3.08.2014

CÂNCER DE ESTÔMAGO É O TERCEIRO TIPO MAIS FREQUENTE ENTRE OS HOMENS


 


Veja por que o câncer de estômago está se tornando cada vez mais comum e aprenda sobre sintomas e tratamentos.

Perda de peso inexplicável, sensação de plenitude gástrica, vômitos e desconforto abdominal. Estes são os principais sinais de alerta de um câncer de estômago, tumor maligno que já representa o terceiro maior número de casos, em homens, no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de próstata, (2º) e do câncer de pulmão (1º), de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Estima-se que, este ano, 20.390 pessoas serão diagnosticadas com a doença, sendo 12.870 homens e 7.520 mulheres. Os números revelam que os homens têm quase duas vezes mais chances de desenvolver um câncer de estômago do que as mulheres. Ainda segundo o INCA, quase 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. O pico de incidência se dá em homens por volta dos 70 anos.
Os oncologistas da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Agnaldo Anelli e Miriam Hatsue Honda Federico, esclarecem as principais questões sobre o assunto:
Tipos de câncer de estômago
O tipo mais frequente é o adenocarcinoma gástrico, que progride através de uma série de estágios: mucosa normal, gastrite crônica, gastrite atrófica, metaplasia intestinal (transformação da célula da mucosa do estômago em célula de intestino) e, finalmente, a displasia (presença de anomalias no decurso e desenvolvimento do órgão) e o câncer.
Outros tipos menos frequentes são os linfomas gástricos, que podem ser MALT (Mucosa-associated lymphoid tissue) ou não-MALT, ou seja, associado ou não à mucosa constituída por células pequenas e com baixo grau de malignidade. Os linfomas apresentam tratamento muito diferente dos adenocarcinomas e, geralmente, são associados à melhor prognóstico e taxas de cura.
Diagnóstico
A maioria dos pacientes com câncer gástrico é diagnosticada em fase avançada. Normalmente, o processo se inicia após o paciente se queixar dos sintomas. Para descobrir a razão do desconforto, o médico realiza uma endoscopia e, se houver alterações no órgão, é feita uma biópsia, seguida por uma ultrassonografia endoscópica para avaliar a profundidade da lesão (camadas envolvidas), tomografia, para verificar a extensão e indicar o melhor tratamento e, por fim, um exame de PET-Scan, para que todo o organismo seja analisado, descartando ou evidenciando uma doença metastática.
Tratamento
Com base nas informações obtidas nos exames, o médico especialista vai indicar o tratamento mais adequado para combater o tumor. Entre as opções terapêuticas, estão:
Ressecção endoscópica - Recomendada apenas para os casos iniciais de câncer gástrico, trata-se da retirada do tumor com acesso pela boca, sem necessidade de cortes.
Cirurgia - Forma mais utilizada nas fases localmente avançadas da doença. Durante o procedimento, pode ser realizada uma gastrectomia total (remoção completa do órgão) ou a gastrectomia subtotal (manutenção de parte da bolsa gástrica). Na cirurgia, também são removidos os linfonodos regionais e o grande omento (membrana gordurosa que recobre o peritônio e o baço).
Quimioterapia - Pode ser indicada antes da cirurgia, para diminuir o tumor e torná-lo operável, ou após o procedimento cirúrgico, nos casos em que há extensão para as camadas mais profundas do órgão ou a infiltração de linfonodos. Atualmente, novas drogas que agem diretamente nas células cancerígenas e aumentam as taxas de resposta e a sobrevida dos pacientes já estão disponíveis no tratamento do câncer gástrico.
Radioterapia - Pode ser recomendada em conjunto com a quimioterapia, após a cirurgia, quando há lesão avançada, no tratamento paliativo descompressivo das vias biliares ou na suboclusão gástrica (obstrução do aparelho digestivo).
Prevenção
Para prevenir o câncer de estômago, é preciso manter uma dieta balanceada e evitar alimentos industrializados, como enlatados e produtos com corante. Pessoas que fumam, ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm mais chances de desenvolver o problema.

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