EFE |
O ex-ministro da Saúde e candidato a governador de São Paulo, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que o programa "Mais Médicos", do governo federal, atendeu 50 milhões de pessoas em oito meses.
O "Mais Médicos" foi lançado em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff e foi promovido por Padilha como ministro.
O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT (d), fala ao lado do presidente do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, Emid
O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT (d), fala ao lado do presidente do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, Emidio de Souza (e), e do presidente da Agência Efe, José Antonio Veras (m). EFE
"O programa é um sucesso. É um exemplo de dinamismo e velocidade porque em oito meses atendemos 50 milhões de brasileiros. É como se a Espanha inteira não tivesse médicos em suas unidades", afirmou Padilha durante o sétimo fórum "Efe Café da Manhã", patrocionado pelo banco Santander Brasil.
Até março, o programa tinha atendido 44 milhões de pessoas, segundo números oficiais.
Em seu discurso durante o café da manhã organizado pela Agência Efe com políticos, empresários, autoridades e jornalistas em São Paulo, Padilha destacou que o estado foi o que mais pediu profissionais do programa.
"São mais de dois mil médicos do programa no estado de São Paulo. Atendemos 320 municípios, principalmente nos arredores das grandes cidades", apontou.
Sobre as críticas que o programa recebeu pela contratação de estrangeiros, Padilha respondeu que os 14 mil médicos estrangeiros contratados representam menos de 5% em "um universo" de 300 mil profissionais.
"Na Inglaterra, a proporção de médicos estrangeiros, por exemplo, é de 37%, e aqui com a chegada de todos estes profissionais, estamos ampliando para 16 o número de faculdades de medicina no estado e abrindo seis mil novas vagas para médicos especialistas em todo o país, que se somam às três mil que já foram criadas", citou.
A iniciativa, segundo sua opinião, "provocará outras mudanças na saúde pública brasileira".
Padilha comentou também os recentes episódios de dissidência de médicos cubanos, que são a maioria do programa "Mais médicos".
"São sete casos entre 14 mil - estrangeiros contratados", acrescentou.
Para Padilha, esse tipo de críticas perto das eleições gerais de 5 de outubro, não terão o efeito esperado por seus opositores.
"Os opositores que quiserem trazer esse debate para a eleição vão sair derrotados", disse o político e médico paulista, que defendeu a "qualidade" dos profissionais do país caribenho.
"Não entro no debate ideológico sobre Cuba, mas se defendo a qualidade do médico cubano, é porque têm tradição e prestam assistência em mais de 60 países. Eles vêm com a disposição de atender quem mais precisa", ressaltou o ex-ministro, que lembrou sua experiência pessoal nas regiões remotas do país.