10.11.2013

MEDICINA ORTOMOLECULAR AJUDA NA BUSCA PELO EQUILÍBRIO DO CORPO


Medicina Ortomolecular ajuda na busca pelo equilíbrio do corpo
Descubra por que a Medicina Ortomolecular é considerada uma das grandes descobertas do século!

A palavra equilíbrio precisa fazer parte do nosso dia a dia. E, para ter uma vida equilibrada, é essencial que tenhamos um corpo equilibrado. Esse é o princípio da medicina ortomolecular que, associada à prática da homeopatia, pode auxiliar ainda mais na prevenção de doenças, sobretudo as que configuram uma herança genética.

Pesquisas relevam que a ‘carga genética’ que uma pessoa carrega para o desenvolvimento de doenças pode ser modificada com tratamento correto de prevenção. “Temos a probabilidade de 30% para que essas doenças se manifestem. Então, poderemos trabalhar com os 70% das chances de prevenção, reduzir riscos e modificar as estatísticas”, diz a médica Jacqueline Renault, dona da clínica que leva seu nome, no Rio de Janeiro.

De acordo com a especialista, o uso de vitaminas, sais minerais e outros nutrientes deficitários no organismo, como também a pesquisa da forma pela qual os alimentos são absorvidos, poderá determinar mudanças importantes na trajetória do desenvolvimento ou não de doenças pré-existentes, controle ou cura.

“A visão holística do paciente, junto aos recursos do uso de substâncias alquímicas e naturais, que já alcançaram novos patamares de desenvolvimento, são fatores que contribuem ainda mais para os melhores resultados nos tratamentos associados”, destaca.

Priorizar a ingestão de peixes, ricos em Ômega 3, restringir a ingestão de açúcares e farinha branca, inserir frutas selecionadas, ter atividade física regular. Essas são algumas das dicas da médica para melhorar o desempenho metabólico e diminuir a ação dos radicais livres.

Já a homeopatia preconiza um tratamento global, e não apenas de um sintoma ou de uma doença. Essa prática induz à reação semelhante a das vacinas, ao introduzir no organismo uma informação similar as dos sintomas e queixas dos pacientes.

“Quando associamos as duas práticas, objetivamos regularizar alterações metabólicas, proporcionando mais disposição e saúde. A prática Ortomolecular é usada tanto para criar o equilíbrio biomolecular do corpo como para restabelecer o equilíbrio químico do organismo”,


Saiba ainda: 
Depois de um grupo de atrizes e modelos ter afirmado publicamente que perdeu vários quilos com terapia ortomolecular, a prática virou a nova "dieta dos famosos" e passou a atrair cada vez mais pessoas, que lotam consultórios de endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas e outros especialistas querendo emagrecer com as vitaminas.
A terapia, que não é considerada especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), defende a busca do equilíbrio químico do corpo por meio do uso de substâncias antioxidantes, como vitaminas, minerais e aminoácidos. A idéia central -criada pelo ganhador do Prêmio Nobel Linus Pauling (1901-1994) na metade do século passado- é combater os radicais livres, que seriam responsáveis pelo aparecimento de doenças e pelo envelhecimento do organismo.
A técnica chegou ao Brasil em meados da década de 80 e hoje estima-se que haja cerca de 2.500 médicos especialistas no tratamento.
Na ânsia pelo emagrecimento, além de desembolsarem até R$ 12 mil pelo tratamento, pessoas se submetem a testes de cabelo que seriam um retrato da saúde do paciente, ao EDTA, que são longas aplicações intravenosas de substâncias que removeriam os metais pesados do organismo -também conhecidas como quelação ou injeções de soro-, e, principalmente, a megadoses de vitaminas. Todas essas práticas são proibidas desde 1988 pelo CFM, de acordo com o especialista em clínica médica Geraldo Luiz Moreira Guedes, representante de Minas Gerais na entidade.



Para o angiologista Guilherme Paulo Deucher, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular, a terapia ajuda na prevenção das doenças. "Para emagrecer, é necessária uma mudança de atitude, com cuidados com a alimentação e prática de exercícios", diz


Mesmo entre os médicos que utilizam a terapia ortomolecular, não existe consenso quando a questão é empregá-la para perder peso.
"Esse tipo de discussão vulgariza a questão. A pessoa não vai emagrecer por conta de vitaminas. Isso não existe", afirma o angiologista Guilherme Paulo Deucher, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular e um dos introdutores, há 21 anos, da prática no Brasil. "A ortomolecular é um conceito novo dentro da medicina para ajudar na prevenção das doenças que vêm com o envelhecimento. É um conceito muito mais de prevenção. Para emagrecer, é necessária uma mudança de atitude, com cuidados com a alimentação e prática de exercícios", diz o médico.
Apesar de conhecer pessoas que gostaram da terapia, a empresária Inês Prado de Araújo Oliveira, 49, diz ter jogado dinheiro fora. "Procurei o tratamento ortomolecular para regular o organismo, e não para emagrecer. Mas comecei a engordar e interrompi a terapia. Talvez, se tivesse continuado, poderia ter revertido o processo", diz a empresária, que tomava cerca de dez vitaminas diariamente e ganhou 5 kg em quatro meses.
O ganho de peso também foi o problema do gerente de projetos Fábio Baptistella, 40. Ele queria perder 15 kg dos seus 110 kg, mas, em quatro meses de terapia, engordou 6 kg. "Acho que as vitaminas me abriram o apetite", diz.
Fábio interrompeu o tratamento quando recebeu de seu médico a notícia de que teria de fazer um exame do fio de cabelo -que seria analisado nos Estados Unidos- e tomar mais uma série de injeções de soro, por R$ 4.600. "De certa maneira, acho que fui enganado. Quando me perguntam sobre o tratamento ortomolecular, falo que é caríssimo e que existem algumas coisas duvidosas", afirma.

MILAGRE
"As pessoas querem milagres, mas fazer exercício e mudar a alimentação ninguém quer", afirma o endocrinologista Walmir Coutinho, professor da PUC-RJ e vice-presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade.
Para ele, essa busca por regimes milagrosos se dá pelo buraco entre o que a medicina oferece e o que realmente desejam aqueles que estão acima do peso ideal.
Foi feita uma pesquisa identificando que a maioria das mulheres com sobrepeso deseja perder 37% do seu peso corpóreo, "mas o que recomendamos inicialmente é a perda de 10%, o que já melhora a saúde da pessoa", diz Coutinho, afirmando que é nesse gap que a procura por dietas da moda entra em cena.
A publicitária carioca Élida Lopes, 42, desejava perder 24 kg. Em um mês de tratamento ortomolecular, emagreceu 6 kg. São 15 cápsulas de vitamina por dia, injeções de soro uma vez por semana, aulas com personal trainer e a eliminação do cardápio de leite e derivados, pão e tudo que leva farinha.
Mesmo após cortar praticamente tudo o que engorda de sua alimentação e praticar exercícios regulares, Élida credita sua perda de peso à terapia. "Além de me fazer emagrecer, o tratamento me tirou da depressão", conta, revelando que seu único porém foi ter perdido "apenas" 6 kg. "Estou pagando R$ 12 mil pelo tratamento [de seis meses]. Por esse valor, deveria ter emagrecido muito mais", ironiza.

CONTRAPONTO
Segundo o especialista em clínica médica com prática ortomolecular Efrain Olszewer, a chamada "dieta ortomolecular" não existe. "Abolimos esse conceito de dieta. É um inimigo da prática ortomolecular", afirma.
De acordo com o médico, a terapia pode até ser aplicada para combater a obesidade, mas, para cada pessoa, há uma tratamento específico. "A idéia de emagrecer só com uso de vitaminas é um insulto ao bom senso", diz.
Segundo ele, pacientes obesos costumam ter níveis baixos de serotonina, o chamado neurotransmissor da felicidade, que é formado principalmente por meio dos carboidratos. "Eles têm alterações nos níveis de serotonina e precisam de açúcares para compensar. Isso estimula o consumo de carboidratos."
A artista plástica Clara Wasserman, 65, adotou a terapia e emagreceu 24 kg em seis meses. Passou de 137 kg para 113 kg e pretende continuar o tratamento até chegar aos 80 kg. "Achei bom porque é uma reeducação mesmo. Consigo fazer durante muito tempo sem enjoar. Foi diferente de outras dietas que fiz com endocrinologistas, a maior parte com inibidores de apetite e sem resultados duráveis", diz.
Com o objetivo de não engordar, a relações-públicas Leila Barbosa Pereira, 33, foi procurar a terapia ortomolecular depois de ter lido entrevistas de atrizes que conseguiram emagrecer com o método. Aguardando os resultados de uma batelada de testes, Leila espera descobrir quais alimentos são absorvidos mais rapidamente pelo seu organismo e quais são os que mais engordam.
"Estou tirando os carboidratos da minha alimentação, mas, de repente, pode ser que não faça mal. Eu amo doces. Quem sabe o médico não diz "você pode comer doce'", afirma.
Já Olszewer diz que a suplementação é necessária porque é cada vez mais difícil conseguir uma alimentação balanceada. "Muita gente pensa que é preciso tomar 500 cápsulas por dia. Na maioria das vezes, basta uma."
Para a advogada Karina Oliveira, 32, adepta da técnica há cinco meses, entretanto, o conceito da terapia ortomolecular é muito mais amplo do que simplesmente emagrecer por conta das vitaminas.


O termo ortomolecular, criado por Linus Pauling, vem da junção das palavras orthos, do grego, que significa correto, e molecular, do latim


"Essa não é a proposta da medicina ortomolecular, que avalia todos os problemas do organismo, inclusive o da gordura. Às vezes, a pessoa vai ao médico querendo emagrecer, mas o que a técnica faz é descobrir o que está fazendo essa pessoa engordar", diz Karina, que, num primeiro momento, buscou na prática uma receita para emagrecer. "Depois vi que é muito mais complexo", afirma ela, que perdeu 4 kg.

GATO POR LEBRE
Fisiatra e reumatologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a médica Sylvana Braga utiliza há mais de 15 anos tratamentos ortomoleculares. Segundo ela, a dieta ortomolecular é uma reeducação alimentar, sem o uso de inibidores de apetite ou antidepressivos. "Focamos no controle do déficit de minerais e do excesso de metais tóxicos, visando a corrigir o erro metabólico do sobrepeso e da obesidade. É uma dieta que restringe gorduras e o mau colesterol, carboidratos, como pão, doces, farinha branca, pastéis, empadas e salgadinhos. Há ainda uma pequena restrição às proteínas", afirma.
Existem suspeitas, porém, de que, concomitantemente à prescrição de vitaminas, inibidores de apetite também sejam receitados por alguns profissionais.
A decoradora Marta Oliveira Jungmann, 44, perdeu 6 kg dos seus 75 kg em 18 dias. "Já tomei inibidor em outras ocasiões e sei como é. Fiquei nervosa, ansiosa. Senti os mesmos efeitos. Mas não tenho certeza nem posso afirmar que era anfetamina."
Apesar de ser magra, Marta viu na "medicina ortomolecular que emagrece" um recurso para perda de peso de forma rápida e segura. "Quando a gente quer, acredita em qualquer coisa que vê na TV", diz.
Para o médico homeopata e acupunturista Roberto Debski, a procura da terapia ortomolecular virou uma "febre graças aos depoimentos de pessoas famosas favoráveis ao método". "Com certeza, a ortomolecular é indicada no tratamento da obesidade e do sobrepeso, mas não isoladamente", afirma o médico, que faz uso da prática.
De acordo com ele, o tratamento deve ser sempre multidisciplinar, inclusive o da obesidade, que comporta alterações físicas e emocionais "ocorrendo simultaneamente".
"O estilo de vida adotado é fundamental para o tratamento: a prática orientada de esportes e a nutrição equilibrada, que chamamos de reeducação alimentar. Sendo assim, não há fórmulas mágicas, e sim um atendimento individualizado"

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