5.15.2014

Os erros dos outros



Como é fácil apontar os erros daqueles que nos rodeiam, daqueles com quem convivemos no trabalho, num aniversário, em família, num grupo. Num grupo... Vivemos em grupos e o que os grupos têm de mais especial são as diferenças que cada individualidade acrescenta, deixando-os mais ricos. 

Contudo, quando tudo está bem, tudo está bem. Quando alguma coisa está mal, já nada está bem. E quando achamos que alguma coisa não está bem, é porque tendemos a culpar os outros, tendemos a encontrar supostos erros que os outros possam ter cometido. 
Mas e eu? Não cometo erros? Serei perfeito? Não, não sou! É-me impossível, já que, como ser humano, sou um ser emotivo, passional e sensível, o que engloba um sem número de possibilidades sentimentais: ódios/ amores; reconhecimento/ rancores; empatias/ desdém...e por aí fora. 

Esquecemo-nos que não somos perfeitos, ninguém o é; Quem sabe um dia seremos... 

Os outros têm o direito de errar e de melhorar e se quiserem de continuar a errar, é o crescimento pessoal que cada um tem , que cada um desenvolve. E, se ao invés de criticar, ajudássemos ou apenas perguntássemos porquê, quando nos sentimos injuriados. Perguntar nem sempre é inconveniente. Perguntar esclarece dúvidas e acaba com rumores, com picardias, com a raiva, com o ódio e com a vontade de vingança, que só nos infeta a alma. 
Quando APONTO um erro a alguém, será que tenho a capacidade de ver o erro que cometi, será que não foi o MEU erro que fez com que determinada pessoa agísse de determinada maneira? 
Mas afinal que utilidade tem o erro? A meu ver, o erro demonstra o interior de cada um de nós. Somos capazes de assumir os nossos erros perante os outros? Quando os assumimos, fazêmo-lo com arrogância ou com humildade e compreensão; fazêmo-lo por palavras ou com ações? Às vezes é mais fácil culpar do que admitir.

Que aquele que admite nunca se envergonhe, nem se pavoneie. A justiça e os valores que defendemos denotam-se nas nossas ações. O "olho por olho, dente por dente" não é assim tão linear, nem sequer vai de encontro ao seu verdadeiro significado.

Todos temos o direito de errar, todos temos o direito de melhorar e todos temos o dever de repensar se o erro foi realmente do outro, se foi nosso ou se sequer foi erro, se não foi apenas um ponto de partida para melhorar.

Mas, e se realmente parássemos de agir como a sociedade quer e fóssemos realmente o que somos? 

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