10.23.2017

Voce sabe o que é Auto-hemoterapia?

AUTO-HEMOTERAPIA

É um recurso terapêutico de baixo custo, simples que se resume em retirar sangue de uma veia e aplicar no músculo, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial, quadruplicando os macrófagos em todo organismo.

A técnica é simples: retira-se o sangue de uma veia comumente da prega do cotovelo e aplica-se no músculo, braço ou nádega, sem nada acrescentar ao sangue. O volume retirado varia de 5ml à 20ml, dependendo da gravidade da doença a ser tratada. O sangue, tecido orgânico, em contato com o músculo, tecido extra-vascular, desencadeia uma reação de rejeição do mesmo, estimulando assim o S.R.E. A medula óssea produz mais monócitos que vão colonizar os tecidos orgânicos e recebem então a denominação de macrófagos. Antes da aplicação do sangue, em média a contagem dos macrófagos gira em torno de 5%. Após a aplicação a taxa sobe e ao fim de 8h chega a 22%. Durante 5 dias permanece entre 20 e 22% para voltar aos 5% ao fim de 7 dias a partir a aplicação da auto-hemoterapia. A volta aos 5% ocorre quando não há sangue no músculo.
As doenças infecciosas, alérgicas, auto-imunes, os corpos estranhos como os cistos ovarianos, miomas, as obstruções de vasos sanguíneos são combatidas pelos macrófagos, que quadruplicados conseguem assim vencer estes estados patológicos ou pelo menos, abrandá-los. No caso particular das doenças auto-imunes a autoagressão decorrente da perversão do Sistema Imunológico é desviada para o sangue aplicado no músculo, melhorando assim o paciente.
Ela atinge nosso organismo assim:
Muitos pesquisadores consideram a hepatite C como a "epidemia do século". Na verdade ela infecta cinco vezes mais pessoas que o HIV, o vírus da AIDS. Cerca de 3 a 4 % da população mundial está infectada no planeta e dados da Organização Mundial de Saúde mostram que no Brasil entre 2,5 a 4,9% da população está contaminada pelo HCV ( vírus da hepatite C) e a maioria não sabe do diagnóstico.Em 80% dos casos a doença evolui para a forma crônica sem sintomas e assim pode permanecer nos primeiros 10 anos. Na segunda década cerca de 25% estão com cirrose que pode evoluir para o câncer em 4 a 5% dos pacientes.
A hepatite C é transmissível principalmente pelo sangue e seus derivados e se disseminou intensamente pelas transfusões de sangue nas décadas de 1970 e 1980 ,quando ainda não se fazia obrigatoriamente a sorologia anti HVC. A sorologia foi descoberta em 1989 e a obrigatoriedade nos bancos de sangue somente chegou em 1992.
A terapia convencional produz efeitos sustentados em no máximo 40% dos casos , dependendo do genótipo e sub tipo do vírus. Atualmente surgiu um novo medicamento , o Pegasys ( Peginterferon alfa-2a) que promete elevar o sucesso para 60 % dos casos.
Em 1986, época que se falava em hepatite não A e não B o sucesso com o interferon era da ordem dos 12%. Em 1998 com o aumento das doses do interferon e a associação com a ribavirina o tratamento alcançou a eficácia dos 40%. Agora com a chegada do interferon peguilado de 40kDa (40 kilodaltons) o Pegasys este percentual para o genotipo I é de 50% e para o genotipo 2 e 3 atinge os 75% , sempre em associação com a ribavirina.
Os principais grupos de risco são formados por pessoas que receberam transfusão e hemodiálise antes de 1994, os usuários de drogas que compartilharam seringas e agulhas e aqueles com tatuagens ou piercing. A transmissão é muito baixa por sexo e impossível por contato corporal, objetos e leite materno. Entretanto os equipamentos de dentista, barbeiros e manicure devem ser corretamente esterilizados.
Na auto -hemoterapia não se deve usar frascos de vidro , re esterelizáveis, pois , na literatura médica já foram descritos 7 casos de transmissão de hepatite C com esse procedimento. Éimperioso o uso de material descartável , incluindo as bolsas de sangue , onde se faz a mistura do sangue do paciente com o ozônio.
Os efeitos benéficos da autohemoterapia são atribuídos aos antígenos presentes no sangue, os quais estimulam a produção de anticorpos quando o sangue é injetado no músculo ou no tecido subcutâneo. Esta explicação está de acordo com os trabalhos de Rosenow que constatou a presença de derivados das bactérias do foco de infecção na corrente sanguínea durante a fase ativa da doença .
È difícil encontrar trabalhos indexados sobre o uso da autohemoterapia, mas este procedimento já foi utilizado nas seguintes condições, com sucesso estatístico ignorado por nós:
Alcoolismo
Alergias
Artrite
Asma
Acne juvenil
Artrite reumatoide
Bronquite
Coréia
Colite ulcerativa
Diabetes melitus
Dermatose alérgica
Doença de Crohn
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Doenças mentais
Doenças pancreáticas
Doenças virais
Encefalite
Epilepsia
Enxaqueca
Esterilidade – ovário policístico
Esclerodermia
Esclerose múltipla
Gangrena por picada de aranha
Glaucoma
Herpes zoster
Herpes simplex
Hipertensão arterial
Iridociclite
Insuficiência vascular periférica
Infecção da cavidade bucal
Miastenia gravis
Pênfigo
Pneumonia
Poliomielite
Psoriase
Prevenção de infecção pulmonar no pós operatório
Prevenção de infecções cirúrgicas
Plaquetopenias
Púrpura trombocitopênica
Reumatismo
Úlcera de estomago

A técnica

A técnica consiste na prévia extração de sangue venoso do paciente com o alegado propósito terapêutico, seguida de sua [[injeção intramuscular(que pode ser ser no muscúlo do glúteo, coxa ou deltoide) na mesma pessoa, o que — segundo advertem oficialmente as autoridades sanitárias[7] e a comunidade científico-médica — pode ocasionar abscessos na pele, dores, edemas, hematomas, infecções, além de evoluir para quadros clínicos mais severos, como a coagulação intravascular disseminada, sangramento generalizado, entre outros efeitos.
O Parecer do Conselho Federal de Medicina – CFM sobre essa técnica afirma que a auto-hemoterapia, de acordo com o que se depreende da literatura, compreende vários procedimentos distintos, dentre estes a readministração do sangue estocado do próprio paciente. Outras modalidades de auto-hemoterapia descritas na literatura consultada são[8]:
  • Auto-hemoterapia propriamente dita - Sangue retirado da veia e administrado no músculo, sem qualquer adição de substância ou tratamento com radiação.
  • Auto-hemoterapia ocular (subconjuntival) - Administração subconjuntival de sangue retirado da veia do próprio paciente para tratamento de queimaduras, manchas e doenças com implicações dermatológicas.
  • Tampão sangüíneo peridural - Sangue retirado da veia e administrado por via peridural.
  • Auto-hemoterapia com sangue submetido à ação de certos agentes - Sangue retirado da veia e submetido à ozonização ou à irradiação UV, administrado por via intramuscular, intravenosa ou por infiltraç
Os que defendem a auto-hemoterapia dizem que a técnica estimula o aumento do percentual de macrófagos, aumentando também as defesas do organismo e eliminando as bactérias, os vírus, as células cancerosas (neoplásicas) e a fibrina, que é o sangue coagulado. Esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea se dá porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto há sangue no músculo, o Sistema Retículo Endotelial mantém-se ativado. Essa ativação máxima termina ao fim de cinco dias. A taxa normal de macrófagos é de 5% no sangue e, com a auto-hemoterapia (peridural), eleva-se para 22% durante cinco dias. Do quinto ao sétimo dia declina, voltando aos 5%. Daí a razão de recomendarem que a aplicação seja repetida de sete em sete dias. Segundo o médico Luiz Moura, o uso da auto-hemoterapia resulta num estímulo imunológico poderosíssimo.[9]

Perigos, críticas e ilegalidade

A auto-hemoterapia na prática baseia-se em relatos de pessoas que garantem ter atingido a cura graças ao uso da auto-hemoterapia, os seus críticos da auto-hemoterapia apontam para a inexistência de estudos que demonstrem a sua eficácia e segurança.[13]
Segundo a legislação brasileira, apenas o médico especialista em hematologia ou hemoterapia (ou o profissional devidamente reconhecido para este fim pelo Sistema de Saúde) pode responsabilizar-se por procedimentos hemoterapêuticos.[15] irresponsável"[.
Considera-se que auto-hemoterapia seja um tipo de transfusão sanguínea autóloga (para si próprio), e assim, como qualquer outra transfusão, traz em si um risco,[15] seja imediato ou tardio, pelo que, deve ser criteriosa e competentemente indicada.
Defensores da auto-hemoterapia afirmam que, por trás do seu não reconhecimento, estariam interesses prejudicados da indústria farmacêutica, já que o tratamento com a auto-hemoterapia dispensaria o uso de diversos medicamentos. A classe médica também é prejudicada com o mesmo pensamento, já que alguns alegam corporativismo pois por ser uma ação simples e eficaz, estes perderiam potenciais fontes de renda.

Pesquisas

A auto-hemoterapia passou a ser defendida mais fortemente em 2004, quando o Dr. Luiz Moura publicou um artigo intitulado “Auto-hemoterapia”[24] no qual explica o funcionamento da técnica, faz um histórico e apresenta informações sobre a sua ação terapêutica. O artigo cita trabalho de pesquisa científica realizado pelo médico Jessé Teixeira - Complicações Pulmonares Pós- Operatórias Autohemotransfusão[25] e texto produzido pelo médico Ricardo Veronese sobre o tema - Imunoterapia: O impacto médico do século.[26] É mostrado também que a auto-hemoterapia foi tema de tese de doutorado em 1924, “A auto-hemoterapia nas dermatoses”, realizada pelo Dr. Alberto Carlos David na Universidade do Porto.[27]
Há uma confusão no Brasil sobre esses estudos, já que ainda que o estudo de Jessé Teixeira mostrasse benefício da técnica irrefutavelmente, o que não ocorreu, seria com o objetivo de tratar complicações pulmonares pós-operatórias exclusivamente. E sobre o estudo de Ricardo Veronese, este trata sobre a modulação do sistema imunológico com determinadas substâncias, sem relatar o uso da auto-hemoterapia. Não se sabe ao certo quem iniciou a divulgação no país de que a auto-hemoterapia seria eficaz para tantos problemas de saúde diferentes e díspares. O CFM respalda que por não ser uma paraciência, essa terapia pode ser testada, porém de todos os trabalhos disponíveis na base de dados Pubmed, do NIH (Instutito Nacional de Saúde americano), considerada a maior base de dados médicos do mundo.




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