8.06.2014

Gravidez na terceira idade


Muitas mulheres que possuem o sonho de se tornarem mães, sabem que a gravidez na terceira idade trata-se de uma gravidez de risco. Depois dos quarenta anos não se trata de uma gravidez completamente indicada por médicos, pois já é considerado alto o risco que se tem do corpo não aguentar dar vida à outra pessoa que está para nascer, podendo também prejudicar o feto.

Atualmente o risco de morte de uma gravidez na terceira idade é muito menor. A medicina já não deixa casos como esses serem registrados com frequência e até mesmo por este motivo algumas mulheres estão optando por escolher esta época para conseguir ter seu filho, sendo que muitas vezes abriram mão de se tornarem mais por causa da sua vida profissional e principalmente financeira.

Depois dos 50 anos não é indicado, nem mesmo com o auxílio da medicina, engravidar. Depois dos 40 anos já é complicado manter mãe e filho com saúde, mas não tão complicado quando se chega aos cinquenta, que é onde algumas correm riscos de engravidar por que pensam que a menopausa não é um período fértil, onde estão completamente enganadas.

A gravidez na terceira idade

 por em Medicina Reprodutiva
É possível ser mãe na terceira idade? Existe uma idade limite para a maternidade? A resposta é muito variável entre as mulheres e depende principalmente da disponibilidade de óvulos.
As mulheres possuem uma quantidade limitada de óvulos, desde sua formação embrionária, que diminui a cada ciclo menstrual. Sob a ação do hormônio FSH muitos óvulos são estimulados no ovário para amadurecer, porém, na maior parte das vezes, apenas um completa o seu amadurecimento durante cada ciclo menstrual. Este óvulo eclode do ovário ou desce pelas trompas onde acontece o encontro deste com os espermatozoides. Alguns fatores, no entanto, podem dificultar o percurso do óvulo às trompas, como a endometriose, por exemplo, atrapalhando a fertilização.
Com o passar da idade, a disponibilidade de óvulos no ovário diminui, e há um aumento do nível do hormônio FSH, até um ponto que os níveis hormonais estão muito altos e não há mais óvulos no ovário. Neste momento já não é mais possível ter filhos com os óvulos próprios.
Além disso, o envelhecimento dos óvulos pode causar problemas na divisão celular, aumentando o risco de incidência de alterações cromossômicas nos embriões gerados. Isso não significa que todos os filhos de mulheres mais velhas terão problemas cromossômicos, apenas que há um aumento de risco com o passar da idade. As oogônias possuem 46 cromossomos e devem se dividir em duas células filhas contendo 23 cromossomos em cada. Com o passar da idade diminui a capacidade da oogônia dividir-se adequadamente, gerando células filhas com cromossomos a mais ou com cromossomos a menos.
Nessas situações as mulheres podem optar pela utilização de óvulos doados. No Brasil a doadora de óvulos deve ser desconhecida e sem fins lucrativos. Os casais que optam pela utilização de óvulos doados pode selecionar a doadora pela semelhança física.  A doadora passa por um processo de estimulação de ovulação e os óvulos coletados são armazenados até o momento da fertilização. A opção pela ovodoação pode ser melhor discutida nas clínicas de fertilização e tem permitido que muitas mulheres após a menopausa, sejam capazes de gerar filhos.
Denise Maria Christofolini – Geneticista

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