12.27.2014

Ejaculação precoce: 10 perguntas e respostas

Cientistas do mundo todo se reuniram em busca de uma definição correta para o problema que tira o sono de 25% dos brasileiros – e de suas parceiras! Tire suas dúvidas sobre o assunto e veja as abordagens que ajudam a retardar a ejaculação masculina



Homem triste na cama
Kieferpix/Thinkstock/Getty Images

1. Afinal, o que é ejaculação precoce? 

A nova definição saiu de um consenso envolvendo especialistas do mundo todo. O grupo dividiu a ejaculação precoce em duas categorias: primária e secundária. "Na primária, a prematuridade acontece desde o início das relações sexuais e o tempo decorrido da penetração vaginal à ejaculação é menor que um minuto", explica o urologista Luiz Otávio Torres, da Sociedade Internacional de Medicina Sexual e um dos autores da diretriz. No tipo secundário, o homem não tinha nenhuma queixa de sua performance entre quatro paredes, mas, por algum motivo, passa a expelir o sêmen mais rápido do que gostaria - ele não alcança três minutos de transa. Para você ter ideia, a média global (e considerada normal) fica na casa dos cinco minutos.

2. É normal ejacular mais rápido depois de muitos dias sem transar? 

Sim, é natural. E acontece por motivos fisiológicos (o acúmulo de espermatozoide) e em função da espera para transar com a amada. "O indivíduo mentaliza a cena previamente e a vontade só cresce", diz o urologista Mariano Barcelos Filho, do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Por isso, os experts sugerem a masturbação a quem vai permanecer longe da parceira por longos períodos. No retorno, as coisas tendem a se desenrolar sem tanta pressa.

3. Se o tempo de penetração só é curto às vezes, há indício de problema? 

A última edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais, o DSM-5, da Associação Americana de Psiquiatria, informa que, para ser diagnosticado, o distúrbio tem de se repetir em 75% das relações sexuais. "É necessário que ele persista por mais de seis meses", completa Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade Humana da Universidade de São Paulo (USP). Se as falhas são esporádicas, estão relacionadas a estresse e outras questões momentâneas e não merecem um tratamento específico. Também não há drama nenhum se o rapaz estiver em suas primeiras experiências sexuais.

4. Homens circuncidados têm menos ejaculação precoce? 

Retirar o prepúcio, a pele que recobre a cabeça do pênis, parece não ter grande influência no tempo de transa. "A circuncisão deve ser encorajada mais por uma razão higiênica", afirma Barcelos.

5. Usar o preservativo ajudaria, já que diminui a sensibilidade do pênis? 

Sim, a estratégia funciona para alguns homens, pois a camisinha impõe uma barreira que diminui o contato do pênis com a vagina. "Mas os estudos que avaliaram a sua efetividade nesse quesito não são conclusivos", contrapõe Sidney Glina, urologista e professor da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo. Nos marmanjos que dizem se beneficiar da estratégia, os modelos de látex mais grossos são preferíveis. Vale lembrar: a despeito do problema, colocar o preservativo é tática indispensável para prevenir doenças e gravidez indesejada.

6. Técnicas caseiras, como pensar em coisas ruins na hora agá, funcionam? 

Na internet, é comum encontrar soluções bem criativas para atrasar a ejaculação. Uma delas sugere que o homem pense em algo entediante quando sentir que está prestes a gozar. Mas não dá pra levar a dica ao pé da letra: ficar desanimado num contexto tão excitante diminui a interação amorosa com a parceira e até acaba com a ereção. Uma saída seria dar um forte aperto na glande segundos antes da ejaculação, já que a dor diminuiria a afobação. "Isso até funciona, mas é importante a compreensão e a cooperação da mulher", lembra Miguel Srougi, professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP.

7. E gozar rápido com sexo oral? É ejaculação precoce? 

Os estudiosos não encontraram evidências suficientes para formatar definições concretas de ejaculação precoce para sexo oral e anal. "O consenso se restringiu ao sexo vaginal", confirma Glina. Por enquanto, não se pode cravar o que é prematuro nas demais modalidades.

8. Tomar álcool atrasa a ejaculação? 

Sim, porque as bebidas relaxam e aplacam a ansiedade. Mas esse é um caminho perigoso: o homem pode ganhar uma dependência de cerveja, uísque e afins para ter uma relação sexual satisfatória. E, aí, se não puder beber nada...

9. A posição influencia o tempo de transa? 

Depende do casal. De uma maneira geral, posições como papai e mamãe e de quatro excitam mais o homem, uma vez que exigem principalmente sua movimentação. Com músculos de quadris, pelve e pernas contraídos, a ejaculação tende a vir rápido. "As posições menos estimulantes são ele com o corpo de lado ou com a parceira por cima", exemplifica Carmita.

10. Quem demora para ter orgasmo precisa se preocupar? 

Embora raro, o transtorno existe. É a anorgasmia, ocasionada por antidepressivos, baixas na testosterona ou instabilidades emocionais. A psicoterapia e os fármacos resolvem a situação.

Quais as soluções?

O novo consenso pontuou as abordagens que ajudam a dar adeus à ejaculação precoce - e mais está por vir!



Psicoterapia
<span>"A terapia aumenta os conhecimentos do homem sobre a vida sexual, amplifica sua confiança e diminui seu nervosismo", justifica Miguel Srougi. O ideal é que as visitas ao profissional de saúde sejam feitas ao longo de várias semanas e até com a participação da mulher

Anestésico tópico
Remédios como a lidocaína, em forma de creme, gel ou spray, são passados no pênis e diminuem a sensibilidade. O produto é aplicado cinco minutos antes da penetração. "Só que o homem precisa utilizar o preservativo para não anestesiar a vagina da parceira", lembra o urologista Milton Skaff, do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. No entanto, alguns especialistas questionam o real efeito desse método

Antidepressivos
A principal saída medicamentosa hoje são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, uma classe de drogas que combate a depressão. Os cientistas viram que pessoas que tomavam esses comprimidos demoravam a gozar. "Eles aumentam, lá no cérebro, os níveis dos neurotransmissores envolvidos com o momento da ejaculação", esclarece o urologista Luiz Otávio Torres
Treinamento pélvico
Fortalecer a musculatura do assoalho pélvico favorece o controle do pênis durante a transa. "Existem técnicas que ensinam o indivíduo a contrair os músculos da região corretamente", resume Gustavo Sutter, vice-presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica.

Para e recomeça
Os médicos também sugerem um treino comportamental por meio da masturbação. "Ao chegar próximo da ejaculação, o sujeito interrompe o ato e, depois, volta a estimular o pênis", descreve Skaff. Dá pra praticar sozinho ou com o auxílio da mulher
 
Dapoxetina
É o único fármaco desenvolvido especificamente para acertar o controle ejaculatório. Já aprovado no Brasil, é uma opção utilizada sob demanda, duas horas antes do sexo. "Ele é interessante sobretudo aos homens sem parceira fixa", detalha o urologista Ege Serefoglu.( Somente o seu médico deve receitar)

Neuromodulação
Cientistas testam eletrodos que reduzem a atividade dos nervos responsáveis por levar o comando cerebral para o pênis. Há até uma proposta mais radical: a de cortar a comunicação com a região. Mas tudo isso ainda está em fase de pesquisa
 
Toxina botulínica
Em experimentos, ratos receberam injeções da famosa substância no principal músculo que propicia a ejaculação. Com a área rígida, a saída de sêmen demorou minutos adicionais para acontecer. Estudos estão em curso para comprovar a segurança e a eficácia da toxina ali.

CHULÉ

O que causa o cheiro ruim nos pés, siga as dicas para eliminá-lo e nunca mais tenha vergonha de tirar os sapatos em público

Thinkstock/Getty Images
O nome técnico para o chulé é bromidrose. Na maioria dos casos, boa assepsia dos pés resolve o problema
Só de pensar no mau cheiro que os pés exalarão, há quem não tenha coragem de tirar os sapatos em locais públicos (um restaurante japonês, por exemplo) ou mesmo de dar uma relaxadinha nos calçados durante o expediente. O culpado por todo esse desconforto é o chulé – ou, se preferir chamar pelo nome técnico, a bromidrose.

Leia: como cuidar dos pés no inverno
O que causa o chulé é a combinação de suor com bactérias nos pés. “Isoladamente, o suor é composto por água e eletrólitos [sais minerais], e não tem cheiro. É natural em todo ser humano, todo mundo sua. O problema ocorre quando há bactérias no local, porque elas encontram na umidade o ambiente ideal para se proliferarem e produzirem aquele odor ruim”, explica a dermatologista Márcia Grieco, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

Dicas de saúde: Bolhas nos pés: pode estourar?
É preciso entender, portanto, de onde vêm essas bactérias. Sua principal fonte está na má higienização dos pés. Quando os espaços entre os dedos não são lavados ou a secagem pós-banho não é feita adequadamente, as bactérias se acumulam nessa área e começam a agir, gerando chulé.
Aliado a isso, o hábito de manter os pés fechados em sapatos também beneficia o crescimento bacteriano. “Se os calçados forem de materiais sintéticos, como plástico ou borracha, a situação piora. Eles estimulam a sudorese, retêm completamente a umidade e viram colônias de bactérias”, diz o podólogo Aires Charão, da Clínica Quiropé.
Mas mesmo pés muito bem asseados e refrescados podem se tornar vítimas de chulé: isso acontece quando surgem frieiras nos dedos ou micoses nas unhas. Márcia afirma que “essas condições levam aos pés fungos e bactérias que só desaparecerão com a eliminação das infecções. Durante o tratamento, é normal algum cheiro forte se manifestar”.

Saiba como proteger seus pés dos fungos

Confira dez dicas da dermatologista e do podólogo para evitar ou eliminar o chulé e fique tranquilo nas próximas vezes em que for tirar os sapatos em público.
1. Dê atenção à lavagem dos pés
Assim como todo o corpo, os pés devem ser lavados com esponja ou bucha e sabonete. Os espaços entre os dedos precisam de uma dose extra de atenção, pois é lá que as bactérias gostam de se alojar. Esfregue bem todos os vãos.

2. Seque os pés muito bem depois do banho
Use dois pedaços de papel higiênico (um para o pé esquerdo e um para o direito) para enxugar os espaços entre os dedos – a toalha não absorve a umidade tanto quanto ele e, de toda forma, normalmente está úmida quando chega a vez de secar os pés. Uma secagem bem feita é meio caminho andado para evitar o alojamento e a proliferação das bactérias.

3. Use talco antisséptico para os pés
Para garantir que os pés fiquem realmente bem enxutos, passe talco antisséptico nos pés após a secagem com papel higiênico. Ele absorverá qualquer vestígio de umidade que possa ter sobrado nos vãos entre os dedos.

4. Permita que os pés “respirem”
Sempre que possível, tire os sapatos fechados e deixe os pés se refrescarem. Em casa, use chinelos ou sapatos arejados e confortáveis de pano ou de couro. Estes são os melhores materiais para a evaporação do suor dos pés.

5. Prefira as meias de algodão
O algodão permite que o suor dos pés evapore com mais facilidade e, assim, as bactérias que possam estar nos pés não tenham tempo de agir e criar chulé. Meias de nylon, por outro lado, tendem a reter o suor, criando o cenário ideal para a proliferação bacteriana. Evite-as o máximo que puder.

6. Não reutilize meias sem lavá-las
Depois de usadas, as meias carregam bactérias pelo menos do lado de fora (no caso de pés que tenham sido bem asseados e secos). Se elas não forem lavadas, as causadoras do mau cheiro se espalham pelo tecido e podem chegar, no próximo uso, aos espaços entre os dedos. É lá que o suor tende a se concentrar. Resultado: chulé.

7. Esterilize suas meias
É mais simples do que você imagina: passe as meias, pelo avesso, com ferro quente. Isso matará qualquer vestígio de bactéria que possa ter sobrado após a lavagem.

8. Não use o mesmo par de sapatos em dias seguidos
Não importa se é inverno ou verão, os sapatos ficam quentes e um pouco úmidos depois do uso e levam cerca de 24 horas para estarem realmente secos novamente. Se forem recolocados nos pés em um período mais curto que isso, levarão umidade aos dedos e propiciarão o ciclo já conhecido: bactérias no ambiente de que mais gostam para a proliferação e consequente produção do mau cheiro. Deixe os calçados descansarem em locais arejados e, de preferência, ensolarados.

9. Escolha sapatos que não “sufoquem” os pés
Couro e tecidos (na superfície, no forro, na palmilha e no solado) são os melhores materiais para os sapatos no que diz respeito a evitar chulé, pois eles permitem que o suor evapore com mais facilidade. E quanto mais aberto ou com frestas o modelo, melhor. Evite calçados muito fechados e de materiais sintéticos, como borracha e plástico. Eles estimulam a sudorese e retêm toda a umidade dos pés, dando as condições ideais para o surgimento de odores ruins.

10. Ao notar alterações na pele dos pés ou micose nas unhas, procure um médico
Frieiras e micoses levam fungos e bactérias aos pés. Nesse cenário, é normal ser gerado algum chulé enquanto as infecções não forem eliminadas, e o tratamento adequado só poderá ser recomendado por um médico após consulta individual. Portanto, nada de apelar para um remédio usado por um amigo ou parente para algo parecido. Cada caso é um caso.

12 sintomas de que você pode ter refluxo

Azia? Queimação?

 
  Você pode ter refluxo(clique aqui)


Por iG São Paulo

No Brasil, 24 milhões têm refluxo gastroesofágico e muitos não sabem identificar; sem tratamento, pode evoluir para câncer

Mais de 20% dos brasileiros têm refluxo gastroesofágico. Os sintomas mais clássicos do problema são a azia e a queimação, mas há alguns outros que poucos relacionam ao desconforto. A sensação de bola na garganta, por exemplo, é um sinal da doença. A dificuldade de engolir – já que o esôfago parece que fica mais apertado – é outro.
Incômodo todos sabem que é. Mas as consequências do refluxo podem ser ainda mais sérias. Sem cuidado adequado, as paredes do esôfago podem ficar tão agredidas que o tecido é substituído por outro, o que aumenta as chances de câncer. Essa mutação do tecido esofágico chama-se esôfago de Barret e o tratamento costuma ser medicamentoso.
Para que o quadro não evolua a esse ponto, alguns cuidados são importantes: não se deitar imediatamente após comer, por exemplo, ajuda a evitar que o ácido do estômago retorne pelo esôfago. O ideal é esperar ao menos duas horas para dormir. Para outras pessoas, pode ser necessário elevar a cabeceira da cama, para que o esôfago fique mais alto do que o estômago.
Conheça alguns sintomas do refluxo e, se apresentar algum, procure um médico gastroenterologista para diagnosticar e tratar o problema:

Dor torácica, às vezes intensa. Foto: Getty Images
Náuseas. Foto: Thinkstock/Getty Images
Estreitamento do esôfago, dificultando a passagem da comida. Foto: Thinkstock/Getty Images
Apneia do sono. Foto: Thinkstock/Getty Images
Mau hálito. Foto: Thinkstock Photos
Erosão nos dentes. Foto: Thinkstock/Getty Images
Aftas. Foto: Thinkstock/Getty Images
Retração da gengiva. Foto: Thinkstock Photos
Rouquidão. Foto: Thinkstock/Getty Images
Pigarro. Foto: Thinkstock/Getty Images
Tosse. Foto: Thinkstock/Getty Images


O que você não deve emprestar nem para melhor amiga


Amigas são maravilhosas, mas existem as best friends! Aquelas especiais, inseparáveis, que nos conhecem melhor que a família, e com quem adoramos compartilhar todos os momentos – e por que não nossas coisas? Mas é bom lembrar que algumas delas são tão pessoais que não devemos compartilhar nem mesmo com nossa “BF”! O Dr. Luiggi Miguez, infectologista do Hospital Balbino, no Rio de Janeiro, explica que especialmente materiais que tenham risco de contato com secreções, como o sangue, jamais deveriam ser compartilhados. 
Uma questão pessoal
O Dr. Vanderlei Szauter, pediatra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo, relaciona alguns objetos que não se deve emprestar nem pedir emprestado mesmo que as pessoas sejam muito íntimas: 
Roupas íntimas / Roupas de banho - Além da inadequação, cada pessoa tem hábitos de higiene íntima e cuidados de forma diferente. Não é nada impossível que doenças possam ser transmitidas pelo uso de roupas alheias. Fungos e bactérias são passíveis de se encontrar em roupas, até nas bem cuidadas. “Se a pessoa tiver um quadro infeccioso como HPV, pode passar para a amiga – embora seja raro de acontecer”, complementa o infectologista.
Escova de dentes - A contaminação bucal por bactérias específicas e inespecíficas da boca podem ser transmitidas pelo uso das escovas de dentes. Elas guardam no seu interior, principalmente quando ainda estão molhadas, as bactérias. Doutor Luiggi menciona também que podem ocorrer pequenos sangramentos na boca que podem ser fonte de contaminação de vírus como o da Hepatite C.
Batom - Bactérias bucais podem estar nos batons e é bem anti-higiênico usar de outras pessoas. Os mostruários de lojas têm esse tipo de inconveniente – todos experimentam. “Com relação à maquiagem, partimos do pressuposto de que se a pessoa está com uma conjuntivite ou herpes, por exemplo, não vai usar, pois pode ser fonte de contaminação cruzada nestes casos”, salienta Luiggi. O melhor é evitar.
Alicate de unhas - Geralmente os processos de higienização são deficientes, então, para não se contaminar com fungos, vírus e outros micro-organismos, é importante que cada um tenha o seu. Isto deve acontecer até mesmo quando se vai à manicure.
Toalhas de banho - Cada pessoa deve ter a sua, mesmo que seja da mesma família, pois é um veículo de contaminação importante. Doenças de pele podem ser adquiridas por uso coletivo de toalhas de banho.
Sabonetes em barra - Felizmente estão caindo em desuso, principalmente para lavagem de mãos, tanto no âmbito doméstico quanto coletivo. Os sabonetes em barra ainda são muito usados para banho e cada um deve ter o seu, pois podem guardar na camada externa germes contaminantes.
Tenha bom senso, dizer não às vezes é necessário e não enfraquece a amizade. Compartilhe momentos, não objetos pessoais! Fica a dica. 
Saiba mais em: www.higieneintima.com.br

Por que problemas de flatulência são comuns a bordo de aviões?



  • Thinkstock
As férias de fim de ano chegaram e muita gente se prepara para viajar. Se isto já aconteceu com você, não se envergonhe: problemas de flatulência durante voos são comuns.
Por quê? Foi o que se perguntou o médico Jacob Rosenberg, que decidiu encontrar a explicação - o interesse dele pela flatulência a bordo começou durante uma viagem longa para a Nova Zelândia.

Ao olhar para a própria barriga, percebeu que ela havia crescido visivelmente desde que entrou no avião. Foi ao abrir a mala e ver sua garrafa de água vazia que ele entendeu o que se passava.

A garrafinha havia se expandido quando a pressão na aeronave baixou durante o voo e logo se contraiu quando aterrissaram. O médico se deu conta que os gases em seu estômago deveriam estar fazendo o mesmo.

"Desde então notei quanta flatulência se tem durante voos", disse.

Ainda que não seja comparável aos efeitos da turbulência externa, o assunto é alvo comum de queixas entre passageiros. "Todo mundo já sentiu algum mau odor durante algum voo", diz Rosenberg, que é professor da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

Isso levou o pesquisador a se perguntar sobre as consequências científicas deste fenômeno, o que o fez buscar soluções para aplacar o problema.

Gás

Mesmo com os pés na terra, todos os humanos expulsam uma quantidade surpreendente de gases por dia. Cientistas estimam que uma pessoa emita em média dez flatulências a cada 24 horas - o equivalente a um litro de emanações.
Estes gases são produto dos alimentos que não foram absorvidos pelo intestino e são fermentados por bactérias.

A fermentação produz nitrogênio, dióxido de carbono e hidrogênio, além de outros componentes sulfúricos mais fedorentos.

O médico Jacob Rosenberg também desconstruiu uma série de mitos sobre o tema.

Por exemplo, ao contrário do que sugere a cultura popular, um estudo realizado nos anos 90 mostra que homens não têm mais flatulência que as mulheres.

A mesma pesquisa mostra que os gases de mulheres têm concentração maior de componentes sulfúricos, o que torna seu odor mais potente.

E, mesmo que os grãos tenham ganhado fama como fontes de gases, um experimento recente mostrou que eles não são tão inflamatórios para o intestino como se acreditava e que seu efeito varia muito de pessoa para pessoa.

Sucos de frutas, peixe e arroz são alguns dos alimentos mapeados para ajudar a reduzir a flatulência.

Diferentemente do que muitos acreditam, os alimentos derivados do leite também reduzem os gases.

Inchaço

A flatulência pode causar inconvenientes durante os voos - especialmente para quem passa muito tempo em cabines pressurizadas.
Segundo estatísticas da Associação Médica Aeroespacial, mais de 60% dos pilotos sentem inchaço abdominal, uma cifra bem maior que a de trabalhadores de outros setores.

A razão tem a ver com a física básica: "a pressão cai e o ar tem mais espaço para se expandir", diz Jacob Rosenberg.

O médico estima que este gás ocupe um volume 30% maior, o que explica a sensação de inchaço.

Rosenberg não recomenda que se retenha estes gases. "Se você é jovem e saudável não tem problema, mas para idosos isso pode representar um esforço cardíaco perigoso", adverte.

Perigo de explosão?

Por outro lado, liberar todos os gases também pode trazer riscos.
Um estudo de 1969 advertiu para o perigo de explosão que a acumulação de flatulências geradas por astronautas num foguete poderia gerar.

Até hoje, entretanto, nunca foi registrado um acidente por esta razão.

Recentemente, a Agência Espacial do Canadá sugeriu que a soja fermentada poderia ser a comida ideal para consumo no espaço, já que contém bactérias probióticas que reduziriam o inchaço abdominal dos astronautas.

Mesmo que nos aviões comerciais não haja risco de explosão, as companhias aéreas investem em medidas para aliviar o desconforto gerado por este problema.

Rosenberg entrevistou diferentes companhias que usam filtros de carbono no ar-condicionado para absorver cheiros.

As empresas também procuram servir alimentos que contenham poucas fibras e muitos carboidratos - uma combinação que facilita a digestão.

Conquistas da Ciência e da Saúde em 2014

  • Conquistas da Ciência e da Saúde em 2014
    De novas técnicas de transplante a exame de sangue que detecta depressão; veja quais foram as grandes descobertas que revolucionaram a ciência médica neste ano

    A máquina batizada de 'coração em caixa' permitiu aos médicos manter o coração de paciente morto próprio para transplante . Foto: Divulgação
    Prótese de crânio desenvolvida em impressora 3D foi implantada em paciente na Holanda. Foto: Divulgação
    Exame de sangue diagnostica depressão em adultos. Foto: Thinkstock/Getty Images
    Testes com vacina antiebola no Mali têm resultados promissores. Foto: Thinkstock/Getty Images
    Dieta mediterrânea mantém juventude genética, diz pesquisa . Foto: Thinkstock/Getty Images
    Cientistas transformam células-tronco em
    Embriões clonados geram células-tronco para diabetes. Foto: Thinkstock/Getty Images
    Sueca é primeira mulher do mundo a dar à luz após transplante de útero. Foto: AP
    A máquina batizada de 'coração em caixa' permitiu aos médicos manter o coração de paciente morto próprio para transplante . Foto: Divulgação
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    O ano de 2014 foi marcado pela maior epidemia de ebola da história. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 6 mil pessoas morreram por causa do vírus.  Fora a tragédia provocada pelo vírus, o ano também contou com diversas notícias positivas sobre novas técnicas de transplante, um exame de sangue para diagnosticar a depressão e ainda uma promissora vacina contra o ebola, ainda em testes.

    Transplante de coração morto
    O tempo é um fator importante para o transplante de orgãos, mas cirurgiões na Austrália realizaram o primeiro transplante cardíaco usando um coração tecnicamente morto. Os médicos ressuscitaram o orgão 20 minutos após ele parar de bater. Normalmente, os corações usados em transplantes são retirados de pacientes com morte cerebral, mas ainda com batimentos cardíacos. A nova técnica permite aumentar o número de transplantes cardíacos. 

    Médicos recorrem a impressora 3D para primeiro transplante de crânio
    A cirurgia, que durou 23 horas, entrou para a história. Uma holandesa se tornou a primeira pessoa a receber uma prótese plástica em reposição total ao crânio. A mulher sofria de uma condição rara que fazia com que o crânio ficasse mais espesso. Isso causava fortes dores de cabeça e fazia com que o cérebro fosse pressionado pelo crânio. De acordo com os neurocirurgiões, a técnica pode ser usada também em pacientes com danos severos ao crânio, ou tumores.
     
    Exame de sangue detecta depressão
    “O diagnóstico da saúde mental finalmente chegou ao século XXI”, comemorou Eva Redei, da Universidade Northwestern ao divulgar o primeiro teste de sangue a diagnosticar a depressão. A técnica utiliza marcadores biológicos para detectar a doença como também indicar o tratamento mais adequado para cada paciente.  

    Implante de vagina desenvolvida em laboratório
    Um grupo de médicos americanos conseguiu implantar vaginas criadas em laboratório em quatro mulheres que sofriam de má formação dos órgãos genitais. Os médicos usaram uma tecnologia pioneira retirando amostras de tecido das mulheres e construindo em laboratório a parte implantada a partir de um molde biodegradável. Depois do implante, as pacientes relataram níveis normais de "desejo, excitação, lubrificação, orgasmo e satisfação", além de não terem relatado dor durante a relação. 

    Dieta mediterrânea é boa para viver mais
    Todo mundo já indicava a dieta mediterrânea como a melhor para uma vida saudável, porém cientistas conseguiram provar que ela é a mais apropriada para quem quer viver bastante. Existe uma explicação genética para issto.  A mistura de vegetais, azeite, peixe fresco e frutas pode impedir o nosso código de DNA de despedaçar à medida que envelhecemos, de acordo com um estudo publicado este ano no British Medical Journal.
    Veja matéria completa 
    Vacina contra ebola se mostra promissora
    Ainda é cedo para comemorar , mas tendo em vista a tragédia ocorrida em 2014 por conta da maior epidemia de ebola da historia, a possibilidade de uma vacina contra a doença já enche a todos de esperança. Testes iniciais de uma nova vacina contra a doença tiveram resultados positivos no Mali. O esforço envolve a Organização Mundial de Saúde (OMS), os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e a farmacêutica britânica GlaxoSmithKline.

    Células-tronco se transforam em assassinas de tumor cerebral
    Cientistas encontraram uma forma de transformar células-tronco em "máquinas" contra o câncer cerebral. Em uma experiência com ratos, as células-tronco foram geneticamente modificadas para produzir toxinas que podem matar tumores no cérebro sem matar as células normais. Pesquisadores dizem que o próximo passo será testar o processo em seres humanos. 

    A um passo da cura do diabetes tipo 1
    Uma equipe de pesquisadores usou células-tronco para produzir milhares de células que controlam o nível de açúcar no sangue, capazes de secretar insulina. O estudo deu esperanças para uma possível cura da diabetes tipo 1, pacientes que tiveram as células produtoras de insulina destruídas por um processo autoimune. 


    Nasce primeiro bebê em útero transplantado
    Uma sueca foi a primeira mulher do mundo a dar à luz um menino saudável depois de passar por um transplante de útero, abrindo a possibilidade para que milhares de mulheres inférteis possam ter filhos. o parto ocorreu dois anos depois de a paciente receber um útero doado por uma mulher sem vínculos com ela, de 61 anos de idade. 
    Leia matéria completa


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      Teste que identifica língua presa em recém-nascidos passa a ser obrigatório em todo o País

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        “Cada vez mais, vamos tratar o câncer sem precisar de quimioterapia”

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          Após três infartos, aposentado estreia na São Silvestre: 'Corrida me regenerou' 

          • 'Pele de réptil'

            'Pele de réptil'

            Nadia, 8 anos, nasceu com uma película transparente cobrindo todo o corpo, como a pele de um réptil.

            Apenas 28 pacientes foram diagnosticados com esse problema no mundo todo, caso de Nádia é um dos mais raros entre eles

            BBC
            Associação Nadia Nerea
            Segundo o pai, Nadia Nerea sempre acorda sorrindo, quase nunca se aborrece
            A espanhola Nadia Nerea Blanco tem apenas 8 anos, mas já passou por muitas dificuldades: ela nasceu com uma película transparente cobrindo todo seu corpo, como a pele desprendida por um réptil.
            "Era como aqueles plásticos finos que embrulham alimentos para congelar", disse à BBC mundo Fernando Drake Blanco, pai da menina.
            O susto dos pais foi tão grande quanto o dos médicos. "Estavam tão perdidos como nós. Não sabiam o que era, nunca tinham visto nada assim", lembra Blanco.
            Só depois de um ano meio de avaliações eles descobriram o que Nadia tinha: tricotiodistrofia, uma doença genética degenerativa considerada rara, cujos sintomas são, entre outros, o envelhecimento prematuro e a lentidão no desenvolvimento físico e mental.

            Outro caso: "Meus três filhos têm uma doença rara"
            Consequentemente, a menina tem dificuldades para andar, falar, sofre de catarata e outros problemas comuns em pessoas já de idade avançada. "Metade de suas células são como as células (do corpo) de uma pessoa de 70 anos", afirmou Blanco.
            Os pais e os médicos de Nadia afirmam que apenas 28 pacientes foram diagnosticados com esse problema no mundo todo, e o caso de Nadia é um dos mais raros entre eles. "Em uma escala de um a dez, Nadia tem a doença no grau mais alto", afirmou o pai da menina.
            Única
            Associação Nadia Nerea
            Fernando Drake Blanco (esq.) contou que quando Nadia nasceu os médicos não sabiam qual era o problema
            Ana Patiño, diretora da Unidade de Genética Clínica da Clínica Universitária de Navarra, na Espanha, afirma que o caso de Nadia é realmente único. "É o primeiro e único que já vi", disse.
            No entanto, a médica afirma que, apesar da raridade do caso, a patologia está bem documentada. Ana foi a médica que diagnosticou a menina, fazendo o estudo genético que determinou que Nadia sofria de tricotiodistrofia. "Tivemos sorte. O genoma humano está formado por mais de 20 mil genes e, apesar de a doença estar bem documentada e se saber bastante quais são os possíveis genes responsáveis por ela, a lista não é pequena", disse.
            A equipe que realizou o estudo descobriu a alteração no primeiro gene investigado. Essa sorte fez com que a equipe e os pais da menina economizassem dinheiro, já que o estudo genético é "muito sofisticado e caro" e também leva tempo.
            Tempo
            A médica lembra que os pais não sabiam com quanto tempo poderiam contar, ou seja, qual seria a expectativa de vida da filha, já que os médicos calculam que uma criança com a doença viva entre cinco e dez anos.
            O principal objetivo dos pais é aumentar o tempo de vida de Nadia. "Porque ela não vai se curar. Quero vê-la crescer. Vê-la pela casa, já mais velha, com namorados. E, com certeza, não vou gostar de nenhum deles", disse o pai da menina.

            Luta: Mães de crianças com doenças raras lutam pela ampliação do teste do pezinho
            Blanco e a mãe de Nadia, Marga Garau, estão dedicando a vida à filha e economizando o que podem para o tratamento. "Vendemos tudo. Ficamos com um colchão na sala", disse Marga.
            Associação Nadia Nerea
            O objetivo da mãe e do pai de Nadia é aumentar o tempo de vida da menina
            Com os US$ 870 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) que conseguiram depois de vender seus pertences, continuaram percorrendo o mundo, buscando médicos que pudessem ajudar a aumentar o tempo e a qualidade de vida de Nadia - algo que eles tinham começado a fazer antes mesmo do diagnóstico.
            Custo: 'Paciente com doença rara custa caro, mas País tem de avançar nisso'
            A família esteve em vários países, inclusive no Brasil, para conversar com médicos. Blanco disse que, durante a conversa com médicos brasileiros, conseguiram pistas de como ajudar Nadia a mover as pernas.
            Luta
            Por conta de suas dificuldades de aprendizado e a fragilidade de sua saúde, dos oito meses do ano letivo na Espanha, Nadia frequenta apenas três. "É que, por exemplo, se ela tem catapora (...) deixa de andar, caminhar, falar e é preciso voltar a ensiná-la", conta o pai. E para evitar que ela desaprenda, a menina está sempre acompanhada.
            Além dos pais, pessoas do mundo dos espetáculos, artistas e jornalistas acompanham a vida de Nadia. Os pais diariamente enviam cartas para pedir apoio.
            Associação Nadia Nerea
            Além dos pais, artistas, cantores e jornalistas também fazem campanha para Nadia
            Há dois anos, 25 músicos espanhóis gravaram uma versão da música dos Beatles, All You Need Is Love, para Nadia. Com a campanha, eles conseguiram arrecadar cerca de US$ 20 mil (mais de R$ 52 mil) necessários para a última das cinco operações que a menina já teve que enfrentar.
            Agora, acaba de ser publicado o livro Alas de Mariposa ("Asas de Borboleta", em tradução livre), escrito por Marisa López Soria e ilustrado por Javier Mariscal, para continuar arrecadando dinheiro para Nadia. A Associação Nadia Nerea para a Tricotiodistrofia vai destinar os fundos para aumentar o tempo de vida de Nadia e para ajudar outras crianças com doenças raras. "Vamos vencer a batalha", disse Blanco.

Gastronomia funcional

  25/12/2014

Quando se fala em cuidar da alimentação, qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça? A maioria das pessoas logo pensa no controle das calorias. Não estão erradas, mas comer adequadamente envolve muito mais do que calorias. Estudos comprovam que diversos alimentos, além de nutritivos, promovem sua saúde e ajudam a prevenir doenças. São os chamados alimentos funcionais: “Eles produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos por meio da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano”, explica Juliana Watanabe, nutricionista do delivery saudável Light & Saúde, em São Paulo. 

Afinal, o que é gastronomia funcional?

Aliada ao conceito dos alimentos funcionais nasceu a gastronomia funcional: “Trata-se de uma ciência que une sabor com saúde, que tem o objetivo de promover saúde com potencial preventivo, associando técnicas dietéticas para preservar, potencializar e melhorar a biodisponibilidade dos nutrientes”, diz a nutricionista.

É a ciência em ação na sua cozinha! “O objetivo dela é preparar alimentos com foco na melhoria da qualidade de vida e da longevidade, unindo os princípios clássicos da gastronomia com os da química, bioquímica dos alimentos e da nutrição, observando tendências multiculturais com a utilização do conhecimento nas diversas áreas da ciência da saúde”, diz Juliana. A nutricionista destaca que, além de muito saudável, é muito saborosa, pois utiliza as técnicas dietéticas e os modos de cozimento adequados para ressaltar o sabor dos alimentos utilizados.

Inclua mais saúde no seu dia a dia

Você pode se beneficiar da gastronomia funcional substituindo alguns alimentos usuais pelos funcionais. “As receitas podem ser adaptadas para cada tipo de alimento.” Veja alguns exemplos:

Betacaroteno

O que faz: ajuda a diminuir o risco de câncer.
Como age: quando ingerimos gorduras e proteínas, o betacaroteno se converte em vitamina A, protegendo as células do envelhecimento.
Onde encontrar: abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.

Isoflavonas

O que fazem: atenuam os sintomas da menopausa.
Como agem: por terem uma estrutura química semelhante à do estrógeno (hormônio feminino), aliviam os efeitos de calor e cansaço da menopausa e da tensão pré-menstrual.
Onde encontrar: soja e seus derivados.

Licopeno

O que faz:
está relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata.
Como age: evita e repara os danos dos radicais livres que alteram o DNA das células e desencadeiam o câncer.
Onde encontrar: tomate e seus derivados, além de beterraba e pimentão.

Ômega 3

O que faz:
diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Como age: reduz os níveis de triglicerídeos e do colesterol total do sangue, sem acumulá-lo nos vasos sanguíneos do coração.
Onde encontrar: peixes de água fria, como salmão e truta, e óleo de peixes.

Flavonoides

O que fazem:
diminuem o risco de câncer e atuam como anti-inflamatórios.
Como agem: anulam a dioxina, substância altamente tóxica usada em agrotóxicos.
Onde encontrar: suco natural de uva e vinho tinto, além de alimentos como café, chá verde, chocolate e própolis.

Probióticos

O que fazem:
são micro-organismos vivos que ajudam no equilíbrio da flora intestinal.
Como agem: impedem que bactérias e outros micro-organismos patogênicos se proliferem no intestino.
Onde encontrar: iogurtes e leite fermentado.

Homenagens às vítimas marcam os 10 anos do tsunami que atingiu a Ásia

Catástrofe causada pelo tsunami vai ser lembrada em mais 14 países em que o desastre natural provocou mortes

Agência Brasil
Milhares de pessoas participaram na Indonésia de uma homenagem às vítimas do tsunami que, há dez anos, causou 230 mil mortes no Oceano Índico. Uma série de cerimônias está prevista para ocorrer em toda a região.
Parentes das vítimas e sobreviventes reuniram-se em oração na mesquita de Baiturrahman, em Banda Aceh, capital da região de Aceh, no norte da Ilha de Samatra, a área mais afetada, com cerca de 170 mil vítimas.
Jovens soltam balão na Tailândia para homenagear as vítimas do Tsunami de 2004
Foto:  Efe
A mesquita foi uma das poucas construções que se manteve de pé e serviu como refúgio para as pessoas nos dias posteriores ao desastre natural, provocado por um terremoto de 9,1 graus na escala Richter. O governador de Aceh, Zaini Abdullah, fez um agradecimento aos participantes, tanto locais quanto estrangeiros, quando chegou à mesquita.
"O tsunami causou profunda dor ao povo de Aceh pela perda de entes queridos. A simpatia dos indonésias e da comunidade internacional ajudou (Aceh) a se recuperar", disse Zaini.
As cerimônias que marcam os dez anos do tsunami em Aceh incluem exposições fotográficas no Museu do Tsunami, mostras de artesanto e terminam neste sábado, com uma corrida de dez quilômetros ao longo das áreas que mais sofreram o embate das ondas.
A alemã Claudia Geist, sobrevivente do Tsunami, reza em frente ao mar na praia de Khao Lak, na Tailândia
Foto:  Efe
A catástrofe causada pelo tsunami vai ser lembrada em mais 14 países em que o desastre natural provocou mortes, como na Tailândia. Em Khao Lak, popular destino turístico da Tailândia, o décimo aniversário do tsunami vai ser marcado por leitura de poesia, velas e orações em homenagem às vítimas.
O tsunami deixou cerca de 5.4 mil mortos e 2.8 mil desaparecidos na Tailândia, a maioria turistas estrangeiros que passavam férias de Natal. Outras cerimônias serão feitas na Índia e no Sri Lanka, que juntamente com a Indonésia e Tailândia, foram os mais afetados em número de mortos.

12.26.2014

Aprenda a receita de suco detox para se recuperar da comilança nas festas de final de ano


Suco ajuda a desintoxicar o organismo e pode ser feito em casa.
Nutricionista alerta que o suco não deve ser o único alimento do dia.

Depois da festa e da comilança no Natal vem a culpa. Como se recuperar dos exageros na ceia?
Para quem quer perder a jato alguns quilinhos, um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, confirmou que quem faz dietas muito restritivas com poucas calorias recupera todo o peso em pouco tempo. Mas isso é problema para o ano que vem.
São duas folhas de couve, uma maçã com casca, cortada em cubos, um punhado de hortelã e um copo de água. Um minuto no liquidificador e pronto!
Extrapolou no Natal? E agora, fazer o quê? “Correr para esteira, caminhar, fazer ginástica... É isso aí!”, diz a dona de casa Iva Souza.
Quem sabe algo mais leve? “Vou deixar o elevador de lado, só usar a escada. Já ajuda também, né?”, conta a estudante Ariane Oliveira.
A Lilian disse que arrastou a família toda. “Agora estou tentando convencer de dar a volta no parque todo”, diz.
E a roupa branca para o réveillon com dois quilos a mais no corpo? “Eu espero que caiba, né? A gente comprou antes, tem que caber!”, afirma a professora Zeferina Aguiar.
Por isso, o seu Joaquim decidiu: “Agora eu tenho que ficar só na fruta para recompor, né?”.
Outra opção que pode ajudar a aliviar a comilança, sabe qual é? O suco para desintoxicar, limpar mesmo o organismo. E qualquer um pode fazer em casa:
São duas folhas de couve, uma maçã com casca, cortada em cubos, um punhado de hortelã e um copo de água. Um minuto no liquidificador e pronto!
Bom Dia Brasil: Ajuda a perder peso?
Empresário: Auxilia, pelo fato de ser um suco de baixa caloria, sendo substituído, principalmente no café da manhã, que é a principal refeição do dia, ele pode auxiliar nessa perda.

Os irmãos contam que quase dobraram a produção neste fim de ano, tamanha a procura. Mas a nutricionista Luciane Felix alerta que o suco não deve ser o único alimento do dia. A dica dela é: “Tentar comer de forma equilibrada nessa semana, incluir mais frutas, vegetais, evitando alimentos industrializados, aumentando o consumo de água e, principalmente, se planejando para que no próximo ano a principal meta seja se organizar ao longo do ano para fechar o ano com mais saúde”.
Mas, antes disso, o Admilton, que jura que não engordou nadinha, dá o recado: “É só olhar, comer um pouquinho de cada coisa e pronto. É simples”.
A nutricionista ainda deu uma boa dica: consumir bastante água para acelerar o metabolismo e comer a cada três horas em pequenas quantidades. Mas o segredo mesmo é se planejar ao longo do ano.
É bom lembrar que o que engorda não é o que se come no período entre Natal e ano novo, e sim o que se consome durante todo o ano.

Cinturas avantajadas

Saúde

Obesidade


Mais que o IMC, a circunferência abdominal tem relação direta com problemas de saúde, como hipertensão e colesterol alto

por Drauzio Varella publicado 18/10/2014 07:27

Tony Alter/Flickr

Saúde
Acumular gordura no abdome é perigoso, segundo diversos trabalhos publicados no último ano

Acumular gordura no abdome é perigoso, segundo diversos trabalhos publicados nos últimos anos. Tradicionalmente, o grau de obesidade tem sido avaliado por meio do Índice de Massa Corpórea (IMC), obtido dividindo-se o peso pelo quadrado da altura. O peso é considerado saudável quando os valores do IMC ficam entre 18,5 e 24,9 kg/m2. A principal limitação com o IMC é que o índice não permite separar indivíduos com constituição mais robusta, musculosos e com ossos mais pesados, daqueles com mais tecido adiposo.

Em 2012, pediatras do Sick Childrens Hospital, de Toronto, publicaram um inquérito realizado entre 4.884 estudantes de 14 e 15 anos de idade, no qual calcularam o IMC e a relação existente entre a circunferência abdominal e a altura do adolescente. Relações entre circunferência abdominal e altura abaixo de 0,5 foram consideradas normais; elevadas, quando acima de 0,6.

Houve associação significante entre a relação circunferência abdominal/altura e a prevalência de hipertensão arterial, colesterol e triglicérides elevados. O IMC não guardou relação tão direta com esses parâmetros.

Em 2013, foi publicada no Journal of the American College of Cardiology uma pesquisa que partiu de um banco de dados com 15.547 portadores de doença coronariana, participantes de cinco estudos realizados em três continentes. A média de idade era de 66 anos. Num período médio de 4,7 anos, ocorreram 4.699 mortes. A sobrevida mais baixa foi encontrada entre aqueles com mais gordura concentrada no abdome, medida pela relação circunferência do abdome/circunferência da bacia (CAB).

Por exemplo, pessoas com IMC = 22, portanto, na faixa de normalidade, mas com relação CAB igual ou maior a 0,98, apresentaram risco de morte mais elevado do que aquelas com o mesmo IMC, mas com CAB abaixo de 0,89. Mesmo entre os obesos, a relação foi mantida. Naqueles com IMC = 30 e CAB igual ou maior a 0,98 a mortalidade também foi mais alta do que no grupo com o mesmo IMC, mas com CAB igual ou abaixo de 0,89.


Em 2014, pesquisadores da Mayo Clinic publicaram uma análise de 11 coortes que envolveram 650 mil participantes, acompanhados por um período médio de nove anos. Houve uma relação linear entre mortalidade e circunferência abdominal (CA). Nos homens com CA maior ou igual a 110 cm, o risco de morte foi 50% mais alto do que naqueles com CA igual ou abaixo de 90 cm. Nas mulheres com CA igual ou maior que 95 cm o risco de morte foi 80% mais alto do que naquelas com CA abaixo de 70 cm.

Para cada incremento de 5 cm na CA, a mortalidade aumentou 7% nos homens e 9% nas mulheres. A diminuição da expectativa de vida entre aqueles com CA mais alta, comparados aos de CA mais baixa, foi de, aproximadamente, três anos para os homens e cinco anos para as mulheres.
A conclusão é clara: estar com o IMC na faixa acima do peso ou de obesidade não eleva a mortalidade na ausência de obesidade central