11.13.2017

A morte do jornalismo de direita



À exceção dos disseminadores do ódio contra Lula, a sociedade democrática está reagindo com revolta e indignação ao artigo "Lula deve morrer", do jornalista Mário Vitor Rodrigues, publicado pela IstoÉ.
Com esse título, o jornalista incorreu na Art. 286 do Código Penal, que define como crime "incitar, publicamente, a prática de crime". Agiu no seu direito o Partido dos Trabalhadores ao entrar com ação penal contra esse jornalista, que claramente agiu de má fé ao tentar esconder atrás desse título-atentado o falso álibi de artigo político.
Mas a reação das forças democráticas tem de ser muito maior do que a de acionar o autor desse crime. Na realidade, a revista IstoÉ é também responsável por permitir a veiculação de um artigo incitando crime de morte em suas páginas. É um atentado seríssimo contra a ordem democrática que não podemos subestimar. Não é uma ameaça apenas a Lula, mas também a todos aqueles que defendem liberdades democráticas e à própria liberdade de imprensa.
Quando se defende a morte de um adversário político é porque não se tem mais argumentos. Por isso, esse artigo-atentado representa a morte do jornalismo de direita.
Mas a publicação dessa incitação à morte de Lula, mostra também e claramente o desespero dos setores mais radicais dos golpistas de tentar impedir por todos meios a candidatura do ex-presidente. Contudo, quanto mais medidas tomam contra o povo e contra a soberania nacional, mais o nome de Lula se fortalece como a única saída democrática desse atoleiro golpista.
A defesa física de Lula contra atentados fascistas passou agora a ser uma questão central da luta democrática do povo. Que não se enganem os golpistas. Se com essa incitação criminosa contribuíram para elevar ainda mais o clima de ódio, isso também tornou muito mais forte a nossa determinação de proteger Lula e levar a cabo a sua candidatura para resgatar o estado democrático de direito e um governo de desenvolvimento econômico e combate às desigualdades sociais.

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