11.20.2013

Petrobras adia decisão sobre nova política de reajuste dos combustíveis

  • Mantega diz que data da reunião foi mudada para ‘aperfeiçoar as matérias que estão em pauta’
  • Reunião do conselho da estatal estava marcada para sexta-feira mas foi reagendada para o dia 28
Geralda Doca
Martha Beck 
Foto: Terceiro

BRASÍLIA - A Petrobras adiou a reunião do conselho de administração, marcada para sexta-feira, quando seria definida a nova política de reajuste automático dos combustíveis. A informação foi comunicada aos conselheiros na noite de ontem. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que a reunião será realizada no dia 28 ou no dia 29 de novembro.
Ao ser perguntado sobre o motivo do adiamento, ele afirmou:
- Aperfeiçoar as matérias que estão em pauta.
O Ministério da Fazenda e a Petrobras ainda não chegaram a um entendimento sobre uma nova fórmula para o cálculo do reajuste dos combustíveis que passará a ser utilizada a partir do ano que vem. Essa fórmula e o novo reajuste da gasolina estão entre os temas da reunião do Conselho da estatal.
A estatal trava uma queda de braço com o governo para corrigir os preços da gasolina e do diesel, que estão defasados em relação à cotação internacional e tem gerado perdas para a companhia.
Enquanto a equipe econômica demonstra preocupação com o impacto do reajuste na inflação, a empresa alega a necessidade dar uma maior previsibilidade ao mercado, diante das dificuldades de caixa e necessidade de investimento. A nova fórmula assegura um alinhamento aos preços cobrados no mercado internacional.
O ministro também admitiu que o projeto que muda o indexador das dívidas de estados e municípios com a União e permite o recálculo desses débitos retroativamente não é mais uma prioridade para a equipe econômica. Segundo ele, o governo quer evitar que essa mudança seja mal interpretada pelo mercado, pois alguns analistas afirmam que ela poderia prejudicar o equilíbrio fiscal no país.
- O objeto tem lá um item que pode dar margem à interpretação de que queremos aumentar gastos com estados e municípios. Não é nada disso. Mas tendo em vista essa possibilidade de mal entendido, então, queremos que ele seja aprovado numa oportunidade melhor.

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