6.17.2015

Bancos brasileiros vão mal em ranking global de corrupção

Estudo do Idec mostrou ainda que no quesito Transparência e Prestação de Contas houve evolução das instituições nacionais













































O HSBC, banco que recentemente se viu envolvido em denúncias
 relativas a contas secretas de milhares de correntistas na Suíça,
 inclusive mais de 8 mil pertencentes a brasileiros, ficou na pior 
colocação entre as instituições financeiras do País nos dois 
grandes temas, o que reforça, em certa parte, essas recentes
 denúncias. O banco britânico também foi mal avaliado na 
Indonésia, demonstrando que a falta de boas políticas em transparência é seu desafio global. 

“A tendência dos bancos que seguem diretrizes internacionais,

 principalmente europeias, é de terem um melhor desempenho
 na pesquisa. O processo de internacionalização também
 pode contribuir para melhores políticas, desde que o ambiente 
regulatório destes países seja mais rígido e imponha uma
 pressão mais forte”, explica o consultor do projeto pelo Idec, Lucas Salgado. 

Comparando os resultados detalhados dos bancos

 brasileiros com os do outros países que participaram 
da pesquisa, nota-se um desempenho semelhante em todos 
os países, sem que haja prevalência positiva ou negativa.
Mas esta não é uma boa notícia, já que quase 60% das 
instituições pesquisadas marcaram menos de 4 pontos 
em 10 possíveis no quesito transparência, por exemplo.
Os destaques positivos ficaram nas mãos de apenas três
 bancos, que obtiveram mais de 6 pontos: o holandês 
ASN Bank (8,1), a filial indonésia do Citibank (6,8) e o 
Van Lanschot, que opera na Holanda e na Bélgica (6,1). 

No ambiente brasileiro, o debate gira em torno de temas 

como uma maior transparência de bancos públicos e de
 ações de autorregulação dos bancos por meio da Febraban 
(Federação Brasileira dos Bancos). “O objetivo deste relatório,
 e do projeto todo, é disponibilizar ao usuário informações 
que possam contribuir para uma escolha mais consciente 
entre este ou aquele banco e, ainda, permitir que ele exija 
das instituições financeiras uma postura cada vez mais
 responsável, o que refletirá na sociedade. Pelo lado dos 
bancos, a ideia é que os relatórios sejam uma ferramenta
 que contribua para o processo de implantação de melhores 
políticas”, afirma Lucas. 

Durante o processo de pesquisa, o Idec enviou correspondência

 a todos os bancos avaliados, informando também a metodologia
 utilizada e compartilhando os resultados obtidos ao final. 
No Brasil, o envolvimento dos bancos ainda é muito pequeno, 
diferentemente do que acontece na Holanda, onde eles
 participam ativamente de reuniões e estão abertos ao diálogo. 

Veja na tabela abaixo o desempenho dos bancos pesquisados:


 Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Terra

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