3.29.2016

Temer queima o barco e faz acordo com Cunha






Acordo para livrar Cunha da cassação envolve renúncia

Fabio Rodrigues Pozzebom: <p>Brasília- DF- Brasil- 10/03/2015- Vice-presidente Michel Temer se reúne com presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)</p>
Segundo a colunista Mônica Bergamo, começa a ser alinhavado um acordo para livrar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação, caso o vice Michel Temer assuma o governo; diz que ele renunciaria à presidência da Câmara dos Deputados sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no parlamento; seria suspenso pelo conselho de ética, mas manteria o cargo, garantindo o foro privilegiado

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Temer queima o barco

"Muito antes de Hernán Cortez, quem primeiro mandou queimar os navios ao desembarcar para uma conquista foi Agátocles, tirano de Siracusa. Sem chance de recuar, marchou contra Cartago e tomou-a com destruição. O vice-presidente Michel Temer também faz escolha irreversível nesta terça-feira, ao comandar, sem comparecer, a reunião em que o PMDB, sem contar votos para não expor fissuras, decidirá por aclamação romper com o governo Dilma. Trocando a marca da conciliação pelo confronto, Temer busca a Presidência pela derrubada de sua companheira de chapa em 2010 e 2014, através de um impeachment que, embora previsto na Constituição, não aponta um crime de responsabilidade indiscutível"; a avaliação é da colunista do 247, Tereza Cruvinel; ela prevê que o impeachment se tornará mais provável, mas diz que o eventual governo Temer "será infernizado" pelos defensores de Dilma; "A busca do poder exige que um político corra riscos, e Temer decidiu enfrentá-los. Bem maiores, porém, serão as consequências da ferida para a democracia brasileira e da turbulência para o conjunto dos brasileiros", ressalta