Rio -  O número de pessoas com Alzheimer deverá triplicar até 2050, aponta artigo publicado pela revista científica ‘Neurology’. Apesar de basear-se em parâmetros dos Estados Unidos, o estudo chama a atenção para a necessidade de aumento das pesquisas e das estratégias de prevenção da doença no mundo.
A perspectiva deve-se ao envelhecimento da geração “baby boom”, período em que houve uma explosão no número de nascimentos no pós Segunda Guerra Mundial.

Pesquisadores ainda estudam formas para evitar a degenerescência de células do cérebro e a doença | Foto: Divulgação
Pesquisadores ainda estudam formas para evitar 
a degenerescência de células do cérebro e a doença
O estudo, realizado em Chicago, teve a participação de 10.800 voluntários com idades acima de 65 anos. Eles tiveram os riscos da doença monitorados a cada três anos. Os resultados foram cruzados com dados atuais de população e mortalidade dos Estados Unidos mostrando que, em 40 anos, a população com a doença pode chegar a 13,8 milhões, contra os 4,7 milhões em 2010.
Para André Gustavo Lima, da Academia Brasileira de Neurologia, o principal cuidado para garantir a qualidade de vida de pacientes com Alzheimer é o diagnóstico precoce. “É difícil saber previamente quem vai desenvolver a doença ou não. Por isso, o importante é identificá-la o mais cedo possível”.
Segundo o especialista, o mal só costuma ser percebido por parentes cerca de três anos após o doentes manifestarem os primeiros sintomas. A doença causa deterioração das funções cerebrais.
No Brasil, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima-se que, atualmente, 1,2 milhões de pacientes sofram com a doença. São 100 mil novos casos por ano. “Nosso país deve se estruturar para dar suporte não só às pessoas com Alzheimer, mas à população idosa que está por vir”, diz Gustavo. 

Romã é aliada na prevenção
Pequisa da Universidade de São Paulo constatou que a romã pode ser um forte aliado na prevenção do mal de Alzheimer. O motivo é o alto teor de substâncias antioxidantes presentes na casca da fruta.
De acordo Maressa Morzelle, autora da pesquisa, os antioxidantes combatem os radicais livres que matam as células do corpo, provocando doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer. Maressa buscou alternativas para transformar o extrato em pó, tornando-o mais prático para o consumo.
Além disso, pesquisadores da Universidade da Califórnia afirmam que não fumar, ler, controlar a pressão, praticar exercícios e fazer uma dieta saudável são atitudes fundamentais para prevenir doença.