12.14.2013

TRENSALÃO........


Engavetador volta ao Trensalão


Saiu na Folha informação de Flávio Ferreira e Mario Cesar Carvalho: “Mesmo investigado por duas corregedorias por ter engavetado um pedido de cooperação da Justiça suíça no caso Alstom (conhecido como “trensalão tucano”- PHA) o procurador (sic) da República Rodrigo de Grandis reassumiu o inquérito”.

De Grandis desculpou-se com a informação de que os pedidos estavam arquivados numa pasta errada!
Viva o MPF !
O novo Procurador Rodrigo Janot tinha chamado de Grandis às falas.
Pelo jeito, o pedido de Janot ficou perdido numa pasta errada.
O MPF tem um problemas com pastas.
O Procurador-Geral da Republica (e, depois, advogado de Daniel Dantas) Antonio Fernando de Souza denunciou Ali Babá (Lula) e os 40 ladrões, mas, procurou, procurou e, na pasta investigada, não achou o Daniel Dantas no Valeriodantas.
Seu sucessor, que o senador Collor, da tribuna do Senado, chamou muitas vezes de “prevaricador”, também não achou na pasta o Demóstenes, o Palocci, o Cachoeira, o Caneta, o Aécio nem o Daniel Dantas.
Os tucanos estão aliviados com o triunfal retorno do de Grandis.
Ufa!
O problema agora está nas mãos da Ministra Rosa Weber, que vai relatar no Supremo o trensalão tucano.
Se valer súmula vinculante do mensalão (o do PT), o Padim Pade Cerra e o Alckmin vão em cana.
Porque, no julgamento do mensalão (o do PT), a Ministra Weber considerou que deveria condenar o Dirceu exatamente por causa da dificuldade de provar que ele era o chefe da quadrilha.
Nesse caso, será mais fácil configurar a responsabilidade de Cerra e Alckmin.
A menos que a “peça acusatória” que vier do Ministério Público se perca numa tucana pasta.
Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada
Escrito por Daniel Pearl Bezerra 

Nave chinesa consegue primeiro pouso controlado na Lua em 37 anos

Último pouso controlado de uma nave na Lua foi a da sonda soviética Luna 24, da extinta União Soviética

EFE
Pequim - A sonda não tripulada chinesa Chang E3 pousou neste sábado na cratera lunar Sinus Iridum, o que transforma o país asiático no terceiro, após Estados Unidos e União Soviética, a conseguir uma alunissagem controlada, 37 anos e quatro meses depois da anterior.
O último pouso controlado de uma nave na Lua foi a da sonda soviética Luna 24, da extinta União Soviética, no dia 18 de agosto de 1976.



Lançamento da segunda sonda lunar chinesa, Chang E2, em outubro de 2010
Foto:  EFE

A Chang E3, lançado da base aérea de Xichang no último dia 2 de dezembro, e que orbitava a uma velocidade de 1,7 quilômetros por segundo, começou a desacelerar quando se encontrava a 15 quilômetros da superfície lunar e pousou com sucesso às 11h12 (de Brasília).
A manobra, que foi retransmitida ao vivo por vários canais da televisão estatal chinesa, durou 12 minutos, nos quais o aparelho desceu descrevendo uma parábola até que se situou a cerca de 100 metros da superfície do satélite, momento no qual planou suavemente até pousar, quase sem levantar poeira lunar.
Durante sua aproximação à Lua, a Chang E3 (batizada em honra a uma deusa que segundo lendas chinesas vive na Lua) ofereceu imagens muito nítidas da superfície lunar, ajudada pela ausência de atmosfera e por encontrar-se na face iluminada do satélite.
Os encarregados do programa espacial chinês escolheram a Sinus Iridum devido a sua superfície plana, que facilitará o desenvolvimento das comunicações e que o robô espacial receba luz solar suficiente para suas baterias, e também por se tratar de uma área da Lua ainda não explorada.
Poucos minutos após pousar na Lua, a Chang E3 posicionou painéis solares a fim de acumular a energia necessária para, em algumas horas, poder liberar na superfície o robô móvel Yutu.
Se esta segunda manobra tiver êxito, a China alcançará outro marco, já que o único país que até agora posicionou robôs móveis na Lua foi também a União Soviética, e a última vez que conseguiu isso foi há 40 anos.
A China, que por outra parte alcança hoje o primeiro pouso extraterrestre de sua história, lançou sua primeira sonda lunar, a Chang E1, em 2007, e a segunda, a Chang E2, em 2010.
O país asiático tenta a longo prazo levar astronautas ao satélite terrestre, e, embora ainda não haja uma data fixada para isso, espera-se que seja por volta de 2020, época na qual a China também espera ter uma base espacial permanente orbitando a Terra.

Cientistas divergem sobre necessidade de uso de medicamento para combater colesterol



Uns pesquisadores  defendem  uso de estatinas para manter nível de colesterol mais baixo, outros especialistas acreditam que índice não deve ser o foco da preocupação

Maria Fernanda Ziegler - iG São Paulo |


Thinkstock/Getty Images
Único consenso são os fatores de risco: tabagismo e vida sedentária contribuem para a doença

A polêmica em relação aos riscos do colesterol no sangue tem gerado debate entre os especialistas na matéria. De um lado, a Sociedade Brasileira de Cardiologia decidiu, recentemente, tratar a doença com mais rigor, baixando de 100 para 70 o total aceitável de miligramas de LDL (o chamado colesterol ruim) por decilitro de sangue para pacientes com alto risco de doenças cardiovasculares. 
Por outro lado, numa atitude completamente oposta, há médicos que questionam a necessidade de se preocupar com o índice, o que realmente seria uma dieta saudável para o coração e até mesmo efeitos colaterais das estatinas, remédio usado para reduzir o índice de colesterol ruim.
A querela começou quando a associação americana publicou novas diretrizes que indicavam a necessidade de reduzir em 50% o LDL de pacientes de risco. A preocupação se dá, pois de acordo com as associações, o colesterol é uma gordura (tese lipídica) que quando acumulada ocasiona a doença cardiovascular. "Por isso, ninguém pode desestimular o uso de remédios para pacientes de risco”, afirma Hermes Xavier, presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia e autor da nova diretriz.
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20 alimentos que diminuem o colesterol
Níveis de colesterol podem variar de acordo com a estação do ano
Não é o que pensa o clínico geral Eduardo Almeida, PhD em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Para ele, o colesterol é uma fraude. “O colesterol não é uma gordura, é um esterol (álcool), com estrutura semelhante a de um hormônio, e está na membrana celular, está na carne e não na gordura. Criou-se uma falsa ciência para a venda de alimentos e posteriormente a venda de remédios”, diz.
Não sendo gordura, explica, não cria placas e, consequentemente, não entope as artérias. "O colesterol não é um caso e saúde, é uma campanha de marketing", diz ele em referência à indústria alimentar - que criou produtos como a margarina, de gordura vegetal - e a farmacêutica, responsável pelas estatinas, o remédio de controle do colesterol.
Almeida afirma, ainda, que as estatinas bloqueiam a enzima hepática, inibindo o colesterol, mas também bloqueia outras enzimas como o doricol, responsável pela replicação do DNA e a coenzima Q-10, que faz parte da mitocôndria e estaria ligada a produção de energia. "A pessoa começa a ter dores musculares e aumenta a chance de ter insuficiência do miocardio. O remédio ocasiona danos ao fígado, parkinson, aceleração de doenças neurodegenerativas", disse.
Sem risco
O cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, defende que não existe nenhum estudo que comprove relação entre as estatinas com o mal de Parkinson ou doenças neurodegenerativas. “Há estudos realizados com idosos que não mostraram esta relação. Sobre as dores musculares, isto acontece em apenas 10% dos pacientes”, disse.
Para ele, não faltam evidencias de que há relação entre o alto colesterol e as doenças coronarianas. "Se alguém fala que colesterol alto não é fator de risco, está desinformado", diz, enfático. "O que ocorre são pessoas de outras especialidades querendo interferir na questão do colesterol", alfineta Hermes Xavier. 
Para os defensores das estatinas, dois grandes estudos, um feito pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e outro da Associação Americana de Cardiologia (AHA) indicam a necessidade de baixar o índice considerado bom do colesterol ruim. O estudo britânico analisou mais de 270 mil pacientes e comparou LDL com doença cardíaca. O americano mostrou que o uso de estatinas resultadou em 44% menos mortes por causas cardiovasculares.
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Levantamento do HCor indica colesterol mais alto entre homens
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Consenso
Mas, se os especialistas discordam em muitos pontos, muitos deles “elementares” sobre o colesterol, em uma coisa eles concordam: os fatores de risco. Maus hábitos como tabagismo e vida sedentária devem ser combatidos para evitar novos casos de doenças coronarianas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto principal fator de risco para a mortalidade global, estimando-se que cause 3,2 milhões de mortes anualmente em todo o mundo.

Entenda a diferença entre implante e prótese


Quando chega a hora de procurar por ‘substitutos’ dos dentes, pode haver dúvidas entre qual opção escolher. Existem as próteses fixas, próteses móveis e os implantes. Cada caso pede uma técnica diferente, já que a saúde geral e da boca precisam ser levadas em consideração para seguir com o tratamento ideal.


As próteses fixas são recomendadas para quem perdeu um ou mais dentes, mas ainda restam alguns na boca. Isso porque o molde precisa de outros dentes para servir de pilar e ser fixado. No caso da prótese móvel, a famosa dentadura substitui toda a arcada perdida. Já o implante, pode substituir um dente ou a arcada inteira. A técnica consiste em colocar um pino dentro do osso e, em cima dele, colocar o dente artificial.


Segundo o cirurgião-dentista, Mario Groisman, membro das Academias Americanas de Osseointegração e de Implantologia Oral, apesar de o número de implantes aumentar a cada ano, muitos pacientes ainda preferem a dentadura. “Existe um aspecto cultural, uma geração que tem medo de dentista evita técnicas mais invasivas como o implante”. 


Ainda assim, o especialista garante que em 87% dos casos não há relato de dor no procedimento de implante, que ainda é controlado com antibiótico e anti-inflamatório. As contraindicações são para pacientes com alterações metabólicas não compensadas, como a diabetes, alterações sanguíneas e doenças periodontais. “Mas cada caso precisa ser avaliado pelo especialista”, afirma Groisman.


Durabilidade
Os implantes saem na frente quando o quesito é durabilidade. Com higiene bucal adequada, já houve implantes que duraram 24 anos, contra cinco da dentadura. "A durabilidade dos implantes dentários podem variar, mas em geral, o tratamento tem uma taxa de sucesso de até 98%", diz o cirurgião-dentista, Luiz Octavio Benatti, especilista em implantodontia.


Custo
Os implantes podem ser de duas a três vezes mais caros que as próteses.


Manutenção
Tanto com próteses quanto com implantes, pacientes de alto risco, que perderam todos os dentes, devem ir ao dentista de três em três meses. De acordo com o grau de comprometimento e higiene, pode passar para seis em seis meses.


Vantagens e desvantagens


Prótese móvel (dentadura):
  Vantagens: é removível, então a limpeza ocorre fora da boca. O custo também é menor. Desvantagens: é removível, o que pode prejudicar a segurança social e conferir menor potência mastigatória. Como o osso não é estimulado pelos dentes, há a reabsorção da estrutura óssea. Por conta disso, em alguns casos a pessoa pode ter dor. 


Prótese fixa:
  Vantagens: como é fixa, dá mais confiança para quem a usa e é mais barata que o implante. Desvantagens: o profissional precisa desgastar outros dentes para que sirvam de pilar. Este é um custo biológico muito elevado, pois mexe com a estrutura de um dente saudável.


Implante:
  Vantagens: estabilidade muito maior, potência mastigatória muito mais significativa, a pessoa se alimenta melhor e tem mais segurança social. Desvantagens: como o procedimento exige profissional especializado, envolve custo maior, e acaba sendo mais caro que uma dentadura. 




Beta
Terra

Entenda a diferença entre implante e prótese


Quando chega a hora de procurar por ‘substitutos’ dos dentes, pode haver dúvidas entre qual opção escolher. Existem as próteses fixas, próteses móveis e os implantes. Cada caso pede uma técnica diferente, já que a saúde geral e da boca precisam ser levadas em consideração para seguir com o tratamento ideal.


As próteses fixas são recomendadas para quem perdeu um ou mais dentes, mas ainda restam alguns na boca. Isso porque o molde precisa de outros dentes para servir de pilar e ser fixado. No caso da prótese móvel, a famosa dentadura substitui toda a arcada perdida. Já o implante, pode substituir um dente ou a arcada inteira. A técnica consiste em colocar um pino dentro do osso e, em cima dele, colocar o dente artificial.


Segundo o cirurgião-dentista, Mario Groisman, membro das Academias Americanas de Osseointegração e de Implantologia Oral, apesar de o número de implantes aumentar a cada ano, muitos pacientes ainda preferem a dentadura. “Existe um aspecto cultural, uma geração que tem medo de dentista evita técnicas mais invasivas como o implante”. 


Ainda assim, o especialista garante que em 87% dos casos não há relato de dor no procedimento de implante, que ainda é controlado com antibiótico e anti-inflamatório. As contraindicações são para pacientes com alterações metabólicas não compensadas, como a diabetes, alterações sanguíneas e doenças periodontais. “Mas cada caso precisa ser avaliado pelo especialista”, afirma Groisman.


Durabilidade
Os implantes saem na frente quando o quesito é durabilidade. Com higiene bucal adequada, já houve implantes que duraram 24 anos, contra cinco da dentadura. "A durabilidade dos implantes dentários podem variar, mas em geral, o tratamento tem uma taxa de sucesso de até 98%", diz o cirurgião-dentista, Luiz Octavio Benatti, especilista em implantodontia.


Custo
Os implantes podem ser de duas a três vezes mais caros que as próteses.


Manutenção
Tanto com próteses quanto com implantes, pacientes de alto risco, que perderam todos os dentes, devem ir ao dentista de três em três meses. De acordo com o grau de comprometimento e higiene, pode passar para seis em seis meses.


Vantagens e desvantagens


Prótese móvel (dentadura):
  Vantagens: é removível, então a limpeza ocorre fora da boca. O custo também é menor. Desvantagens: é removível, o que pode prejudicar a segurança social e conferir menor potência mastigatória. Como o osso não é estimulado pelos dentes, há a reabsorção da estrutura óssea. Por conta disso, em alguns casos a pessoa pode ter dor. 


Prótese fixa:
  Vantagens: como é fixa, dá mais confiança para quem a usa e é mais barata que o implante. Desvantagens: o profissional precisa desgastar outros dentes para que sirvam de pilar. Este é um custo biológico muito elevado, pois mexe com a estrutura de um dente saudável.


Implante:
  Vantagens: estabilidade muito maior, potência mastigatória muito mais significativa, a pessoa se alimenta melhor e tem mais segurança social. Desvantagens: como o procedimento exige profissional especializado, envolve custo maior, e acaba sendo mais caro que uma dentadura. 




Beta
Terra

“Clareamento dental rejuvenesce o rosto em até cinco anos”

Técnica conjugada une a eficácia do laser com a praticidade do clareamento caseiro


Talita Batista, do R7
Consumo excessivo de café e vinho tinto escurecem os dentes Getty Images
Muitos fatores podem provocar o escurecimento dos dentes. Os principais são o tabagismo e o consumo excessivo de café, chás, vinho tinto e alguns refrigerantes. Como alternativa para acabar com esse problema, uma nova técnica promete ser bastante eficaz: o clareamento conjugado. De acordo com a dentista Katy Carvalho Leite, o processo rejuvenesce o rosto em até cinco anos.
— É uma mudança estética que reforça a autoestima e estimula a autoconfiança. Pacientes que cuidam da alimentação e da higiene conservam o branqueamento por até cinco anos.
O método une a eficácia do laser com a praticidade do clareamento caseiro. No consultório, um gel de Peróxido de Hidrogênio ou Peróxido de Carbamida é aplicado sobre os dentes e ativado pelo laser, que potencializa seu agente clareador. O dentista faz um molde de silicone e aplica o mesmo produto. Em casa, o paciente usa o suporte por algumas horas para deixar os dentes em contato com a substância.
São necessárias, em média, duas sessões o clareamento a laser no consultório e poucos dias de uso do caseiro. A doutora Katy explica que a quantidade e o valor das sessões depende da necessidade de cada paciente.
— Preferimos analisar cada caso e assim determinar o preço, por isso não há como informar um valor fechado.
Durante o tratamento, o paciente precisa tomar alguns importantes cuidados: não fumar, não ingerir alimentos ácidos ou que contenham corantes durante 48h a 72h após o término do tratamento. Além disso, também não é recomendável usar creme dental com bicarbonato de sódio.

Poeta e cientista Paulo Vanzolini morre em São Paulo

A despedida foi discreta, mas não faltaram os amigos da ciência e os companheiros da música. Paulo Emílio Vanzolini se apaixonou pela biologia ainda menino, durante um passeio de bicicleta no Instituto Butantan.

Morreu de pneumonia, na noite de domingo (28), em São Paulo, o músico, poeta e cientista Paulo Vanzolinix.
A despedida foi discreta, mas não faltaram os amigos da ciência e os companheiros da música. Paulo Emílio Vanzolini se apaixonou pela biologia ainda menino, durante um passeio de bicicleta no Instituto Butantan.
Formou-se médico, mas queria mesmo era estudar répteis e anfíbios. Foi para os Estados Unidos, virou doutor em zoologia na Universidade de Harvard e realizou um sonho.
“Eu queria trabalhar em museu. Esse era o melhor museu que tinha no Brasil e vim trabalhar aqui", disse Paulo Emílio.

Mas esse paulistano também tinha outra paixão. Paulo Vanzolini nunca estudou música, mas gostava de ouvir rádio, andar pelas ruas de São Paulo e se sentar nos bares. Esses hábitos deram a ele os temas favoritos e a inteligência e a alma de poeta fizeram o resto.
Como cientista incansável, Vanzolini percorreu o Brasil e descreveu pelo menos 30 novas espécies, doou sua biblioteca para a USP e ajudou a criar a Fapesp, uma das principais instituições de fomento a pesquisa do país.
"Ele era um homem plural e tinha uma unidade dentro dessa diversidade", comenta o presidente da Fapesp, Celso Lafer.
União perfeita entre ciência e arte que deu a última composição um tom de despedida.

Instituto Butantan produzirá vacina contra coqueluche para grávidas

Nova vacina deverá beneficiar 7 milhões de mulheres em 2014, diz Instituto.
Vacina será oferecida pelo Sistema Único de Saúde.

Do G1, em São Paulo

O Instituto Butantan, em São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (12) o início de produção de uma vacina que em 2014 deverá imunizar 7 milhões de grávidas brasileiras contra a coqueluche.

Trata-se de uma versão acelular da vacina contra a coqueluche, que será desenvolvida a partir da produção local do componente acelular do imunobiológico pertussis, com transferência de tecnoloia da empresa GlaxoSmithKline (GSK).

Dessa forma será possível aplicá-la em mulheres grávidas e proteger os bebês em gestação. A imunização contribuirá tanto para diminuir a transmissão da doença de mãe para filho quanto para proteger recém-nascidos que ainda não completaram as três doses da vacina recomendado pela rede pública de saúde, informa o Butantan.

A diferença entre a nova vacina acelular para a produzida com células inteiras, também pelo Butantan, é que esta pode dar reação pós-vacinal, explica Jorge Kalil, diretor do Instituto. Por isso, a nova poderá ser aplicada em mulheres gestantes.


A nova vacina será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que já oferece a vacina com o componente pertussis de células inteiras para crianças de até seis anos de idade.

O instituto também está desenvolvendo outra versão contra a coqueluche com células inteiras, mas com menor toxidade.

Brasileira viaja por 14 países da Europa de carona, sem gastar nada

Carioca contou com ajuda de estranhos para dormir, comer e se locomover.
Viagem de 3 meses passou por 30 cidades; agora ela quer rodar o Brasil.

Flávia Mantovani Do G1, em São Paulo
120 comentários
Aline Campbell durante sua viagem pela Europa; pegando carona (fotos dos extremos), em Londres (acima) e com um senhor que conheceu na Sérvia (abaixo) (Foto: Aline Cambell/Arquivo pessoal)Aline Campbell durante sua viagem pela Europa; pegando carona (fotos dos extremos), em Londres (acima) e com um senhor que conheceu na Sérvia (abaixo) (Foto: Aline Cambell/Arquivo pessoal)
Sem nenhum dinheiro no bolso – nem cartão de crédito para emergências --, a brasileira Aline Campbell, de 24 anos, foi longe: durante 92 dias, percorreu a Europa e conheceu 30 cidades em 14 países.
Fora o gasto prévio com as passagens aéreas de ida e volta, ela não desembolsou nada com transporte, hospedagem ou comida. A intenção era depender apenas da ajuda de estranhos para dormir, comer e se locomover.
Aline com dois motoristas com os quais pegou carona durante a viagem (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal) 
Aline com dois motoristas com os quais pegou
carona durante a viagem
(Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)
O projeto da viagem foi batizado de “Open Doors” (portas abertas). “A ideia era ter abertura para conhecer gente de culturas diferentes, pontos de vista diferentes”, diz Aline, que é artista plástica e mora no Rio de Janeiro.
Ela diz que não fez isso por necessidade financeira nem para provar que é possível viver sem dinheiro. “Queria mostrar que quando você confia no mundo, nas pessoas, na bondade, o bem vem”, afirma.
Após entrar na área de embarque do aeroporto com R$ 20, usados para pagar seu último lanche no Brasil, Aline entrou no avião e desembarcou em Amsterdã.
Além da Holanda, Alemanha, França, Inglaterra, Suíça, Itália, Eslováquia, Sérvia e República Tcheca são alguns países que ela conheceu.
O deslocamento entre as cidades era feito sempre de carona com carros e caminhões: foram 54, no total.
Aline diz que recebeu algumas cantadas no caminho, mas que, após uma conversa, tudo se esclarecia. “Não era frequente, mas já aconteceu. Aí eu conversava abertamente e dava tudo certo. Nunca ninguém tentou forçar ou passar a mão”, diz. Apenas uma vez ela pediu para ser deixada no próximo posto, quando encontrou um motorista italiano muito insistente.
Ela recomenda que todo turista que vá pedir carona faça uma placa – “nem que seja uma seta desenhada” – mostrando que é um viajante e que não tem segundas intenções. “No Brasil a prostituição na estrada existe, e os motoristas podem confundir as coisas”, diz.
Quando estava na Alemanha, descobriu que na Europa é proibido pegar carona no meio da estrada (só é permitido em postos de gasolina ou em locais de parada) ao ser abordada por um carro de polícia. Acabou subindo na viatura e pegou carona com os próprios policiais.
Na casa de estranhos
Nos Alpes, vendo neve pela primeira vez; ela foi convidada por seus anfitriões para ir a uma estação de esqui (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)Nos Alpes, vendo neve pela primeira vez; ela foi convidada por seus anfitriões para ir a uma estação de esqui (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)

Na maior parte do tempo, ela dormiu na casa de estrangeiros que conheceu pelo site Couchsurfing – rede de pessoas que recebem viajantes gratuitamente em suas casas.
Outras vezes, o motorista que dava carona oferecia hospedagem em sua casa. “Cheguei muitas vezes em uma cidade sem conhecer ninguém e sem lugar pra ficar”, conta.
Aline na estrada, com sua mochila (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal) 
Aline na estrada, com sua mochila (Foto:
Aline Campbell/Arquivo pessoal)
Numa ocasião, dormiu dois dias no carro com um senhor que se dirigia para a Sérvia. Chegando ao país, ele pagou duas diárias em um albergue para ela. “Ele me tratou como a uma filha. Foi incrível.”
Uma única vez o esquema não deu certo. No trajeto entre a Alemanha e a França, ela e uma amiga que se juntou à viagem por duas semanas se viram em um pedágio “no meio do nada”, à noite, no frio. A solução foi dormir no banheiro do pedágio.
Houve momentos também em que ela se viu sozinha na estrada, na chuva, à noite. Mas Aline diz que não considera que tenham sido experiências negativas. “Tudo serviu para me fortalecer”, afirma.
Perda de peso e lanche para a estrada
Aline Campbell em Paris (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)Aline Campbell em Paris (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)
Para comer, a artista plástica contava com a hospitalidade de seus anfitriões, que deixavam a geladeira e a despensa à disposição e até davam um lanche para ela levar na viagem.

Enquanto estava na rua, em geral não se alimentava. “Senti fome algumas vezes, mas não posso dizer que passei fome. É aquela fome de quando você toma café da manhã e vai almoçar às 5h da tarde.”
Cheguei muitas vezes em uma cidade sem conhecer ninguém e sem lugar para ficar"
Aline Campbell
Na primeira metade do percurso, emagreceu bastante, principalmente porque andava frequentemente de bicicleta e não comia o suficiente para suprir o gasto com a prática do esporte. Depois, conta que passou a comer melhor.
Nos passeios, privilegiava programas gratuitos. Mas também foi convidada por seus anfitriões para vários programas, alguns de preço alto. Foi assim que ela viu neve pela primeira vez em uma estação de esqui nos Alpes e assistiu a um espetáculo do Cirque du Soleil na Eslováquia, por exemplo.
Junto com a mochila pequena com itens pessoais – pouco mais do que quatro camisas, dois shorts, uma calça e um casaco --, ela levou outra bolsa, mais pesada, com material artístico.
Em Budapeste e em Bratislava, acabou trocando a hospedagem por obras na parede de albergues da juventude. Também presenteou alguns anfitriões com quadros seus.
Mudança de rumo
Aline em Berlim (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)Aline em Berlim (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal)
Antes de sair do Brasil, Aline fez um planejamento mínimo do roteiro que pensava percorrer. Não conseguiu seguir quase nada. Dependendo das pessoas que encontrava pelo caminho, acabava mudando de rumo.
Foi assim que, no caminho para Praga, acabou indo parar em Paris. Também chegou à Sérvia, país que ela “nem sabia onde era” e que a acabou conquistando. “Tive experiências muito legais e achei as pessoas muito acolhedoras.”
Dormindo no metrô (Foto: Aline Campbell/Arquivo pessoal) 
Cochilando no metrô (Foto: Aline Campbell/
Arquivo pessoal)
O domínio do inglês e a compreensão do espanhol ajudaram na comunicação, mas em alguns países foram em vão. Quando os interlocutores não falavam um desses idiomas, era “na base do gesto e do sorriso”, conta Aline.
Após os três meses de trajeto, ela chegou à conclusão de que viajar sem dinheiro é "mais fácil do que parece". “Fiquei muito feliz com tudo. A maioria das coisas eu consegui sem pedir.”
A viagem de Aline terminou no fim de setembro, mas ela já teve outra experiência parecida. Na última semana, foi do Rio a São Paulo pegando carona em quatro caminhões diferentes. Hospedou-se com um jovem que havia ouvido falar sobre sua viagem e ofereceu sua casa.
Sua ideia é, no início de 2014, viajar do Rio pela costa do Nordeste até o Maranhão.
Os pais e familiares de Aline, que no início ficaram preocupados com sua forma de viajar, hoje já estão mais acostumados.“Foi a mesma reação de todo mundo que eu encontrei no caminho: acharam que eu estava louca, que não era seguro, que não era possível. Mas hoje eles viram que dá certo. Desde que você confie e acredite”, afirma.

UPPs : Rio de Janeiro

Estrutura e Duplicação do DNA

DNADNA
Assuntos antes desafiadores e talvez impossíveis de resolução, como determinação de paternidade ou a resolução de crimes, por exemplo, hoje apresentam um mecanismo que permite com certa facilidade finalizar os questionamentos – o exame de DNA. Atualmente, o nível de conhecimento e  desenvolvimento do estudo do DNA atingiu um nível tão elevado que já é possível o diagnóstico e a determinação da possibilidade de certas doenças, antes mesmo dos primeiros sintomas.
O DNA é a estrutura que identifica os seres vivos e apresenta características próprias que permite, mesmo em indivíduos de uma mesma espécie, diferenciá-los. Assim, pessoas de uma mesma família, irmãos, por exemplo, apresentam diferenças físicas determinadas pela variação do DNA presente em cada indivíduo.
O DNA é a sigla que abrevia o termo ácido desoxirribonucleico (ADN, em português), que é a maior macromolécula celular, formado a partir da união de compostos químicos chamados nucleotídeos. O nucleotídeo é formado por 3 substâncias:
- Base nitrogenada, que pode ser adenina, guanina, timina ou citosina; sendo que estas bases são complementares, tendo no DNA os seguintes ligantes: Adenina–Timina e Guanina–Citosina.
- Um grupamento fosfato.
- Um glicídio do grupo das pentoses, que no caso do DNA é a desoxirribose.
Os nucleotídeos estão organizados através de ligações que permitem a formação de duas fitas torcidas unidas entre si por ligações de hidrogênio (pontes de hidrogênio) entre suas bases nitrogenadas, por isso costuma-se denominar a estrutura do DNA como sendo uma dupla hélice. Esse modelo estrutural do DNA foi apresentado em 1953, por Watson e Crick e valeu a eles o prêmio Nobel de medicina ou fisiologia em 1962.
O DNA constitui a formação de nossos genes, estruturas que representam nossas informações genéticas, aquilo que determina coisas como: o tipo de cabelo, estatura, cor da pele e da íris dos olhos, a velocidade de crescimento e etc. Recebemos esses genes de nossos pais e durante a reprodução passamos para nossos filhos, através dos gametas sexuais.
A atuação do DNA, durante nossa vida, ocorre através de sua expressão. Cada gene corresponde a uma região específica da molécula de DNA, determinando, de acordo com as sequências presentes naquela região, a produção de um RNA que enviará a mensagem para a produção de determinada proteína. Desta forma, temos a produção celular de substâncias como enzimas, anticorpos, hormônios e outras tantas substâncias fundamentais para nossa subsistência.
Apenas 3% dos genes são codificantes, ou seja, expressam algum RNA que leva à produção de proteínas, os outros 97% não codificantes ainda são uma incógnita e caracterizam mais um novo desafio para a biotecnologia.
Fabrício Alves Ferreira

Nos seres vivos, existem dois tipos de ácidos nucléicos: o RNA (ácido ribonucléico) e o DNA (ácido desoxirribonucléico).

Eles constituem a base química da hereditariedade.
Estas duas substâncias são formadas por unidades menores, os nucleotídeos.

Cada nucleotídeo é constituído por um fosfato(P), uma pentose (ribose ou desoxirribose) e uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina ou uracila). Os nucleotídeos do DNA apresentam as bases adenina, guanina, citosina e timina: A – C – T – G.

Todos os seres vivos possuem DNA e RNA; somente os vírus possuem ou DNA ou RNA.

Nas células, o DNA é encontrado quase exclusivamente no núcleo, embora exista também nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Tem a função de sintetizar as moléculas de RNA e de transmitir as características genéticas.

O RNA é encontrado tanto no núcleo como no citoplasma, embora sua função de controle da síntese de proteínas seja exercida exclusivamente no citoplasma.

Verificou-se que no DNA a quantidade de adenina é sempre igual à de timina, e a quantidade de guanina é sempre igual à de citosina. Isso porque a adenina está ligada à timina e a guanina se liga à citosina. Essas ligações são feitas por meio de pontes de hidrogênio, duas pontes nas ligações A-T e três pontes nas ligações C-G.

A molécula de DNA tem a forma de uma espiral dupla, assemelhando-se a uma escada retorcida, onde os corrimões seriam formados pelos fosfatos e pentoses e cada degrau seria uma dupla de bases ligadas às pentoses.

A seqüência das bases nitrogenadas ao longo da cadeia de polinucleotídeos pode variar, mas a outra cadeia terá de ser complementar.

Se numa das cadeias tivermos: A T C G C T G T A C A T

Na cadeia complementar teremos: T A G C G A C A T G T A

A molécula de DNA tem o poder de se autoduplicar (replicação).

Pela ação da enzima DNA-polimerase, as pontes de hidrogênio são rompidas e as cadeias de DNA separam-se. Posteriormente, por meio da ação de outra enzima, a DNA-ligase, novas moléculas de nucleotídeos vão-se ligando às moléculas complementares já existentes na cadeia original, seguindo as ligações A-T e C-G.

Dessa forma surgem duas moléculas de DNA, cada uma das quais com uma nova espiral proveniente de uma molécula-mãe desse ácido. Cada uma das duas novas moléculas formadas contém metade do material original. Por esse motivo, o processo recebe o nome de síntese semiconservativa.

A autoduplicação do DNA ocorre sempre que uma célula vai iniciar os processos de divisão celular (mitose ou meiose).


Autor: Amara Maria Pedrosa Silva Fonte: http://www.aprendaki.webcindario.com/textos/reproducao.htm

O Estado delinquente

Tendências / Debates Todo criminoso deve ser punido. Cabe ao Poder Judiciário condená-lo, após o devido processo legal e respeitada a ampla defesa. É o que determina a lei suprema (artigo 5º, incisos LIV e LV).
Nas democracias, o processo penal objetiva defender o acusado, e não a sociedade, que, do contrário, faria a justiça com as próprias mãos.
O condenado deve cumprir a sua pena nos estabelecimentos penais instituídos pelo Estado, em que o respeito à dignidade humana necessita ser assegurado.
Quando isso não ocorre, o Estado nivela-se ao criminoso. Age como tal, equiparando-se ao delinquente, da mesma forma que este agiu contra sua vítima.
A função dos estabelecimentos penais é a reeducação do condenado, para que, tendo pago sua pena perante a comunidade, retorne à sociedade preparado para ser-lhe útil.
Os cárceres privados constituem crime. Quem encarcera pessoas, tirando-lhes a liberdade, deve ser punido e sofrer pena que o levará a experimentar o mesmo mal que impôs a outrem.
E o cárcere público? Quando um criminoso já cumpriu o prazo de sua pena e tem direito à liberdade, mas o Estado o mantém encarcerado, torna-se o ente estatal um delinquente como qualquer facínora.
Todo condenado deve cumprir sua pena, mas nunca além daquela para a qual foi condenado. Se o Estado o mantém no cárcere além do prazo, torna-se responsável e deve ser punido por seu ato. Como não se pode encarcerar o Estado, deve-se pelo menos pagar indenizações à vítima pelos danos morais causados.
A tese vale também para aqueles que forem condenados a regimes abertos ou semiabertos e acabarem por cumprir a pena em regimes fechados, por falta de estrutura estatal, pois estarão pagando à sociedade algo que lhes não foi exigido, com violência a seu direito de não permanecerem atrás das grades. Nesses casos, devem também receber indenização por danos morais.


Veridiana Scarpelli
A tese de que todos são iguais e não deve haver privilégio seria correta se o Estado mantivesse estabelecimentos que permitissem um tratamento pelo menos com um mínimo de respeito à dignidade humana. Como isso não ocorre, a tese de que todos devem ser iguais e, portanto, devem "gozar" das péssimas condições que o Estado oferece é simplesmente aética, para não dizer algo pior. Em vez de o Estado dar exemplo de reeducação dos detentos, a tese da igualdade passa a ser garantir a todos tratamento com "igual indignidade".
Enquanto a Anistia Internacional esteve no Brasil, pertenci à entidade. Lutávamos, então, não só contra a tortura, mas contra todo o tratamento indigno aos encarcerados, pois não cabe à sociedade nivelar-se a eles, mas dar-lhes o exemplo e tentar recuperá-los.
Por isso, ocorreu-me uma ideia que sugiro aos advogados penalistas e civilistas --não atuo em nenhuma das duas áreas--, qual seja, a criação de uma associação, semelhante àquela que Marilena Lazzarini criou em defesa dos consumidores, para apresentar ações de indenização por danos morais em nome das pessoas que: a) cumpram penas superiores àquelas para as quais foram condenadas; b) cumpram penas em regimes fechados, quando deveriam cumpri-las em regime aberto ou semiaberto; c) cumpram penas em condições inadequadas.
Talvez assim o Estado aprendesse a não nivelar-se aos delinquentes. Sofrendo o impacto de tais ações, quem sabe poderia esforçar-se por melhorar as condições dos estabelecimentos penais, respeitar prazos e ofertar dignidade no cumprimento das penas.
Todo criminoso deve cumprir sua pena, mas nos estritos limites da condenação e em condições que não se assemelhem às dos campos de concentração do nacional-socialismo.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 78, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra

Calendário levanta polêmica com fotos dos padres mais gatos de Roma

Projeto existe desde 2004, mas fotógrafo não tem qualquer relação com o Vaticano

O Dia
Itália - Publicação polêmica, o ‘Calendário Romano’ de 2014, com fotos de padres ‘bonitões’, foi lançado esta semana. Desenvolvido pelo fotógrafo italiano Piero Pazzi, o material traz doze imagens, uma para cada mês, e é vendido por dez euros. São feitas 75 mil cópias por ano, à venda em bancas, lojas e pela Internet.

Jovens, que parecem modelos, são fotografados usando batina
Foto:  Reprodução Internet
O projeto existe desde 2004, mas Pazzi não tem qualquer relação com o Vaticano. Nas imagens, os sacerdotes estão com a tradicional batina, mas muitos turistas pensam que são modelos. O fotógrafo garante que o objetivo é “promover” o Vaticano — o calendário vem também com um pequeno guia sobre o local.
“A maioria dos padres eu conheci andando pelas ruas de Roma. Pedi para fotografá-los e eles aceitaram, numa boa”, disse, em entrevista ao jornal italiano ‘The Local’.
Apesar disso, na edição de 2008 o fotógrafo cometeu uma gafe. O espanhol David Suárez, leigo com 21 anos na época, foi clicado e ilustrou o mês de março. Ele trabalhava no setor imobiliário e foi confundido com um padre.
Fotos não autorizadas
A foto foi tirada em uma procissão em Sevilha, na Espanha, quando ele vestia uma bata, e publicada sem sua permissão. Na época, Pazzi confessou que, apesar de alguns padres concordarem em posar, há fotos ‘roubadas’, ou seja, publicadas sem autorização do fotografado.
“Alguns sacerdotes acham a ideia divertida e até entram em contato comigo para que faça fotos. Mas outros são fotografados pelas ruas, de maneira espontânea”, disse. O Vaticano não se manifesta sobre o calendário, que contém ainda fotos do Coliseu e do Papa.

Paulinha revela segredo de sua dieta: 'Comer é um vício. Tratei como vício'

Ex-BBB, que perdeu 35 quilos em oito meses, relembra os altos e baixos do processo e comemora o sucesso: 'Nem minha mãe acreditou'.

Priscila Bessa do EGO, no Rio
Paulinha Leite posa para o EGO (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)Paulinha Leite: "Gordo não aceita que come muito. Eu falava: 'Doutor, eu quase não como'" (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
A sinceridade de Paula Leite somada – ou seria subtraída? – aos 35 quilos que emagreceu talvez expliquem o sucesso da roraimense nas redes sociais. A ex-BBB, que participou da 11ª edição do “Big Brother Brasil” e ficou conhecida por ser a primeira participante gordinha do reality show, conta hoje com 63 mil seguidores no Twitter, 31 mil no Instagram e 5 mil amigos no Facebook. Isso tudo fora os dez “grupos de apoio” que a loira mantém com cerca de 50 mulheres em cada chat do Whats App.
Nas salas de bate-papo virtual, Paulinha dá dicas e incentiva centenas de mulheres que lutam contra a balança assim como ela e, claro, querem saber o segredo para perder tanto peso. “Eu entendo as pessoas quererem saber a minha dieta porque elas me viram gorda, então é real”, conta Paulinha, que posou para o EGO de biquíni na praia do Recreio, Zona Oeste do Rio.

A ex-BBB - que hoje vive da renda de duas lojas de roupa feminina que mantém em sua cidade Natal, Boa Vista, e de um restaurante – relata semana a semana cada desafio que se impõe para chegar à sua meta de 59kg. Nos últimos oito meses, desde que decidiu perder os quilos a mais e passou de 96kg para 63kg distribuídos em 1,65m, Paulinha alternou regimes diferentes e adotou o que ela mesma chama de “dietas malucas”: “Fiz dieta do frango, da fruta, a do ovo (só com omeletes), a líquida e depois a pastosa, de quem faz cirurgia bariátrica. Porque eu pensei: ‘Se a pessoa fez e não morreu, então eu vou conseguir’”. Confira a entrevista:
Você já havia tentado fazer dieta em outros momentos. O que mudou que fez com que conseguisse perder tanto peso dessa vez?
Nunca cheguei ao peso que alcancei no início do ano, 97kg. São quase 100! Nunca havia passado de 80kg. Antes disso, minha fase mais gorda tinha sido na época do “Big Brother” mesmo. Lembro que quando tentei emagrecer pela primeira vez queria perder cinco quilos, dai esses cinco se transforam em dez, depois quinze, vinte... Eu sempre pensava que era muito e cada vez o que tinha para perder aumentava mais. Quando vi que precisava emagrecer 30 e tantos quilos, pensei: “Meu Deus, vou esperar chegar a 60 quilos para fazer alguma coisa?”. E dessa vez foi justamente quando todo mundo disse “ela não vai fazer, em dois meses ela desiste de novo”. Acho que isso contou. Ninguém acreditou, nem a minha mãe.
Paulinha (Foto: Reprodução/ Instagram) 
Paulinha mostra foto antiga
(Foto: Reprodução/ Instagram)
Teve acompanhamento médico?
Tive acompanhamento médico com endocrinologista e nutricionista. No início, foi mais rigoroso, mas depois fui aprendendo a lidar melhor com a dieta. Fiz todos os exames imagináveis. Porque gordo não aceita que come muito. Eu falava: “Doutor, eu quase não como”. A verdade é que você só engorda comendo, a não ser que tenha um problema hormonal muito grave.

Ter perdido tanto peso melhorou a sua autoestima?
Eu posso pesar 190kg que vou me achar gostosa, porque minha autoestima é intacta, sempre foi. Todo mundo achava que eu ia me sentir mal no “BBB” com as meninas magrinhas do meu lado, que eu não ia querer colocar biquíni. Que nada, o meu biquíni era o menor de todos!  Sempre tem uma revoltada que me critica argumentando que eu dizia que me aceitava e agora quis emagrecer, que isso significa que não era verdade o que eu falava. Mas eu acho que você sempre tem que tentar melhorar.

O que as pessoas mais te perguntam sobre o seu emagrecimento?
Todo mundo me pergunta qual foi a dieta que me fez perder peso mais rápido. Querem perder dez quilos em cinco dias. Só que o caminho mais fácil é o que você recupera mais rápido. Eu fiz dieta maluca também. Disse que ia jogar limpo desde o início e contei a verdade. Eu entendo as pessoas quererem saber a minha dieta porque elas me viram gorda, então é real. Só que eu expliquei que fiz dieta maluca e dei continuidade. Não fiz um regime e fui comer depois. Isso é o que todo mundo faz, aí em poucos dias recupera tudo. Então naquela uma semana você só sofreu.
Eu posso pesar 190kg que vou me achar gostosa, porque minha autoestima é intacta"
Paulinha
Mas mesmo nesses regimes drásticos você teve acompanhamento médico?
Sim. Eles não concordavam com a dieta, mas tentavam adaptar para não ser tão maluca. Por exemplo, colocavam um suco, uma saladinha, um molho. E eu saia de uma dieta e entrava em outra. Trocava de dieta a cada dez dias. Porque o corpo se acostuma com facilidade e o meu, então, se acostuma muito fácil. Outra coisa que eu mudei é que antes se eu perdia três quilos, saía para comemorar e engordava cinco. Gordo tem aquela desculpa: “Ah porque hoje estou inchada”. Você está 15 quilos mais gordo porque vai ficar menstruada? Tem que ser realista.

Chegou a passar mal?
Nunca passei mal por causa de dieta e nem desmaiei. O máximo que tive foi dor de cabeça, mas não é fome, é porque o nosso organismo está acostumado. Tudo que você não consegue ficar sem é como uma droga, um vício mesmo. Se você consegue ficar sem a comida você emagrece, se você não consegue você é viciado, sim. Parece uma droga. Tanto que fui à psicóloga no início porque dizia: “Não é possível, eu só penso em comer. Eu estou feliz, quero comer; estou triste, quero comer, não tem tempo ruim. Se estou comendo está bom”. Ela me disse que eu tinha que pensar em outras coisas, que quando eu pensasse em comer deveria lembrar que não estou com fome, e sim com vontade de comer. São várias coisas que você mesma pode concluir sozinha, mas que você não faz porque escolhe o caminho mais fácil.
Paulinha Leite posa para o EGO (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)Paulinha: "Posso pesar 190kg que vou me achar
gostosa" (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
Qual momento foi o mais difícil?
A segunda semana, porque na primeira você está empolgada. Mas depois você começa até a achar que engordou. Lógico que não tinha engordado. O problema é que todo mundo quer emagrecer rápido, o que obviamente não vai conseguir. Ai você se frustra, porque está demorando, e para. Foram 35 quilos em oito meses, isso dá uma média de quatro quilos e pouco por mês. Só que as pessoas querem perder dez quilos em um mês.

Pensou em desistir?
Chegou um momento em que falei para a minha mãe: “Quer saber? Não vou emagrecer, dane-se o mundo”. Nisso de dane-se o mundo engordei horrores e ai voltei para o “Ai, quero emagrecer” (risos). É um vício e eu tratei como um vício. No início eu chorava: “Ah, com eu queria comer uma pizza, tomar um refrigerante...”. Eu não saía de casa, agia como um dependente. Quem está se reabilitando não se expõe ao que não pode usar, certo? Ai falavam: “Ah, mas você não vai viver?”. Vou, isso é por pouco tempo até conseguir emagrecer, porque quem quer manter pode comer um pouquinho. Quem quer emagrecer não dá. Não ia a aniversário ou pizzaria. Na minha casa só entrava coisa de dieta e que eu podia comer. Pedi que minha mãe passasse a almoçar fora. Mudei minha vida toda. Minha família não estava acreditando muito, mas me apoiou. Passei a só comprar roupas menores que o meu tamanho, fiz promessas, estipulei metas... tudo para focar.
Mudei minha vida toda. Passei a só comprar roupas menores que o meu tamanho, fiz promessas, estipulei metas, tudo para focar."
Paulinha
É verdade que você chegou a chorar na academia?
Nunca vou me esquecer da cena. Tinha quinze dias que eu estava malhando e eu não tinha emagrecido o quanto queria, então chorava pensando: “Não gosto disso aqui, por que estou aqui?”. Eu me olhava no espelho, me via gorda e pensava que não ia conseguir. Na primeira semana é horrível, você quer comer o Brasil inteiro. Tem que ter paciência.

O que vai fazer com as roupas antigas de quanto pesava 35 quilos a mais?
As antigas estão lá ainda. Eu vou doar a maioria, mas algumas que amo de paixão vou mandar apertar. Tem peças que eu olho e digo: “Não é possível que eu vestia essa roupa”. É muito bizarro mesmo. As blusas viraram vestidinhos. Os vestidos longos arrastam no chão.

E o seu namorado secreto te apoiou? (Paulinha namora há oito meses um rapaz, mas não revela o nome nem sob tortura).
Meu namorado só sabe dizer: “Emagrece”. Se deixar ele me dava só água todo dia (risos). Ele foi crucial, porque enquanto todo mundo me dizia “nossa como você emagreceu”, ele falava “tem que emagrecer mais”. Até que um dia eu estava de TPM, chorei, e disse que só queria que ele falasse alguma coisa quando achasse que estava bom. Foi quando ele me falou que eu estou magra sim, que ele não é doido e nem tem problema na vista, mas que estava agindo assim porque me conhece e sabe que se ele fizesse como todo mundo, eu ia tirar o pé do acelerador. Ele não me leva para pizzaria ou jantares superengordativos para me ajudar. Vamos a lugares que um peixe ou algo mais leve.
Paulinha Leite posa para o EGO (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)Paulinha Leite comemora as novas medidas e diz que quer perder mais seis quilos (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)