8.10.2015

Bovespa fecha em alta, amparada pelo viés positivo no exterior

Cenário político interno continua sob as atenções do mercado.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa, subiu 1,6%, aos 49.353 pontos.

Do G1, em São Paulo
O principal índice da Bovespa avançou nesta segunda-feira (10), acompanhando o viés de Wall Street, mas ainda com o cenário político no Brasil sob as atenções dos investidores. Vale e Petrobras tiveram alta e ajudaram a puxar o índice para cima.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, teve alta de 1,6%, aos 49.353 pontos. Veja a cotação.
Dados fracos do comércio exterior chinês alimentaram apostas de medidas para animar a segunda maior economia do mundo o que ajudou o norte-americano S&P 500 a subir 1,28%, também influenciado pelo noticiário de fusões e aquisições.
A incerteza no campo político doméstico, porém, mantém o mercado financeiro local pressionado, em meio a um ambiente de especulações, incluindo desde reforma ministerial e até a possibilidade de um impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O Itaú BBA listou a questão política entre os elementos que mostram piora do cenário em julho, dificultando ainda mais o ajuste fiscal, o que tende a afetar o equilíbrio de outras variáveis econômicas, conforme relatório nesta segunda-feira.
"A recessão vem se espalhando, as incertezas políticas aumentaram e as investigações da Operação Lava Jato se aprofundaram. Esse cenário compromete ainda mais a arrecadação fiscal, tanto pela queda da atividade quanto pela dificuldade de implementar medidas adicionais", disse o economista-chefe do maior banco privado do país, Ilan Goldfajn, no relatório, segundo a Reuters.
O Credit Suisse, contudo, chamou atenção em nota a clientes que, olhando para preço (valuation), a bolsa brasileira volta a negociar com múltiplos um pouco mais perto da média histórica de cinco anos, após fortes quedas recentes em dólar.
Principais valorizações
A Petrobras fechou com alta de 2,7% para as preferenciais e de 3,8% para as ordinárias, respondendo por relevante suporte para os ganhos do Ibovespa. Os preços do petróleo experimentaram uma trégua na trajetória de queda, fechando em forte alta nesta segunda-feira. Nem o corte na recomendação do Deutsche Bank para a ação da estatal para "venda" evitou a avanço dos papéis.

A Vale endossou no viés ascendente, com ganho de 5% para as ordinárias e de 3,6% para as preferenciais, em meio as expectativas acerca de estímulos na China. Relatório do Bank of America Merrill Lynch elevou os preços-alvos das ações da mineradora de R$ 20 para R$ 24 e dos ADRs de US$ 6 para US$ 6,50, embora tenha mantido o rating "underperform".

O Itaú Unibanco também ajudou o índice, com ganho de 1,3%, dada a relevante participação que detém na composição do mesmo. Bradesco subiu 1,2%, após forte perda no último pregão.

BB Seguridade também foi destaque entre os ganhos, com acréscimo de 5,25%, em véspera divulgação do balanço de segundo trimestre. O Credit Suisse também elevou recomendação para o papel a "outperform", com o analista da casa avaliando que se trata de uma das melhores opções defensivas para se estar posicionado nesse momento, uma vez que está claro que o cenário macroeconômico continuará desafiador.

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