11.27.2013

Novo estudo diz que há benefícios em videogames

Um dos aspectos polêmicos da pesquisa é o de que até jogos de tiro auxiliariam no desenvolvimento do raciocínio

O Dia
Rio - Uma notícia que todo adolescentes gostaria de saber: videogame pode fazer bem à saúde e desenvolver habilidades, raciocínio, memória e até aliviar o estresse. Os benefícios se estenderiam, inclusive, aos polêmicos jogos violentos, de acordo com estudo que será publicado pela Associação Americana de Psicologia.
Apesar da fama de deixar os usuários agressivos, os jogos de tiro poderiam melhorar a capacidade de pensar em objetos em três dimensões tanto quanto cursos acadêmicos que desenvolvem essa mesma competência. “Isso tem implicações importantes para a educação. Habilidades espaciais são importantes para estudar Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática”, disse Isabela Granic, da Universidade Radboud Nijmegen, na Holanda, uma das autoras do artigo.
Outro benefício seria o desenvolvimento da criatividade (inclusive nos jogos violentos) e da sociabilidade. Mais de 70% dos jogadores praticam com amigos e com outras milhares de pessoas no mundo. Os pesquisadores destacam o poder que os games têm de ensinar os jovens a lidar com o fracasso. Até mesmo jogos simples, como 'Angry Birds’ trariam benefícios, como melhorar o humor e afastar a ansiedade, segundo estudo.
Os dados serão divulgados, em 2014, em artigo baseado em uma revisão de pesquisas sobre o efeito dos jogos. Granic reconhece que há inúmeros estudos sobre o tema, mas acredita que falta avaliar o impacto dos games no desenvolvimento de crianças e adolescentes dentro de uma perspectiva mais ‘equilibrada’, e não apenas de críticas.
Jogos podem viciar como drogas
Psicóloga da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, Viviane Fukugawa alerta que os jogos podem ter o mesmo efeito ‘viciante’ das drogas no cérebro de crianças e adolescentes. Segundo ela, sintomas como abstinência também aparecem nos pequenos quando são afastados dos games.
Ela acredita que, com a internet, o acesso a jogos, principalmente os de grupo, ficou mais fácil. “O problema não é o videogame, mas a forma como é usado.Há muitos adolescentes dependentes de jogos. Eles deixam de ir para a escola, de comer e até viram noites, o que é uma situação grave”, aponta.

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