8.25.2014

BRINCANDO DE DEUS: OS HORRORES DA ENGENHARIA GENÉTICA



        A biotecnologia agora pode cruzar animais com plantas, deixando os vegetarianos confusos. Atualmente, o mundo científico tem o poder de alterar os processos mais íntimos da natureza, não somente transferindo características entre vegetais, mas também realizando alterações cruzadas entre vegetais, animais e seres humanos. A engenharia genética, que em si não tem limites éticos, cria um sério impacto no meio ambiente animal e vegetal, violando nossa relação com o mundo natural. Muitos acreditam que os animais têm o direito de viver, livres da interferência humana, de acordo com suas estruturas genéticas originais. Além disso, os animais jamais poderão servir como modelo de doenças humanas porque são demasiado diferentes. No entanto, cientistas continuam tentando, quanto mais não seja porque o mercado de transplantes humanos está avaliado em mais de 6 bilhões de dólares por ano.



        A biotecnologia nos últimos anos tem progredido aos trancos e barrancos, representando um salto quântico na exploração dos animais e permitindo aos seres humanos transportar genes de uma espécie animal para outra completamente diferente. Cientistas e empresas de biotecnologia dos países mais desenvolvidos querem criar novos animais que produzam carnes mais saborosas em maiores quantidades, maiores quantidades de lãs mais sedosas e mais facilmente industrializáveis, além de animais com órgãos que possam ser transplantados para seres humanos. Isto não pára aí: muitas das culturas geneticamente modificadas, já em testes de campo nos Estados Unidos e no mundo todo, podem não somente produzir um impacto devastador tipo Parque dos Dinossauros no ecossistema global, como também afetar economias de países do terceiro mundo dependentes da agricultura. A engenharia genética é uma ciência reducionista que ignora seus amplos efeitos dinâmicos nos ecossistemas do planeta.

       A engenharia genética envolve a introdução de genes, contendo ADN (ácido desoxirribonucléico), retirados de seres humanos ou animais e injetado dentro de células de bactérias, fungos ou outros animais, sendo um de seus resultados os assim chamados animais transgênicos, que não podem se desenvolver naturalmente ou através da seleção natural.

      Para forçar fêmeas a produzirem grande quantidade de óvulos são injetados hormônios e também inseridas esponjas impregnadas de hormônios diretamente em seus tratos reprodutivos. A esse processo chamamos superovulação. Os ovos então são inseminados artificial, manual ou cirurgicamente. A seguir, os embriões são injetados com células previamente tratadas com ADN com genes para os tecidos preferidos e então transferidos cirurgicamente para mães "adotivas". Esse processo exige 80 animais doadores e receptores para produzir somente uma vaca transgênica, caso tudo corra bem, o que é muito raro. Uma vez produzido o animal transgênico, começa seu sofrimento. Por exemplo: genes não porcinos foram colocados em porcos para produzir animais com úlceras gástricas, doenças do fígado e rins, aleijões, visão defeituosa, perda de coordenação, susceptibilidade à pneumonia e ao diabetes.

       As pesquisas de engenharia genética são desenvolvidas mais freqüentemente em animais como ratos, porcos, ovelhas e peixes, e ainda em plantas como: tomate, tabaco e grãos.

     Vegetarianos em todo o mundo estão seriamente preocupados se o alimento que ingerem é realmente vegetal. O tomate Flavr Savr, como é chamado, é geneticamente alterado pela introdução de genes de um peixe, o linguado, encontrado no Ártico, para torná-lo resistente ao congelamento e ao transporte, para que permaneça maduro por mais tempo na própria planta e ao mesmo tempo mais firme durante a colheita, com frutos maiores e mais saborosos. Nenhum leigo é capaz de dizer a diferença entre o tomate Flavr Savr e um tomate normal, razão primária pela qual os vegetarianos exigem que os tomates alterados sejam devidamente rotulados.

      Outros experimentos que incluem genes de galinhas introduzidos em batatas, para aumentar a resistência às doenças e para aumentar o tamanho e o tempo de comercialização; tabaco alterado com genes para reduzir impurezas ou com genes de vaga-lume para se iluminarem à noite. Para alguns biotecnólogos brincar com genes de animais virou um jogo. Com isso podem criar um ser horroroso somente para saciar suas fantasias. Cientistas americanos desenvolveram um rato chamado de oncorato, geneticamente alterado para ter câncer e morrer de forma lenta e sofrida. O primeiro oncorato foi criado em 1981 e após 15 anos a cura do câncer ainda ilude os cientistas. A engenharia genética em ratos não pára aqui. Um rato geneticamente criado sem sistema imunológico foi desenvolvido para produzir órgãos humanos internos ou externos tais como orelhas. A ausência de um sistema imune assegura que o rato não rejeitará o tecido humano.      

 Cientistas fazem um molde de um órgão humano, uma orelha, por exemplo, com tecidos biodegradáveis de poliéster ou outros polímeros. Então, transferem células dos órgãos que desejam e implantam o conjunto no rato. Depois de desenvolvido o órgão é implantado no rato que dá um jeito de sobreviver após a remoção dessa orelha.

        Da mesma forma, cientistas têm desenvolvido fígados, pele, cartilagem, ossos, ureteres, válvulas cardíacas, tendões, intestinos, vasos sangüíneos e tecidos para mamas, com tais polímeros. No entanto, se a idéia de se inverter o procedimento (trocar homens pelos ratos) fosse contemplada, as pessoas iriam dizer que é blasfêmia. Não se pensa nos animais envolvidos e a extensão aonde chegarão estes experimentos é incerta. Mudanças somente surgirão quando os cientistas reconhecerem o direito dos animais viverem de forma saudável sem que os homens adulterem seus genes.

       Porcos também têm sido criados transgenicamente de modo que seus órgãos possam ser transplantados em homens. Porcos transgênicos foram primeiramente criados em 1985 e cientistas desenvolveram órgãos em porcos com a propriedade de abrigar células humanas com proteínas capazes de enganar o sistema imune humano para que o órgão não seja rejeitado pelo sistema imunológico, esperam.

      Outro exemplo, é o de uma ovelha injetada com hormônios desenvolvidos pela bioengenharia para produzir uma lã que cai, uma ovelha "auto-tosquiável". Isto foi feito na Austrália onde, infelizmente para as ovelhas, o clima é ensolarado e quente a maior parte do tempo. Como resultado, as ovelhas abortam muito. Onde tudo isto acabará? Falando de ovelhas, a ovelha Welsh, que foi clonada, é prova viva de que a vida pode ser criada sem esperma. Um cientista do Instituto Rosalin a criou fundindo uma célula criada em laboratório com um óvulo de ovelha esvaziado por uma descarga elétrica. Imagine criar uma ovelha em uma placa de laboratório! Ironicamente, os cientistas consideram antiético fazer isto com seres humanos.

      Em outro experimento bizarro, cientistas indianos do Nimbalkar Research Institute, Phaltan, Maharashtra, criaram por inseminação artificial um animal com a cabeça de um bode e o corpo de uma vaca. Este animal engorda mais rápido e assim a quantidade de carne aumenta.

    Cientistas afirmam que podem e farão animais geneticamente alterados que ajudarão a curar doenças humanas. Pesquisas transgênicas são feitas já há 20 anos e nenhuma doença humana foi curada, apesar de terem se desenvolvido inesperadamente doenças como diabetes, cegueira, aleijões e câncer (entre outras) em animais submetidos a essas ridículas experiências. A engenharia genética chegar a este ponto é um símbolo do consumismo ensandecido. Será realmente correto que os animais e o meio ambiente tenham que suportar a violência de nossa curiosidade insaciável?

[Reimpresso de Amigo Compassivo publicado por Beauty Without Cruelty, India]

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Atualizado às: 30 de janeiro, 2009 - 21h58 GMT (19h58 Brasília)
Pesquisadores criam porcos transgênicos em avanço para transplantes





Porcos (arquivo)
Os órgãos dos porcos causam reação mais fraca em humanos

Pesquisadores de uma universidade em Munique, no sul da Alemanha, conseguiram criar porcos geneticamente modificados cujas células provocam uma reação relativamente fraca do sistema imunológico, quando em contato com o organismo humano.

O experimento abre caminho para um possível transplante de órgãos desses animais em pessoas.

O novo tecido suíno geneticamente modificado apresenta proteção contra células que compõem o sistema imunológico humano.

Os pesquisadores trocaram um tipo de molécula na superfície
 das células de porco por um substituto de origem humana.

Passo importante

Os mecanismos naturais de defesa do organismo tornam 
impossível até agora o transplante de órgãos 
animais em humanos.

Normalmente, células de defesa destruiriam em poucos 
dias um órgão de porco implantado em uma pessoa, 
segundo Elisabeth Weiss, imunologista da 
Universidade Ludwig Maximilians, de Munique.

Ela é integrante da equipe que desenvolveu o projeto, 
cujos resultados foram publicados na edição de janeiro 
da publicação científica Transplantation.

Nas experiências com o novo tecido, foi verificada uma 
reação do sistema imunológico humano que pode ser 
tratada por meio de medicamentos.

Os órgãos suínos geneticamente modificados dessa
 forma ainda não são próprios para transplantes. 
Os cientistas ainda têm que vencer outras barreiras
 imunológicas do corpo humano.

Mas, de acordo com Weiss, a modificação que já foi feita
 nas células dos porcos constitui um passo importante 
para que um dia órgãos de porcos possam ser usados em humanos.

“Ainda é um caminho longo até que os órgãos possam
ser aproveitados”, reconheceu a pesquisadora.
 “Mas acho que, no caso de alguns órgãos, 
a idiea já não é mais um sonho de ficção científica.“

Desde os anos 90 a ciência tenta tornar porcos doadores 
de órgãos apropriados para humanos, lembrou Elisabeth Weiss.

“Porcos comem de tudo, como a gente, e seus órgãos 
têm mais ou menos as mesmas dimensões que os nossos.”

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