1.19.2013

Em encontro da UNE, profissionais defendem democratização da mídia

A VELHA MÍDIA É CONTRA A DEMOCRATIZAÇÃO DA MIDIA

O Brasil precisa resolver a situação dos meio de comunicação, atualmente sob o controle de um número reduzido de grupos, segundo os profissionais que atuam no setor e que participaram hoje (19) da palestra Democratização da Mídia, no 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE). O professor da Universidade de São Paulo (USP) Laurindo Leal Filho, o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, e o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, destacaram a necessidade de uma comunicação acessível e de qualidade.
“O Estado tem o papel de evitar a concentração. Isso acontece em outros mercados, com leis, com agências reguladoras. Mas não na radiodifusão. Isso é uma falha que deve ser combatida”, disse o professor da Universidade de USP Laurindo Leal Filho. “A universidade tem papel fundamental de levar à frente essa discussão”, acrescenta.
Para o presidente da EBC, Nelson Breve, o direito a comunicação está assegurado na Constituição Federal, assim como a complementariedade da comunicação pública, privada e estatal, mas isso não é o que ocorre na prática. Segundo ele, o Brasil necessita de mais fiscalização dos meios, além do fortalecimento da comunicação pública. “Mais empresas públicas precisam ser criadas para que o equilíbrio do cenário da comunicação brasileira seja fortalecido”, disse ao destacar a criação da EBC como uma “vitória da comunicação do país”.
A concentração dos meios de comunicação é bandeira de movimentos sociais e entidades do setor. De acordo com artigo do Coletivo Brasil de Comunicação Social – Intervozes, em 2009, a soma da participação das quatro primeiras emissoras de TV, todas privadas e comerciais, alcança 83,3% no que se refere à audiência. Em relação à publicidade, a participação chega a 97,2%.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis. A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários.
Uma das formas de mudar o setor é a formulação e a aprovação de uma lei de meios – a exemplo da Lei de Medios, aprovada na Argentina – que divida as concessões entre meios públicos, privados e estatais e que combata o monopólio no setor. “O Brasil está atrasado. Legislação semelhante já existe em países latinos e está em vigor na União Europeia e Estados Unidos”, destaca o professor Laurindo.
Para o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, o tema mídia é decisivo e estratégico, principalmente para os movimentos sociais. “Não é possível ter uma luta de trabalhadores, estudantes, do setor agrário, se não travarmos um debate sobre comunicação. É um tema transversal. Não vamos avançar na democracia se não enfrentarmos esse tema.”
O 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da UNE ocorre em Recife até segunda-feira (21). Este ano foram mais de 3,5 mil inscrições de entidades de todas as regiões do país. Sob o tema “A Luta pela Reforma Universitária: do Manifesto de Córdoba aos Nossos Dias”, o Coneb oferece debates e grupos de discussão sobre temas ligados às universidades e ao Brasil. Ao final, os delegados vão decidir os rumos e posicionamentos da UNE para 2013.
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 Agência Brasil

Dores de cabeça e problemas cardiovasculares

Saúde da mulher

Novos estudos apontam para a relação entre enxaqueca e problemas cardíacos em mulheres

A enxaqueca acompanhada de aura pode elevar as chances de problemas cardiovasculares mais até do que outros fatores, como diabetes e obesidade

Vivian Carrer Elias
Enxaqueca: Dois novos estudos apontam para a relação entre fortes dores de cabeça com aura e um maior risco de eventos cardiovasculares
Enxaqueca: Dois novos estudos apontam para a relação entre fortes dores de cabeça com aura e um maior risco de eventos cardiovasculares (Thinkstock)
Dois novos estudos divulgados nesta terça-feira encontraram uma relação entre enxaqueca, especialmente a que vem acompanhada com aura, que é um conjunto de sintomas como alterações visuais, fraqueza e até alucinações, a uma maior chance de doenças cardiovasculares em mulheres.
Uma dessas pesquisas também mostrou que as dores de cabeça são ainda mais perigosas à saúde do coração do que fatores de risco conhecidos, como diabetes, tabagismo ou obesidade. Além disso, segundo outro trabalho, a enxaqueca com aura, se apresentada por mulheres que fazem uso de anticoncepcionais, pode aumentar mais ainda as chances de complicações de trombose — isso porque contraceptivos hormonais por si só já elevam esse risco. Os resultados de ambos os estudos foram publicados pela Academia Americana de Neurologia e serão apresentados em março, quando acontecerá o encontro anual da entidade.

Opinião do especialista

Mario Peres
Neurologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e da Escola Paulista de Medicina

"Nós, médicos, já sabíamos da relação entre enxaqueca e um maior risco de trombose e eventos cardiovasculares. Porém, esses são estudos grandes, feitos com um grande número de pessoas, que fornecem mais dados para essa evidência. Essas conclusões vão ajudar a embasar novas diretrizes no tratamento de enxaqueca.
No entanto, as pessoas não devem interpretar esses resultados com pavor. Ou seja, se uma pessoa sofre de enxaqueca com aura, ao tratar a condição, ela reduzirá o risco de problemas cardiovasculares. Além disso, ela deve procurar um equilíbrio entre outros fatores de risco que também afetam o coração. Uma mulher que tem enxaqueca não precisa deixar de tomar o seu anticoncepcional, mas deve parar fumar, por exemplo."
Uma das pesquisas, feita no Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, acompanhou, ao longo de 15 anos, 27.860 mulheres com mais de 45 anos, dentre as quais 1.435 relataram sofrer de enxaqueca com aura periodicamente. Durante esse tempo, foram registrados 1.030 casos de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou mortes por alguma doença cardiovascular. Os pesquisadores observaram que a enxaqueca com aura foi o segundo fator de risco que contribuiu para algum desses eventos cardiovasculares, ficando atrás apenas da hipertensão e à frente de diabetes, tabagismo, obesidade e histórico de doença cardíaca na família.
Sem pânico — Isso não quer dizer, porém, que todas as pessoas com enxaqueca terão um ataque cardíaco ou um AVC durante a vida, mas sim que o risco para que isso ocorra pode ser maior entre elas. "Talvez os pacientes com enxaqueca precisem ficar mais atentos do que os outros a outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, como excesso de peso ou tabagismo. Mas esses resultados não devem apavorar pessoas que têm enxaqueca”, disse ao site de VEJA Tobias Kurth, coordenador desse estudo. Kurth é pesquisador do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França e também professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
O pesquisador não soube explicar, porém, qual o mecanismo envolvido na relação entre enxaqueca e fatores de risco para doenças cardiovasculares. "Há algumas hipóteses, que incluem função endovascular e genética, mas ainda não há uma resposta para essa questão", afirmou.
Leia também:
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Contraceptivos não orais apresentam maior risco trombose do que pílulas
Anticoncepcional — A segunda pesquisa foi feita no Hospital Brigham and Women, da Universidade Harvard. A equipe buscou entender se a enxaqueca pode agravar o risco de trombose venosa profunda (formação de coágulos nas veias profundas do corpo) entre mulheres que fazem uso de contraceptivos hormonais, que são associados à elevação dos riscos dessa doença.
 
Para isso, a equipe acompanhou, durante 11 anos, quase dois milhões de mulheres, dentre as quais 145.304 faziam uso de algum contraceptivo hormonal — 2.691 relataram sofrer de enxaqueca com aura e 3.437 afirmaram ter enxaquecas sem aura. Os resultados mostraram que o maior risco de trombose venosa profunda foi mais perceptível entre mulheres que faziam uso de anticoncepcionais e que tinham enxaqueca com aura. Ou seja, foi maior do que entre aquelas que faziam uso de algum contraceptivo, mas não tinham enxaqueca, por exemplo.
 
Shivang Joshi, neurologista clínico da Universidade Harvard e autor dessa pesquisa, também não soube dizer ao certo o que acontece no corpo para que a enxaqueca influencie o risco de trombose. "Há vários mecanismos que podem estar relacionados a esse quadro. É possível que uma condição chamada 'depressão cortical alastrante', que é como uma onda de atividade elétrica que ocorre com a enxaqueca com aura, possa predispor o cérebro a lesões isquêmicas. Também podem haver mecanismos genéticos compartilhados pela enxaqueca e pelos coágulos. Mas se existe, ainda não sabemos", afirmou Joshi ao site de VEJA.
 
O pesquisador afirmou, ainda, que esses resultados não devem fazer com que mulheres que sofrem de enxaqueca com aura e que fazem uso de algum contraceptivo abandonem o anticoncepcional. "Isso deve incentivar as pacientes a relatarem os episódios de enxaquecas a seus ginecologistas para que, assim, eles escolham o melhor anticoncepcional para elas. No entanto, elas devem ficar atentas a outros fatores de risco, especialmente ao tabagismo"

Farmácias e drogarias deverão informar sobre antibióticos

A partir de abril, comercialização desses remédios precisará de registro eletrônico

Antibióticos
Antibióticos: o uso indiscriminado desses medicamentos pode fazer com que os micro-organismos se tornem resistentes a eles (Thinkstock)
A partir do dia 16 de abril, as farmácias precisarão informar eletronicamente para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cada venda de antibióticos realizada. O cadastro da venda deverá ser feito por meio do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), desenvolvido e administrado pela Anvisa.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira. Em dezembro de 2011 havia sido aprovada uma medida deternimando que o prazo para a obrigatoriedade de registrar as vendas de antibióticos no SNGPC seria 13 de janeiro de 2013, porém a Anvisa decidiu estender o prazo.
Essa não é a primeira medida implantada pela Anvisa para aumentar o controle sobre a venda de antibióticos. Desde 2010, passou a ser exigido que a farmácia retenha uma via da receita médica durante a venda desses remédios.
De acordo com a agência, o objetivo de tais medidas é conter o uso desnecessário e sem indicação desses medicamentos, uma vez que os micro-organismos podem desenvolver resistência a eles, tornando-os menos efetivos no combate a doenças.
O SNGPC foi implantado entre os anos de 2007 e 2008, substituindo o registro manual da venda de medicamentos controlados, como antidepressivos e anabolizantes.

Recém-lançado, ultrassom elimina celulite numa única sessão ...

Recém-lançado no mercado, tratamento feito com ultrassom rompe tecido fibroso da celulite e acaba de vez com o indesejado efeito casca de laranja  Foto: Shutterstock
Recém-lançado no mercado, tratamento feito com ultrassom rompe tecido fibroso da celulite e acaba de vez com o indesejado efeito casca de laranja


Menos agressivo do que os outros métodos realizados no mercado, tratamento também evita a flacidez cutânea e elimina gordura localizada de pequenas regiões  Foto: Shutterstock
Menos agressivo do que os outros métodos realizados no mercado, tratamento também evita a flacidez cutânea e elimina gordura localizada de pequenas regiões
Ideal para todos os graus da celulite, procedimento penetra sobre os furinhos, preenchendo as depressões Foto: Shutterstock
Ideal para todos os graus da celulite, procedimento penetra sobre os furinhos, preenchendo as depressões

Por ser minimamente invasivo, tratamento não agride a cútis e dispensa a necessidade de repouso após a sessão Foto: Shutterstock
Por ser minimamente invasivo, tratamento não agride a cútis e dispensa a necessidade de repouso após a sessão

Vinda dos Estados Unidos, técnica atua tanto na camada mais profunda quanto na mais superficial da pele, redefinindo o contorno corporal Foto: Shutterstock
Vinda dos Estados Unidos, técnica atua tanto na camada mais profunda quanto na mais superficial da pele, redefinindo o contorno corporal

Para potencializar os efeitos do método contra os temidos furinhos, vale a pena manter uma alimentação balanceada e beber dois litros de água por dia Foto: Shutterstock
Para potencializar os efeitos do método contra os temidos furinhos, vale a pena manter uma alimentação balanceada e beber dois litros de água por dia

  1. Feito com lasers, tratamento combate celulite em uma sessão

Mais perto da beleza eterna

Começa a funcionar no Brasil o primeiro banco para guardar as células que fabricam o colágeno, a proteína que dá firmeza à pele. Quando for preciso, é só resgatá-las e usá-las para ajudar a apagar rugas e sulcos faciais

Mônica Tarantino

chamada.jpg CONSERVAÇÃO
As células ficam guardadas em recipientes com nitrogênio líquido
Manter, multiplicar e revigorar o colágeno, a proteína que garante a firmeza da pele, é um dos principais desafios da ciência da beleza. O que se procura é uma forma de fazer com que a substância seja produzida pelo corpo pelo maior tempo possível, e em quantidade e qualidade suficientes para manter a beleza. Isso porque, com o passar dos anos, sua fabricação começa a perder força – daí a perda gradual do viço da pele e o surgimento de rugas e sulcos faciais. Uma das apostas mais recentes para vencer esse obstáculo são os bancos onde se pode guardar os fibroblastos, justamente as células produtoras de colágeno.
A estratégia é simples. Extraídas da pele e armazenadas em condições adequadas, as células não perdem sua capacidade de produção de colágeno e, quando necessário, podem ser multiplicadas em laboratório e novamente injetadas na pele. Ou seja, os bancos são uma espécie de reserva de beleza. No mês que vem, o primeiro serviço do gênero será inaugurado no Brasil. Trata-se do TechLife, que funcionará em São Paulo. Na Europa e nos Estados Unidos, companhias como a Fibrocell Science, empresa de biotecnologia focada no desenvolvimento de terapias personalizadas, já oferecem bancos para guardar amostras de fibroblasto.O armazenamento dos fibroblastos é baseado em uma tecnologia conhecida. “O processo é realizado nos mesmos moldes dos utilizados nos bancos de células-tronco extraídas de cordão umbilical”, explica a biomédica Wirla Pontes, coordenadora do TechLife. “Tudo é feito a partir de uma amostra de pele, como se fosse uma biópsia. Dela são extraídos os fibroblastos que serão cultivados segundo protocolos científicos”, explica o hematologista e pesquisador Adelson Alves, diretor do banco e fundador do CordCell, o primeiro banco de armazenamento de células-tronco de cordão umbilical no Brasil.
BELEZA-02-IE.jpg TECNOLOGIA
No banco, profissional faz a separação dos fibroblastos
na amostra de pele retirada do paciente
As células ficam guardadas em recipientes com nitrogênio líquido, onde são mantidas a 196 graus negativos. Depois, para serem multiplicadas, passam de 40 a 50 dias imersas em um meio de cultura composto por vários nutrientes. Após a finalização do processo, os fibroblastos, agora em número significativamente maior, são injetados na cútis nos locais onde há rugas ou sulcos, como o chamado “bigode chinês” (sulco nasogeniano). Uma vez na pele, as células começam a produzir colágeno, o que ajuda a atenuar as marcas do envelhecimento. Estima-se que os resultados durem de seis meses a dois anos.
O banco de fibroblastos brasileiro será também um centro de pesquisas. “Iremos avançar no estudo das técnicas de cultivo para obter melhores resultados”, diz o pesquisador Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e assessor científico do TechLife. Muotri planeja diversos experimentos em parceria com o novo laboratório. Um dos estudos avaliará os nutrientes usados no líquido em que as células ficam imersas para serem multiplicadas. Outro investigará o melhor tipo de colágeno (são numerosos e ninguém conhece o total de variações) para cada área do corpo e finalidade diferenciada, como reparar cicatrizes.
A dermatologista Monica Aribi, de São Paulo, vê a chegada do novo recurso com bons olhos, porém acha o preço elevado. Uma estimativa de preço indica que o armazenamento e cultivo dos fibroblastos não sai por menos de R$ 8 mil. Outro aspecto é que, como a passagem dos anos reduz a capacidade de os fibroblastos produzirem colágeno, assim como também prejudica a qualidade da substância, é de se supor que experimentariam melhores resultados as mulheres que tivessem colhido amostras das células ainda na juventude.
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Há outras ponderações. Para a dermatologista Edileia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo, faltam, nessa área, trabalhos científicos que comprovem o resultado do método no preenchimento de rugas e marcas de expressão. “São estudos de custo muito elevado, mas que precisam ser feitos. É necessário, por exemplo, comparar o efeito dos fibroblastos cultivados em laboratório com o ácido hialurônico para saber, inclusive, quanto tempo duram seus efeitos”, diz a especialista.
O ácido ao qual se refere a médica é uma substância produzida naturalmente pelo organismo que preenche os espaços entre as células e ajuda a dar firmeza à pele. Há alguns anos foi sintetizado em laboratório e tornou-se muito usado para preencher sulcos e rugas. Como sua composição é muito parecida com a fabricada pelo corpo, é absorvido cerca de um ano após sua aplicação.

Sexo, tráfico e sequestro: o drama de uma criança brasileira em Londres

Guarda de menina de 8 anos é disputada por mãe que está presa por raptar a própria filha da casa do pai que se recusava a devolvê-la. Cabe à justiça britânica o próximo lance

Natalia Martino

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Duas versões, igualmente trágicas, de uma mesma história. A vítima é a pequena Rafaely, uma catarinense nascida há oito anos em Criciúma, município a 200 quilômetros de Florianópolis. De um lado, seu pai, Rafael Isidoro Vieira, relata abusos sexuais sofridos pela menina aos 4 anos de idade e negligência da mãe que, segundo ele, se prostituía na presença da filha. Do outro, a avó materna Magda Souza, que fala em nome da mãe da criança, Fernanda Souza Guiguer, atualmente presa em Londres sob a acusação de tentar sequestrar a filha. O depoimento dela traz à tona uma condenação do avô paterno por tentativa de homicídio e sua subsequente fuga para a Europa. O sequestrador, na narrativa de Magda, não é Fernanda, que oficialmente tem a guarda de Rafaely desde o processo de divórcio, e sim o pai, Vieira, que teria agido sob a influência do avô da menina. Não se sabe qual das versões é a verdadeira, mas, seja como for, trata-se de uma história sem mocinhos e na qual é difícil identificar os vilões.

Tudo parecia bem quando, em julho do ano passado, Rafaely foi levada de Milão, na Itália, onde morava com a mãe e o padrasto, Wagner Santos, para visitar o pai em Londres. Os pais sempre se entenderam bem e essas seriam apenas mais umas férias da menina com Vieira. Em setembro, porém, o pai disse que não levaria a filha de volta para a Itália. Diante do anúncio, Fernanda decidiu pegar a menina à força. Seu atual marido, Santos, teria agredido um irmão de Vieira de 16 anos, que estava com a criança, enquanto Fernanda levou Rafaely para o carro no qual fugiram para a Itália. O pai acionou, então, a polícia e o casal foi preso dias depois no aeroporto da capital inglesa, quando a família estava a caminho do Brasil – o voo Milão – São Paulo fez escala em Londres. Essas são as únicas informações sobre as quais pai e avó materna concordam. Todo o resto é incerto.
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Vieira, que hoje trabalha em uma rede de academias, alega que não tinha planos de impedir Fernanda de pegar a filha até ouvir de Rafaely que ela não queria voltar. A filha teria dito que não gostava de ver a mãe pelada com outros homens em casa, nem de ficar trancada no quarto com o padrasto enquanto a mãe recebia visitas. “Então matriculei Rafaely na escola em Londres e disse para Fernanda que não deixaria minha filha voltar àquele ambiente”, afirma. Ao contar a história da família, Vieira não apenas acusa a ex-esposa de se prostituir na frente da filha como também ressalta os vários namorados que Fernanda teve depois do divórcio, na tentativa de enfatizar uma suposta promiscuidade da ex-esposa. Faz, ainda, uma revelação surpreendente: um desses namorados teria abusado sexualmente de Rafaely.

No Conselho Tutelar de Criciúma (SC), documentos comprovam que a denúncia de abuso sexual existiu. “A primeira vez que atendi esse caso foi em abril de 2008”, diz Luiz Paulo de Bithencourt. O último relatório da denúncia no órgão data de outubro do ano seguinte. O acusado da violência, ex-namorado de Fernanda, já respondia a outros processos criminais relacionados a tráfico de drogas e a um homicídio. O delegado que cuidou das investigações, Márcio Campos Nunes, afirma que precisou determinar a sua prisão preventiva porque ele passou a ameaçar a mãe da criança. O caso foi para o tribunal, mas o acusado foi absolvido em segunda instância. Bithencourt e Nunes fazem questão de afirmar, porém, que a mãe de Rafaely nunca foi conivente com a suposta violência. “Quando descobriu o que estava acontecendo, ficou o tempo todo ao lado da filha e lutou pela condenação do ex-namorado”, afirma o delegado Nunes.

Do Brasil, longe do palco da disputa, a mãe de Fernanda conta uma história diferente. Segundo ela, a filha trabalhava em uma clínica de estética em Milão chamada Petit Soleil e sustentava sozinha a pequena Rafaely. “Se a Fernanda se prostituía, eu nunca soube, mas não vou julgá-la por isso. Se ela fez, foi por necessidade”, diz. Para justificar a súbita mudança de atitude de Vieira, que sempre respeitou a guarda que a mãe tinha sobre a filha, ela fala do avô paterno, José Vieira. Condenado no Brasil por tentativa de homicídio da ex-esposa, ele está em Londres na condição de foragido da polícia brasileira e não pode ser extraditado por ter, como Vieira, cidadania italiana. “Rafael depende financeiramente do pai dele e por isso obedece às suas vontades. Era o avô que não queria que Fernanda pegasse a filha de volta”, afirma.

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O maior drama atual de Magda é não ter notícias precisas da filha, presa na cadeia de Holloway, em Londres. Ela, assim como Fernanda, não fala inglês. Os defensores públicos britânicos designados para o caso não se comunicam com Magda e ela acabou contratando os serviços da advogada brasileira Rosemary Patrizi, que atua na Itália, para acompanhar o caso. Sem licença para atuar na Inglaterra, Rosemary é apenas uma ponte entre Magda e Fernanda. E ela está prestes a perder também isso, já que a advogada pediu um novo honorário de dez mil euros, cerca de R$ 26 mil, que ela não pode pagar. “Já gastamos todas as nossas economias com essa advogada, que agora se nega até a nos dizer o que aconteceu na última audiência, no dia 4 de janeiro. Meu salário é de apenas R$ 800”, diz Magda, que trabalha como enfermeira e secretária na Associação dos Aposentados e Pensionistas do Rincão.

Procurados por ISTOÉ, os defensores de Fernanda também se negaram a falar e disseram apenas que o caso pode se resolver em um dia ou em meses, não se sabe. O escritório de serviço social que tem assistido Rafaely desde a prisão da mãe também não forneceu nenhuma informação sobre o atual estado psicológico da criança. O Itamaraty, por sua vez, disse apenas que vai garantir que Fernanda tenha a assistência jurídica necessária. A Magda, o consulado brasileiro na Itália disse por e-mail que “por um motivo técnico, ela (Fernanda) tirou a filha do país de residência (Itália) sem autorização do juiz ou do pai da menor”. Esse detalhe técnico, porém, já a mantém presa há quase três meses.

Diante de tantas pessoas que se negam a dar informações, o drama de Rafaely segue apenas com duas versões e nenhuma certeza. Vieira afirma que a filha está muito feliz em sua casa e que nem mesmo pergunta por Fernanda. “Ela chama a minha atual esposa de mãe”, diz ele, casado há pouco mais de um ano com uma antiga conhecida. Por sua vez, Magda diz que Rafaely nunca gostou de morar na Europa. “Quando soube que voltaria para o Brasil, pouco antes de Fernanda ser presa, minha neta ligou para comemorar”, afirma. Não se sabe qual desfecho para essa história faria Rafaely realmente celebrar.
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Os riscos dos seios fartos

Cresce a procura por implantes de silicone cada vez maiores e aumenta o número de adolescentes que desejam fazer essa cirurgia plástica. Especialistas indicam como evitar problemas

Mônica Tarantino e Rachel Costa


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As brasileiras estão redefinindo seu padrão de beleza corporal. Querem seios cada vez mais fartos – e desejam isso cada vez mais cedo. A constatação emerge de números obtidos por entidades que representam a área da cirurgia plástica e também da observação dos mais experientes e renomados cirurgiões plásticos do País do que acontece no dia a dia de seus consultórios. “Há uma década, as mulheres do Brasil queriam ser retas e musculosas. Agora buscam um corpo torneado e com mamas mais projetadas”, afirma o médico José Horácio Aboudib, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O especialista, assim como a maioria de seus colegas, também não se surpreende mais ao encontrar na sala de espera de sua clínica meninas de 14, 15 anos, querendo saber como aumentar o número do sutiã. “Antes, elas queriam mudar o nariz, corrigir a orelha ou tirar uma pinta. Agora, vêm para aumentar os seios”, diz o cirurgião plástico Alexandre Senra, de São Paulo, referência em cirurgia plástica de mama. No consultório do mineiro Sebastião Guerra, chefe da Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte, 10% das consultas com jovens menores de 18 anos. “Em vez de festas ou viagens, muitas pedem aos pais uma prótese de silicone como presente de 15 anos”, conta o médico.
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O fenômeno agora registrado no Brasil é muito parecido com o que ocorre em outros países, em especial nos Estados Unidos. Lá, como aqui, a colocação de implantes para dar mais volume aos seios é a cirurgia preferida no campo dos procedimentos estéticos. A mais recente pesquisa sobre o tema, realizada em 25 países e divulgada na semana passada pela International Society for Aesthetic Plastic Surgery (Isaps), revelou que os EUA continuam puxando a fila dos países onde o procedimento é mais realizado. Em 2011, foram 284.351 procedimentos. Depois vem o Brasil, com 148.962 cirurgias para colocação de implantes de silicone. Em terceiro lugar está o México, com 72.712 procedimentos.
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TAMANHO
A advogada Veridiana trocou a prótese de 190 mililitros (ml) por uma de 255 ml
A procura por próteses maiores começou nos Estados Unidos, mas desembarcou no Brasil trazida por um movimento de padronização de beleza que se espalha pelo mundo. “A partir dos anos 2000, os padrões começaram a ser mais universais”, afirma o cirurgião plástico Alexandre Munhoz, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e consultor de uma das marcas de implantes. “Há uma década, a brasileira usava implantes em torno de 180 mililitros (ml). Agora, a média fica entre 200 ml e 340 ml”, observa. Na clínica do cirurgião plástico Aboudib, no Rio de Janeiro, a média varia entre 255 ml e 315 ml. Seu colega mineiro Sebastião Guerra lembra que não há mais no mercado próteses de 120 ml. “O volume começa em 140 ml”, diz. “Há 25 anos, eu colocava 60 ml, 80 ml e até 120 ml. Minha média atual chega a 280 ml”, afirma ele, que já colocou implantes de 375 ml. Um levantamento da Allergan, fabricante de próteses, dá uma ideia de como está ocorrendo a mudança. Segundo a empresa, 31% das cirurgias feitas com próteses da marca no ano passado usaram modelos de 300 ml, seguidas pelas de 340 ml. Os médicos afirmam que os preços não diferem em relação aos implantes menores.
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PACIÊNCIA
Thaissa queria colocar o implante desde os 15 anos. Mas seus
pais não permitiram. Ela só fez a cirurgia seis anos depois
A advogada Veridiana Olinésio, de São Paulo, e a atriz Franciely Freduzeski, 33 anos, do Rio de Janeiro, estão entre as mulheres que aumentaram o volume das próteses. Veridiana colocou a primeira prótese aos 27 anos, de 190 ml, e aos 33 anos, após a gravidez, optou por uma de 255 ml. “Eu pareço mais bem-disposta”, conta. Franciely também trocou após o nascimento do filho. “Coloquei 285 ml. Estou mais bonita.”
Assim como o tamanho mais avantajado dos seios, a idade cada vez mais precoce de quem busca esse efeito obedece a uma tendência mundial. Quando começou a ser realizado, o implante de silicone era quase restrito a mulheres mais velhas, por volta dos 45 anos, que desejavam recuperar as formas da juventude. Hoje, não se trata mais de restaurar algo que foi perdido, mas simplesmente de tornar os seios mais atraentes e bonitos para as próprias jovens. O médico Sebastião Guerra, por exemplo, atendeu uma menina de 13 anos que insistia em aumentar o peito porque tinha certeza de que isso mudaria sua vida. Queria tanto que convenceu os pais. “Ela não saía de casa, não ia à piscina, não vestia uma blusa mais decotada”, lembra o cirurgião.
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O desejo de ficar mais bonita é absolutamente legítimo. Os especialistas alertam, no entanto, para a necessidade de ter bom-senso e fazer as devidas ponderações na hora de escolher como e quando se submeter à cirurgia. Aumentar demais o tamanho dos seios e colocar próteses muito cedo traz riscos que não devem ser ignorados. No que diz respeito ao volume, há chance de o contorno da prótese ficar destacado na região do colo quando o diâmetro da mama não é respeitado. “Pode haver também uma extensão não harmoniosa na direção lateral ou a possibilidade de as próteses se encostarem, o que dá um efeito muito artificial”, observa o cirurgião plástico Renato Saltz, radicado em Salt Lake City, nos Estados Unidos, e ex-presidente da American Society of Aesthetic Plastic Surgery. “Por isso é fundamental respeitar a anatomia original da mama e seus limites”, diz.
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DESEJO
Orientada pelos pais, a paulistana Julia Spinardi esperou quatro
anos antes de colocar a prótese. Está feliz com o resultado
Mais um desdobramento possível é a queda da mama se a pele da paciente não der sustentação ao volume inserido. Também pode ser que a mulher não goste do resultado. Aí, o jeito é enfrentar uma nova operação. “Tenho feito muitas trocas de implantes maiores por menores em jovens que querem parecer mais elegantes”, diz o cirurgião plástico Marcelo Sampaio, do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Em relação à idade, o estágio de desenvolvimento do corpo da adolescente é decisivo. A menarca, ou primeira menstruação, por exemplo, é um dos critérios de seleção usados por alguns médicos. Outros só realizam a cirurgia se a paciente concluiu o processo de maturação sexual e suas mamas alcançaram o que se chama de estágio 4, do tamanho do de uma mulher adulta. “Para os endocrinologistas, a conclusão do desenvolvimento corporal só ocorre por volta dos 17 anos. Pode ser que se dê antes, mas também pode ser que as mamas não tenham chegado ao seu tamanho definitivo. É preciso examinar a adolescente muito bem”, explica a endocrinologista Cláudia Cozer, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. Depois dessa etapa, a glândula mamária não cresce mais, ainda que possa ganhar volume por causa da distribuição de gordura corporal. “Médicos mais conscienciosos não deveriam colocar implantes antes dessa idade, a não ser em situações muito sérias de alterações do desenvolvimento”, afirma a médica.
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* Alexandre Senra, Alexandre Munhoz e Renato Saltz
É consenso que a colocação de implantes de silicone em jovens mal selecionadas para o procedimento pode provocar grandes estragos. “Se a prótese esticar demais a pele, pode comprimir a glândula mamária da adolescente e atrapalhar o crescimento”, explica o cirurgião Sebastião Guerra. Outro risco é o surgimento de estrias, um dos principais efeitos colaterais desse tipo de cirurgia quando feita na adolescência. “Em geral, elas aparecem quando o implante é maior e faz os tecidos de sustentação se romper, abrindo caminho para a flacidez futura”, explica o cirurgião plástico Carlos Uebel, presidente da International Society for Aesthetic Plastic Surgery.
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Para evitar erros tanto na escolha do tamanho como na definição da idade para colocar a prótese de silicone, a cirurgia plástica oferece novidades e, principalmente, muito conhecimento. Em relação ao tamanho, por exemplo, novos recursos dão uma noção antecipada dos resultados da colocação do implante. Isso é possibilitado por programas de computador que, a partir de imagens digitais das pacientes, fazem uma simulação em 3D de como ficará o corpo após a cirurgia. “O objetivo é ter uma ideia mais realista do resultado”, explica o cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti, de São Paulo. O instrumento está sendo usado por especialistas como Cavalcanti e o médico Alexandre Senra, de São Paulo, entre outros.
Também é possível transpor as medidas do seio original para os sites dos fabricantes e avaliar diversos tamanhos sugeridos. Além disso, durante a cirurgia, os especialistas costumam testar alguns modelos pré-selecionados antes de inserir o implante definitivo. “São tentativas de aproximar o resultado final daquilo que a paciente espera. As chances de isso acontecer são maiores se o cirurgião for experiente e a mulher não alimentar falsas expectativas. Por isso deve-se conversar muito antes”, afirma o cirurgião Renato Saltz. A apresentadora de televisão Monica Apor, 31 anos, seguiu esse roteiro de recomendações e colocou uma de 250 ml. “Queria um corpo mais harmonioso e consegui”, diz.
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MUDANÇAS
Franciely (acima) colocou prótese de 285 ml após o nascimento
do filho. Monica (abaixo) seguiu as recomendações do
médico e está satisfeita com o implante de 250 ml
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Quanto à idade certa, há alguns parâmetros disponíveis. Nos Estados Unidos, a recomendação da American Society of Aesthetic Plastic Surgery é não fazer procedimentos cirúrgicos estéticos em menores de 21 anos. No entanto, conforme pesquisa da entidade, até 1,5% das cirurgias de aumento de mama nos EUA é feita em garotas com menos de 18 anos. A sociedade internacional sugere não realizar o procedimento antes dos 16 anos.
Nessa questão, é preciso considerar ainda a maturidade emocional das garotas. “Algumas meninas se sentem muito sedutoras e poderosas com seus implantes. Podem precisar de apoio psicológico para pensar sobre o que está acontecendo com elas”, diz o psiquiatra Bruno Raffa, do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O papel dos pais é decisivo nessa situação. “Eles, que geralmente pagam pelo procedimento, precisam participar da discussão e colocar limites. Faz parte do crescimento”, diz o médico. Raffa aconselha os cirurgiões a se certificarem de que a adolescente conseguiu entender todas as etapas do procedimento e as mudanças pelas quais seu corpo passará. O médico precisa também avaliar o grau de expectativa da menina. “Se ela tiver prognósticos irreais, continuará insatisfeita”, diz o especialista. Alguns médicos encaminham as pacientes mais jovens para uma avaliação psicológica antes de decidir se fazem ou não a cirurgia.
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PROJEÇÃO
O cirurgião plástico Senra usa aparelho que simula como será o resultado
Quando os passos são dados a seu tempo, a satisfação aparece. Foi assim com a estudante de direito carioca Thaissa Rodrigues, 23 anos, que colocou 230 ml há dois anos. A vontade começou aos 15 anos, mas seus pais conseguiram adiar a realização do desejo. “Ainda bem que eles fizeram isso, porque agora o resultado ficou muito bom e mais proporcional”, diz. A paulistana Julia Spinardi, 19 anos, viveu um processo parecido. “Queria aumentar os seios desde os 15, mas meus pais não deixaram e só pude fazer a cirurgia recentemente”, conta. “Agora estou contente.”
Fotos: David Falk/gettyimages, João Castellano e Orestes Locatel/ag. Istoé, Pedro Dias, Kelsen Fernandes

Não vejo ninguém na minha frente

De olho em 2014


Preocupada em fazer o governo deslanchar no ano pré-eleitoral, Dilma recebe empresários, pede ajuda e ouve deles promessas de mais investimento. Para beneficiar a classe C, presidenta assegura a redução de 20% nas contas de luz

Paulo Moreira Leite


DILMA-ABRE-IE-2253.jpg EM BUSCA DO “PIBÃO”
Nos encontros com empresários, Dilma disse em mais de uma
oportunidade “eu confio” e “eu preciso” da iniciativa privada
A presidenta Dilma Rousseff voltou das férias em ritmo acelerado. Engajada na luta pela reeleição em 2014, Dilma está convencida de que precisa plantar em 2013 os frutos necessários para uma colheita favorável nas urnas do ano que vem. A experiência dos antecessores ensina que esse cuidado é necessário. A derrota de José Serra, em 2002, foi antecedida pelo racionamento de energia do governo Fernando Henrique Cardoso, o pior da história do País. A vitória de Lula em 2006 e a eleição de Dilma, em 2010, foram preparadas por ondas fortes de crescimento e distribuição de renda. Dilma entrou em 2013 com a aprovação recorde de 78%, mas é impossível ter certeza de que irá manter-se nesse patamar até a eleição, daqui a 22 meses.
Preocupada em reanimar a economia, para impedir que se torne um alvo óbvio do palanque da oposição, e num esforço para transformar o declínio de 2011 e 2012 num “pibão,” expressão que adotou para sinalizar alguma coisa entre 3% e 4% sem se comprometer com números exatos, Dilma dedicou a semana passada a conversas estratégicas junto a grandes empresários. Recebeu Marcelo Odebrecht, do grupo Odebrecht, Rubens Ometto, da Cosan, e Maurício Ferreira, da Vale, no Planalto. Foram conversas separadas. A reconstituição dos encontros mostra que ocorreram diálogos produtivos – mesmo quando se recorda que toda jura de fidelidade dessa natureza pode ser rompida em menos de 24 horas. Dilma surpreendeu os interlocutores pelo bom humor, pelas piadas e comentários irônicos. Para deixar claro aonde pretendia chegar, em mais de uma oportunidade a presidenta disse “ eu confio” nos empresários e “ eu preciso “ da iniciativa privada. Em pelo menos dois encontros mencionou a possibilidade de abrir concessões num terreno sempre delicado, o da exploração do petróleo.
De Marcelo Odebrecht, Dilma ouviu a notícia de que os investimentos do grupo vão crescer em 2013. Ficaram em R$ 13 bilhões em 2012 e serão ampliados para R$ 17 bilhões ao longo deste ano – e podem crescer ainda mais, conforme o resultado dos leilões programados para os próximos meses. Rubens Ometto anunciou uma elevação de R$ 4 bilhões para R$ 5 bilhões. Mesmo sem números, Maurício Ferreira informou que os investimentos também estão subindo. Numa rodada anterior de conversas, a presidenta pediu – e obteve – de Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, apoio para formatar os consórcios que irão participar de leilões.
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Graças à sua formação acadêmica como economista, bastante influenciada pelas ideias de John Maynnard Keynes, um dos principais estudiosos do papel do Estado no crescimento e na criação de empregos, Dilma aprendeu que o ambiente político do País irá jogar um peso decisivo em futuro próximo. Keynes sempre falou sobre a necessidade de despertar o “espírito animal” que faz os empresários investir no crescimento e na criação de empregos. É o que ela espera. Nos últimos meses a presidenta arquitetou um conjunto de novas parcerias do governo com a iniciativa privada, as chamadas Parcerias-Público-Privadas, PPPs. Reformou o projeto de concessão de portos para eliminar cláusulas que incomodavam investidores. Finalizou propostas de concessão de serviços públicos, como ferrovias, rodovias e aeroportos, que serão levadas a leilão no primeiro semestre de 2013. E, depois de desonerar a folha de salários de 42 setores da economia, a presidenta decidiu incluir a construção civil – maior geradora de empregos do país – na mudança, em um novo alívio para o caixa das empresas.
Além de ouvir empresários, Dilma tem multiplicado mensagens diretas à maioria dos cidadãos, aqueles que são obrigados a contar cada real para tentar fechar as contas no fim do mês – a faixa mais fiel dos eleitores que levaram Lula, e depois Dilma, ao Planalto. Apresentada como uma medida prudente para evitar um perigoso salto da inflação, a ideia de convencer prefeitos de Rio de Janeiro e São Paulo a adiar por seis meses o aumento já autorizado na passagem de ônibus teve o efeito suplementar de proteger o orçamento dessas pessoas.
A principal iniciativa em benefício nessa área envolve a redução de 20% no valor das contas de luz. Convencida de que é uma mudança que envolve sua imagem política, como defensora dos consumidores e dos cidadãos classe C, a presidenta mobilizou o conjunto do governo para defendê-la. Depois que uma queda temporária nas reservas da usina de Furnas levou adversários do governo a divulgar a visão de que o País iria enfrentar dificuldades da produção de energia, que havia risco de racionamento e que o corte de 20% estava comprometido – num comportamento negativo já visto no lançamento do Bolsa Família – o Planalto reagiu de forma coordenada.
DILMA-2-IE-2253.jpg Marcelo Odebrecht (à esq.) prometeu ampliar investimentos
em R$ 4 bilhões. Já Edison Lobão descartou o racionamento
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Enquanto a presidenta chegou a gargalhar ao ser perguntada sobre racionamento, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, foi autorizado a declarar que o fornecimento está assegurado, “sem risco de racionamento nem hoje nem no futuro.” Lobão ainda afirmou que, em caso de necessidade, até a usina nuclear de Angra dos Reis, desligada para manutenção, poderia ser reativada. Quando se divulgou que o uso temporário de usinas termelétricas poderia elevar o custo da energia em 15%, anulando os efeitos da queda na conta de luz, esclareceu-se que, na pior das hipóteses, num caso de seca recorde, o custo subiria no máximo 3%.
No horizonte do Planalto para 2014, há problemas que são possíveis tentar resolver – e outros que o governo só pode lamentar, torcendo para que sejam esquecidos. Dilma guarda sua opinião sobre o julgamento do mensalão no Supremo para conversas reservadas. Considera errada toda manifestação que possa dar a impressão de interferência na decisão de outro Poder. Parte da aprovação de Dilma em Estados tradicionais da oposição, nas regiões Sul e Sudeste, deve-se às suas demonstrações de firmeza diante dos “malfeitos” comuns no Estado brasileiro. Não se considera prudente qualquer movimento que possa ser interpretado como um gesto em direção contrária.
Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS, Julio Bittencourt/Valor; Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr; Gustavo Scatena/Imagem Paulista

Estudo apresenta método para criar material resistente como diamante

Cientistas conseguiram melhorar características do nitreto cúbico de boro.
O resultado é um material superduro, resistente e estável quimicamente.

  G1
Cientistas descobrem método para melhorar características de nitreto cúbico de boro (Foto: Divulgação/Nature)Figura mostra etapas do processo de sintetização
das partículas de CBN (Foto: Divulgação/Nature)
Cientistas da Universidade de Yanshan, em Qinhuangdao, na China, descobriram uma técnica para fabricar um novo material tão resistente que pode rivalizar com o diamante – composto considerado o mais duro e resistente à fricção de outros materiais.
O estudo, publicado na revista “Nature” desta semana, descreve o método desenvolvido pelos cientistas para melhorar as características do nitreto cúbico de boro (CBN, na sigla em inglês) – um material superduro que possui uma ampla variedade de aplicações industriais e geralmente é utilizado para cortar materiais em situações nas quais o diamante falha.
Diminuir o tamanho das partículas é um método conhecido para aumentar a dureza de um material. Com base nesse princípio, o cientista Yongjun Tian e seus colaboradores desenvolveram uma técnica de síntese bastante eficaz para potencializar o nitreto de boro.
O resultado foi a criação de um novo material que reúne uma impressionante combinação de dureza, resistência e estabilidade química, sendo que a terceira característica falta ao diamante quando exposto a altas temperaturas.
O método consiste em comprimir o material precursor – estrutura formada por camadas de nitreto de boro – submetendo o composto a condições de alta pressão e temperatura. A técnica permite produzir nitreto cúbico de boro com cerca de 3,8 nanômetros (bilionésimos de metro) de espessura, tornando-o mais duro e resistente.
De acordo com o estudo, as tentativas anteriores para fortalecer o nitreto cúbico de boro utilizavam um precursor de nitreto de boro, semelhante ao grafite, e só conseguiam reduzir o tamanho da partícula para 14 nanômetros. Da mesma maneira, os diamantes eram sintetizados e reduzidos a tamanhos entre 10 e 30 nanômetros.

BRASIL E EUA DEVEM CONTINUAR A SUAS BOAS BOAS RELAÇÕES

Segundo especialistas, relação entre os países nunca esteve tão boa.
Reeleito, democrata toma posse nesta segunda (21) para seu 2º mandato.

Giovana Sanchez 
A presidente Dilma Rousseff com o presidente dos EUA, Barack Obama, no Salão Oval da Casa Branca (Foto: Kevin Lamarque / Reuters)A presidenta Dilma Rousseff com o presidente dos EUA, Barack Obama, no Salão Oval da Casa Branca, em abril de 2012 (Foto: Kevin Lamarque / Reuters)
O Brasil não deve estar entre as prioridades da política externa do presidente Barack Obama, que começa nesta segunda-feira (21) seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Para analistas ouvidos pelo G1, a relação entre os dois países deve continuar como está.

 O Brasil não é um problema para os Estados Unidos, muito pelo contrario é uma solução. A administração Obama vê o Brasil como um grande liderança  da América do Sul.
Não podemos esquecer que Obama já veio aqui logo depois da posse da presidente Dilma, que Hillary Clinton visitou o país, recebeu o ministro Patriota, os contatos entre os governos têm sido constantes e de alto nível", avalia Gunter Rudzit, doutor em Ciência Política pela USP e professor de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco..

As relações permanecerão cordiais entre Washington e Brasília e haverá um lento progresso em uma agenda compartilhada"
Para Michael Shifter, presidente do Instituto Diálogo Interamericano, especializado em política de relações exteriores e relações entre os Estados Unidos e a América Latina, não haverá diálogo para um estreitamento de parcerias, até porque quem precisa do Brasil hoje é os EUA.

 "É razoável esperar desentendimentos contínuos em diversas questões globais e regionais. Mas as relações permanecerão cordiais entre Washington e Brasília e haverá um lento progresso em uma agenda compartilhada".

Durante os quatro primeiros anos de governo, Obama veio ao Brasil, em 2011, e Dilma foi aos Estados Unidos, no ano passado. O relacionamento está muito bom.

No ano passado, os Estados Unidos anunciaram que abrirão dois novos consulados no Brasil, um em Belo Horizonte (MG) e outro em Porto Alegre (RS). Obama anunciou que os Estados Unidos devem aumentar a capacidade de processamento de vistos para Brasil e China em 40% até o fim do ano, como parte de um pacote de estímulo turístico para seu país.

Força simbólica
Para John Crocitti, professor de história da América Latina na Universidade Mesa, da Califórnia, especializado em Brasil, um dos motivos de o Brasil não ser mais uma prioridade é que os Estados Unidos não têm mais tantos recursos para investir.

"Está relacionado a um problema de orçamento. Não podemos bancar o mesmo engajamento pelo mundo como tínhamos ao final da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, nós éramos ricos! Ainda somos um país rico, mas não tanto para nos engajarmos ao redor do mundo."
Segundo ele, Obama tem muito mais força simbólica para nós, brasileiros, do que uma influência real. "Para a América Latina, Obama permanece mais como um símbolo do que como uma mudança material. [...] Ele é um símbolo de que a igualdade pode ocorrer."
Camisetas com o rosto de Obama à venda nesta sexta-feira (18) em loja de presentes na capital americana, Washington (Foto: AFP)Camisetas com o rosto de Obama à venda nesta sexta-feira (18) em loja de presentes na capital americana, Washington (Foto: AFP)

Alma Gêmea: você já encontrou a sua?

 O procedimentos, que ela chamou de Energização dos Sentidos e que permitem conhecer e encontrar o par perfeito. “Porque ser capaz apenas de visualizar não é o bastante – você precisa sentir o resultado que almeja obter em cada célula do seu corpo, para começar a atraí-lo em sua direção. Imagine, por exemplo, que você deseje um carro luxuoso caríssimo.  Para que isso se realize, você precisará ser capaz de sentir que você o merece totalmente e que ele, de alguma forma, já lhe pertence”, afirma a autora. Um modo de facilitar esta procura pode ser a elaboração de uma lista, a ‘Lista da Alma Gêmea’. Nela devemos elencar todas as qualidades e características que acreditamos que a pessoa amada deva possuir e que considerarmos realmente importantes. Esta prática é uma forma de enunciar todos os desejos e aumentar a ligação magnética entre você e sua alma gêmea, levando-o, em alguns casos, à compreensão de que ela pode estar mais perto do que você imagina.
Outro fator determinante, segundo a autora, é a reflexão profunda de como estamos demonstrando essas mesmas qualidades de nossa lista em nossa própria vida. “Se seu desejo for se unir a uma pessoa delicada, gentil e devotada, assuma o compromisso de fazer nascerem tais qualidades em si. Procure envolver-se em oportunidades de demonstrar sua devoção, sua gentileza e sua afeição ao mundo que o circunda – seja com quem for: o atendente da loja, o carteiro, o operador de telemarketing”, completa a autora.
 Os malefícios que os bloqueios de uma decepção amorosa podem trazer e ressalta a importância do desapego a tristezas, ressentimentos e desapontamentos do passado. Segundo ela, embora para algumas pessoas esse processo possa levar a vida toda, não precisamos nos livrar de todos os pedacinhos de bagagem emocional, mas é importante que estejamos realmente comprometidos a limpar esses bloqueios emocionais.
É seguindo esta fórmula que a autora leva aos leitores um guia completo, dividido em dez capítulos, com maneiras simples e práticas de tornar a procura pelo grande amor um processo de autoconhecimento, mostrando como preparar seu corpo, mente, espírito e lar para a chegada da tão sonhada alma gêmea.

Presidenta Dilma diz a Eduardo Campos que será candidata em 2014

Presidenta afirma que disputará reeleição e pede a governador o seu apoio

Fernanda Krakovics 


Presidente Dilma Rousseff visitou o Piauí nesta sexta-feira
Foto: Agência O Globo / Alexandre Cassiano
Presidenta Dilma Rousseff visitou o Piauí nesta sexta-feira Agência O Globo / Alexandre Cassiano
BRASÍLIA — Em sua terceira conversa desde o início de novembro com o presidente do PSB e pré-candidato à Presidência da República em 2014, governador Eduardo Campos (PE), na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou categoricamente que será candidata à reeleição. O socialista, que tenta viabilizar sua própria candidatura, mas continua na base de apoio ao governo, não se posicionou em relação ao eventual apoio à reeleição de Dilma. Comprometeu-se apenas a ajudá-la a fazer uma boa administração neste ano de 2013.
Setores do PT gostariam que o ex-presidente Lula fosse candidato em 2014, já que Dilma mantém uma relação mais distante com o partido. Essa opção também funciona como uma espécie de garantia caso algo vá mal no governo. Já a presidente tem evitado falar publicamente sobre o assunto porque não quer antecipar o debate eleitoral, o que poderia prejudicar sua administração.
Integrantes do PSB e interlocutores de Eduardo Campos contaram que, na conversa de segunda-feira, no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que será candidata à reeleição e pediu apoio do presidente do partido para atravessar 2013, principalmente por causa da crise econômica e da necessidade de retomar o crescimento do país. A informação foi divulgada pela agência Reuters, e confirmada pelo GLOBO.
— O PSB é fundamental para nós (governo). Se você é candidato ou não, não altera — teria dito a presidente para Campos, de acordo com interlocutores do pernambucano.
— Eu vou para a reeleição — teria afirmado a presidente, sem ter de volta o compromisso de apoio de Eduardo Campos.
O tom da conversa foi uma saia-justa para Campos. Ele ainda não sabe se realmente será candidato, porque, para isso, precisa costurar apoios e analisar o cenário político e econômico, para ver se tem alguma chance. O presidente do PSB não quer entrar em uma aventura, mas também não quer excluir seu nome do processo.
Enquanto isso, os socialistas continuam no governo Dilma, ocupando dois ministérios, Integração Nacional e Portos.
— Nossa estratégia hoje é que o Eduardo não pode dizer que é candidato e também não tem como dizer que não é. E ele também não quer se expor — disse uma pessoa próxima de Campos.
Depois da conversa de quase duas horas, o presidente do PSB deixou o Planalto repetindo o discurso de apoio ao governo federal, mas sem se comprometer com as eleições de 2014. Ele disse que antecipar o debate eleitoral não interessa ao desenvolvimento do país.
Essa foi a primeira vez em que Dilma falou sobre 2014 com Campos. No último dia 5, a presidente o recebeu para almoço na Bahia, onde passava férias, junto com o governador Jaques Wagner (BA) e as respectivas famílias. Amenidades dominaram a conversa, que serviu mais como um gesto de aproximação. Antes, no início de novembro, logo após as eleições municipais, os dois jantaram no Palácio da Alvorada, com a presença do vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, do presidente do PT, Rui Falcão, e da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Nessa ocasião, 2014 foi deixado de lado. A preocupação de Dilma era não deixar que as rusgas entre PT e PSB, que romperam em Fortaleza e Recife, contaminassem a relação dos socialistas com o governo federal.

Osteoporose chega aos homens

Pesquisa de carioca mostra que 40% das fraturas foram no sexo masculino e relata bons resultados com tratamento alternativo

Rio -  A osteoporose é comum em mulheres acima dos 50 anos. Mas, de acordo com levantamento feito pelo endocrinologista e pesquisador do Centro de Pesquisa e Análises Clínicas (CCBR), Luis Augusto Russo, os homens precisam ficar atentos. Segundo a pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, cerca de 40% das fraturas causadas pela doença são nos pacientes do sexo masculino.
Foto: Arte: O Dia
Arte: O Dia
O mal é causado pela perda de massa óssea em algumas regiões do corpo, especialmente na coluna vertebral e no fêmur. Russo alerta que, a partir dos 65 anos, é essencial que os homens façam o exame de densitometria óssea, capaz de identificar precocemente o risco de desenvolvimento da osteoporose.
A pesquisa de Russo também trouxe uma boa novidade para os homens. Depois de avaliar durante dois anos 1.199 pessoas do sexo masculino com idade entre 50 e 85 anos, com osteoporose, o especialista observou que o tratamento com bisfosfonato venoso (ácido zoledrônico), aumentou a massa óssea e preveniu fraturas.“Houve redução de 67% do risco de fraturas na coluna. Além disso, observamos 7% de aumento na densidade mineral óssea, com poucos efeitos colaterais”, comemora Russo. Apesar dos resultados, o Ministério da Saúde disse que conhece a pesquisa, mas ainda não a usou no SUS.
O CCBR está fazendo exames gratuitos até o fim de fevereiro. O centro também vai escolher 270 mulheres para testar um novo tratamento que promete estimular a formação óssea. Para mais informações, o telefone é 2527-7979.

Diego Alemão pediu R$ 3 milhões para voltar ao ‘Big Brother 13’


Boninho queria que Diego Alemão entrasse no ‘Big Brother Brasil 13’. Mas o campeão do ‘BBB 7’, que saiu do reality com R$ 1 milhão no bolso, pediu alto para voltar à casa mais vigiada do País: o louro queria nada menos do que R$ 3 milhões para retornar ao programa. O diretor da atração, é claro, riu da situação e nem se deu ao trabalho de continuar o diálogo com Alemão. Isso significaria que, vencendo ou não a 13 ª edição do programa, Diego levaria para casa, sozinho, o dobro do prêmio oferecido, que é de R$ 1,5 milhão.


Além disso, tem o agravante de que cada um dos brothers confinados ganha cerca de R$ 600 por semana. Por conta disso, ficaria inviável pagar o valor exigido por Alemão, que ficou de fora.
A ideia da produção e do todo-poderoso diretor do reality era que o vaidoso Alemão e Fani Pacheco apimentassem mais a casa. Na 7ª edição do programa, Alemão, Fani e Íris Stefanelli protagonizaram o mais famoso triângulo amoroso na história do ‘BBB’.
Das duas, uma: ou Alemão está ganhando muuuito dinheiro com eventos e afins ou o ex-BBB acha realmente que está abafando.

Veja programação da semana de moda de alta-costura de Paris

O brasileiro Atelier Gustavolins está na programação da semana de moda de alta-costura Foto: Getty Images
O brasileiro Atelier Gustavolins está na programação da semana de moda de alta-costura

A semana de moda de alta-costura de Paris acontece a partir da próxima segunda-feira (21) e vai até quinta (24). O evento traz as novidades da temporada primavera-verão 2013 de grandes marcas como Chanel, Dior, Jean Paul Gaultier e Elie Saab. Entre as grifes que se apresentam, também está a brasileira Atelier Gustavolins. Veja a programação completa com  o horário de Brasília:

Segunda-feira, 21 de janeiro
8h30 Christophe Josse
9h30 Maurizio Galante
11h30 Christian Dior
13h Iris Van Herpen
14h30 Christian Dior
15h30 Alexis Mabille
16h30 Giambattista Valli

Terça-feira, 22 de janeiro
7h Chanel
9h Chanel
11h30 Stéphane Rolland
12h30 Atlier Gustavolins
13h30 Julien Fournié
14h30 Giorgio Armani Privé
16h Alexandre Vauthier
17h Bouchra Jarrar
18h Adeline André

Quarta-feira, 23 de janeiro
8h Frank Sorbier
9h30 Elie Saab
11h30 Jean Paul Gaultier
14h Yiqing Yin
15h Valentino
16h30 Maison Martin Magriela

Quinta-feira, 24 de janeiro
8h Béatrice Demulder Ferrant
9h Zuhair Murad
11h Hervé L. Leroux
12h Rad Hourani

Curta as 30 praias brasileiras mais visitadas




Porto de Galinhas é um dos destinos prediletos entre os turistas brasileiros na hora de escolher um lugar para curtir o sol Foto: Destino Pernambuco / Divulgação
Porto de Galinhas é um dos destinos prediletos entre os turistas brasileiros na hora de escolher um lugar para curtir o sol  


O rico litoral brasileiro oferece uma quantidade incrível de praias para curtir durante o verão, sejam elas urbanas ou escondidas no meio da natureza. O Terra selecionou 30 praias do Brasil para relaxar durante os meses mais quentes do ano.
 
Copacabana, RJ
Mais mítica das praias cariocas, Copacabana simboliza como poucos lugares a essência do Rio de Janeiro. Com 2,6 km de extensão, a praia recebe milhares de locais e turistas durante os dias ensolarados da Cidade Maravilhosa.
 
Boa Viagem, PE
Principal praia de Recife, a praia de Boa Viagem tem sete quilômetros de extensão. Protegida por uma barreira de recifes que aparece durante a maré baixa, a praia é ponto de encontro dos habitantes da cidade. Por causa da presença de tubarões, o surfe na praia é proibido, e as pessoas podem dar um mergulho apenas nas áreas indicadas.
 
Praia da Joaquina, SC
Entre as numerosas praias de Florianópolis, a Praia da Joaquina é uma das mais badaladas e frequentadas. Com cerca de 3 km de extensão, a praia tem boas ondas para os surfistas, agito em suas areias e um belo visual sobre o litoral.  
 
Praia do Futuro, CE
A cerca de 10 km do centro de Fortaleza, a Praia do Futuro é a principal da capital do Ceará. A praia de cerca de 8km de extensão tem barraca com bebidas e petiscos, dunas, coqueiros, e até baladas para curtir após o pôr-do-sol.
 
Refúgio, SE
Mais badalada das praias de Aracaju, a Praia do Refúgio é vizinha de outras praias como Robalo e Aruana. A praia de águas limpas e calmas fica bem agitada durante finais de semana e, principalmente no verão. Nas areias do Refúgio, os visitantes encontram numerosas barracas e bares como o tradicional Bar Parati.
 
Porto de Galinhas, PE
Porto de Galinhas é um dos destinos prediletos entre os turistas brasileiros na hora de escolher um lugar para curtir o sol. A beleza das areias e seus coqueirais, as águas tranquilas e as piscinas naturais e a grande variedade de pousadas e resorts faz de Porto de Galinhas uma destino irresistível.
 
Pajuçara, AL
Frequentada por locais e turistas, a praia de Pajuçara tem belas paisagens e oferece pontos para relaxar e curtir o sol. Jangadas tradicionais do nordeste levam os visitantes  para dar uma volta e conhecer as piscinas naturais, situadas a cerca de 2 km do litoral, num dos programas turísticos mais tradicionais de Maceió.
 
Tambaú, PB
Mais badalada do litoral de João Pessoa, a praia de Tambaú tem um movimento constante, com barracas com música e muita diversão. Os habitantes da cidade aproveitam o calçadão para correr e andar de bicicileta, enquanto os turistas saem em excursões para as piscinas naturais de Picãozinho, a cerca de 700 metros da costa.
 
Praia de Ponta Negra, RN
Famosa praia de Natal, a Praia de Ponta Negra tem 4 km de ideais para  banhistas, surfistas e pessoas de todas as idades. Com o Morro de Careca (duna de 120 metros) como pano de fundo, a praia ganhou nos últimos anos bastante desenvolvimento, com bares, restaurantes, shoppings e baladas.
 
Praia de São Marcos, MA
Situada a cerca de 4 km do centro de São Luis, a Praia de São Marcos é a preferida dos habitantes da capital Maranhense. Aos finais de semana, banhistas e surfistas ocupam a praia, cercada por dunas e vegetação. Bares, restaurantes lojas podem ser encontrados no calçadão, fora das areias da praia.
 
Praia de Itapuã, BA
Ornada por grandes coqueiros, a praia de Itapuã e é uma das mais bonitas e conhecidas de Salvador. Frequentada pelos habitantes da cidade e pelos turistas, a praia se destaca por seu famoso farol, e tem e tem espaços para os banhistas e areias que lotam nos dias ensolarados da capital baiana.
 
Praia de Ipanema, RJ
Com cerca de 2,5 km de extensão, a Praia de Ipanema é uma das mais famosas do Rio de Janeiro. Banhistas e vendedores ambulantes cobrem as areias da praia nos dias mais quentes do verão carioca.
 
Praia do Espelho, BA
Considerada como uma das mais bonitas do Brasil, a praia do Espelho situa-se entre Trancoso e Caraíva, no litoral da Bahia. Gigantescas falésias cobertas de vegetação encontram-se com a areia e o  mar azul, e pousadas rústicas recebem os turistas para  férias inesquecíveis.
 
Jurerê, SC
A cerca de 15 minutos do centro de Florianópolis, a praia de Jurerê é uma das mais badaladas e movimentadas da ilha de Santa Catarina. Durante o verão, o agito é grande, com gente bonita durante o dia e muitas festas e baladas agitadas após o pôr-do-sol.
 
Praia da Barra, RJ
Tradicional praia da Barra da Tijuca, a Praia da Barra é uma famosa praia do Rio de Janeiro, ponto de encontro de gente de todas as idades.  Quiosques e vendedores ambulantes permitem se refrescar e se alimentar durante um bom dia de praia.
 
Praia Central de Balneário Camboriú, SC
Situado no centro-norte do litoral catarinense, Balneário Camboriú é um destino turístico muito visitado por catarinenses, brasileiros e estrangeiros.  Durante o verão, a praia central de Camboriú fica lotada, e é um ponto de encontro badalado, com quiosques, música e diversão o dia inteiro.
 
Porto da Barra, BA
A praia do Porto da Barra é uma das praias prediletas dos habitantes de Salvador. Banhada pela Baía de Todos os Santos, a praia tem 600 metros de extensão numa enseada com águas calmas e agradáveis e muitas opções de bares e restaurantes.
 
Praia do Forte, BA
A cerca de 50 km de Salvador, a Praia do Forte tem  mais de 12 km de praias paradisíacas. A natureza preservada permite encontrar tartarugas e baleias-jubarte  num cenário incrível. Numerosos hotéis e pousadas preocupados com o meio-ambiente recebem as famílias neste canto incrível da costa do Brasi.
 
Itacaré, BA
Praias  calmas, trilhas,  cachoeiras e muita natureza é o que se encontra em, Itacaré, sul da Bahia. O pequeno vilarejo de pescadores é uma pérola do litoral brasileiro que  se transformou nos últimos anos em destino badalado voltado para o ecoturismo, com praias de areias finas e águas calmas.
 
Barra do Sahy, SP
A 150 km de São Paulo, Barra do Sahy é uma das praias mais charmosas do litoral norte paulista. Com forma de ferradura, a praia tem águas calmas e muita tranqüilidade com um ambiente familiar .
 
Trancoso, BA
A 750 km de Salvador, no litoral baiano,  Trancoso é uma vila de pescadores com praias tranqüilas e abundante natureza. Apesar de ter virado um destino badalado nos últimos anos, Trancoso mantém seu charme original e sua consciência ecológica. 


 
Geribá, RJ
Búzios é um destino charmoso e agradável do litoral fluminense, ideal para viajar com amigos, em casal ou em família. Com cerca de 2 km de extensão, a praia de Geribá é a mais freqüentada da cidade, e oferece lindas vistas sobre o litoral para curtir em dias ensolarados.
 
Garopaba, SC
Principal praia da cidade de Garopaba, em Santa Catarina, Garopaba tem 2 km de extensão com uma vila de pescadores, casas de verão, pousadas e restaurante.  Com acomodações para até 6 pessoas, a Pousada Garopaba é ideal para se hospedar em família num dos principais destinos do litoral catarinense.
 
Praia do Sancho, Fernando de Noronha
A praia do Sancho nunca falta nas listas de praias mais bonitas do Brasil . Baía do arquipélago de Fernando de Noronha, virada para o litoral do Brasil continental, a praia do Sancho é cercada de penhascos e vegetação, com  águas cristalinas que permitem muitas vezes aos visitantes mergulhar em meio a golfinhos e tartarugas.
 
Jericoacoara, CE
Situada no litoral cearense, a 300 km de Fortaleza, a praia de Jericoacoara é uma das mais bonitas e o nosso país. Belas dunas, formações rochosas e lagoas cristalinas frente ao  mar calmo  formam parte das belezas que atraem numerosos turistas a Jericoacoara.
 
Taipus de Fora, BA
Belíssima praia da Península de Maraú, na Costa do Dendê, Taipus de Fora encanta os visitantes com um magnífico panorama de águas cristalinas, areias brancas, piscinas naturais e coqueiros. Tanto para viajar em família quanto para uma viagem romântica ou com amigos, Taipus de Fora é um destino perfeito no litoral baiano.
 
Grumari, RJ
A cerca de 20 km do centro da Barra da Tijuca, a praia de Grumari faz parte de uma magnífica reserva ambiental . O acesso à praia de cerca de 2,5 km de extensão  é feito a partir do Recreio dos Bandeirantes.
 
Praia do Rosa, SC
A 90 km de Florianópolis, a Praia do Rosa é conhecida por sua badalação, assim como por suas ondas apropriadas para a prática de surfe e bodyboard. Turistas brasileiros e estrangeiros escolhem o destino com freqüencia para curtir o ambiente divertido e as belezas naturais.
 
Angra dos Reis, RJ
No oeste do Rio de Janeiro, a 150 km da capital fluminense, Angra dos Reis é um paraíso natural com águas cristalinas e lindas paisagens. Angra tem mais de  350 ilhas e 2 mil praias, num dos melhores destinos litorâneos do Brasil.
 
Praia da Pipa, RN
Situada a 85 km de Natal, no Rio Grande do Norte, a Praia de Pipa tem algumas das mais belas paisagens do estado, com falésias  e dunas cercadas de vegetação, com areias brancas protegidas frente às águas calmas do mar. O belo panorama é perfeito para curtir uma viagem durante o verão.
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