5.12.2014

Tênis de cinco dedos não tem benefício comprovado, admite fabricante

Em processo por propaganda enganosa, a Vibram FiveFingers faz acordo com consumidor e pode ser forçada a indenizar todos os que acreditaram em seus anúncios


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Five Fingers: empresa não comprova os propalados benefícios - Divulgação
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Five Fingers: empresa não comprova os propalados benefícios
SÃO PAULO - Os estranhos sapatos com cinco dedos, que imitam pés descalços, ganharam fama nos pés de celebridades como Hugh Jackman e Scarlet Johansson.

Agora a fabricante Vibram FiveFingers pode ser obrigada a pagar indenização aos consumidores após a descoberta de que não existe comprovação científica de que os pisantes podem fortalecer os músculos ou prevenir lesões.

A empresa admitiu em um processo judicial que não pode comprovar os benefícios dos calçados de cinco dedos.

Os calçados foram introduzidos no mercado em 2005 e ganharam espaço rapidamente. Marcas como Nike e Adidas lançaram tênis de estilos semelhantes.


Com o seu design incomum, os tênis com cinco dedos foram comercializados como uma forma de prevenção de lesões para corredores comuns.

No site da Vibram, a empresa anunciava até a semana passada: "Imagine um calçado que pode realmente ajudar a manter o seu pé saudável, fortalecendo os músculos dos pés e pernas, melhorando a amplitude dos movimentos e aumentando a recepção sensorial, importante para o equilíbrio e agilidade".

Agora a empresa foi forçada a retirar o apelo de benefícios à saúde, depois que um consumidor americano, Valerie Bezdek, entrou com um processo judicial contra a empresa em março de 2012, em Massachusetts, onde fica a sede da fábrica.

A Vibram, fundada há 75 anos para fazer botas, começou a fazer sapatos ultraleves especializados em 2005.

Como parte do acordo de R$ 8,4 milhões no processo, a empresa concordou em retirar dos anúncios as afirmações relativas aos supostos benefícios à saúde, informou o jornal Daily Mail.

O acordo final está sujeito à aprovação do tribunal, mas os clientes que apresentarem reivindicações poderão receber R$ 45,00 a R$ 187,00 como compensação.

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