Em face da hipótese mais provável de rejeição a aprovação da CPMF governo trabalha com a alternativa de liberar o jogo no Brasil.
Bingos e cassinos seriam os liberados num primeiro momento, junto com sites na internet. Entretanto, pensa que deve estabelecer regras claras com o objetivo de suprir o rombo no Orçamento da União que oficialmente é estimado em R$30 Bilhões.  A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, consultaram os parlamentares sobre esta possibilidade. A proposta teria sido levantada durante reunião com senadores aliados, na última terça-feira e um dos argumentos pesados para a regulamentação foi o fato de que hoje jogos são praticados sem controle pela internet, em sites estrangeiros. Atualmente no país, os jogos de azar são considerados uma contravenção, punidos com multa e prisão.
Os deputados das bancadas presentes à reunião se mostraram favoráveis à ideia e segundo estes, a regulamentação dos jogos na internet poderia ser o passo inicial, bem como a liberação de bingos e cassinos em regiões turísticas, ou ainda que turísticas sejam pouco atrativas, com o objetivo de criar empregos e renda e novos roteiros de viagens.
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Chama a atenção a consulta feita aos parlamentares pela própria presidente, tomando pra si a  articulação política antes feita pelo vice-presidente Michel Temer. Dilma Rousseff pretende ainda realizar reuniões com as bancadas nas próximas semanas visando a implementação das propostas. É também uma tentativa de estabelecer um diálogo com deputados e senadores em um momento que a oposição tenta o  GOLPE  com  afastamento  da presidente eleita pelo voto popular em 2014.
O governo precisa economizar quase R$70 bilhões de reais no próximo ano e ainda cobrir o rombo de R$ 30 bilhões do ano corrente. Ontem mesmo o presidente da câmara deputado Eduardo Cunha afirmou que não haveria clima para a aprovação de aumento de impostos no Congresso, e isto incluí a CPMF.
Reunida novamente com os deputados aliados hoje (quinta 17) a presidente afirmou que o Brasil não suportará as consequências da derrubada dos vetos aos projetos da pauta-bomba que concede aumento de 60% aos servidores do Judiciário nos próximos quatro anos e que geraria um impacto de R$ 25,7 bilhões extras até 2018 e mais R$ 10 bilhões por ano depois disto.