8.23.2016

Citado na Lava Jato deve ser indicado para Anvisa


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23.08.2016, 14:40

Conhecido pelas declarações polêmicas - como a de que a mulher trabalha mais do que os homens -, o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, quer agora indicar para a diretoria da Anvisa o ex-prefeito de Campinas Pedro Serafim Júnior, cujo nome consta na lista da Odebrecht encontrada na casa do ex-presidente da empreiteira, Benedicto Junior, em março; na planilha, consta que R$ 300 mil foram dados a ele

247 - Após uma série de declarações polêmicas, o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, quer indicar para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o ex-prefeito de Campinas Pedro Serafim Júnior. As informações, publicadas na coluna de Lauro Jardim desta terça-feira (23), dão conta de que Serafim estaria deixando o PDT em direção ao PP, mesmo partido do ministro interino, para assumir a vaga na Anvisa.
O ex-prefeito de Campinas possui no currículo citação na Operação Lava Jato. O nome de Serafim consta na lista da Odebrecht, encontrada na casa do ex-presidente da empreiteira, Benedicto Junior, em março. Na planilha, consta que R$ 300 mil foram dados a Serafim.
O ministro interino da Saúde tem desagradado o presidente interino, Michel Temer, em razão de uma série de declarações polêmicas. Barros já disse que "homens trabalham mais que mulheres", que o programa Mais Médicos é provisório e que o tamanho do Sistema Único de Saúde precisa ser revisto.
Concorrência - Para a diretoria da Anvisa corre por fora o ex-diretor da Agência Renato Porto, afilhado político do senador Eunício Oliveira. Depois de distribuir currículos pela esplanada, Porto decidiu retomar a articulação para voltar à diretoria da Anvisa, conforme noticiou coluna do Estadão nos últimos dias.
As pretensões de Porto esbarram nas negociações políticas de seu padrinho de casamento. Eunício teria desistido de indicar Porto para a recondução a diretor da Anvisa para tentar assumir a presidência do Senado Federal, no ano que vem. Porto não conta com a simpatia de parlamentares e servidores da Agência, que recusava receber enquanto esteve na diretoria da Anvisa.

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