1.27.2015

Novo medicamento proporciona perda de até 10% do peso corporal

O Dia
Rio - O Brasil deverá ter, em breve, uma nova injeção capaz de levar à perda de mais de 10% do peso do paciente. O medicamento, conhecido por Faxenda, aumenta a sensação de saciedade e reduz o apetite. Mas especialistas alertam que o uso requer acompanhamento médico.
De acordo com Cintia Cercato, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a injeção — que deve ser diária e sempre no mesmo horário — é feita à base de um hormônio que retarda o esvaziamento do estômago. A substância atua ainda no sistema nervoso central, regulando o apetite. Testes em humanos mostraram ainda melhora na pressão arterial, aumento do bom colesterol e prevenção de diabetes.
Aplicação deverá ser diária e sempre no mesmo horário. Cada dose deverá custar em torno de R$ 9
Foto:  Istock
Cintia, que participou de testes no Brasil para ajudar a desenvolver o fármaco, disse que em estudo com 3,7 mil pessoas, 33% perderam mais de 10% do peso corporal e 64%, mais de 5%. Ela alerta que o medicamento é recomendado para pessoas com Índice de Massa Corporal acima de 30 ou para pessoas com IMC acima de 25 e que tenham doenças como hipertensão e diabetes.
“Perder de 5% a 10% do peso corporal já é suficiente para melhorar doenças associadas à obesidade, como hipertensão”, explica. “O medicamento não é voltado para quem quer perder apenas dois ou três quilos”.
Segundo a endocrinologista, a ideia é que a injeção seja utilizada continuamente, e estudos demonstraram segurança em um uso de três anos.


Liberação sob análise
Originalmente, o medicamento é voltado para o controle do diabetes, mas cientistas descobriram que, em doses maiores, ajuda a emagrecer. No Brasil, o processo de registro do medicamento está em avaliação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O Faxenda custaria, aproximadamente, R$ 9.
“O medicamento é muito bem vindo porque aqui no Brasil temos poucas opções de medicamentos para tratar a obesidade”, pondera Cintia. Entre os efeitos colaterais, os mais comuns são náusea, piora no refluxo gastroesofágico e prisão de ventre.

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