DA RENATTA disse...

fiquei muito feliz com esta noticia..esperamos que consigam mesmo esta gde ajuda...bom dia

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

A cura de Alzheimer trará grandes benefícios para a humanidade que hoje vive mais. Obrigado pela visita
Bom dia