5.26.2017

Temer e Rocha Loures tramaram para que Joesley burlasse a segurança do Jaburu


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"Quando chegar, teu nome é Rodrigo", disse o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures, assessor de Michel Temer e homem da mala de R$ 500 mil, numa conversa gravada com o empresário Joesley Batista; a orientação foi dada para que o dono da JBS burlasse o esquema de segurança do Palácio do Jaburu; Rocha Loures foi gravado por Joesley no dia 13 de março na casa do empresário, em São Paulo; “Protege você, te deixa à vontade, dá para fazer sempre assim", afirmou Loures; "Funcionou super", respondeu Joesley 
O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures, homem da mala de R$ 500 mil, ligado a Michel Temer, tramou um esquema para que o empresário Joesley Batista burlasse a segurança do Jaburu.
Bastaria sempre se identificar como Rodrigo, segundo informa o blog do jornalista Fausto Macedo.
Eis o diálogo:
Loures pergunta a Joesley. “A conversa com ele (Temer) foi boa lá aquele dia?”
O empresário responde. “Muito boa, muito boa. Eu tava precisando ter aquela conversa lá com ele. Primeiro, brigado.”
Loures: “Imagina.”
Joesley: “Super, super discreto ali, bem, é, também dei meu nome nada. Entrei, entrei direto na garagem, desci, fui ali naquela salinha ali.”
O deputado: “Protege você, te deixa à vontade, dá para fazer sempre assim. Quando for, quando você chegar e o cara pergunta, teu nome é ‘Rodrigo’. O menino… como aqueles militares ali da portaria não são controlados por nós, a gente nunca sabe quem vai estar naquela posição. O Comando fica trocando esses caras. Quando você chega, a placa do (inaudível). Diz: ‘O ‘Rodrigo’ vai chegar aí com o carro tal’. O menino que está na porta sabe nada.”
Joesley: “Funcionou super.”
Loures: “Ele queria acho que também falar com você, te ouvir, não é? E da outra vez, ele perguntou naquele dia, ele falou assim: ‘mas ele te disse o que é?’. Eu falei: ‘Presidente, nem disse, nem eu perguntei, porque (inaudível)’. Daí ele até disse assim: ‘é, então, mas diga a ele que se ele quiser falar, que ele pode falar com você’.”
Joesley: “Isso.”
Rocha Loures: “‘Ele só vai falar se ele quiser falar. Então, tem que deixar o Joesley à vontade’.”
Joesley: “Agora eu estou autorizado, porque ele me autorizou.”
Em um trecho adiante, da conversa, Joesley aponta a Rocha Loures quem eram seus interlocutores no Planalto.
Joesley: “Então, primeira coisa que eu fui falar com ele era exatamente isso. (Inaudível) Eu disse assim: ‘Michel, eu falava (inaudível) com o Eduardo. Aconteceu o que aconteceu com o Eduardo, enfim, aí eu fui falar com o Geddel. Aí eu tava falando com o Geddel, tudo bem, aí aconteceu o que aconteceu com o Geddel, que eu falava com o Padilha aí, acho que hoje o Padilha está voltando, mas…”
Rocha Loures: “Voltou já.”
Joesley: “Isso, aí o Padilha estava naquela situação. Pô, eu tenho que achar com quem que eu falo. Aí ele falou: ‘Pode falar com o Rodrigo, o Rodrigo é da minha mais alta confiança. Tudo’. Então, pronto. Falei, então: ‘Então, pronto, agora eu tô em casa’. Aí, então, foi ótimo, foi conversa. Falei, então, o seguinte: ‘não vou ficar te enchendo o saco, vou falar tudo com o Rodrigo que eu precisar, nós vamos tocando. Se em algum momento tiver alguma coisa que eu ache que é importante, aí eu venho’.”
Loures: “Aí vocês se encontram.”
Joesley: “Isso.”

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