12.12.2015

A presidente Dilma Rousseff convida Ciro Gomes para ajudar na guerra contra o impeachment e o Eduardo Cunha

By: Francisco Castro

O ex-ministro Ciro, que ingressou recentemente no PDT e deve ser o candidato da legenda à Presidência da República, disse que a conversa com a presidente Dilma Rousseff durante o jantar de quinta-feira (10) a noite no Alvorada girou em torno do “Brasil e da Democracia”. “Conversamos sobre o Brasil, a conjuntura política, a defesa da Democracia e a Transnordestina”, disse Ciro.
O encontro entre os dois foi incentivado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que tem sido um dos maiores aliados de Dilma dentro do PMDB e, apesar os ataques frontais feitos pelo ex-ministro ao vice-presidente Michel Temer, identificou nas falas de Ciro um potencial grande de ajuda à presidente. Pezão também participou do jantar.
Ciro, recentemente, disse que não há hipótese de participar de um governo do qual Temer faça parte. Ele taxou o vice de “capitão do golpe” contra a presidente.
Já em relação ao ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Eliseu Padilha, aliado de Temer, que deixou o governo na semana passada também se dizendo desprestigiado pela presidente, Ciro lembrou, em entrevista à Rádio Gaúcha, o apelido que ele tinha durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. “Ele era chamando de Eliseu Quadrilha”, provocou.

Após trocar relator, 'tropa de choque' de Cunha, apoiada pelo PSDB, atua para tirar presidente

Deputados questionam ‘voto de minerva’ de Araújo em caso de empate.
Parecer do novo relator deve ser apresentado nesta terça-feira (15).

Fernanda Calgaro e Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
José Carlos Araújo Conselho de Ética (Foto: Reprodução/TV Câmara)José Carlos Araújo já manifestou no plenário do Conselho de Ética sua apreensão com a tentativa de aliados de Cunha para tirá-lo do comando do colegiado (Foto: Reprodução/TV Câmara)
Após o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) ser destituído da relatoria do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a "tropa de choque" do peemedebista mira agora no presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). Os aliados do presidente da Câmara querem que o deputadod do PSD se declare impedido de votar em caso de empate, sob a argumentação de que "não age com isenção".
Nas últimas semanas, a troca de farpas entre Araújo e Eduardo Cunha e seus aliados tem sido constante. O presidente do colegiado diz que há "golpe" e os acusa de manobrar para atrasar os trabalhos do conselho. Os parlamentarares próximos a Cunha, por sua vez, criticam a sua postura de Araújo à frente do conselho.
Na última quarta-feira (9), o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos homens da "tropa de choque", entrou com um pedido formal questionando o "voto de minerva" de Araújo, para que ele deixe de usar essa prerrogativa. O conselho é formado, contando o presidente do colegiado, por 21 integrantes titulares. Pelo regimento, o presidente pode desempatar votações.
Marun, entretanto, alega que Araújo já declarou, em entrevista a uma rádio local da Bahia, a sua posição contra o presidente da Câmara. O aliado de Cunha lista ainda uma série de decisões durante as sessões que demonstrariam o posicionamento do parlamentar baiano. "O seu desejo de punir está contaminando o processo", disse o peemedebista ao G1.

Araújo também é alvo de ataques de Manoel Júnior (PMDB-PB), outro aliado Cunha. "O senhor tem sido um descumpridor contumaz o regimento da Casa", disse Manoel durante uma das sessões.
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Agressões no Conselho de Ética (JN) (Foto: Reprodução Rede Globo)Wellington Ribeiro (gravata azul), um dos integrantes da 'tropa de choque' de Cunha, trocou tapas com o petista Zé Geraldo na sessão da última quinta-feira (10) do Conselho de Ética (Foto: Reprodução Rede Globo)
Para o deputado Wellington Roberto (PR-PB), que protagonizou uma briga nesta semana com o petista Zé Geraldo (PA), também defende o impedimento de José Carlos Araújo votar para desempatar impasses no plenário. "O presidente já está mostrando um lado tendencioso", enfatizou.

A estratégia da "tropa de choque" de desqualificar o presidente do conselho foi classificada de "golpe" por deputados adversários de Cunha. O próprio Araújo já se queixou durante sessões do colegiado sobre a articulação que está sendo feita para tirar poderes dele.
Manobra protelatória
O questionamento é visto por alguns como parte de mais uma manobra para atrasar o andamento dos trabalhos do Conselho de Ética. Na próxima terça-feira (15), o novo relator do caso, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), deve apresentar o seu parecer pelo prosseguimento das investigações por suposta quebra de decoro parlamentar.
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, um dos defensores mais aguerridos de Eduardo Cunha, a expectativa é que os aliados do peemedebista apresentem nesta semana um novo pedido de vista (mais tempo para analisar).

Paulinho afirmou, porém, que poderá defender a votação no relatório, se o texto se restringir a "questões formais", sem adentrar o mérito da denúncia.

O relator do processo já adiantou ao G1 que vai defender a admissibilidade e ressaltou não temer recurso por "antecipação de julgamento". Na visão de Marcos Rogério, as investigações sobre o presidente da Câmara devem prosseguir porque a representação apresentada contra o peemedebista cumpre "requisitos formais".

"Tem alguns dos nossos companheiros que pretendem pedir vista. Eu acho que não vou. Como Marcos Rogério é uma pessoa centrada, acho que ele vai fazer tudo dentro da legalidade. A tendência é o processo seguir, sem adentrar no mérito da denúncia", disse Paulinho.
VALE ESTE - Tropa de Choque Cunha e governo (Foto: Editoria de Arte/G1)

Ministro propõe simplificar e agilizar registro de medicamentos na Anvisa

'Não se justifica passar 1, 2 anos, para receber uma resposta', diz Castro.
Ele defende maior transparência e acompanhamento online de processos.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paul
Ministro Marcelo Castro participa de encontro com empresários em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1) 
Ministro Marcelo Castro participa de encontro com empresários em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, defendeu nesta quarta-feira (9) uma maior simplificação e agilidade nas regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovar o registro de produtos como medicamentos ou insumos no Brasil.
"Não se justifica passar 1, 2 anos, para receber uma resposta, às vezes até negativa", disse Marcelo Castro, durante encontro com emprésários, em São Paulo. "Tem regulamento de mais para a Anvisa cumprir. É uma burocracia muito grande que não leva a nada", acrescentou.
Durante o seminário "Política Pública para a Saúde", promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o ministro foi questionado sobre a burocracia para se obter um registro na Anvisa, que é o órgão responsável pela aprovação de registros tanto de medicamentos como também de alimentos, produtos de higiene, cosméticos, insumos e produtos para defesa fitossanitária.
Castro se posicionou contra um fatiamento ou desmembramento do órgão, que é ligado ao Ministério da Saúde, mas se comprometeu a trabalhar pela simplificação e desburocratização da Anvisa.
"Nosso compromisso é pela abertura da Anvisa, para que se tenha maior transparência, simplificação e, essencialmente, mais rapidez nas decisões", disse o ministro.
Entre as medidas defendidas pelo ministro está a possibilidade de acompanhamento online dos processos abertos na Anvisa para registro de um produto e o estabelecimento de prazos para uma resposta definitiva sobre os pedidos de registro.
Gastos crescentes da Saúde
O ministro destacou que o orçamento da Saúde é sempre crescente, mas que tem sido pressionado nos últimos anos pelo forte aumento dos gastos com compra de medicamentos e de cumprimento de ações judiciais.

Em 2014, os gastos do ministério com compra de medicamentos, equipamentos ou realização de cirurgias por determinação judicial atingiu R$ 838 milhões. "Neste ano, o governo irá gastar R$ 1,2 bilhão. É preciso fazer um pacto para se saber quais são os deveres do estado", disse Castro.
Com relação ao orçamento para o ano para a Saúde, o ministro disse que a pasta está com um déficit de R$ 2,2 bilhões, mas ainda trabalha para conseguir a liberação dos recursos.

Ministros do Supremo estão divididos sobre afastamento de Eduardo Cunha


Munidos de denúncias do Ministério Público Federal e de pedidos protocolados de parlamentares, ainda pairam dúvidas no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre eventual afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acordo com informações da coluna "Painel", na edição desta sexta-feira na "Folha de S.Paulo".
Parte da Corte argumenta que as manobras de Cunha no Regimento Interno da Câmara para evitar seu julgamento no Conselho de Ética obstrui qualquer possibilidade de investigação.

Corte já recebeu denúncias do Ministério Público Federal e pedidos protocolados por parlamentares
Corte já recebeu denúncias do Ministério Público Federal e pedidos protocolados por parlamentares
“Uma pessoa que usa o cargo para impedir sua cassação o faz para manter o foro privilegiado. Assim, pode escolher o tribunal que o julga, o juiz que o julga e ter direito a regime jurídico especial, como só ser preso em caso de flagrante”, disse à coluna um dos magistrados interessados na saída do deputado, lembrando de André Esteves, que teve prisão preventiva decretada para não prejudicar a apuração da Lava Jato.
Outra ala do Supremo ainda não vê argumento jurídico para o afastamento. Segundo estes, trata-de de "questão interna, disciplinar" da Câmara. Argumentam, ainda, que o Supremo precisa ser "provocado por alguém legitimado", dando a entender que seria preciso uma instituição de peso como "patrocinador" do pedido.
Ainda de acordo com a coluna, a defesa de Cunha espera que o posicionamento do STF seja similar ao de decisões recentes - como a que determinou que a responsabilidade da troca do relator no Conselho de Ética era da própria Câmara.
Tags: afastamento, câmara, cassação, conselho de ética, eduardo cunha, investigação, lava jato, ministros, PMDB, regimento interno, STF, Supremo

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O que acontece quando você toma água com limão em jejum


Gisele Bündchen, recentemente, contou que adota a bebida todas as manhãs. Mas, antes de correr para a cozinha para preparar a sua receita, descubra se o hábito vale a pena


Escrito por
Deise Coelho

Água com limão
jenifoto/ Thinkstock/ Getty Images
A dieta fica mais fácil. “O limão tem ação alcalinizante e, por isso, deixa o pH do sangue e de outros líquidos corporais menos ácidos. Isso favorece o funcionamento do metabolismo e do organismo como um todo, facilitando a perda e a manutenção do peso. O intestino também passa a funcionar a todo vapor e o fígado trabalha melhor”, ”, afirma a nutricionista Daniela Jobst, de São Paulo. Preparar a bebida com água morna é o ideal porque essa é a temperatura do nosso corpo e, assim, acaba sendo processada mais rapidamente. Animada a adotar o hábito? Use esse aliado detox pela manhã, em jejum, horário em que o estômago está mais ácido e vai absorver melhor os benefícios.  Só tome cuidado para não extrapolar na dose. Dependendo do organismo, a ingestão exagerada de limão pode agredir o estômago" conta a profissional.  Esprema um limão fresco num copo d’água, como se fosse uma limonada sem açúcar. Beba em jejum, 30 minutos (no máximo 15) antes do café da manhã. “Até a vontade de comer carboidrato diminui”, diz Daniela

Leucemia: pesquisadora revela os avanços médicos contra o câncer

Entenda os novos tratamentos contra a leucemia, que atinge mais de 8 mil brasileiros por ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer

Leucemia: pesquisadora revela os avanços médicos contra o câncer  A pesquisadora australiana Susan Branford, fala dos avanços contra a leucemia mielóide crônica, um dos tipos mais comuns desse câncer. Confira:
Já podemos falar na cura desse tumor?
A leucemia mielóide crônica é curável em certas circunstâncias. O transplante de medula óssea é usado há anos para vencer a doença, mas ele envolve riscos e até a possibilidade de uma recaída depois do procedimento. Com a introdução de uma classe de drogas, os inibidores de tirosina quinase, que atua sobre uma anormalidade por trás do problema, o transplante é indicado só se o remédio não funcionar. Atualmente, o uso dessas drogas por cerca de seis anos deixa a doença indetectável em muitos pacientes. Esperamos que as versões mais potentes do fármaco alcancem o resultado mais rápido e que, no futuro, um maior número de pessoas possa parar o tratamento sem perigo de recaída. Já há quem fique livre da leucemia por mais de seis anos depois de terminar a terapia, mas apenas o acompanhamento pode dizer se ela foi embora ou anda dormente.

Qual foi o divisor de águas no tratamento?
Foi o desenvolvimento dos inibidores da enzima tirosina quinase. Antes da chegada do primeiro remédio dessa classe, no início dos anos 2000, poucos indivíduos apresentavam uma resposta durável à terapia. Hoje essa droga é recomendada para a maioria dos recém‑diagnosticados e, se falhar, temos medicamentos do mesmo gênero mais poderosos. Os inibidores provaram ser capazes de impedir a progressão da leucemia para a fase aguda.

Há fatores de risco comprovadamente ligados a essa doença?
Ainda não sabemos se existe uma associação hereditária, étnica ou geográfica com essa forma de leucemia. Ela não é herdada nem pode ser prevenida. O que é certo: pessoas expostas a radiação em excesso correm maior risco.


Brasil testa duas 'armas' contra o Aedes aegypti; saiba quando teremos resultado

 Image caption Mosquito é um dos agentes de transmissão de doenças mais eficientes já conhecidos
O Brasil enfrenta uma tríplice epidemia do zika vírus, dengue e febre chikungunya. Em comum, essas doenças têm o vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti, inseto que está longe de ser exterminado, mas cujo controle poderia significar a solução a todos esses problemas.
Dois projetos promissores de biotecnologia vêm sendo testados no país há alguns anos, entretanto, os resultados ainda não são sentidos em larga escala.
A reportagem da BBC Brasil apurou que o primeiro, que aposta em um esquema de inoculação do inseto com uma bactéria que o impede de transmitir doenças tropicais, ainda está em fase de testes e seu impacto levará de 3 a 5 anos para ser avaliado.
A estratégia do segundo projeto visa o extermínio do mosquito em determinadas regiões através do uso de espécies manipuladas geneticamente. A técnica teria sido testada com sucesso, segundo a empresa que "fabrica" o mosquito transgênico - mas causou polêmica em Jacobina (BA), cidade que serviu de teste-piloto. Mesmo assim, a cidade de Piracicaba (SP), adotou o programa desde abril, com resultados promissores.
Abaixo, a reportagem explica as duas principais frentes de combate ao Aedes aegypti e as perspectivas de eles se tornarem realidade:

O mosquito inoculado

No Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, está inoculando mosquitos com a bactéria Wolbachia, na esperança de incapacitar o inseto a transmitir doenças tropicais.
Essa proposta seria uma solução não transgênica ao controle das doenças, pois exclui alteração genética.
"A estratégia da Wolbachia é diferente pois tem como objetivo a substituição da população de mosquitos que eram aptos a transmitir o vírus da dengue por mosquitos que não conseguem transmitir. O nicho biológico não é mexido, os mosquitos continuam lá", explicou à BBC Brasil o pesquisador e coordenador do projeto Luciano Moreira.
A presença da bactéria no organismo do mosquito bloquearia a transmissão de doenças tropicais. A pesquisa da Fiocruz é em parceria com a universidade australiana Monash e faz parte de um projeto global de combate à dengue.
Machos com Wolbachia que acasalam com fêmeas nativas resultam em ovos que não vingam. Já o cruzamento entre dois mosquitos com Wolbachia resulta em filhotes portadores. Quando apenas a fêmea está infectada, os ovos que ela gerar também carregarão a bactéria consigo.
O coordenador mundial do projeto, o cientista australiano Scott O'Neil, afirmou que esse mecanismo funciona não apenas para a dengue, mas também para diversas outras doenças, inclusive para o zika.
Leia também: Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?

Testes

Em Tubiacanga, uma região no Rio de Janeiro onde os testes estão sendo realizados, os primeiros mosquitos começaram a ser soltos entre setembro de 2014 e janeiro de 2015. Ao final de 20 semanas, cerca de 65% dos mosquitos da região estavam infectados com a bactéria. Após o resultado inicial satisfatório, porém, houve queda na população de mosquitos positivos e uma nova dispersão foi necessária em agosto de 2015.
Os pesquisadores estimam que a mortandade deveu-se à fragilidade dos mosquitos aos inseticidas e para resolver isso cruzaram espécimes de laboratório com os outros comumente encontrados na região, o que resultou em melhor adaptabilidade do vetor. Em Tubiacanga também foram colocados dispositivos contendo ovos, onde novos mosquitos cresciam antes de povoar a região.
O esforço repetido deu retorno científico e "atualmente, mais da metade dos mosquitos já tem Wolbachia", informou Moreira. O teste, porém, ainda não resultou em uma redução sólida nos casos de dengue.
"Quando você pergunta sobre a queda em casos de dengue, é importante destacar que este não é o indicador desta fase do projeto. Na fase atual, o objetivo é observar a capacidade de estabelecimento dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia em situações reais, por meio de estudos de campo", defende Moreira.
"Os estudos em larga escala, em que o impacto sobre a transmissão da dengue poderá ser mensurado, devem ser concluídos em 3-5 anos, considerando-se que as condições de financiamento sejam mantidas", estima Moreira. O objetivo da pesquisa mundial é viabilizar uma forma de controle do vetor que custe apenas US$ 1 de investimento per capita.

O mosquito transgênico

Uma outra proposta é o extermínio da população de Aedes aegypti por meio do emprego de mosquitos geneticamente modificados. Essa estratégia é defendida por uma joint-venture formada pela Oxitec e pela Moscamed. A Oxitec é uma empresa subsidiária da Intrexon, multinacional de biotecnologia cotada na bolsa de valores de Nova Iorque. A Moscamed é uma entidade brasileira sem fins lucrativos. A parceria possui uma fábrica de insetos modificados em Juazeiro na Bahia.
Os mosquitos OX513A machos receberam dois genes. O primeiro é um sistema de ativação construído a partir de DNA sintético, feito da fusão da bactéria Escherichia coli e do vírus comum causador de herpes. O segundo é um gene da espécie de coral marinho Discosoma, que serve como marcador fluorescente para que os mosquitos tenham uma luz diferente dos insetos comuns e sua presença num ambiente possa ser detectada com uma luz especial.
O primeiro gene tem o objetivo de encurtar a vida do inseto e levar ao extermínio da espécie em uma região. Isso ocorre à medida que mosquitos modificados machos cruzam com mosquitos normais fêmeas e produzem descendentes que não sobreviverão até a idade adulta justamente por carregarem o gene da letalidade. Como o mosquito só dura uma geração, é necessário que o ambiente seja continuamente alimentado por novos transgênicos até que se chegue ao extermínio.
O pesquisador do Imperial College de Londres Tony Nolan, explica que o método da Oxitec é eficaz, porém complicado. "Você precisa escala industrial para inundar o ambiente de mosquitos e precisa continuamente soltar esses mosquitos no ambiente", explicou.
A CNTBio, órgão do ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, liberou o uso comercial do mosquito transgênico apesar das preocupações manifestadas por organizações civis e pela prefeitura da cidade de Jacobina, na Bahia, onde foram realizados testes com o mosquito para reduzir os casos de dengue.
Os mosquitos modificados foram soltos em junho de 2013 em um bairro da cidade de cerca 50 mil habitantes. No bairro, segundo a Moscamed, a diminuição da população do mosquito transmissor teria sido de 92%, mas a empresa reconhece que atendeu menos de 3% da cidade e por isso não esperaria que houvesse um impacto significativo nos casos totais de dengue na cidade.
O fato é que em fevereiro de 2014, a prefeitura da cidade decretou situação de emergência em virtude de uma epidemia de dengue, classificada da como "desastre biológico". A reportagem entrou em contato com o prefeito para entender se o decreto estaria ligado aos testes com o mosquito modificado, mas não obteve resposta.
Estudos independentes sobre a eficácia do OX513A deveriam ter sido conduzidos pela professora da USP Margareth Capurro, mas não foram finalizados por corte de verbas. Ela diz, porém, que dados preliminares corroboravam a eficácia do inseto modificado.
A fabricante sustenta que teria alcançado e mantido supressões de dengue em mais de 90% dos projetos de campo.

Piracicaba

Desde abril, a cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo, é a primeira a adotar os transgênicos como parte da campanha de combate à dengue. Em março de 2015 o Ministério Público chegou a recomendar a suspenção da liberação dos mosquitos em Piracicaba, sob o argumento de que a eficácia não estava comprovada e citou o caso de Jacobina no parecer. A decisão foi revista um mês depois e a aplicação foi em frente.
O cálculo é de que 23 milhões de mosquitos já teriam sido soltos nos bairros de Cecap e Eldorado.
A assessoria de imprensa de Piracicaba informou que ainda é cedo para avaliar o resultado da iniciativa, pois não há estatísticas de base para comparação. "Não seria possível mensurar o projeto antes de completar um ano e também comparar com os dados da secretaria municipal de Saúde de Piracicaba, no que diz respeito a casos de dengue, pois as estatísticas ainda não foram finalizadas".
Dados da prefeitura revelam que 60% das larvas coletadas no mês passado herdaram o gene do mosquito modificado geneticamente, isso significa que vão morrer antes de se tornarem transmissores da dengue e outras doenças.
No município de Piracicaba foram registrados 934 casos de dengue em 2014. Em 2015, havia 3.668 casos confirmados até 7 de dezembro.

Um raio x da pílula contra o câncer

A promessa de cura para todos os tipos da doença saiu do interior de São Paulo e se espalhou pelo Brasil. Descubra como funciona esse composto e porque ele vem gerando tanta polêmica | por Theo Ruprecht e Karolina Bergamo

Mesmo sem ter sido estudada em seres humanos, a fosfoetanolamina move uma peregrinação de pacientes, com direito a campanha nas redes sociais. E a discussão em volta dela foi parar até em tribunais e no Congresso Nacional. O pai do composto, o químico Gilberto Chierice, e outros cientistas passaram a disponibilizá-la para as vítimas de câncer até 2014, quando a USP vetou a aplicação médica de quaisquer substâncias sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Após a decisão, surgiram vários pedidos de liminares, em boa parcela aceitos pelo Poder Judiciário, de pessoas que alegavam se beneficiar da pílula azul e branca. Isso tudo fez estourar um debate intenso. De um lado, vêm a cobrança e o desespero dos doentes, amplamente expostos nas redes sociais. Do outro, pesam as críticas dos especialistas, que exigem estudos controlados em seres humanos para comprovar o verdadeiro efeito da droga.

Como a fosfo funciona 
Pelo que se conhece até o momento, ela distinguiria as células sadias das cancerosas e, aí, sinalizaria para o sistema imune dar cabo delas. O fato é que, em bichos, a droga minimizou a proliferação das unidades defeituosas. Esses dados iniciais, junto com os testemunhos e as declarações de Chierice, alçaram-na ao status de cura para todos os tumores. “Mas isso é improvável. Ela até pode ser eficaz contra determinados tipos, mas cada câncer tem particularidades”, pondera o oncologista Rafael Schmerling do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes.

E não é que, do nada, a fosfo começou a ser distribuída a pessoas com câncer. Chierice e seu grupo revisaram a literatura científica, que desde 1936 associa a substância à doença. Eles também se desdobraram para sintetizá-la e, no começo dos anos 2000, publicaram investigações em culturas de células e roedores. Mas a história emperra aqui. Afinal, bons resultados em bichos não justificam o uso indiscriminado em gente. “Muitas vezes, a toxicidade observada em animais não é a mesma encontrada em seres humanos”, esclarece o farmacêutico Wagner Ricardo Montor, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 
E os inúmeros relatos de melhora?
Eles impressionam até pela variedade de tumores que teriam sido rechaçados com a fosfo. Tanto que fizeram o advogado Dennis Cincinatus, do Rio de Janeiro, recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) de uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que impedia sua mãe, acometida por um câncer de pâncreas que não respondia a outras terapias, de receber a fórmula. O ministro do STF Edson Fachin concedeu a ela o direito de receber a pílula da USP. “Minha mãe tomava morfina de quatro em quatro horas. Agora não precisa mais e até consegue se levantar”, descreve Cincinatus.

Só que, mesmo diante de tanto furor, é vital dar um passo atrás e compreender a razão pela qual a maioria dos cientistas insiste que relatos de caso, por mais empolgantes, não garantem a eficácia de uma droga.

Alguns motivos para ter cautela

  1. Os depoimentos positivos quase sempre se sobrepõem aos negativos. Várias pessoas que engolem uma pílula contra o câncer e não melhoram caem no silêncio ou, infelizmente, morrem antes de dar declarações. 
  2. Sempre há um viés por parte de quem coleta e seleciona os testemunhos. Ora, um sujeito que deseja provar o potencial de um comprimido pode destacar os finais felizes. 
  3. Sem um seguimento pormenorizado, é impossível medir a evolução do quadro (será que o tumor regrediu ou só alguns sintomas foram aliviados provisoriamente?). 
  4. Não dá pra saber se uma eventual recuperação veio da promessa testada, de um tratamento anterior ou de qualquer intervenção adotada, às vezes inconscientemente. 
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“Esses anos sem pesquisa clínica são um desperdício. Se a fosfoetanolamina é boa, perdemos tempo para aplicá-la em mais gente. Se é ruim, colocamos brasileiros em risco desnecessariamente”, comenta o oncologista Paulo Hoff, que dirige o Centro Oncológico do Hospital Sírio-Libanês. 



Que comecem os testes

Numa coletiva de imprensa em 16 de novembro, o Ministro da Ciência, Celso Pansera, anunciou que a primeira fase de testes da fosfo deve ser concluída em sete meses. A coletiva ocorreu depois de uma reunião entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério da Saúde (MS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo vai destinar R$ 10 milhões para as atividades envolvendo o composto, que serão desenvolvidas por laboratórios que possuem parcerias com o MCTI e o MS, além do Instituto Butantan, que já estava envolvido nas pesquisas. 

No entanto, apesar de os testes estarem se iniciando, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas não tomem a substância até que eles sejam concluídos. 

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PISAR TORTO PODE CAUSAR DORES EM TODO O CORPO


Pisar torto pode causar dores em todo o corpo
Fisioterapeuta alerta que é preciso ficar atento ao tipo de pisada para evitar incômodos; os principais pontos afetados são joelho, quadril, articulações e coluna vertebral.


Você compra um sapato novo e, após utilizá-lo, percebe que um lado está mais desgastado do que o outro ou que o calçado está totalmente deformado. Isso pode ser um sinal de alerta em relação à pisada. Pisar de forma errada ou torta pode comprometer toda a saúde do corpo e, consequentemente, gerar muitas dores.

De acordo com o fisioterapeuta Giuliano Martins, diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna) e proprietário do ITC Vertebral Ribeirão Preto (SP), o corpo acaba realizando compensações que muitas vezes elevam a sobrecarga das articulações do joelho, quadril e principalmente da coluna, causando fortes dores. "Antes de corrigir os tipos de pisada, é preciso saber se o indivíduo possui alguma dor ou incômodo nos pés, tornozelos ou joelhos. Em caso positivo, é fundamental realizar um teste de pisada, para que seja percebido algum desalinhamento no caminhar. Com a verificação, se o erro na pisada justificar as dores, é essencial a correção para se evitar graves transtornos'', comenta Martins.

A procura por esportes como a natação, por exemplo, ou até mesmo um tipo específico de calçado, pode ser prejudicial sem o acompanhamento e a orientação de um profissional. "O diagnóstico do ''pé chato'' inclui um exame físico no qual é avaliado o movimento do pisar e a forma mecânica do caminhar descalço e com sapato. É observado também a parte da frente e de trás do pé para verificar o padrão de gasto da sola do calçado. Além disso, caso o paciente sinta muitas dores, ele pode solicitar exames para integrar a avaliação'', conta o fisioterapeuta.

Já para os pequenos é necessário que os pais, a partir dos primeiros passos, fiquem atentos quanto ao pisar da criança. Se notarem algo de errado, é importante procurar ajuda de um profissional da saúde. Segundo Martins, antigamente era comum que os médicos recomendassem o uso de botas ortopédicas a fim de ajustar a curvatura dos pés, mas hoje esta conduta é mais restrita, sendo utilizada apenas em algumas situações específicas, como nas crianças com grande hiperfrouxidão ligamentar e de dores recorrentes nos pés ou pernas, atribuídos ao desequilíbrio mecânico provocado pelo posicionamento anormal dos pés.

O tratamento da pisada torta consiste desde o uso de produtos ortopédicos como palmilhas personalizadas, botas, exercícios de alongamento - que ajudam quando o paciente tem um tendão de Aquiles -, uso de sapatos que contenham mais apoios até a perda de peso, que contribui para um alívio da pressão local, proporcionando uma melhora na dor.

Janot pede ao STF para anular votação de comissão especial do impeachment

Em parecer enviado ao Supremo, procurador-geral da República diz que processo não pode ter voto secreto

Agência Brasil
Janot foi reconduzido à presidência da Procuradoria Geral da República 
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual defende a anulação da votação secreta para a escolha da comissão especial da Câmara que conduzirá o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A manifestação, enviada nesta sexta-feira (11), consta na ação em que o PCdoB questiona a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment.
“Sigilo de votações na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional é medida excepcional, pois a Constituição da República determina como regra publicidade e transparência dos atos de todas as esferas de Poder”, disse o procurador no parecer.
Além de entender que a votação deve ser aberta, Janot sustenta que a chapa 2, formada em sua maioria por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, não poderia ter sido eleita, por considerar que não cabe candidatura avulsa para compor a comissão. Para o procurador, a comissão deve ser composta pelos representantes dos blocos parlamentares, assegurando a participação de todos os partidos, por meio de candidatura única.
Além disso, Janot defende que cabe ao Senado decidir sobre eventual abertura do processo de impeachment. A mesma posição é defendida pela advocacia do Senado e da Advocacia-Geral da União (AGU), que representa Dilma.
Para o procurador, o Plenário da Câmara dos Deputados somente autoriza a instauração do processo de impeachment, cabendo exclusivamente ao Senado avaliar se abre ou não o julgamento pelo crime de responsabilidade. Dessa forma, mesmo se dois terços dos deputados, o equivalente e 342 votos, votarem a favor do processo, o Senado pode arquivar o procedimento. Mas, para Janot, a votação deve ocorrer por maioria simples e não por dois terços dos parlamentares.
“Esse entendimento encontra simetria com o ajuizamento de ação penal contra o presidente da República por alegada prática de crime comum. Na hipótese, após autorização da Câmara, cabe ao Supremo Tribunal decidir receber a denúncia. Suspensão das funções do presidente ocorrerá apenas após recebimento da acusação”, explicou o procurador.
Ao finalizar seu argumento, Janot defendeu que não cabe manifestação prévia de Dilma antes da decisão individual de Cunha de aceitar o processamento do pedido de impeachment. “Acerca da necessidade de resposta preliminar à admissão inicial da denúncia pelo Presidente da Câmara dos Deputados, a Lei 1.079/1950 prevê procedimento especial, que não contempla essa fase", resumiu.

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O Globo não vai fazer comigo o que fez com a minha mãe!

Neta do Lula enfrenta o Globo!


Bia Lula
(Fotos: Facebook de Bia Lula)
O Conversa Afiada reproduz post de Bia Lula, neta do presidente Lula, no Facebook:
Venho publicamente relatar o que vem acontecendo comigo nos últimos dias, e de tão indignada, resolvi compartilhar com vocês que venho sendo incomodada, da maneira inconveniente e porque não dizer, assediada pela repórter Fernanda Krakovics, do Jornal O Globo, que diz que irá publicar uma matéria a meu respeito, eu querendo ou não.

Quero deixar claro que o Grupo Globo não me pauta, e que não vai fazer comigo o que tem feito com minha mãe, desde as eleições de 89, e com os meus tios, diariamente difamados e caluniados pela imprensa golpista.

Sem contar o que fazem com o maior amor da minha vida e o melhor Presidente que este País já teve, meu avô, Luiz Inácio Lula da Silva. Sim, meu nome é Bia Lula e tenho SIM, o maior orgulho de toda sua trajetória de vida.

Meu avô, minha liderança, tirou milhões de brasileiros do mapa da FOME e da MISÉRIA, e milita em nível mundial na erradicação da FOME e da POBREZA.

Mas ok, na verdade, o que incomoda essa gente, é o fato dele ser um retirante nordestino, que sobreviveu à fome, uma liderança que surgiu do chão da fábrica, um verdadeiro BRASILEIRO.

Não me venham com este procedimento baixo e truculento.

Não devo satisfações da minha vida e não devo nada a ninguém, quem deve é o Grupo Globo, que nada mais é que uma concessão pública que subestima e tenta manipular a inteligência do nosso povo.

Sei me defender, esta prática mesquinha de terrorismo midiático não me mete medo, se querem conhecer minha militância, ai vai.

FHC diz que não há 'razão consistente' para impeachment

Comprador de reeleição(FHC) se une a Eduardo Cunha em prol do golpe




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FHC assume golpismo.
Depois de tudo que fez, comprando reeleição, entregando patrimônio público a preço de banana, engavetando investigações contra corrupção, FHC decide apoiar golpe contra Dilma, unindo-se ao mafioso Eduardo Cunha.

Até que enfim o "boca mole" fala uma coisa certa

Ex-presidente falou em desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.
PSDB informou que governadores do partido defendem impeachment (golpe).

O ex-presidente  Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou na noite desta quinta-feira (10) que  não há “razão consistente” para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo informou nota publicada no site do PSDB. 

O tucano se reuniu em Brasília com governadores do partido e lideranças da sigla no congresso, que, segundo o partido, fecharam acordo em defesa do Golpe contra a presidente.

Apesar de integrantes do PSDB, maior partido da oposição ao governo de Dilma, não virem posicionamento favoravelmente ao impeachment (golpe), FHC não havia defendido o golpe publicamente. Em outubro, em entrevista ao programa “Roda Viva”, 

Nesta quinta, FHC ponderou que, mesmo sem razões para impeachment, é preciso ter “clima político” favorável ao golpe e também ouvir a vós das ruas e nestas circunstâncias, temos que considerar que  a militância do PT é imbatível.

“Você desrespeitar, reiteradamente, a lei de responsabilidade fiscal como eu e outros presidentes desrespeitaram, para uso de programas sociais, é uma razão inconsistente [para impeachment](golpe) . Essa é uma questão a ser considerada e mais não há nada além dessas pedaladas fiscais, que incrimine a presidente Dilma.
 
O Instituto FHC, que informou que não responde em nome do ex-presidente.
O PSDB também informou que o ex-presidente destacou pontos que precisam ser discutidos com a sociedade brasileira, como sistema eleitoral e questão orçamentária. “Esses são os pontos que eu acho que o PSDB deve começar a cogitar para discutir com o Brasil, e não simplesmente discutir a questão do impeachment”(Golpe), afirmou o ex-presidente FHC.

Anvisa libera início da última fase de testes da vacina contra dengue

Esta é a vacina brasileira contra dengue em fase mais avançada.
17 mil voluntários deverão ser imunizados no período de um ano.

Raquel MoraisDo G1 DF
Vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan pode entrar em última fase de pesquisa em breve (Foto: Camilla Carvalho/Acervo Instituto Butantan)Vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan pode entrar em última fase de pesquisa em breve (Foto: Camilla Carvalho/Acervo Instituto Butantan)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira (11) o Instituto Butantan a iniciar a fase 3 de estudos da vacina contra dengue. Esta é a última etapa para protocolar o registro da imunização, quando serão avaliadas qualidade, segurança e eficácia do produto.
 
Em nota, a agência disse que tem acompanhado todos os procedimentos, “o que contribuiu para o processo de análise fosse realizado dentro dos padrões internacionais de qualidade, uma vez que a liberação de uma vacina para teste em milhares de pessoas, como ocorre na fase 3, exige que se tenha absoluta certeza da segurança do produto”.
O pedido do Instituto Butantan para iniciar a fase III ocorreu em 10 de abril. A Anvisa disse considerar importante que seja disponibilizada em breve imunização segura e eficaz.
O desenvolvimento desta vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). A vacina é feita com os próprios vírus da dengue, que foram modificados para que a pessoa desenvolva anticorpos contra os quatro sorotipos da dengue sem desenvolver os sintomas relacionados a eles.
Os testes têm mostrado que bastará uma dose para que a vacina seja eficaz. Trata-se da vacina brasileira contra dengue em fase mais avançada de desenvolvimento, mas há outras iniciativas em andamento no mundo (leia mais abaixo).
Os testes clínicos vêm sendo realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e Hospital das Clínicas da Facultade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP).
A terceira e última fase do estudo prevê a vacinação de 17 mil voluntários no período de um ano. As vacinações devem ser feitas em 15 centros em todo o país em pessoas de 2 a 59 anos. Durante a fase 2 do estudo, 300 pessoas foram vacinadas.
Existem outras iniciativas de desenvolvimento de vacina contra dengue no mundo. A que está em fase mais avançada é a da farmacêutica Sanofi Pasteur. O laboratório já concluiu a fase 3 de pesquisa clínica e submeteu o produto à avaliação da Anvisa em março.
Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está envolvida em dois projetos de desenvolvimento de vacina. A farmacêutica japonesa Takeda também está na corrida pelo desenvolvimento de uma vacina contra dengue

Quem apoia a presidenta Dilma está do lado do bem

Dilma chora e diz “Quero continuar na Presidência porque fui eleita para isso”

Durante cerimônia de entrega de 2.900 casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Boa Vista (RR), a presidente Dilma Rousseff voltou a dizer que não há nenhum delito que justifique o seu impeachment e que quer continuar na Presidência porque foi eleita para isso.




Os investimentos do  programa "Minha Casa minha vida" Dilma disse que está sendo julgada porque “tem uma parte que acha que não devíamos ter gastado com esse projeto. É o que eles chamam de pedaladas fiscais […] Mas não há nenhum delito, nenhum crime apontado contra nós”.
Disse ainda que, “nos últimos 500 anos, ninguém fez um programa habitacional como esse. Ninguém”.
Nesta terça-feira (8),numa manobra do presidente da Câmara dos Deputados elegeu em uma votação conturbada uma chapa majoritariamente pró-impeachment. A chapa oposicionista foi aprovada por 272 votos contra 199 de deputados federais que optaram pela composição governista, com integrantes indicados pelos principais líderes de partidos aliados.
O trâmite, no entanto, foi suspenso pelo ministro da Suprema Corte Luiz Edson Fachin, que proibiu a instalação do órgão legislativo até o julgamento do caso pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima quarta-feira (16).
ENERGIA
Dilma ainda anunciou que o Ibama emitiu a licença para a linha de transmissão que vai ligar Boa Vista a Manaus. Roraima é dependente da energia elétrica venezuelana –considerada cara e instável.
Ao anunciar a medida, a plateia festejou e gritou “não vai ter golpe”. A presidente encerrou seu discurso desejando um Feliz Natal e dizendo que vai lutar para que 2016 seja um ano pleno de conquistas.

(Via FolhPress e agências)

Obesidade: tratamento clínico é mais eficaz que cirurgia

Um novo estudo mostrou que mesmo os obesos mórbidos podem emagrecer apenas com tratamentos clínicos

Controle do peso
De acordo com o estudo, grande parte das cirurgias bariátricas poderiam ser evitadas com um tratamento clínico intensivo adequado
Um tratamento clínico intensivo e multidisciplinar, formado por endocrinologista, nutricionista, psicoterapeuta e personal trainer, pode evitar 90% das cirurgias bariátricas, mesmo em pacientes com obesidade mórbida. É o que diz um estudo publicado e apresentado recentemente no Obesity Week, maior congresso de obesidade do mundo, realizado em Los Angeles, Estados Unidos.
No estudo, 43 pacientes com indicação para fazer a cirurgia bariátrica optaram por tentar o tratamento clínico ao longo de, em média, 17 meses. Destes, 93% (40 pacientes) conseguiram evitar a cirurgia bariátrica.
"Os resultados deste estudo mostraram que uma intervenção clínica multidisciplinar realizada ao longo de quase dois anos pode ser uma excelente alternativa à cirurgia bariátrica", disse o endocrinologista Flávio Cadegiani.
Outros estudos, apresentados no mesmo congresso, mostraram que o tratamento clínico traz outros benefícios, como a cura de síndrome metabólica causada pela obesidade. Ao longo do tratamento, os participantes perderam, em média, 61,3% de gordura visceral (localizada por trás dos órgãos que a rodeiam a parede abdominal), 46,4% de gordura corporal, 25,7% do peso - equivalente a 60% do excesso de peso que deveriam perder para chegar ao ideal - e 23,1cm de circunferência abdominal. Apenas 9,2% da perda de peso corresponderam à perda de músculo.
De acordo com Cadegiani, a cirurgia bariátrica traz inúmeros benefícios, mas está sendo banalizada. "Não sou contra a cirurgia bariátrica e reconheço os inúmeros benefícios resultantes do procedimento. Hoje, porém, percebemos que muitos casos poderiam ser evitados e falharam porque os pacientes não tiveram um tratamento clínico adequado", explica o especialista.
As indicações para o procedimento cirúrgico são: pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 40 ou acima de 35 com comorbidades, que não tenham respondido a um tratamento composto por dieta, atividade física e medicamentos ao longo de dois anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, em 2014 foram realizadas aproximadamente 88 mil cirurgias bariátricas no Brasil, contra 80 mil em 2013 e 72 mil em 2012. Média de crescimento de 10% ao ano. As cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram crescimento ainda mais expressivo. Entre 2010 e 2014 aumentaram 43,7%, passando de 4,9 mil para 7 mil procedimentos, segundo o Ministério da Saúde.
Obesidade - A obesidade é uma doença crônica, inflamatória e grave e a que mais causa doenças no mundo, cerca de 200. As alterações metabólicas provocadas pelo excesso de peso podem levar ao desenvolvimento de múltiplas doenças cardiovasculares, neoplásicas e demenciais. De acordo com um levantamento conduzido em 2013 pelo IBGE, houve um aumento significativo na obesidade no Brasil: 17,5% dos homens estavam obesos em 2013, contra 9,3% em 2002. Para as mulheres o índice passou de 14% em 2002 para 25,2%
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