2.25.2015

NÃO CONSIGO SUPERAR A SEPARAÇÃO

"Choro de 3 a 4 vezes ao dia, não estou suportando mais..."

"... tente evitar fazer de sua separação o único tema de sua vida"

Resposta: Você parece ter criado uma associação forte entre
 sua depressão e sua separação. Na sua
cabeça você está deprimida por que se separou.

Em geral, teorias e explicações sobre nossos comportamentos tendem a trazer um alívio; entendendo as causas consegue-se um maior controle sobre as consequências. 
No seu caso, porém, isso não está acontecendo. 
Muito pelo contrário: entender que você está 
deprimida (consequência) por que se separou (causa) 
coloca você num beco sem saída uma vez que sua 
separação já aconteceu e, muito provavelmente, mesmo 
que quisesse não conseguiria reatar seu casamento.

Para sair desse enrosco, num primeiro momento 
seria interessante que você se perguntasse se realmente
 sua depressão é consequência da separação. 
Não poderia ser o contrário? Será que você não apresenta 
uma depressão de base que faz com que seja mais difícil 
para você superar situações de perda? Talvez encarar o 
problema por esse ângulo ajude você a encontrar saídas
 mais eficazes para o problema. Uma pessoa com traços 
depressivos pode tomar algumas atitudes para se sentir 
melhor frente a uma situação problemática: pode fazer 
uma terapia, procurar ajuda medicamentosa e, com o tempo,encarar melhor os reveses da vida e aproveitar melhor os momentos agradáveis.

Como superar comportamento monotemático

Paralelamente, tente evitar fazer de sua separação o 
único tema de sua vida.

Questione-se se gostaria de casar novamente; faça uma 
reflexão sobre o que ganhou e o que perdeu enquanto
 esteve casada; reveja suas necessidades pessoais 
e faça um levantamento das atividades que gosta de praticar. 
Certamente, muitas delas não requerem a companhia de
 um marido, certo? Reconstrua sua individualidade, ou, 
se nunca trabalhou na questão "quem sou eu" faça-o agora. 
Substitua lágrimas por ações: movimente-se, gaste energia 
física, passeie por lugares que você ainda não conhece ou
 revisite os lugares que gosta mais. Movimento é um ótimo antidepressivo, sabia?

E, finalmente, quando estiver fora dessa situação,
 retomando as rédeas de sua vida e trocando 
a destrutividade de um pensamento obsessivo pelo 
prazer de pequenos bons momentos construídos por 
você, faça uma retrospectiva desses 5 anos de sofrimento
 e pergunte-se: valeu a pena martirizar-se tanto tempo poalgo que não tem solução? A resposta, certamente negativa, poderá ajudá-la a abreviar seus momentos de sofrimento quando as coisas não andarem do jeito que você quer. 
Querer nem sempre é poder. E quando não se pode, melhor semear um novo sonho do que insistir no que não tem volta.

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