4.04.2015

Acusado de matar advogada na Tijuca é preso pela polícia em Manguinhos

Lúcio Mauro Vieira de Araujo Junior havia sido preso em setembro do ano passado por roubo qualificado

O DIA
Rio - Policiais da 19ª DP (Tijuca) prenderam, neste sábado, Lúcio Mauro Vieira de Araujo Junior. Ele é acusado de matar a advogada Silvia Maria Arnaut da Costa, 49 anos, durante um tiroteio, nesta sexta-feira, na Tijuca. "Ele foi preso 48 horas após o início das buscas, inclusive com a ajuda de familiares, na comunidade do Mandela", declarou a delegada Daniela Rebelo. Segundo ela, Araujo vai cumprir mandado de prisão por latrocínio, roubo seguido de morte
Ao apresentar o suspeito, a delegada explicou que sua identificação se deu a partir de câmeras de segurança, que registraram a placa da moto do acusado. O resultado do exame de balística, no entanto, ainda não foi concluído. Lúcio confessou que abordou uma pessoa para assaltar e foi surpreendido por policial.
Lúcio Mauro Vieira
Foto:  João Laet / Agência O Dia
Lúcio havia sido preso em setembro do ano passado, por roubo qualificado na região da Tijuca, e foi posto em liberdade em fevereiro deste ano.
Ele participou de um tiroteio com um policial civil. O confronto aconteceu após uma tentativa de assalto. A ação terminou com a morte de Silvia, vítima de bala perdida. No confronto, Jonas Eduardo de Jesus, de 20 anos, foi baleado de raspão na perna e já prestou depoimento na 19ª DP (Tijuca).
Lúcio estava de moto quando tentou roubar o cordão de um pedestre. O policial o abordou e houve confronto. O suspeito fugiu a pé. A moto foi apreendida mas não constava como roubada, porém tinha a placa adulterada.
O agente envolvido na ação seria lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), elite da Polícia Civil. Ele prestou depoimento na 19ª DP e teve a arma apreendida para exame de balística, mas a bala que matou a advogada não foi encontrada. Ela entrou pela axila esquerda de Silvia e saiu pelo lado direito do peito. Segundo policiais, ela morreu na hora porque o tiro atingiu a aorta.
Segundo o cunhado da vítima, Fernando Benévolo, a advogada estava fazendo compras para a Páscoa. “Ela não tinha filhos e valorizava muito a família”, disse.
A socorrista e estudante de Medicina Patrícia Rezende tentou reanimar Silvia. “Fizemos massagem cardíaca, mas ela já estava inconsciente. Eu faço estágio em frente à loja onde ela estava e ouvi seis tiros”, contou.
Silvia foi enterrada nesta sexta-feira no Cemitério do Caju.

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